domingo, 21 de setembro de 2008

ANITA

ANITA – TERCEIRO EPISÓDIO

(Ficção baseada em factos reais)

- Já falei com a minha mulher. Decidimos aceitá-lo para genro, com uma condição: fazer a nossa Anita muito feliz.

FIM DA SEGUNDA PARTE

TERCEIRO EPISÓDIO

Vicente aguardara calmamente que Anita terminasse o seu curso e regressasse definitivamente à sua terra, para cumprir o que a si próprio havia prometido alguns anos atrás.

Chegara o momento tão desejado.
Ia, finalmente, oficializar o seu pedido de casamento.

Foi uma Anita muda, aterrada, que recebeu das mãos de Vicente um valioso anel de noivado. Sentia que lhe queimava o dedo, mas não ousou retirá-lo.

Criada no seio de uma família tradicionalmente religiosa, frequentava regularmente a igreja, cumprindo todos os preceitos religiosos adequados à sua idade: catequese, primeira comunhão…missas. O pároco, homem bondoso, já de uma certa idade, tinha por Anita verdadeira afeição, que ela retribuía com enorme carinho. Participava alegremente nas festas da igreja, entoando cânticos na sua vozinha afinada. Diziam as velhotas, zeladoras da igreja: Parece um anjo!


Anita recebera uma educação rígida, ainda que carinhosa. Aprendera a respeitar os pais e as suas decisões, sem discussão. Nunca lhe faltara amor; contudo, as ordens dos pais, por vezes severas, eram acatadas religiosamente. Sempre fora uma menina obediente, dócil, o que facilitara a tarefa dos pais.


Agora sentia-se prisioneira, sem saber como libertar-se.

A festa de noivado continuou, até que, entre parabéns e abraços, todos se foram despedindo.
Anita deixou-se abraçar em silêncio.
- Como ela está emocionada! Nem consegue falar! – comentavam, entre si.
Mais tarde, sozinha no seu quarto, Anita deu largas ao seu desespero. Chorou desoladamente, ate que o cansaço a venceu.
Foi uma noite longa, em que a insónia alternou com pesadelos.
A meio da noite acordou, sobressaltada. De imediato se lembrou do que lhe acontecera.

Arquitectou vários planos, visando fugir àquele compromisso que não desejara, mas lhe fora imposto.

Para pôr em prática qualquer das ideias que lhe acorriam, necessitaria dinheiro, de que não dispunha.
Quando se encontrava na capital, a estudar, o pai pagava todas as despesas, enviando-lhe ainda pequenas quantias para as suas necessidades básicas. Nunca o suficiente para poder amealhar.

Decidiu escrever a Arnaldo, contando-lhe tudo o que sucedera. Pedia-lhe que pensasse num plano para a tirar da Ilha, dizendo-lhe que, por seu turno, também ela iria pensar na melhor forma de poderem realizar o seu sonho de amor.

Levantou-se tarde, olheirenta, cansada. Mal tocou no pequeno-almoço que a aguardava, alegando estar sem apetite. A mãe estranhou o seu aspecto, mas atribuiu-o à excitação do recente noivado.
Anita saiu de casa, dirigindo-se rapidamente à estação dos correios. Mandaria a carta que tinha escrito a Arnaldo, e ele arranjaria maneira de a salvar.
Pelo caminho cruzou-se com várias pessoas conhecidas, que a cumprimentavam com largos sorrisos. Algumas, mais íntimas, chegaram mesmo a parar, felicitando-a pelo noivado.

Anita não estranhou. Sabia bem que, numa cidade tão pequena como aquela, as notícias se espalhavam rapidamente; tratando-se dum noivado, então as novidades ganhavam asas nos pés.
Chegando à estação dos correios, a funcionária, sua antiga colega da escola, rapidamente se levantou para vir abraçá-la, felicitando-a. Anita mais uma vez comprovou como as notícias corriam céleres na sua terra.
Comprou os selos, colou-os no envelope, e entregou a carta à funcionária, para que a fizesse seguir. Despediu-se com um breve “até logo”.

40 comentários:

  1. Mariazita,
    ma vejo a hora de ler o próximo capítulo ...
    O que será que acontecerá com a pobre Anita ...
    Será que ela finalmente irá ceder e amar o noivo de todo o coração?
    Será que ela fugirá?
    rs ...
    Mal vejo a hora de vc postar os próximos capítulos ...
    Seu blog é gostoso como um livro...
    Um bj grande e um domingo abençoado...

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  2. Grande maldade da bloguista, que nem nos dá um resumo com o título «cenas do próximo capítulo»!!!
    E cá ficarei penando com esperança de que o padre dará um bom conselho ou o Arnaldo tenho o euromilhões e fujam ambos para levar vida de milionários num paraíso terrestre!!!
    Mas mais vale pobres e alegres do que ricos mas infelizes!!!
    Beijos
    João

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  3. Claro que ele prometeu, não foi?

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  4. Ver a vida, as pessoas, as formas... é um detalhe.
    Mas, viver de bem com a vida, amando as pessoas de todas as formas, é um detalhe que faz toda a diferença.

    Um dia abençoado linda!
    Beijos.
    Fica bem. Fica com Deus.
    Anita (amor fraternal)

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  5. Maravilhosa Amiga:
    Um conto narrado com brilhantismo, crença em valores ancestrais e inexistentes nos nossos dias, penso eu, que prende e cativa.
    "...Anita não estranhou. Sabia bem que, numa cidade tão pequena como aquela, as notícias se espalhavam rapidamente; tratando-se dum noivado, então as novidades ganhavam asas nos pés.
    Chegando à estação dos correios, a funcionária, sua antiga colega da escola, rapidamente se levantou para vir abraçá-la, felicitando-a. Anita mais uma vez comprovou como as notícias corriam céleres na sua terra.
    Comprou os selos, colou-os no envelope, e entregou a carta à funcionária, para que a fizesse seguir. Despediu-se com um breve..."

    Excelente e pleno de encanto e "suspense".
    As palavras falam por si com beleza.
    Fantástico num Ser Humano fantástico.
    As palavras seguem o ritmo da vida desencantada na moça.
    Adorei!
    Ansiaoso pela sua continuação com um desfecho feliz, como desejo para todas as pessoas.
    OBRIGADO pelos belos instantes literários perfeitos.
    Beijinhos de estima, amizade, respeito e consideração.
    Sempre a lê-la atentamente com delicia

    p.pan

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  6. Ora, eu só quero dar os parabéns aos noivos e aos futuros avós. Ser felizes, é com eles! Vão fazer a cama onde se vão deitar! Muitas bençãos para eles...e muita sorte! Nestas coisas, a sorte, ajuda muito.
    Abraço
    Rufino Fino Filho

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  7. Oie, Giselle
    Para saber a resposta a todas essas perguntas...terá que continuar a acompanhar.
    Eu sei os segredos todos, mas não vou revelá-los, por enquanto.
    Beijinho carinhoso
    Mariazita

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  8. Meu caro João
    Sabe que não tinha pensado nisso???
    É uma boa ideia:
    - Leia nos próximos capítulos...
    Vou pensar nisso com todo o carinho!
    O Arnaldo ganhar o euromilhões é um pouco fantasioso demais... a história passa-se (passou-se) há meio século atrás. Nem "raspanhidas" havia!
    Beijinhos
    Mariazita

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  9. Olá, Gui
    Com a vontade que ele tinha de casar, até prometia a lua, se lhe fosse exigido!...
    Um abraço
    Mariazita

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  10. Querido Peter Pan
    Naquele tempo a vida nem sempre era fácil para as donzelas...
    Os hábitos mudaram, sim, e ainda bem.
    Mas ainda há muita coisa que precisa ser melhorada.
    Um grande beijinho com muita amizade,
    Mariazita

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  11. Querida amiga portuguesa, achei muito boa a sua idéia de publicar Anita em capítulos, parabéns.
    Acompanho toda a semana a sua postagem, é que nem sempre deixo comentários porque estou sempre com pressa, que estupidez a minha, para que correr tanto!Os momentos são únicos e não voltam mais, não é mesmo?
    Adorei as suas fotos! Que garota linda heim?
    Beijos brasileiros, Teresa

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  12. Olá, Rufino
    Ficam os parabéns para o noivo e para os futuros avós.
    À noiva "à força", é melhor apresentar condolências.
    Afinal, ela não tem razões para festejar, coitada!
    Veremos a cama que lhe estão a fazer e na qual terá que se deitar.
    Um abraço
    Mariazita

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  13. "- Como ela está emocionada! Nem consegue falar! – comentavam, entre si".


    De fato, ninguém a deixa falar, sentir, viver, ser!
    Malditas aparências! Maldita materialidade!
    Mulher nesta época não era vista como ser humano...

    Torço para q ela consiga se desvencilhar...


    Bjos, querida.

    Ana

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  14. Mariazita

    Ai, ai, ai... Então vamos ter que ficar à espera da volta do correio!
    Mas que maldadezinha a Mariazita nos vai fazendo!
    Agora será que o Arnaldo vai salvar a amada, ou será que...
    Por favor, não nos deixa muito tempo neste "suspense"...
    Seja como for, tenho que lhe dizer, mais uma vez, que a história está muito interessante, bem contada e com um ritmo que nos faz querer mais... mais..
    Um beijinho com amizade!

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  15. Mariazita,
    esperemos que Vicente tenha sensibilidade suficiente para perceber que Anita ao lado dele nunca será feliz.

    Aguardo anciosamente o 4º episódio.

    Beijinhos

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  16. ...aiaiai!!! Esse negócio de pais escolherem pares para os filhos, não era nada bom...

    Tomara que essa história tenha um bom final!


    Beijos de luz e o meu carinho, querida amiga...

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  17. Marazita

    O conto vai sendo muito bem feito. a Anita que nos deixa pensativos, pelo cumprimento do dever filial, de se sentir na obrigação de ser obediente e pela incógnita prende.
    Fica a desejar-se, que a história tenha um final feliz!
    Beijos,
    Daniel

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  18. Olá, Anita
    "Viver bem com a vida" é o principal, só que às vezes torna-se um pouco difícil em determinadas circunstâncias...
    Tudo de bom para ti.
    Beijinhos
    Mariazita

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  19. Querida Renata
    Lamento, de coração, que a saúde de seu irmão se tenha agravado tanto.
    É preciso ter coragem e manter a esperança, mesmo nos momentos mais difíceis.
    Mais logo vou lá deixar um abraço.
    Beijinhos
    Mariazita

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  20. Querida Teresa
    Na verdade não vale a pena viver a vida a correr. Ela já passa tão depressa, mesmo quando andamos mais devagar...
    "Que garota linda" ???
    Era...já não é mais!
    Vê o que digo? A vida passa a correr!!! São os tais momentos que não voltam..,
    Volte sempre, amiga.
    Beijinhos cá do outro lado do Atlântico.
    Mariazita

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  21. Querida Ana
    Muitas mulheres de hoje, especialmente as mais jovens, não sabem que já houve tempos em que a mulher não tinha voto na matéria.
    Vivia para obedecer. Primeiro aos pais (especialmente o pai, que era dono e senhor) e depois ao marido (outro dono e senhor).
    Aguardemos para ver o que acontece à nossa Anita...
    Beijinho grande
    Mariazita

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  22. Olá, Maria João
    Coitada, dizes bem!
    Assim era a vida naqueles tempos.
    Beijocas

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  23. Caro Com senso
    Quer que eu revele o fim da história? Mas assim perdia a graça toda.
    Bom...graça é força de expressão, porque não tem mesmo graça nenhuma!
    De qualquer modo é bom não esquecer que a vida da Anita, depois do pé em que as coisas estão, ainda viveu muitos anos!
    Calma, não se assute. Isto não é uma nova edição do "Dalas"!!!
    Vou tentar resumir o mais possível, para em breve aparecer a palavra FIM.
    Beijinhos amigos
    Mariazita

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  24. Olá, Ana
    Espera mesmo isso do Vicente???
    Um homem apaixonado há tantos anos!...
    O melhor é esperar para ver.
    Um grande beijinho
    Mariazita

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  25. Zélia, querida,
    O mundo era mesmo assim!
    Eu tive a sorte de ser eu a escolher, e muito bem, felizmente! (rsrs). Mas foi um pouquinho mais tarde...
    Quanto ao final...veremos.
    Um beijinho carinhoso.
    Mariazita

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  26. Daniel
    Gosto sempre de ler as suas opiniões sensatas, de pessoa que conhece a vida.
    Os finais felizes nem sempre acontecem na vida real...
    Veremos.
    Beijinhos
    Mariazita

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  27. Olá, São
    Curiosa??? -:)))
    Aqui não há "cenas do próximo episódio".
    Terá mesmo que aguardar o final...
    Beijinhos de boa noite.
    Mariazita

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  28. Teve azar que o "DONO" da ilha não permitia a partida dos "sem papeis", em bateis ou canoas, para aportar, ás costas de Portugal ou Espanha.
    Talvez outros tempos ... ou outros negócios mais avantajados, que a emigração clandestina.
    NÃO GOSTO DE TELENOVELAS !!!
    Não tenho culpa de ter nascido assim.
    Se ela não fugir da ilha e cair nos braços do Arnaldo, vou ter dificuldade em me recordar dos antecedentes.
    É que eu só vivo o hoje e penso no amanhã.
    O ontem foi-se e nem quero saber ... se foi bom ou mau.
    Mas se fosse mulher, aceitava dos dois ... depois marcava as horas da visita.
    Mas não na ilha!!!!
    Num continente inteiro ...

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  29. Olá. Zé Torres
    Por muito que não quero, a verdade é que o hoje é construído sobbe o ontem.
    E se só pensa no amanhã, é assente na realidade do hoje.
    É asim ou não é?
    Se não gosta de telenovelas faça como eu - não as veja!
    Um abraço
    Mariazita

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  30. Estou mesmo a ver que este Arnaldo, depois de casado com a moça, lhe dará três filhos e porrada nos dias de futebol.

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  31. Olá, Táxi
    Primeiro é preciso que o Arnaldo apareça - por enquanto não está à vista...
    Abraço
    Mariazita

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  32. NEM O PAI MORRE, NEM A GENTE COME ...

    NUNCA GOSTEI DE COMER ÁS GOTAS

    Pode ser que a ANITA morra e acabe a história.

    Não desejo a morte de ninguém ... mas aqui se morressse ... morria!!!!

    (eu não tenho culpa. Nasci assim ...)

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  33. Mariazita.

    Como vais?

    Um convite aos amigos, lá no blogue.


    Bjos...

    Ana

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  34. Os deuses omnipresentes que olhavam pelo seu "bem-estar".

    Não sei se é verdade ou mentira.
    Mas, se for inventado, é um caso real.
    Mais do que real.
    Era a obrigação da dócil mulher que ao longo dos séculos foi subjugada ...

    Não tenho aparecido.
    Todos as noites tenho imensas dores de cabeça, (das de caixão à cova), mas ando em médicos e se não morrer da curo, continuarei a aparecer.

    Desculpe qualquer coizita!

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  35. Olá, Zé Torres
    Trate dessa saúde como dever ser!
    Sabe que faz falta por cá...
    Votos de rápidas melhoras.
    Um abraço
    Mariazita

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  36. Estou ansiosa por saber se Arnaldo irá responder.
    Ou será que a amiga dos correios nem sequer deixa seguir a carta?
    Vou ler a parte seguinte para saber.

    Beijinhos

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A SI, QUE VEIO VISITAR-ME, UM GRANDE
BEM HAJA!

BEIJINHOS
MARIAZITA