DIA DO PAI
(Comemorado em Portugal no dia 19 de Março)
(Esta composição fotográfica é uma homenagem que presto
a meu Pai, que partiu há muitos anos, mas de quem me lembro todos os dias.
Obrigada,
papá, a ti devo a vida.)
Sei
que há muitas (pelo menos bastantes…) pessoas que não concordam com os “Dias
de…”.
Mas
eles existem, é um facto. E os motivos que deram azo a que fossem criados não
podem considerar-se frívolos ou insignificantes.
Se,
por um lado, há dias que apenas têm como função homenagear ou fazer lembrar
determinadas profissões e/ou artes - Dia
mundial da poesia (21/03), Dia mundial do teatro (27/03), Dia mundial do professor (05/10), Dia mundial
de… doenças várias – osteoporose, psoríase, da gaguez, dos diabetes… dias de
tudo! – sem que tenha ocorrido qualquer facto que justifique a sua existência…
por
outro lado há “Dias de…” que têm por base acontecimentos marcantes, que ficaram
registados na História da humanidade.
As
pessoas cuja formação foi feita em ambiente oficialmente católico, certamente
recordam que a informação que nos era transmitida era a de que o Dia do Pai
homenageava, essencialmente, o Pai de Jesus – S. José.
Com
o decorrer dos tempos, e o cariz comercial que “explodiu”, relativamente a esta
e todas as outras homenagens, fez decrescer a atenção dada ao santo, ao mesmo
tempo que se dava mais ênfase à figura paternal.
E
se, hoje em dia, há uma corrida às lojas para comprar um presente para o “Pai”,
no início do século passado as coisas não eram bem assim.
Não
há testemunhos perfeitamente fiáveis relativamente ao que terá originado o
aparecimento do Dia do Pai.
Contudo,
a versão que parece mais digna de crédito, é a que conta que, em 1909, em
Washington, USA, Sonora Louise, filha dum veterano da guerra civil, John Bruce
Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às Mães, teve a ideia de celebrar o Dia do
Pai.
A
sua mãe falecera ao dar à luz o sexto filho, em 1898.
O
seu pai teve que criar o recém-nascido, assim como os outros cinco filhos,
sozinho.
Já
adulta, Sonora sentia um grande orgulho no Pai ao vê-lo superar todas as
dificuldades, sem a ajuda de ninguém.
Em
1910 Sonora dirigiu uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade
localizada em Washington, USA. Pediu também auxílio a uma Entidade de Jovens
Cristãos da cidade.
O
primeiro “Dia do Pai” na América foi comemorado em 19 de Junho daquele ano
(1910), aniversário do Pai de Sonora.
Como
símbolo foi escolhida a rosa, sendo que as vermelhas eram oferecidas aos Pais
vivos e as brancas dedicadas aos Pais já falecidos.
A
partir dessa data a comemoração estendeu-se a todo o estado de Washington, e em
1924 o Presidente apoiou a ideia da criação de um Dia do Pai nacional; mas só
em1966 o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial
declarando o terceiro Domingo de Junho como o Dia do Pai.
Embora
comemorado em quase todos os países do mundo, não o é no mesmo dia em todos
eles. Cada país tem o seu dia próprio.
Em
Portugal e na vizinha Espanha, tal como na Itália, comemora-se a 19 de Março;
no Brasil acontece no segundo Domingo de Agosto.
Independentemente do aspecto comercial que sempre se
dá a esta, como a qualquer outra comemoração, é uma data que merece ser muito
festejada – por quem tem Pai ainda vivo – nem que seja para dizer um simples
“Obrigado Pai”.
Àqueles cujos Pais já fizeram a grande viagem, que é
o meu caso, aconselho um momento de recolhimento.
Em pensamento diga também “Obrigada(o)
, Pai”!
Lá, onde se encontra, o seu Pai vai ouvir o seu
pensamento, e sentir-se-á muito feliz.
E
agora convido-vos a ver e ouvir este vídeo em que Alejandro Fernandez dedica a
seu Pai, Vicente Fernandez, cantor e actor mexicano, considerado o expoente
máximo da música rancheira, a canção “MI QUERIDO VIEJO”.
Esta
linda canção foi composta por Vicente Fernandez, para o seu próprio Pai, avô de Alejandro.
)