Junho, mês de tristes recordações...
QUANDO VOLTAS?
Subo
ao ponto mais alto do Universo
Onde
apenas o pensamento me pode levar.
Sento-me
numa pedra branca, macia, acolhedora,
E
sossego a alma.
Lanço
um olhar penetrante sobre o longínquo horizonte,
E
não vislumbro vivalma.
Na
imensidão de silêncio que me rodeia,
Lanço
um grito profundo:
Quando
voltas?
Apenas
o eco me responde:
Voltas…
voltas… voltas…
E
tudo ao meu redor retoma a calma.
Um
pássaro errante, talvez uma pomba,
Vem
pousar no tronco seco que à minha frente repousa.
Não
traz no bico o raminho de oliveira,
Nem
é branco como as lonjuras que o meu olhar alcança.
Mas
traz a paz que se junta à tanta paz que aqui se vive…
Quando
voltas?
O
meu pensamento repete a pergunta
Que
o coração não quer calar.
Mas
não vislumbro resposta…
Quando
voltas?
Maria Caiano Azevedo