Após concluir o curso comercial frequentou o instituto Comercial e ingressou como voluntário na Força Aérea Portuguesa.
Em 1968, junta-se a um grupo de jornalistas no arranque do Jornal A Capital, onde exerce sucessivamente as funções de redactor do serviço de estrangeiro e chefe da publicidade.
Entretanto reformado, Eugénio de Sá decide aceitar o convite do seu Amigo Padre José Maria Cortes, Pároco de Alverca, onde reside, para assegurar a assessoria de Comunicação, Imagem e Relações Publicas do Pároco enquanto durar a construção da primeira Igreja, no mundo, consagrada aos Pastorinhos de Fátima.
A Igreja dos Pastorinhos, de Alverca, foi inaugurada em 1 de Maio de 2005.
De par com este trabalho assegurou, durante dois anos, a edição do Jornal "Despertar Cebi" – veículo de comunicação de uma das maiores instituições de solidariedade social do país e publicou no jornal "Vida Ribatejana" numerosas, crónicas e poesias.
É de sua autoria a crónica que vou partilhar convosco.
O Inconsciente e a Fé
Enquanto o temperamento o herdamos nos genes e se submete ao que os astros nos ditam no ato de nascer, o carácter, esse, vai-se moldando e caracterizando à medida que vamos adquirindo conhecimentos e recebendo influências.
É assim que se gera uma personalidade, rica ou pobre nos princípios, forte ou fraca na vontade, enérgica ou indolente na determinação, romântica nos impulsos do coração, ou analítica e consistente na razão, feita de indomáveis excessos, ou de contidas temperanças.
Tudo isto nos define como seres racionais mas providencialmente, quiçá, limitados ao uso do consciente, isto é: daquilo que nos é dado conhecer de nós próprios, uma vez que o inconsciente que, identicamente, partilha o nosso cérebro, permanece hermético e inquestionável.
Quem nos criou soube o que fez com esta máquina de concepção impressionante que somos todos nós, porque está para além da imaginação humana o que poderia acontecer se tivéssemos acesso ao nosso inconsciente e o que poderíamos fazer com isso.
Não somos só energia pura, mas dotados daquilo a que se convencionou chamar de alma.
Sem dúvida que constituiu, para nós, um aliciante apelo a visão de uma outra dimensão, que está para além de uma interpretação linear, com base no que nos dizem os nossos sentidos.
É comum a tentativa de exploração do denominado sobrenatural, do transcendente. Pode (e deve) haver outra vida para além da presente ou não faria sentido esta escassa temporalidade da nossa existência.
•
Pode o espírito que nos anima ter habitado outros corpos no passado e, porventura, vir a encarnar outros no futuro.
É uma teoria possível, como possíveis são outras, mais ou menos apoiadas pela religião ou por movimentos espiritualistas, todas credoras de respeito e, certamente, passíveis de cuidada reflexão.
Investigações de fenómenos ditos paranormais, recolha de depoimentos de indivíduos que passaram por experiências de morte aparente e “voltaram à vida”, propõem apoiar, através dessas casuísticas ocorrências, a teorização da vida após a morte.
Pode o nosso inconsciente - a grande parte submersa (ou invisível) deste iceberg que é o cérebro humano - vir a explicar muitas das dúvidas que nos são propostas pela vontade que nos exige essas explicações, ou irá permanecerá obscuro tudo o que está para além da nossa imediata compreensão?
De tudo o que foi dito, emerge um maravilhoso enigma, que nos consagra definitivamente como entes eleitos deste planeta; a fé que aflora ao nosso coração perante situações incontroláveis, mormente as mais penosas.
A fé em algo de divino que se corporiza ou evoca, um santo, a Virgem, Cristo, ou mesmo Deus, que imaginamos (simplistamente) feito à nossa imagem e semelhança, ou, na inversa; sem essa presunção.
Não tenho a pretensão de querer explicar o que quer que seja sobre o assunto, mas, tão-somente, trazer a estas linhas a minha funda convicção da presença em nós do divino.
Concentro a minha própria fé num ou mais ícones da minha religião, católica, sem qualquer menosprezo por outros que professam diferentes credos, uma vez que a bondade dos fundamentos é em tudo similar.
É só uma questão de nomenclatura.
EUGÉNIO DE SÁ
Poeta e escritor português
(publicada no "Diário da Região", de São José do Rio Preto)
Entretanto reformado, Eugénio de Sá decide aceitar o convite do seu Amigo Padre José Maria Cortes, Pároco de Alverca, onde reside, para assegurar a assessoria de Comunicação, Imagem e Relações Publicas do Pároco enquanto durar a construção da primeira Igreja, no mundo, consagrada aos Pastorinhos de Fátima.
A Igreja dos Pastorinhos, de Alverca, foi inaugurada em 1 de Maio de 2005.
De par com este trabalho assegurou, durante dois anos, a edição do Jornal "Despertar Cebi" – veículo de comunicação de uma das maiores instituições de solidariedade social do país e publicou no jornal "Vida Ribatejana" numerosas, crónicas e poesias.
É de sua autoria a crónica que vou partilhar convosco.
Eugénio de Sá
O Inconsciente e a Fé
Enquanto o temperamento o herdamos nos genes e se submete ao que os astros nos ditam no ato de nascer, o carácter, esse, vai-se moldando e caracterizando à medida que vamos adquirindo conhecimentos e recebendo influências.
É assim que se gera uma personalidade, rica ou pobre nos princípios, forte ou fraca na vontade, enérgica ou indolente na determinação, romântica nos impulsos do coração, ou analítica e consistente na razão, feita de indomáveis excessos, ou de contidas temperanças.
Tudo isto nos define como seres racionais mas providencialmente, quiçá, limitados ao uso do consciente, isto é: daquilo que nos é dado conhecer de nós próprios, uma vez que o inconsciente que, identicamente, partilha o nosso cérebro, permanece hermético e inquestionável.
Quem nos criou soube o que fez com esta máquina de concepção impressionante que somos todos nós, porque está para além da imaginação humana o que poderia acontecer se tivéssemos acesso ao nosso inconsciente e o que poderíamos fazer com isso.
Não somos só energia pura, mas dotados daquilo a que se convencionou chamar de alma.
Sem dúvida que constituiu, para nós, um aliciante apelo a visão de uma outra dimensão, que está para além de uma interpretação linear, com base no que nos dizem os nossos sentidos.
É comum a tentativa de exploração do denominado sobrenatural, do transcendente. Pode (e deve) haver outra vida para além da presente ou não faria sentido esta escassa temporalidade da nossa existência.
•
Pode o espírito que nos anima ter habitado outros corpos no passado e, porventura, vir a encarnar outros no futuro.
É uma teoria possível, como possíveis são outras, mais ou menos apoiadas pela religião ou por movimentos espiritualistas, todas credoras de respeito e, certamente, passíveis de cuidada reflexão.
Investigações de fenómenos ditos paranormais, recolha de depoimentos de indivíduos que passaram por experiências de morte aparente e “voltaram à vida”, propõem apoiar, através dessas casuísticas ocorrências, a teorização da vida após a morte.
Pode o nosso inconsciente - a grande parte submersa (ou invisível) deste iceberg que é o cérebro humano - vir a explicar muitas das dúvidas que nos são propostas pela vontade que nos exige essas explicações, ou irá permanecerá obscuro tudo o que está para além da nossa imediata compreensão?
De tudo o que foi dito, emerge um maravilhoso enigma, que nos consagra definitivamente como entes eleitos deste planeta; a fé que aflora ao nosso coração perante situações incontroláveis, mormente as mais penosas.
A fé em algo de divino que se corporiza ou evoca, um santo, a Virgem, Cristo, ou mesmo Deus, que imaginamos (simplistamente) feito à nossa imagem e semelhança, ou, na inversa; sem essa presunção.
Não tenho a pretensão de querer explicar o que quer que seja sobre o assunto, mas, tão-somente, trazer a estas linhas a minha funda convicção da presença em nós do divino.
Concentro a minha própria fé num ou mais ícones da minha religião, católica, sem qualquer menosprezo por outros que professam diferentes credos, uma vez que a bondade dos fundamentos é em tudo similar.
É só uma questão de nomenclatura.
EUGÉNIO DE SÁ
Poeta e escritor português
(publicada no "Diário da Região", de São José do Rio Preto)
Blogger Giselle disse...
ResponderEliminarMariazita ...
a fé paera mim é tudo, sem ela nada sou, e nada acredito.
Hj vivo graças a fé da minha mãe ...
Um beijo grande e uma linda semana,
com carinho,
Gi
2 de Novembro de 2008 19:11
Somos aquilo que nos fazem, e aquilo que a vida nos torna. Todos os dias aprendemos coisas novas, e todos os dias nos tornamos um pouco diferentes.Amiga cá estou eu, e até que enfim fiz um post novo no outro dia, mas os filhotes ocuparam-me todo o tempo disponivél.heheheh ( ainda bem, são meus não é verdade?) Gostei destas palavras de sabedoriae de uma realidade que nos deixa um pouco de olho aberto com aquilo que deixamos e/ou deveríamos fazer.Beijos e fica bem amiga.Stériuéré
ResponderEliminarTive uma grande decepção amorosa este fim de semana e quanto mais velha se é, maior a decepção e a sua superação. Não sabia o que fazer, então fiz um post novo sobre um filme que adoro. Há poemas, imagens, o de sempre. Espero por você.
ResponderEliminarUm abraço,
Renata
Preciso de ajuda, por favor.
Querida Gi
ResponderEliminarTer fé é uma coisa muito boa!
Infelizmente não depende da vontade de cada um.
Beijinhos,amiga
Mariazita
Vou deixar umas palavras de conforto, ( a quem sofre de amor), na medida do que pode significar um "nada" em nada.
ResponderEliminarNão posso comentar a crónica, que parte de pressupostos ...
Não digo mais nada.
Tenho que respeitar tudo e todos.
Como me respeitam
LI TUDO!!! Não iria papaguear ...
mas não quero polémicas.
Cada um tem o seu "ópio" e que escolha o cachimbo para o desfrutar.
Uma boa semana e desculpe qualquer coizinha, mas tenho o coração muito perto dos dedos que dedilham o teclado do piano chamado "computador.
Querida Sté
ResponderEliminarAinda bem que não houve problemas de saúde.
Os filhotes têm que estar acima de tudo...Todo o tempo que possamos dispensar-lhes não é demais.
Amanhã vou espreitar o teu novo post.
Uma noite boa.
Beijinhos
Mariazita
Olá Renata.
ResponderEliminarLamento a decepção. Faz parte da vida e do nosso aprendizado.
Amanhã apareço.
Beijinhos
Mariazita
Caro Zé Torres
ResponderEliminarVivemos num país livre. Podemos, portanto, expressar a nossa opinião, desde que o façamos educadamente e sem ofender as pessoas.
Portanto, o meu amigo, que sabe respeitar estas regras, pode sempre dizer o que pensa!
Não concorda com o texto? Óptimo! É bom ouvir opiniões contrárias.
Eu limitei-me a apresentar uma crónica escrita por um poeta português. Forneci alguns dados biográficos, como sempre faço.
Não expressei a minha opinião, porque não me competia fazê-lo.
Isso é o que faço nos blogues que visito.
Ficou bem esclarecido?
Volte sempre. Gosto de o ver por cá.
Um abraço
Mariazita
Querida amiga,
ResponderEliminarsou uma pessoa de fé, e tento transmitir aos meus filhos tudo aquilo em que acredito.
Fui criada na religião católica e meus pais felizmente souberam transmitir a mim e aos meus irmãos valores imprescindiveis a qualquer ser humano, para que se consiga ter uma vida digna, livre de maus sentimentos, sabendo respeitar e amar o próximo.
Penso que não somos só o que a vida nos torna e aquilo que nos fazem, com todo o respeito à nossa amiga Stériuéré, pois se assim fosse provávelmente andávamos todos ás cabeçadas.
A vida por vezes torna-nos mais duros, com mais capacidade de enfrentar certas situações, mas não nos tira certamente a capacidade de amar e respeitar.
O cérebro humano é de facto muito complexo, e cabe aos pais e educadores, a dificil tarefa de saber transmitir e fazer entender aos seus filhos e educandos o que é o amor, o respeito, a humildade, solidariedade, amizade e liberdade.
Se assim for, se conseguirmos cumprir bem esta tarefa, estaremos concerteza contribuindo para que no futuro o mundo seja melhor.
Ps. em relação ao engano, estiveste sempre perdoada, só te rectifiquei porque já tinha reparado que no post anterior também te tinhas enganado.
Beijinhos
Querida amiga e colega Ana
ResponderEliminarGostei muito da "exposição" que fazes sobre a tua maneira de encarar a vida.
Duma forma muito clara e precisa dizes o que pensas, sem subterfúgios.
Gosto de pessoas assim, que falam com frontalidade e, com convicção, defendem as suas ideias.
Muito obrigada!
Um resto de tarde feliz.
Beijinhos
Mariazita
PS - Fizeste muito bem; senão...na próxima Páscoa teria que te dar o folar, por te ter baptizado de Maria...
Gostei muito do texto!
ResponderEliminarGosto de conhecer a opinião diferente das pessoas em vários aspectos...
Beijos de luz e o meu sincero carinho!!!
Mas a história da serigaita da Anita já acabou?
ResponderEliminarViva! Se aceitares tens flores para ti lá em casa.
ResponderEliminarFica bem.
Mariazita:
ResponderEliminarNão consigo comentar nada. Fiz um post a duras penas em memória a uma pessoa que perdi. Peço que me dê uma força, indo ao meu Blog.
Obrigada desde já,
Renata
Querida Zélia
ResponderEliminarO texto pode ser polémico, mas dá azo a que cada um expresse a sua forma de pensar, o que é muito interessante.
Beijo carinhoso
Mariazita
Olá, Táxi
ResponderEliminarDeixe-me fazer-lhe uma observação.
A Anita não é serigaita.
Agora posso responder.
Um amigo meu foi de férias e pediu para ela esperar o seu regresso...
Mais uma ou duas semanas e ela aparece.
Um abraço
Mariazita
Olá, São
ResponderEliminarObrigada. Passo por lá pela fresquinha, para colher as flores. É para não murcharem -:)))
Beijo
Mariazita
Oi, Renata
ResponderEliminarMais logo vou lá fazer uma visitinha.
Me aguarde.
Beijo
Mariazita
Sim, todos nós temos algo de divino, independentemente da religião ou crença que abraçamos (ou a que apertamos a mão). Simplesmente para uns é fácil ver isso, para outros será sempre impossível, daí o pouco valor que esses outros dão à vida humana, quer à sua quer à dos que os rodeiam.
ResponderEliminarBeijo.
Mariazita,
ResponderEliminarTal como na tag em que incluis este texto, eu também acho que esta crónica se apresenta como um momento de reflexão. Não é com uma leitura apressada e única que conseguimos tirar conclusões nem sei se elas serão possíveis.
Mas que exige uma leitura atenta não tenho dúvida e é isso que vou fazer.
Um abraço
Olá, Rafeiro
ResponderEliminarTens toda a razão.
Quem não acredita no "divino" como componente do ser humano não tem respeito pela vida alheia.
Mas acontece muitas vezes que é exactamente "à sombra" da religião e das crenças que se cometem as maiores atrocidades...
Beijocas
Mariazita
Olá, Meg
ResponderEliminarEu também penso que, independentemente da crença ou fé que se tenha, é sempre benéfico meditar sobre estes assuntos.
Obrigada.
Beijinhos
Mariazita
Uma reflexão muito interessante. Suportaríamos o conhecimento de todo o conteúdo do nosso inconsciente? Quem sabe, a Verdade?
ResponderEliminarÓtimo texto, querida Mariazita!
Um beijo!
Caro Oliver
ResponderEliminarNão sei se teríamos capacidade para isso. Penso que é demasiado complexo, pelo menos por enquanto.
Com o evoluir da ciência e novos conhecimentos adquiridos, quem sabe, um dia???
Um domingo feliz.
Beijo carinhoso
Mariazita