DESTAQUE PARA UMA MULHER
Como é habitual, no mês de Março,
que hoje se inicia, celebra-se, o “Dia Internacional da Mulher”, precisamente
no dia 08. Esta celebração, que ocorre a nível mundial, destina-se a enaltecer o papel da Mulher na
sociedade, e a sua eterna luta pelos seus direitos, tantas vezes desprezados.
É comum as mulheres serem
presenteadas com flores ou outros mimos, e, nalguns lugares, haver mesmo
eventos dedicados a enaltecer o seu valor.
Toda a gente, dum modo geral, já
ouviu falar numa ou noutra mulher que teve lugar de relevo na luta pelos seus
direitos – lembremos as mulheres que, em Nova Iorque, no dia 25 de Março de
1911, foram vítimas dessa mesma luta, tendo visto, como represália, serem queimadas as fábricas onde trabalhavam
e onde mais de uma centena pereceu no
meio das chamas.
Hoje ocorre-me falar-vos de uma
Mulher, não muito conhecida, mas que, a seu modo, lutou bravamente pelos
direitos das mulheres.
Nascida em 5 de Maio de 1864, na
Pensilvânia, Elizabeth Cochran cedo se revelou contrária às regras à
data em vigor , no que se referia à condição feminina.
Discordando da ideia de que as
mulheres só poderiam contribuir para a sociedade trabalhando em casa, e num tempo em que se dizia que Jornal “não
era lugar para mulher", aos 18
anos ela já trabalhava como jornalista, usando o pseudónimo de Nellie Bly.
Contrariamente ao que era habitual
na época, ela escreveu sobre questões feministas, chamando a atenção para os
pouquíssimos direitos das mulheres.
Com o desejo de crescer dentro do
jornalismo mudou-se para Nova Iorque, conseguindo, de imediato, emprego no jornal New York World.
Como prova de fogo, logo de início
foi-lhe destinada uma reportagem num hospital psiquiátrico, acerca do qual
corriam boatos de que os internados eram vítimas de abusos praticados pelos
funcionários. Até à data ninguém tivera a coragem de investigar a veracidade do
que se dizia.
Com a promessa de que a fariam ter
alta em dez dias, Elizabeth aceitou o maior desafio da sua vida. Mas nunca
poderia imaginar como seria difícil.
Nellie Bly (Elizabeth Cochran)
teve de se disfarçar, fingindo-se de demente, para poder introduzir-se no
hospital .
Bastaram-lhe as primeiras
impressões lá dentro para ficar horrorizada.
O número de pacientes era,
seguramente, o dobro do que o hospital deveria abrigar. A alimentação era
miserável – pão velho, carne meio podre, e água suja. A higiene era
inexistente, e viam-se ratos por todo o lado.
A doença mental de Nellie era
fingida, mas as condições do hospital bastariam para levar qualquer um à
loucura.
Ela conheceu lá várias mulheres que
não tinham nada de loucas, estavam lá apenas porque eram pobres ou não sabiam
falar inglês (imigrantes). Enfiavam-nas no manicómio considerando-as indesejáveis.
As mulheres que realmente tinham
problemas mentais não recebiam o tratamento adequado. Em vez disso eram
submetidas a experiências violentas, abusivas, eram amarradas e sujeitas a
métodos que só poderiam ser descritos como tortura.
Cumprindo a promessa que lhe havia
sido feita, dez dias depois um advogado foi libertá-la.
As experiências, algumas
traumatizantes, vividas no manicómio, deram origem ao impressionante livro “
Dez dias num manicómio”.
Esta publicação e o alvoroço que
suscitou, obrigou o governo a implementar mudanças para melhorar a condição dos
pacientes.
Com uma força interior incrível,
Elizabeth continuou a escrever sobre política, assunto quase exclusivo dos
homens. Lutou sempre pelos mais desprotegidos. Denunciou preconceitos.
Prova do seu carácter indomável, da
sua sede de saber e conhecer novas terras, novos povos, seus hábitos e
costumes, cometeu a proeza de dar a volta ao mundo em 72 dias.
Com as suas acções, exemplo e
espírito inquebrantável, Nellie inspirou muitas jovens em todo o país.
Dois anos antes de morrer teve a
felicidade de ver as mulheres conquistarem o Direito de Voto.
Elizabeth ficou famosa no país
inteiro.
Acabou por falecer em 1922, com 57
anos, vítima de derrame cerebral.
NO PRÓXIMO DIA 08 DE MARÇO FAREI A REPOSIÇÃO DE UM POEMA QUE ESCREVI, DEDICADO À MULHER.
CONTO CONTIGO!!!
Bela homenagem a essa importante e dedicada mulher, lutadora e tabalhadora! Bem lembrada! beijos ótimo março! chica
ResponderEliminarNão conhecia esta GRANDE MULHER e comeco por te agradecer esta informação tão detalhada sobre Ela. Felizmente, no meio de tamanhas atrocidades cometidas, não só contra as mulheres, mas também contra crianças e todos os outros seres humanos mais desfavorecidos, aparece sempre um anjo a tentar protegê-los e, com o seu exemplo, a convencer outros a juntarem-se nessa luta, muitas vezes com graves consequências; mas o medo não faz parte da vida desses anjos e seguem em frente nos seus intentos. Graças a eles, muito tem sido feito a favor das mulheres, mas ainda há muito a fazer. Vemos as mulheres no Afeganistão e em outros paises onde os direitos delas são nulos e agora, tantas que fogem da guerra carregando bebés ao colo e empurrando pesadas malas num desspero tremendo, tentando salvar os filhos. Uma dor 8mensa, querida Mariazita! Mas, o ser humano parece retroceder em certos aspectos e os " anjos " têm de continuar a sua função, pois não há nada que nos indique que os loucos poderosos mudem a sua maneira de pensar. A história diz-nos que assim será sempre e que as mulheres e crianças continuarão a ser as maiores vitimas. Obrigada, querida Amiga eespero que o teu cansaço esteja a diminuir e que a " ferida " esteja a cicatrizar. Beijinhos e um abraço carregadinho de amizade
ResponderEliminarEmilia 🙏 🕊 🌏
Спасибо большое. Мне нравится читать биографии и книги, основанные на реальных событиях. С первым днем весны!
ResponderEliminarNunca tinha ouvido falar dela, amiga! Parabéns por esse resgate, que ela bem merece! Á mulher, todas as honras; todos os cuidados e todo o carinho que ela merece. Não por ser mais fraca, mas por ser a origem de todos nós! Meu abraço, boa semana.
ResponderEliminarBoa noite de paz, querida amiga Mariazita!
ResponderEliminarMuito bom seu post revelando uma grande mulher que viveu além da sua época.
Ressaltou valores imprescindíveis às mulheres.
Vou voltar para seu poema, com todo gosto.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos carinhosos e fraternos
Interesante o que nos conta. Os psiquiátricos forom lugares asim ate moi pouco e dubido de que cambiaram tanto nos nossos días.
ResponderEliminarO jornalismo de investigação é algo que admiro.
Debemos a tantas mulheres que lutarom pelos dereitos que fomos acadando e que aínda temos que acadar para nos sentir em igualdade cos nossos congéneres, mas tanto homes como mulheres temos que conseguir acadar os direitos humáns para tudos e tudas.
Abraço e bo começo de março.
Beijinho
Dia da Mulher, dia de aniversário da minha mulher, dia de "celebrar" dois anos de clausura por causa da Covid.
ResponderEliminarBeijinhos
Querida Mariazita
ResponderEliminarMerecida homenagem a quem tanto se sacrificou pelos outros!
Obrigada por este testemunho.
Beijinho
Beatriz
Que linda homenagem. Já tinho lido qualquer coisa sobre ela, mas sem grande profundidade. Que prns ter morrido tão nova.
ResponderEliminarUm aplauso para todas as mulheres que de alguma forma, contribuíram para a nossa condição de mulher no século XXI, que não é perfeita, mas é tão melhor do que há apenas uma geração
Ei Mariazita,
ResponderEliminarEu adoro que o mundo lembre de todas nós.
Sua publicação é sublime,
Muito obrigada.
Lamento que as vezes
muitas de nós
esquecem quesomos
quem somos e abaixam
a cabeça
desnecessariamente.
Bjins de gratidão
e de parabéns a Mulher que Vc é.
Bjins de afeto.
CatiahoAlc.
ResponderEliminarQuerida Mariazita
Muito obrigada por me dares a conhecer esta Mulher que
tanto lutou pelos direitos humanos e que conseguiu
o seu lugar num mundo de homens.
A luta dessa douras mulheres é que nos permite dizer o que pensamos
e aspirar ao lugar que nos é devido na sociedade. Para isso, muito
sofrimento e muitos trabalhos tiveram de suportar.
Continua a haver muita resistência, embora a lei contemple esses
direitos. É nosso dever fazer ouvir a nossa voz da forma que nos
for possivel. Por exemplo, trazendo a história de quem conseguiu
mudar o rumo à História, como aqui fizeste.
Saúde e dias abençoados!
Beijinhos
Olinda
ResponderEliminarCorrigindo:
"dessa e doutras mulheres"
:)
Que homenagem fantástica, dedicada a todas as mulheres, Mariazita! Desconhecia por completo a sua história, que achei fascinante!... Já fui pesquisar... e parece que existem filmes a documentar a sua história de vida, relativamente recentes... ficarei atenta, para interiorizar melhor, o valor desta grande mulher na sua época, num tempo tão repleto de limitações!
ResponderEliminarGrata por esta fantástica partilha!!! Estimo que se encontre de saúde, assim como todos os seus, Mariazita!... Ando apardalada com os últimos acontecimentos, em que aqui a Europa mergulhou... logo depois de ter recuperado da falta de forças durante semanas, por causa do reforço da vacina... mais um embate emocional... que ano, Meu Deus!!! E ainda eu pensava que os dois anteriores não tinham sido grande coisa...
Um beijinho grande! Cuide-se bem! Votos de tudo a correr pelo melhor! Boa semana!
Ana
Belas palavras! As mulheres merecem toda nossa dedicação e amor por elas!
ResponderEliminarBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está em Hiatus de verão de 18 de janeiro à 04 de março, mas comentaremos nos blogs amigos nesse período! Mesmo em Hiatus, o blog tem um post novo. Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Muito interessante! É sempre bom divulgar estas pioneiras.
ResponderEliminarBeijinho
Querida Mariazita
ResponderEliminarDeixo aqui os meus parabéns por tão tocante homenagem.
Obrigada pela interessante partilha.
Um carinhoso abraço
Verena.
Há tanto para fazer a nível dos direitos e nem sempre consigo acreditar que continuamos no caminho da igualdade. Cada vez que há uma guerra e até os próprios já dois anos de pandemia, faz-me pensar que até já pode estar a acontecer alguns retrocessos.
ResponderEliminarObrigado pela partilha e pelo que esta simboliza, o ser humano pode escolher crescer ou viver de “elites”.
Abraço e boa semana.
Uma grande mulher em tempos onde era quase proibido que se destacassem a não ser em casa.
ResponderEliminarUma merecida homenagem.
Continuação de boa semana, amiga Maraiazita.
Beijo.
Excelente post!
ResponderEliminarPassei para desejar um excelente fim-de-semana!
Beijinhos,
Espero por ti em:
strawberrycandymoreira.blogspot.pt
http://www.facebook.com/omeurefugioculinario
https://www.instagram.com/marysolianimoreira
Precioso homenaje has escrito al recuerdo de una gran mujer que ha luchado durante toda su vida por los derechos de todas nosotras.
ResponderEliminarDécadas atrás, a la mujer se la consideraba solo como madre de familia y continuadora de la especie, salía del sometimiento de su casa paterna, al de su marido cuando se casaba, no podía hacer nada sin que su esposo le diese el visto bueno ¡Qué triste!
Menos mal que gracias a la valentía de mujeres como la que nos mencionas, Elizabeth Cochran, hemos podido ocupar el puesto que bien tenemos merecido en la sociedad, somos válidas y luchadoras.
Al igual que tú, mi querida amiga, que nos das ejemplo de ser una gran mujer que escribe con el corazón.
Cariños.
Kasioles
Minha querida amiga, isso que li é de horrorizar!!! Mas que mulher de fibra, corajosa, todos os elogios pra ela!
ResponderEliminarAs mulheres vêm há anos nessa caminhada mostrando capacidade (bem que matando um leão por dia), lutando pelos direitos igualitários. E vem conseguindo na Medicina, no Direito, nas Ciências e pesquisas de um modo geral. E a luta vai continuar, sem dúvida!
Grande mulher, Elizabeth Cochran, se eu voltar a essa vida, quero voltar mulher!
Belíssima tua postagem, Mariazita, aplaudo você de pé.
Um beijinho e um feliz fim de semana, na medida do possível, pois essa Guerra absurda, que nos preocupa muito, não está nada fácil.
Querida amiga Mariazita não conhecia a história desta notável notável mulher mulher. Hoje ainda os direitos das mulheres ainda não se tornaram bem igualitários, apesar de já ter havido havido civilizações, que deram destaque à mulher como mãe. Por por mim, talvez ate por ter sido criado com cinco irmãs, a mulher é a rainha... A rainha mãe.
ResponderEliminarBeijos de amizade´~.
É uma história impressionante e de extrema coragem, o que me impressiona mais é a intervenção de Elizabeth na psiquiatria daquela época. A psiquiatria teve uma origem realmente assustadora, na base da exclusão social e maus tratos (muito violentos). Felizmente, houve quem tivesse a força para expor tamanho problema e contribuir para a sua resolução! Um abraço, bom fim de semana!
ResponderEliminarBelíssima postagem querida Mariazita.
ResponderEliminarGrande Mulher Elisabeth Cochran
Beijinhos,feliz mês de Março,saúde e paz
Oportuna postagem Mariazitamiga!
ResponderEliminarFeliz Mês de Março que é todo nosso, especialmente um comemorado dia oito!
Beijos e abraço, daqui do Ceará!
Uma Mulher Extraordinária!
ResponderEliminarMagnifica homenagem!
Beijinhos
Gostei conhecer a história dessa mulher extraordinária, ousada e firme em suas decisões e em saber o queria da vida.
ResponderEliminarAbraços fraternos!
Que mulher corajosa! Que homenagem bem merecida aqui lhe é feita. Não conhecia Elizabeth Cochran e só posso imaginar o quanto sofreu para se aguentar 10 dias num manicómio. Só posso imaginar quanto teve que ser a melhor para se afirmar num mundo de homens. Obrigada por partilhar.
ResponderEliminarUm bom dia da Mulher para si.
Um beijo.
Eu não conhecia essa história, Mariazita. Acabei de baixar a amostra do livro digital. Provavelmente vou gostar e comprar. Muito obrigada pela ótima indicação! Beijinhos!
ResponderEliminarBelíssima e merecida homenagem. Parabéns para essa grande mulher dedicada e muito corajosa. Pena que nos deixou tão cedo.
ResponderEliminarAbraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Uma mulher coragem.
ResponderEliminarConseguir resistir naquele tempo 10 dias naqueles manicómios só podia ser alguém de uma força e tenacidade fora do normal.
Uma bela homenagem .
Grata pela partilha .
Brisas doces **