DESABAFO
Numa altura em que tanto se fala dos professores e suas lutas, parece-me oportuno publicar este texto, recebido por email. É um pouco longo, mas bastante interessante
Tristeza
(...) Por isso, fiquei muito surpreendida quando, esta manhã, acordei com uma vontade intensa de procurar o endereço do meu blog ( até me esqueço dele!) e desabafar.
Desabafar porque a tristeza que tem tomado conta de mim, nos últimos tempos, já não se contenta em ser verbalizada com alguns colegas de trabalho (poucos!) que, infelizmente, vão partilhando estes sentimentos de desalento e angústia.
Desabafar porque estou a sentir-me inútil, enxovalhada, descartável e uma peça partida de um jogo de xadrez qualquer, jogado por aprendizes dessa arte ancestral e que requer tanto inteligência como habilidade. Ou será que se tratam antes de foliões que, num pub rasca qualquer, vão atirando dardos a um alvo para passarem o tempo?
Desabafar porque, quando me perguntam qual é a minha profissão, eu já não sei se devo responder orgulhosamente "Sou professora!" ou, em vez disso, "Faço parte de uma companhia circense e, conforme o dia, vou sendo a mulher-palhaço, contorcionista, malabarista, domadora de feras...Olhem! Acumulo funções!"
Aproximam-se a passos largos os meus quarenta e três anos. Desde os seis que estou ligada ao ensino. Nunca cheguei a sair da escola. Fui aluna e depois professora. Comecei a leccionar ainda como estudante universitária e esta profissão faz parte de mim como a minha pele. No entanto, hoje sinto-me como uma cobra: com uma urgente necessidade de a mudar e arranjar uma nova. Pela primeira vez, questiono a sabedoria da escolha que fiz relativamente à minha profissão. Escolha consciente, diga-se em abono da verdade...a culpa foi toda minha, ninguém me obrigou e pessoas avisadas bem me alertaram. Mas, também existiam outras que pensavam de forma diferente.
Relembro nomes de antigos professores... daqueles que, por si só, já eram uma aula e não precisavam de recorrer a metodologias e estratégias inovadoras (já agora...se alguém souber de alguma que ainda não tenha sido tentada, não seja egoísta e partilhe-a comigo...eu já não consigo inventar mais!).
Recordo como esses professores me incentivaram a seguir esta carreira-"Foste feita para ensinar, miúda! Vai em frente!"- e como um deles, quando o encontrei já bem velhote, comentou com um sorriso "Eu bem sabia! Sempre lá esteve o bichinho!"
Que diriam, todos os meus professores que já partiram, sobre tanto decreto regulamentar que, em vagas sucessivas, vai transformando a nossa Escola e os seus professores num circo de muito má qualidade, cheio de artistas saturados, humilhados, mal pagos e fartos de trabalharem num trapézio sem rede?
Sou regulada por um Ministério que espera que eu seja animadora cultural, psicóloga, socióloga, burocrata, legisladora, boa samaritana, mãe substituta... Espera-se que tenha doses industriais de paciência e boa vontade, que me permitam aguentar a falta de educação de meninos mal formados, de meninos dos papás, de meninos que estão na escola apenas porque não têm ainda idade para trabalhar (porque bom corpo isso têm!), de meninos que estão na escola a enganar os pais, que até se deixam enganar por conveniência, de meninos que frequentam os Cursos de Educação e Formação e os Profissionais porque acham que é uma forma de fazer turismo com os livros debaixo do braço (desculpem, enganei-me...vou rectificar- "sem os livros debaixo do braço"), de meninos que vêm para a escola para não deixarem que outros meninos, estes últimos sim, com aspirações e provas dadas, possam seguir em frente até serem os homens que os primeiros nem sequer conseguem projectar mentalmente...
Além disso, tenho reuniões: de departamento, de conselho de turma, de equipa pedagógica, de Assembleia de Escola (pois foi...também caí na patetice de aceitar presidir a este órgão...mais uma vez a culpa foi minha, pois pessoas avisadas bem me alertaram!), de grupos ad-hoc, de reuniões para decidir quando faremos mais reuniões...
Tenho legislação para ler. Labirintos de artigos em que o próprio Minotauro marraria vez após vez num ataque de fúria! Um dédalo legislativo, no qual nem Teseu conseguiria encontrar a ponta do fio. Há papelada para preencher. Pautas dos profissionais, grelhas de observação para cada um dos alunos, registos das actividades de remediação...
Não esquecer a reposição de aulas. As dos alunos que faltam por doença, por namoro, por jogo dos matraquilhos...desde que a justificação do Encarregado de Educação seja aceite, lá tenho eu de arranjar actividades de remediação para quem não quer ser remediado! Proibi a mim própria adoecer, visto que também tenho de repor essas aulas, mais as das greves, as das visitas de estudo dos alunos nas quais a minha disciplina não partici pa ( mesmo estando eu a cumprir o meu horário na escola...não faz mal, depois ofereço um bloco ou dois de noventa minutos gratuitamente!), as das minhas ausências em serviço oficial...
A questão é saber quando e como vou repor essas aulas, dado que o meu horário e o dos alunos é incompatível durante os períodos lectivos! Claro que isso não faz mal: dou dias das minhas férias! Afinal, não consta por aí que os professores estão sempre a descansar?
Tenho aulas para preparar. Testes e trabalhos para corrigir. Devo investir na minha formação. Quando? Como? Onde? E isto é a ponta de um rolo de lã que, bem aproveitadinho, dava uma camisola e pêras! Ou então uma camisa de onze varas!
Fazendo o ponto da situação, sobra-me pouco tempo para aquilo que gosto realmente: ensinar. Pouco tempo para aquilo que me dá prazer: fazer circular o conhecimento. Pouco tempo para conseguir que esse conhecimento ocupe o espaço que, na maioria dos casos, é ocupado por uma crassa ignorância.
Agora, dizem-me que vou ser avaliada ( tudo bem, não tenho nada contra o ser avaliada...talvez assim, com as novas emoções, eu descongele, pois há tanto tem po que estou no frigorífico laboral!), mas parece-me que vou voltar a uma espécie de estágio ainda pior do que aquele que enfrentei há dezassete anos atrás.
Tenho receio que as escolas se transformem num circo ainda maior. Um circo de palhaços ricos e palhaços pobres. Um circo de compadrios e vingançazinhas pessoais. Um circo em que uma meia dúzia de artistas vai andar vestido de lantejoulas e seguido de cãezinhos amestrados, uma outra meia dúzia vai tornar-se perita na arte do contorcionismo, para evitar obstáculos, e a grande maioria da companhia vai ter de engolir fogo para o resto da vida profissional.
Ah! Não posso esquecer que, se tudo correr de feição a este Ministério da Deseducação, até o senhor Zé da padaria vai poder presidir a um órgão de gestão das escolas.
Esta não é a profissão para a qual eu me preparei anos a fio. Por isso, estou triste. Estou triste. E não escrevi sobre tudo a que tinha direito. E esta tristeza, para que eu a consiga despejar convenientemente, tem de ser escrita, gravada com letras...não me chega falar dela. Até porque, ultimamente, também já não me apetece falar.
Numa altura em que tanto se fala dos professores e suas lutas, parece-me oportuno publicar este texto, recebido por email. É um pouco longo, mas bastante interessante
Tristeza
(...) Por isso, fiquei muito surpreendida quando, esta manhã, acordei com uma vontade intensa de procurar o endereço do meu blog ( até me esqueço dele!) e desabafar.
Desabafar porque a tristeza que tem tomado conta de mim, nos últimos tempos, já não se contenta em ser verbalizada com alguns colegas de trabalho (poucos!) que, infelizmente, vão partilhando estes sentimentos de desalento e angústia.
Desabafar porque estou a sentir-me inútil, enxovalhada, descartável e uma peça partida de um jogo de xadrez qualquer, jogado por aprendizes dessa arte ancestral e que requer tanto inteligência como habilidade. Ou será que se tratam antes de foliões que, num pub rasca qualquer, vão atirando dardos a um alvo para passarem o tempo?
Desabafar porque, quando me perguntam qual é a minha profissão, eu já não sei se devo responder orgulhosamente "Sou professora!" ou, em vez disso, "Faço parte de uma companhia circense e, conforme o dia, vou sendo a mulher-palhaço, contorcionista, malabarista, domadora de feras...Olhem! Acumulo funções!"
Aproximam-se a passos largos os meus quarenta e três anos. Desde os seis que estou ligada ao ensino. Nunca cheguei a sair da escola. Fui aluna e depois professora. Comecei a leccionar ainda como estudante universitária e esta profissão faz parte de mim como a minha pele. No entanto, hoje sinto-me como uma cobra: com uma urgente necessidade de a mudar e arranjar uma nova. Pela primeira vez, questiono a sabedoria da escolha que fiz relativamente à minha profissão. Escolha consciente, diga-se em abono da verdade...a culpa foi toda minha, ninguém me obrigou e pessoas avisadas bem me alertaram. Mas, também existiam outras que pensavam de forma diferente.
Relembro nomes de antigos professores... daqueles que, por si só, já eram uma aula e não precisavam de recorrer a metodologias e estratégias inovadoras (já agora...se alguém souber de alguma que ainda não tenha sido tentada, não seja egoísta e partilhe-a comigo...eu já não consigo inventar mais!).
Recordo como esses professores me incentivaram a seguir esta carreira-"Foste feita para ensinar, miúda! Vai em frente!"- e como um deles, quando o encontrei já bem velhote, comentou com um sorriso "Eu bem sabia! Sempre lá esteve o bichinho!"
Que diriam, todos os meus professores que já partiram, sobre tanto decreto regulamentar que, em vagas sucessivas, vai transformando a nossa Escola e os seus professores num circo de muito má qualidade, cheio de artistas saturados, humilhados, mal pagos e fartos de trabalharem num trapézio sem rede?
Sou regulada por um Ministério que espera que eu seja animadora cultural, psicóloga, socióloga, burocrata, legisladora, boa samaritana, mãe substituta... Espera-se que tenha doses industriais de paciência e boa vontade, que me permitam aguentar a falta de educação de meninos mal formados, de meninos dos papás, de meninos que estão na escola apenas porque não têm ainda idade para trabalhar (porque bom corpo isso têm!), de meninos que estão na escola a enganar os pais, que até se deixam enganar por conveniência, de meninos que frequentam os Cursos de Educação e Formação e os Profissionais porque acham que é uma forma de fazer turismo com os livros debaixo do braço (desculpem, enganei-me...vou rectificar- "sem os livros debaixo do braço"), de meninos que vêm para a escola para não deixarem que outros meninos, estes últimos sim, com aspirações e provas dadas, possam seguir em frente até serem os homens que os primeiros nem sequer conseguem projectar mentalmente...
Além disso, tenho reuniões: de departamento, de conselho de turma, de equipa pedagógica, de Assembleia de Escola (pois foi...também caí na patetice de aceitar presidir a este órgão...mais uma vez a culpa foi minha, pois pessoas avisadas bem me alertaram!), de grupos ad-hoc, de reuniões para decidir quando faremos mais reuniões...
Tenho legislação para ler. Labirintos de artigos em que o próprio Minotauro marraria vez após vez num ataque de fúria! Um dédalo legislativo, no qual nem Teseu conseguiria encontrar a ponta do fio. Há papelada para preencher. Pautas dos profissionais, grelhas de observação para cada um dos alunos, registos das actividades de remediação...
Não esquecer a reposição de aulas. As dos alunos que faltam por doença, por namoro, por jogo dos matraquilhos...desde que a justificação do Encarregado de Educação seja aceite, lá tenho eu de arranjar actividades de remediação para quem não quer ser remediado! Proibi a mim própria adoecer, visto que também tenho de repor essas aulas, mais as das greves, as das visitas de estudo dos alunos nas quais a minha disciplina não partici pa ( mesmo estando eu a cumprir o meu horário na escola...não faz mal, depois ofereço um bloco ou dois de noventa minutos gratuitamente!), as das minhas ausências em serviço oficial...
A questão é saber quando e como vou repor essas aulas, dado que o meu horário e o dos alunos é incompatível durante os períodos lectivos! Claro que isso não faz mal: dou dias das minhas férias! Afinal, não consta por aí que os professores estão sempre a descansar?
Tenho aulas para preparar. Testes e trabalhos para corrigir. Devo investir na minha formação. Quando? Como? Onde? E isto é a ponta de um rolo de lã que, bem aproveitadinho, dava uma camisola e pêras! Ou então uma camisa de onze varas!
Fazendo o ponto da situação, sobra-me pouco tempo para aquilo que gosto realmente: ensinar. Pouco tempo para aquilo que me dá prazer: fazer circular o conhecimento. Pouco tempo para conseguir que esse conhecimento ocupe o espaço que, na maioria dos casos, é ocupado por uma crassa ignorância.
Agora, dizem-me que vou ser avaliada ( tudo bem, não tenho nada contra o ser avaliada...talvez assim, com as novas emoções, eu descongele, pois há tanto tem po que estou no frigorífico laboral!), mas parece-me que vou voltar a uma espécie de estágio ainda pior do que aquele que enfrentei há dezassete anos atrás.
Tenho receio que as escolas se transformem num circo ainda maior. Um circo de palhaços ricos e palhaços pobres. Um circo de compadrios e vingançazinhas pessoais. Um circo em que uma meia dúzia de artistas vai andar vestido de lantejoulas e seguido de cãezinhos amestrados, uma outra meia dúzia vai tornar-se perita na arte do contorcionismo, para evitar obstáculos, e a grande maioria da companhia vai ter de engolir fogo para o resto da vida profissional.
Ah! Não posso esquecer que, se tudo correr de feição a este Ministério da Deseducação, até o senhor Zé da padaria vai poder presidir a um órgão de gestão das escolas.
Esta não é a profissão para a qual eu me preparei anos a fio. Por isso, estou triste. Estou triste. E não escrevi sobre tudo a que tinha direito. E esta tristeza, para que eu a consiga despejar convenientemente, tem de ser escrita, gravada com letras...não me chega falar dela. Até porque, ultimamente, também já não me apetece falar.
Publicada por a casa da mariquinhas em 18:17
2 comentários:
A. João Soares disse...
Cara Amiga,
Parabéns por estar a alimentar este blog com o nível que lhe é peculiar.
Este texto está muito bem apresentado.
Compreendo esta situação. Mas, se não pode resolver-se com paninhos quentes, também não se resolverá com violência, a acrescer à muita que já por aí há, sem ninguém a parar.
É certo que esta ministra não tem credibilidade para dialogar com as partes interessadas - professores, pais, alunos, autarquias, etc. Haveria que a substituir já e antes que as coisas se azedem mais. E depois, sentar à mesa representantes das partes interessadas à procura de avaliações e outras medidas que prestigiem o ensino e os seus agentes. Não pode ser esquecido o objectivo do ensino que deverá ser o de preprar adultos com capacidade para criar a grandeza de que Portugal necessita «Levantai hoje de novo o esplendor de Portugal».
Beijinhos
João
No blog Do Miradouro há novos artigos
4 de Março de 2008 18:49
a casa da mariquinhas disse...
Meu caro amigo
Obrigada pelas suas amáveis palavras acerca deste bolg.
Vou transcrever o que deixei no meu blog Sapo:
Agradeço o seu comentário, mas deixe-me esclarecer:
Eu sou contra toda e qualquer espécie de violência.
Mas penso que esta situação só pode resolver-se com atitudes enérgicas, o que não implica violência...
Atingiu-se um ponto tal que, desculpe, não acredito que se decida sem umas valentes vassouradas!
O esplendor de Portugal, em meu entender, depende essencialmente dessa "limpesa".
Até sempre. Beijinhos
Mariazita
6 de Março de 2008 16:58
De A. João Soares a 3 de Março de 2008 às 18:03
ResponderEliminarQuerida Mariazita,
Agradeço a visita e o comentário deixado no meu blog.
Sugiro que coloque este post no seu novo blog que é de mais fácil consulta.
Este texto está muito bam apresentado. Reproduzo aqui a resposta que lhe dei no meu blog
Compreendo-a. Mas, se não pode resolver-se com paninhos quentes, também não se resolverá com violência, a acrescer à muita que já por aí há, sem ninguém a parar.
É certo que esta ministra não tem credibilidade para dialogar com as partes interessadas - professores ~´, pais, alunos, autarquias, etc. Haveria que a substituir já e antes que as coisas se azedem mais. E depois, sentar à mesa representantes das partes interessadas à procura de avaliações e outras medidas que prestigiem o ensino e os seus agentes. Não pode esquecer o objectivo do ensino que deverá ser o de criar adultos com capacidade para criar a grandeza de que Portugal necessita«Levantai hoje de novo o esplendor de Portugal».
Beijinhos
João
6 de Março de 2008 às 16:26
ResponderEliminarMeu caro amigo
Agradeço o seu comentário, mas deixe-me esclarecer:
Eu sou contra toda e qualquer espécie de violência.
Mas penso que esta situação só pode resolver-se com atitudes enérgicas, o que não implica violência...
Atingiu-se um ponto tal que, desculpe, não acredito que se decida sem umas valentes vassouradas!
O esplendor de Portugal, em meu entender, depende essencialmente dessa "limpesa".
Até sempre. Beijinhos
Mariazita
De Paula Azevedo a 4 de Março de 2008 às 15:23
ResponderEliminarSendo também professora, identifiquei-me de imediato com as palavras que acabei de ler. Apenas acrescento que nunca imaginei que, ao fim de 20 anos de serviço, chegaria ao ponto de desejar mudar de profissão! Mas a verdade é que neste último ano já o desejei diversas vezes! Não fosse já ter ultrapassado a barreira dos 40 e pensava nisso mais a sério.
Resta-me apenas alguma esperança que a voz da razão se faça ouvir e que ainda se vá a tempo de alterar o que de tão errado se fez (e se continua a fazer) no nosso sistema de ensino.
Apenas mais uma linha, para acrescentar que artigos destes são sempre importantes, servindo para divulgar o estado de espírito com que a grande maioria dos professores se encontram actualmente.
Muito obrigada mãe.
6 de Março de 2008 às 16:43
ResponderEliminarMinha filha
Gostei muto da tua visita a esta "nossa " casa.
Agradeço o teu comentário, que me agradou muito. Vindo duma pessoa do "meio", reforça a convicção que eu tinha de que estes assuntos merecem ser publicados.
Volta mais vezes...pelo menos nas férias, já que, entretanto, tens o tempo super-ocupado!
Estarei sempre a teu lado.
Beijinhos da tua maãe
Mariazita
Como professora fiquei emocionada com o artigo.
ResponderEliminarSomos soldado do ensino, não sendo reconhecido pela pátria.
Beijos
Vilma Tavares
quinta-feira, 1 de Maio de 2008, 18:14:25
domingo, 9 de Março de 2008, 16:44:36 | Canduxa
ResponderEliminarMariazita Querida
Gostei muito deste texto e fez-me pensar de que cor sou eu...
Hum... acho que sou da cor do arco-íris . Nele estão contidas as cores mais lindas do Universo e por isso me faz sentir parte dele. A magia do arco-íris é a magia que têm todas as mulheres, não achas?
Deixo-te com a cor amarela....afinal sou uma estrelinha de passagem pela terra.
Beijinho grande
Canduxa
domingo, 9 de Março de 2008, 18:31:38 | mariazita
ResponderEliminarDe mariazita a 9 de Março de 2008 às 18:22
Canduxa, minha querida
Eu gosto muito de verde. E de azul. Azul do céu, verde da floresta, e a mistura dos dois no mar...Adoro o mar, como sabes.
O árco-íris assenta-te lindamente! És tu!
E a tua estrelinha amarela é pequenina mas irradia muita Luz...
Beijinhos, e até breve.
Mariazita
Querida Mariazita
ResponderEliminarFez muito bem aproveitar este óptimo texto para ser difundido no seu blog que, dado o nível que tem é seguido por centenas de pessoas.
Tudo é real: a professora autora não exagerou em nada, muito antes pelo contrário.Tal como a própria afirmou, até nem disse tudo: por exemplo, no início de um ano lectivo,chega um professor a uma escola, onde não conhece um único aluno e, logo em uma das primeiras reuniões, é-lhe pedido que indique a percentagem de discentes que serão aprovados no final do ano!!!!
É preciso mostrarmos lá fora como por cá tudo corre «sobre rodas»( apetecia-me dizer que os professores correm sob rodas.
É preciso que o país saiba o que realmente acontece e como é, realmente, a vida destes abnegados profissionais - um autêntico sacerdócio.
Obrigada por ter partilhado.
Um beijinho
Beatriz