(Ficção baseada em factos reais)
PRIMEIRO EPISÓDIO
A Anita! Eu conheci-a. Era meiga, bonita, pele de bronze, macia, olhos verdes, de azeitona.
PRIMEIRO EPISÓDIO
A Anita! Eu conheci-a. Era meiga, bonita, pele de bronze, macia, olhos verdes, de azeitona.
Nascida e criada na Ilha cresceu livre como um pássaro.
Alegre, exuberante, excelente aluna, rapidamente se fez mulher e concluiu o ensino liceal.
Era de sua vontade, e também dos pais, prosseguir os estudos, fazer-se professora.
Como na Ilha isso não era possível, foi enviada para a cidade grande, a capital, que não conhecia.
Foi um deslumbramento! Tanta coisa nova, tantas luzes, tantas pessoas!
Apesar disso, adaptou-se facilmente ao ritmo da grande cidade; em breve estava matriculada e a estudar com interesse, como sempre fizera.
Devido à sua grande simpatia e beleza conquistou amigas e amigos, com quem passava os tempos livres.
Um jovem colega, Arnaldo, cativou particularmente a sua atenção. Surgiu uma amizade especial que, a breve trecho, se transformou em amor. Amor calmo, sereno, que ambos viviam a cada instante.
Em época de férias Anita regressava à Ilha, onde a aguardavam os pais, Eulália e Justino.
Os pais faziam planos para o seu futuro:
Terminado o curso Anita voltaria definitivamente à Ilha, onde poderia exercer a sua profissão de professora no liceu local. Faria um bom casamento e viveria feliz na casa que eles projectavam oferecer-lhe.
Anita sorria, apenas, sem coragem para contar que o seu coração já estava comprometido. Para quê? Ainda faltava tanto tempo para terminar o seu curso! Nessa altura informaria os pais de que tencionava casar-se com o jovem que ela mesma escolhera.
O tempo não pára, e chegou o dia em que recebeu o seu diploma.
Depois de longas e apaixonadas promessas de amor eterno, despediram-se, com o compromisso de que em breve iriam reunir-se na Ilha.
Anita comunicaria aos pais os seus planos, e Arnaldo voaria ao seu encontro para realizarem o casamento. Ficariam a viver na Ilha, onde ambos poderiam dar aulas no liceu.
À chegada Anita foi recebida com alegria ainda maior, já que, desta vez, não haveria mais despedidas. Ela vinha para ficar.
Aguardava-a uma grande surpresa. Os pais haviam organizado um jantar para o dia seguinte, convidando todos os familiares e alguns amigos, para festejar o regresso da filha, durante o qual fariam uma comunicação muito importante.
Anita mal podia esperar, cheia de curiosidade.
Assim, no dia seguinte, durante a refeição, o pai pediu a palavra, agradeceu a presença de todos, e comunicou que em breve Anita iria casar-se.
Surpresa, Anita sorriu, pensando rapidamente que, por qualquer razão que ela desconhecia, os pais tinham tido conhecimento do seu namoro na capital.
Mas o pai continuou:
- Já está tudo tratado. Casa comprada, mobilada, tudo pronto. Anita apenas terá que escolher o vestido de noiva, e caminhar até ao altar. Mais logo o noivo virá oficializar o pedido.
Anita empalideceu. Não era possível que o namorado que deixara na capital viesse, mais logo, pedir a sua mão em casamento. Só podia ser uma brincadeira.
Receosa acercou-se do pai. Com uma tranquilidade apenas aparente, perguntou-lhe o que queria dizer aquela declaração.
Com um grande sorriso, feliz, o pai aconselhou-a a ter calma e paciência para esperar, pois não tardaria muito a ter resposta para todas as suas dúvidas.
Depois da refeição todos se retiraram para a sala.
Anita sentia o coração apertado. Não adivinhava nada de bom. Tinha um mau pressentimento.
Alegre, exuberante, excelente aluna, rapidamente se fez mulher e concluiu o ensino liceal.
Era de sua vontade, e também dos pais, prosseguir os estudos, fazer-se professora.
Como na Ilha isso não era possível, foi enviada para a cidade grande, a capital, que não conhecia.
Foi um deslumbramento! Tanta coisa nova, tantas luzes, tantas pessoas!
Apesar disso, adaptou-se facilmente ao ritmo da grande cidade; em breve estava matriculada e a estudar com interesse, como sempre fizera.
Devido à sua grande simpatia e beleza conquistou amigas e amigos, com quem passava os tempos livres.
Um jovem colega, Arnaldo, cativou particularmente a sua atenção. Surgiu uma amizade especial que, a breve trecho, se transformou em amor. Amor calmo, sereno, que ambos viviam a cada instante.
Em época de férias Anita regressava à Ilha, onde a aguardavam os pais, Eulália e Justino.
Os pais faziam planos para o seu futuro:
Terminado o curso Anita voltaria definitivamente à Ilha, onde poderia exercer a sua profissão de professora no liceu local. Faria um bom casamento e viveria feliz na casa que eles projectavam oferecer-lhe.
Anita sorria, apenas, sem coragem para contar que o seu coração já estava comprometido. Para quê? Ainda faltava tanto tempo para terminar o seu curso! Nessa altura informaria os pais de que tencionava casar-se com o jovem que ela mesma escolhera.
O tempo não pára, e chegou o dia em que recebeu o seu diploma.
Depois de longas e apaixonadas promessas de amor eterno, despediram-se, com o compromisso de que em breve iriam reunir-se na Ilha.
Anita comunicaria aos pais os seus planos, e Arnaldo voaria ao seu encontro para realizarem o casamento. Ficariam a viver na Ilha, onde ambos poderiam dar aulas no liceu.
À chegada Anita foi recebida com alegria ainda maior, já que, desta vez, não haveria mais despedidas. Ela vinha para ficar.
Aguardava-a uma grande surpresa. Os pais haviam organizado um jantar para o dia seguinte, convidando todos os familiares e alguns amigos, para festejar o regresso da filha, durante o qual fariam uma comunicação muito importante.
Anita mal podia esperar, cheia de curiosidade.
Assim, no dia seguinte, durante a refeição, o pai pediu a palavra, agradeceu a presença de todos, e comunicou que em breve Anita iria casar-se.
Surpresa, Anita sorriu, pensando rapidamente que, por qualquer razão que ela desconhecia, os pais tinham tido conhecimento do seu namoro na capital.
Mas o pai continuou:
- Já está tudo tratado. Casa comprada, mobilada, tudo pronto. Anita apenas terá que escolher o vestido de noiva, e caminhar até ao altar. Mais logo o noivo virá oficializar o pedido.
Anita empalideceu. Não era possível que o namorado que deixara na capital viesse, mais logo, pedir a sua mão em casamento. Só podia ser uma brincadeira.
Receosa acercou-se do pai. Com uma tranquilidade apenas aparente, perguntou-lhe o que queria dizer aquela declaração.
Com um grande sorriso, feliz, o pai aconselhou-a a ter calma e paciência para esperar, pois não tardaria muito a ter resposta para todas as suas dúvidas.
Depois da refeição todos se retiraram para a sala.
Anita sentia o coração apertado. Não adivinhava nada de bom. Tinha um mau pressentimento.
FIM DA PRIMEIRA PARTE
Bolas! e eu que queria ver o que acontecia a seguir, e afinal acabou em suspenso!
ResponderEliminarEstá muito bom, se for editado, exijo a primeira edição!!
beijinho *
Mas...
ResponderEliminarÓ Mariazita, que grande "maldade" deixar-nos em suspense...
Mas também que delícia de texto... Os meus parabéns pois está magnífico, como sempre aliás... mas por favor não nos deixe esperar muito pelo desfecho deste caso da Anita!
Casamentos combinados pelos pais não seria novidade, embora esteja já há muito tempo em desuso.
Uma surpresa feliz para a Anita, seria o ideal... mas não há muitos pais com vontade de apressar o casamento das filhas, especialmente sem motivos "urgentes" para o fazer!
Por isso estou curiosissimo!
Um beijinho, e... espero, até muito breve, com o resto da narrativa..
Nádia, querida, a curisidade matou o gato...sabias?
ResponderEliminarAlém disso, "o segredo é a alma do negócio".
Ora se queres a primeira edição, e o papel principal quando for feito o filme...há que manter o suspense até ao final...-:)))
Beijinhos, amor.
Tua
Vó Tita
Outros tempos ou outras culturas. Se fosse nos dias de hoje, era logo:
ResponderEliminar- Mas tu picas-te, cota?!?
Olá Mariazita,
ResponderEliminarDelícia de texto e de história.
Ainda nos nossos dias quantas vezes nos vemos, pelas mais diversas razões, impedidos de estar com quem realmente amamos ...
Aguardo com interesse a continuação da história.
Oxalá a Anita diga ao pai :
Oh .. desculpa papá, bateste com a cabeça foi ?!...
:-)
Beijinho
Maria
Sabes aguçar a curiosidade daqueles que te lêem. Evadi-me e sonhei.Aguardo o desfecho que pressinto inesperado mas surpreendente.
ResponderEliminarBeijinho
Olá Menina, bom dia! Obrigada pela visita; assim a retribuo...
ResponderEliminarVenho tarde, mas cheguei
é sempre bom visitar-te
e um abraço deixarei
pois é um gosto abraçar-te!...
Bj
Maria Mamede
Meu caro Com senso
ResponderEliminarAgradecendo as suas palavras elogiosas, tenho que dizer o que respondi à minha neta Nádia:
"A curiosidade matou o gato"...-:)))
Com o decorrer dos acontecimentos verá que "naqueles tempos" e "naquelas terras" não eram assim tão invulgares os casamentos arranjados pelos pais.
O programa segue dentro de momentos... suspense!!!
Beijinhos
Mariazita
Olá, Rafeiro
ResponderEliminarÉ isso aí!
Se lhe perguntassem: "Tu picas-te, cota?" certamente o pobre pai pensaria: coitadinha, endoidou! No jardim não há rosas, e há quanto tempo não se usam cotas!!!
Outros tempos, outras realidades...
Beijocas
Mariazita
Querida Maria
ResponderEliminarO sofrimento pelo amor é uma realidade... Era naquele tempo, e é agora também, às vezes.
Estás a ver a Anita responder ao pai duma forma tão "desrespeitosa"???
No mínimo mandava-a internar...
Aguardemos, a ver no que isto vai dar...
Beijinhos
Mariazita
Olá, Mia
ResponderEliminarO desfecho, desfecho mesmo...talvez demore um pouco.
Entretanto, vai acompanhando as aventuras e desventuras da Anita.
Ela prometeu-me aparecer de vez em quando para contar um pouco mais da sua história...
Beijinhos
Mariazita
Maria Mamede
ResponderEliminarLinda, a tua quadra, e gostoso o teu abraço.
Volta sempre
Beijinhos
Mariazita
Gostei de te ler! O mais certo é os pais terem tratado de lhe arranjar marido! Engano-me? Beijos.
ResponderEliminarA história promete.
ResponderEliminarAté agora é muito melhor que a "Anita" do Marco Paulo e até que a outra, a dos livros infantis.
Beijos.
Mariazita
ResponderEliminarA história é bonita, tem a particularidade de a resolução ficar em suspenso. O desfecho pode ser edificante, mas!... Quem sabe é o autor!...
Espero ver!...
Beijos
Daniel
Aposto que vai sair o conto do primeiro caso de bigamia.
ResponderEliminarEla casou com os dois!
Olá Paula.
ResponderEliminarSerá??? O mistério adensa-se...-:)
Veremos o que o futuro lhe reserva (à Anita, claro!)
Obrigada.
Beijinhos
Mariazita
Olá, João Paulo.
ResponderEliminarPromete...continuar.
Não conheço a Anita do Marco Paulo, mas imagino que as suas palavras sejam um elogio a "esta" Anita.
Beijos
Mariazita
Caro Daniel
ResponderEliminarNão se pode saber tudo duma vez, certo?
Assim as histórias não teriam graça...
Vá aparecendo,e a seu tempo saberá mais coisas.
Beijinhos
Mariazita
Olá, Zé Torres
ResponderEliminarGosto muito de o ver por cá. Quer isso dizer que sempre conseguiu encontrar a minha casita...
Sabe que não tinha pensado nisso?
Bigamia? Até que não é uma má ideia!
Lá vou eu ter que alterar o guião todo!!!
Bjs
Mariazita
Não consigo ler o seu post às 3 da manhã, Mariazita, volto amanhã. Vc não sabe que eu estava prestes a fechar o meu Blog, devido a línguas maledicentes, e só não o fiz porque recebi a solidariedade dos amigos. De quebra, fiz novo post, mais ousado. Apareça, querido, vc será muito benvindo.
ResponderEliminarwwwrenatacordeiro.blogspot.com/
Um beijo,
Renata
Oie, Renata
ResponderEliminarLamento os problemas que estão lhe causando.
Infelizmente há pessoas que só se sentem bem a tentar prejudicar quem nunca lhes fez mal.
Mas tenho a certeza que vc vai conseguir ultrapassar e seguir em frente.
Beijinhos
Mariazita
Mal dá para esperar pelo capítulo seguinte. Espero que a Anita não tenha a submissão que me parece estar a ser-lhe exigida.
ResponderEliminarMas esperemos.
Um abraço
Querida Meg
ResponderEliminarHá que ter paciência e aguardar o desenrolar dos acontecimentos...
Vái aparecendo, e verás!
Beijinhos
Mariazita
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarQue pais onipotentes, Mariazita! Só faltam eles assumirem a personalidade dela e viverem na pele dela!
ResponderEliminarBjos...
Ana
Olá Marazita,
ResponderEliminarPrevejo uma belíssima história que só agora começou.
Beijinhos
Olá, Ana
ResponderEliminarSó agora reparei que tinha posto aqui um comentário...
Obrigada!
Beijinhos
Mariazita
Amiga Mariazita,
ResponderEliminarComecei agora a ler a história da Anita.
Estou a gostar muito da tua escrita.
Estou já tensa com o que irá acontecer a Anita.
Vou já ler a 2ª parte.
Beijinhos