“… Imersa
nestes pensamentos Nanda nem se tinha apercebido de que chegara ao
supermercado. Só quando a voz do “segurança” disse, alegremente: Bom dia, dona
Nanda! – é que ela “desceu à terra” e apressou-se a ir fazer as compras.
Quando regressava, com um saco em cada mão, ouviu o
telefone tocar. Como era complicado, com os sacos das compras, atender,
deixou-o tocar, pensando: “Quando chegar a casa vejo quem ligou e retorno a
chamada” …”
SEGREDOS – CAPÍTULO XIII
Liberta dos sacos das compras Nanda olhou para o visor
do telemóvel verificando, com algum alvoroço, que fora Carvalho Araújo quem lhe
ligara.
Depois de uns minutos em que tentou acalmar a
ansiedade marcou o número e, passados poucos segundos ouviu a voz do “futuro
patrão”:
- Nanda? Liguei-lhe há pouco…
- Sim, Araújo, eu sei, mas não pude atender, peço
desculpa…
- Não tem importância. Eu gostava de falar consigo
pessoalmente para acertarmos os últimos pormenores. Finalmente tudo está
concluído e, neste momento posso dizer que a Ourivesaria Orvalho de Prata me
pertence.
- Isso quer dizer que o dono aceitou vender-lhe só
essa, separadamente da outra?...
- Exactamente! E ainda bem, sabe?, porque o outro
negócio que eu tinha em vista para o caso de este falhar não me agradava tanto.
- Só por curiosidade – posso saber de que se tratava?
- Com certeza! Era ligado ao ramo da restauração.
- Ah! Ainda bem que não precisou recorrer a isso… -
comentou Nanda.
- Por acaso eu também concordo… Mas a Nanda tem alguma
coisa contra a restauração?
- Não exactamente… mas passei por uma pequena experiência
pouco agradável, relacionada com farturas – respondeu Nanda, sorrindo levemente
à lembrança do Chico das Farturas.
- Bom, se foi desagradável não vou pedir que me conte.
Voltando ao nosso assunto, quando e onde poderemos encontrar-nos?
- Como hoje já é um pouco tarde… talvez amanhã de
manhã, no Café Estrela, este que fica perto da minha casa…
- Perfeito! Encontramo-nos lá, então. Até amanhã.
- Até amanhã – respondeu Nanda, desligando o
telemóvel.
Excitadíssima com a perspectiva de que muito brevemente
começaria a trabalhar, ligou ao Tó Zé.
- Eu cá tenho as minhas razões para acalentar
esperanças – ouviu-o dizer, em voz carinhosa.
- O quê? Não estou a perceber nada! Isso é alguma
forma nova de atender o telefone?
- Sim, mas só quando fores tu a ligar, não é norma
geral para toda a gente.
- Tu e as tuas conversas – replicou Nanda, que ainda
não acalmara a sua excitação. Quando começas a falar por enigmas ninguém te
endente…
- Não é nenhum enigma, só que, quando me ligas,
renasce em mim a esperança de voltar a ter-te nos braços – respondeu Tó Zé com
a voz carregada de mel.
Nanda ficou calada por uns momentos, em parte por não
saber o que responder, mas especialmente para acalmar o coração que lhe saltava
no peito. E pensou: “Eu estou mesmo carente! Porque é que este fulano agora
mexe tanto comigo? Tenho que ser forte e não me deixar enredar.”
- Pois bem podes esperar sentado – conseguiu, por fim,
responder. E, apressadamente acrescentou:
- Eu só te liguei para saber o que é que combinaste
com o nosso filho sobre a vinda deles para cima. Ele hoje ainda não me ligou
nem eu a ele, e tanto quanto sei havia a dúvida se tu ias buscá-los ou se era o
sogro que os trazia…
- Tens razão, havia a hipótese de ser o pai da
Catarina, a nossa nora, a trazê-los…
Nanda reparou no tom quase orgulhoso com que Tó Zé
pronunciava “nossa nora”, como se fosse mais um elo a ligá-los.
- Entretanto – continuou o seu ex – ontem à noite
falei com o Luís e combinámos ir eu buscá-los porque o sogro só podia vir daqui
por uns dias. E, já que as acomodações para eles estão prontas… não vale a pena
estar a atrasar a vinda, não concordas? Eu estou ansioso por conhecer o nosso
neto, e penso que contigo se passa o mesmo…
Novamente aquele tom de voz acariciador, quase íntimo.
Nanda sentia-se cada vez mais insegura, o que, ao mesmo tempo que lhe aquecia o
coração, a irritava, pois não queria deixar-se envolver. Tó Zé pertencia ao
passado e era lá que devia permanecer.
Foi, por isso, com voz firme que respondeu:
- Claro que se passa o mesmo. Tu deves saber que, para
as avós, o nascimento de um neto é tanto ou mais importante do que o de um
filho. Avó é mãe duas vezes!
- Vendo as coisas por esse prisma… avô também é pai
duas vezes – rematou ele, esquecendo-se de que não fora um pai muito presente.
Nanda decidiu não pensar nisso, e terminou a conversa
pedindo-lhe que fosse dando notícias quando iniciasse a viagem de
regresso.
Terminado o telefonema
com o Tó Zé decidiu ir terminar a limpeza da casa que iniciara no dia anterior
já que, no dia seguinte, iria encontrar-se com Carvalho Araújo e estava
esperançada em começar a trabalhar muito em breve.
Foi buscar o
material necessário e pôs-se ao trabalho. As mãos iam limpando o pó enquanto a
cabeça lhe recordava a conversa que acabara de ter com o seu ex-marido.
Ficava sempre
um pouco perturbada depois de falar com ele, o que atribuía ao facto de há
cerca de um ano não ter um namorado para se distrair. Tinha urgentemente de
combinar uma saída à noite com a Bela, pois os pretendentes não caíam do céu.
“Tenho que ir à caça…” – e sorriu à ideia.
Sentia-se
feliz. Parece que, finalmente, a sua vida estava a tomar um bom rumo.
As perspectivas
de ir trabalhar com o Araújo faziam-lhe crer que iria ter um bom ordenado; o
filho Luís estava prestes a vir morar para perto de si, e a lembrança de poder
ter o netinho nos braças fazia-a sorrir de enlevo; o filho Miguel também lhe
dissera que não tardava a vir de férias. Tudo se conjugava para ela viver dias
risonhos.
Assim pensando
lembrou-se de novo de Tó Zé e de como ele estava diferente desde que soubera que
ia ser avô.
A verdade é que
ambos tinham vivido alguns anos felizes, e ela não podia esquecer que lhe devia
muito. Não, Nanda não era ingrata, e sempre reconhecera que a atitude que ele
tivera há trinta anos fora prova de grande nobreza de carácter – para além de
lhe demonstrar que, de facto, a amava sem reservas.
Como era de
esperar o seu pensamento voou para Alessandro, no fundo o grande responsável do
seu casamento com Tó Zé…
***
No
início do namoro Bela acompanhava-os, mas como depois teve de se ausentar com a
mãe, eles passaram a andar sozinhos, o que lhes agradava muito mais.
Os pais de Nanda davam-lhe liberdade para um
namoro que imaginavam “à moda antiga”, em que os pares passeavam de mãos dadas,
trocando juras de amor.
Ela
saía todas as tardes para ir encontrar-se com o namorado, o que eles achavam
perfeitamente normal visto Nanda já ter completado os 18 anos. Como sempre
tinha sido uma menina entregue aos estudos, “com a cabeça no lugar” e sem
pensar em namoricos como a maioria das jovens da sua idade, não lhe punham
quaisquer restrições, confiando nela plenamente.
Como
era tempo de férias Nanda dispunha de muito tempo, o que não se passava com
Alessandro, que tinha de trabalhar na pesquisa para a qual fora enviado para
Lisboa. Contudo, a necessidade de estar com Nanda era tão premente que algumas
vezes descurava os seus afazeres, e só as chamadas de atenção de Milão o faziam
descer à terra. Apercebendo-se do que se passava, e não querendo causar-lhe
problemas, Nanda tomou a iniciativa de criar regras para os encontros, que
passaram a ocorrer só a partir das cinco da tarde, quando ele encerrava o
trabalho do dia.
Como
resultado da restrição de tempo em que estavam juntos, o amor eclodiu como um
vulcão. Cada vez a ligação entre eles era mais forte, criando laços muito
apertadas, difíceis de desatar.
Jovens,
viviam uma paixão sem algemas, tão forte que às vezes parecia irreal. Queriam
abarcar o mundo que lhes parecia só seu.
Depois do primeiro beijo no bar da praia no dia do
aniversário de Nanda, tímido e como que a medo, procuravam agora os lugares
mais solitários para se beijarem com sofreguidão. Neste clima que cada vez se
tornava mais intenso, sentiam crescer em si o desejo de se entregarem um ao
outro, de satisfazerem o que começava a tornar-se insuportável.
Na
cidade universitária, logo que Alessandro saía do trabalho e estando Nanda à
sua espera no passeio em frente, procuravam os recantos mais isolados e aí se
entregavam às suas manifestações amorosas que a cada dia se tornavam mais
ousadas. Os beijos arrebatadores já não os satisfaziam, os corpos, jovens e
sedentos, exigiam algo mais.
Naquele
dia Nanda avisara a Mãe de que iam ao cinema, à sessão das seis e meia, e
depois iriam comer qualquer coisa, pelo que chegaria um pouco mais tarde e não
jantaria em casa. Sentia-se portanto perfeitamente à vontade, sem a pressão das
horas para regressar.
Nas
várias deambulações que todos os dias faziam à procura do “melhor lugar”
acabaram por encontrar um local verdadeiramente isolado, longe de todos os
olhares indiscretos, e onde se sentiam totalmente tranquilos.
É
sábado, a universidade sem qualquer movimento, o dia chegando ao fim. Já se
vêem no céu os tons avermelhados do anoitecer. Nanda e Alessandro sem qualquer
vontade de se separar, continuam acariciando-se mutuamente, murmurando palavras
quase sem nexo, apenas com o intuito de continuarem juntos.
Alessandro
ousa um gesto mais íntimo e Nanda retrai-se. A severa educação que recebeu não
a deixa desinibir-se por completo. O assédio de que fora vítima também a
condicionava um pouco.
Com
palavras em que tenta dissimular a excitação Alessandro murmura na sua voz
doce, que o sotaque italiano torna ainda mais sedutora:
-
Porque me afastas, amore mio? Eu penso em ti a todos os momentos, e isto faz-me
sentir tão bem! Quero que sejas muito feliz.
Nanda
encostou o seu corpo ao dele, e Alessandro pode sentir como ela tinha a pele
arrepiada, no seu top de alcinhas. Rapidamente, num gesto de carinho, tapou-a
com o blazer que colocara sobre os seus ombros quando saíra do trabalho. Ao
mesmo tempo, segurando-a fortemente contra si, fê-la recostar-se de modo a
ficar com as costas sobre as folhas caídas sobre a relva. Nanda deixou de
oferecer resistência.
A noite ia
baixando. Já toda a gente tinha abandonado as proximidades. Encontravam-se
sozinhos. Subitamente, puxando-a para si beijou-a sofregamente.
O jogo amoroso iniciava-se. Os sentimentos de ambos,
tanto tempo recalcados, extravasaram. Entravam numa espiral sem retorno.
Lentamente,
Alessandro foi lhe descendo as alças do top, acariciando os seios que, jovens e
firmes, se lhe ofereciam como num altar. Como que em “slow motion” foram
retirando as roupas um ao outro, entregando-se assim, sem reservas, àquela
paixão que os enlouquecia.
O
desejo de ambos passou a ser incontrolável e no chão, ao lado da roupa retirada
dos corpos, consumaram, numa loucura frenética, a paixão que tinham acumulada.
Parecia-lhes
ouvir ao longe uma música suave, embalando-os e transportando-os para outro
universo.
Exaustos pela força com que se amaram, repousam
agora, felizes.
Os corpos nus, transpirados, são percorridos por um
leve arrepio. Apesar da temperatura anormalmente elevada daquele dia - o Verão
estava a chegar ao fim - a noite refrescara um pouco.
Recompuseram-se a custo. Os corpos suados pareciam
não querer separar-se. Mas o tempo não pára, e Nanda tinha de regressar
rapidamente para evitar alguma reprimenda ou, na pior das hipóteses, alguma
proibição de sair tantas vezes de casa.
A partir desse dia a vontade de se encontrarem a sós
cresceu assustadoramente.
Depois do arrebatamento da primeira vez, já mais
calmos, compreenderam o risco que corriam ao exporem-se num local público, por
muito recatado e longe de olhares indiscreto que ele fosse.
Alessandro propôs, e Nanda imediatamente aceitou,
que passassem a encontrar-se no T1 que ele alugara à chegada a Lisboa. E assim
passou a ser.
Passaram então a viver dias de perfeita loucura.
Completamente à vontade, entregavam-se àquele amor que os enlouquecia como se
não houvesse amanhã.
Alessandro não se cansava de acariciar a curvatura
do pescoço de Nanda, a macieza da sua pele, a beleza dos seios que ele beijava
ao de leve, demorando-se em cada gesto como se quisesse eternizá-lo.
Nanda, de olhos fechados, sentia a leveza das suas
mão a acariciá-la, num enlevo que a transportava como se viajasse num veleiro
para outros mundos, onde a felicidade não tinha fim.
Uma vez por outra, de mãos dadas, passeavam à beira
rio, vagarosamente, aspirando o ar de fim de Verão, serenos e felizes.
Beijando-se meiga e suavemente, apreciavam os veleiros do Tejo com as velas
brancas enfunadas, deslisando sobre as águas, levados pela leve brisa do
anoitecer.
Os olhos de ambos apenas viam o lado belo da
vida. Riam de tudo e de nada, só por estarem
juntos e se sentirem felizes.
E assim decorreram três semanas que, a seus olhos,
pareciam minutos.
Por norma, Alessandro não telefonava durante as
horas de trabalho. Um dia, inesperadamente, Nanda olha para o visor do
telemóvel que começara a tocar e vê que quem lhe estava ligando era o seu namorado.
Sem saber explicar porquê sentiu um arrepio…
Maria Caiano Azevedo
Lindo mais esse capítulo,Mariazita e tua inspiração romântica agrada sempre... Era fácil saber não ser nenhum enigma: apenas o amor... beijos, tudo de bom,chiuca, feliz OUTUBRO!
ResponderEliminarQuerida amiga: Siento que no pueda comentarte cuando publicas ya que me he perdido todos los capítulos que llevas publicados, pero me ha entrado gran curiosidad por conocer el argumento de tu libro y hoy me he decido por buscar el primer capítulo y leerlo.
ResponderEliminar¡Lo has conseguido! Ya me tienes enganchada, de momento sólo sé que la protagonista es Nanda, que tiene dos hijos, el mayor casado, buen estudiante y vive en Bélgica, su otro hijo no le ha salido igual pero vive en Portugal y con una chica que conoció allí, trabaja eventualmente y como es un poco cabeza loca, suele pedirle dinero a su madre que, separada de su marido, actualmente se ha quedado sin trabajo y no se siente bien.
Le cuenta a su médico lo que le ocurre y alguien escucha parte de la conversación, al salir de la consulta un hombre la aborda y le da una tarjeta con su dirección, le dice que dentro de unas semanas puede tener una solución a sus problemas.
Te lo escribo en este comentario por si hay más personas que, como yo, no saben todavía de qué va tu libro y así se pueden ir enterando.
Desde aquí les digo que vale la pena seguirlo, a mí me ha enganchado y mañana, cuando tenga un rato libre, me leeré el segundo capítulo.
¿Qué tal te encuentras?
Ya me dirás lo que te ha dicho el médico. Ojalá todo marche bien.
Cariños.
kasioles
E já lá se vão treze capítulos!!!
ResponderEliminarNanda parece muito dividida nos sentimentos d'amores do passado e d'agora. À cada narrativa tão bem elaborada, fica-se a imaginar o que está por vir! Será Nanda feliz em seu novo trabalho? Como será seu comportamento quando estiver no convívio com o filho, o neto e o ex? Fico aqui, do outro lado do Atlântico na maior expectativa, ansiosa leitora que sou! Um forte abraço, Mariazita amiga!
Nanda, Alessandro y personajes singulares adornan tu fantasía pródiga, Mariazita, para beneficio de tus lectores en tantas latitudes distintas.Me incluyo.
ResponderEliminarAbrazo austral.
Não sei....mas parece-me que a vida da Nanda vai continuar com o seu ex marido; com a chegada do neto e com um maior convivio entre eles, a familia vai reconstruir-se. Mas quem és tu, querida Amiga! Esperemos, com paciência, os próximos capitulos, pois ainda há muita coisa por explicar. Está a ser muito interessante a história, bem escrita e de fácil leitura. Parabéns, querida Mariazita e obrigada por nos proporcionares momentos tão belos. Um beijinho muito, muito especial
ResponderEliminarEmilia
Que maldade, Mariazita, interromper a narrativa logo agora! :) Eu queria saber o que estragou o namoro com o italiano. Já desisti de adivinhar. Você sempre me surpreende. Parabéns pela cena de sexo! Ficou bonita. Que o próximo capítulo venha logo! Beijinhos!
ResponderEliminarQuerida amiga Marizita deste forte como escritora, como sempre fui lendo cada vez mais interessado. No entanto tentando adivinhar, para onde a Nanda se vai cair. Tenho cá a minha ideia na verdade, mas nada como acompanhar a bonita história amorosa. Pode o Alessandro ter fé no elo constituído pelo neto. Agora... A pergunta que se põe, é se o elo é suficiente forte para o embrulho!
ResponderEliminarAsseguro que, a novela me parece muito bem encaminhada.
Beijos
Mais um excelente episódio que nos deixa em ânsias pelo próximo.
ResponderEliminarAbraço e um mês de Outubro com saúde e alegria
Querida Mariazita é com grande entusiasmo que li mais um episódio de uma bonita história de amor. Anciosa que venha o próximo.
ResponderEliminarBeijinhos
Interessante! Boa teia narrativa.
ResponderEliminarBeijo e bom regresso
Como te decía esta mañana, cuando te escribí el comentario, el primer capítulo de tu libro ya me enganchó y ahora, pese a que ya debería de estar en la cama, no he podido remediar la tentación de leer tu segundo capítulo:
ResponderEliminarY ella se quedo sin saber que hacer con la tarjeta que aquél extraño bien vestido le había dado, pensó en tirarla, pero al final la guardó en el bolso.
Se sentía cansada y decidió regresar a casa. Un poco antes de llegar, vio que la furgoneta de su vecino Francisco no estaba aparcada en el lugar habitual y se acercó, su sorpresa fue grande al encontrarlo con la cabeza apoyada en el volante y llorando.
Logró, tras preguntarle varias veces, que se sincerase con ella y el acabó confesando que el médico le había dicho que si no dejaba el trabajo que venía desarrollando habitualmente con su furgoneta, acabaría en una silla de ruedas. Nanda trató de animarle y él pensó que pudiera ser buena idea buscar a un socio, el negocio daba para dos.
Nanda le sonrió y le propuso ser su socia, acordaron un periodo de prueba de dos semanas, no sabía si sería capaz de desempeñar airosa el trabajo y si la remuneración le compensaría.
Al llegar a casa le esperaba meneando el rabo su perro Tejo, como estaba cansada le hizo poco caso y se tumbó en la cama, se sacó los zapatos que le molestaban y vino a su mente el hombre misterioso que le había dado la tarjeta, luego volvió a la realidad, el teléfono estaba sonando.
Querida amiga, me encanta como escribes y aunque tengo que consultar varias veces al traductor, lo entiendo bastante bien.
Ah! Puedes utilizar un edulcorante apto para diluirlo en caliente, no creo que altere en nada el rico sabor de esa mermelada de albaricoques, igual de rica está si es de melocotón y ahora aún los hay en el mercado, los albaricoques ya no los hay.
Cariños.
kasioles
Tive que me rir ao lembrar a experiência trágica com as farturas. Mas o ponto alto deste episódio é a analepse apaixonada. Não há paixões como as da juventude. Já se vê onde tanto fogo conduzirá...
ResponderEliminarBeijinho
Ruthia
O Berço do Mundo
ResponderEliminarMariazita, querida Mariazita,
que leitura absorvente nos ofereces, neste capítulo:
o amor consumado de Nanda e Alessandro, e o telefonema dele
que parece não trazer bons augúrios. Por outro lado, o que terá
o ex-marido feito pela Nanda, assim tão importante, que ela se sente
ainda agradecida?
Um bom par de suspenses que tu vais ter de resolver, minha querida
amiga :) Portanto, aqui fico à espera da continuação desta bela história.
Até ao próximo capítulo!
Beijinhos
Olinda
Mais um capítulo bem interessante, onde a história se vai desenrolando em tempos diferentes, mas muito bem conjugados, com uma excelente narrativa.
ResponderEliminarA parte má deste capítulo é que só daqui a um mês é que vem o próximo...
Querida amiga Mariazita, um bom resto de semana.
Beijo.
Você sabe contar, Mariazita, tem um poder de sintase grande para uma história complexa!
ResponderEliminarE vamu-qui-vamu!
Beijo, querida amiga, bons dias pela frente, parece que há eleições por aí, não?
Bom voto!
Ya he leído el tercer capítulo de tu libro, cada vez me gusta más y paso un rato entretenido pese a que, a veces, tengo que ir al traductor cuando encuentro dificultad en la comprensión de alguna palabra.
ResponderEliminarNanda no quiso coger el teléfono, se imaginó que sería su hijo Luís y que quería pedirle dinero, su situación económica no era buena ya que seguía desempleada.
Pero se decidió a llamar a su exmarido para tratar de tenerle al corriente de la situación de su hijo Luis.
To Zé enseguida reconoció su voz y muy cariñoso le dice que nunca se olvidó de ella, no lo podía creer, actualmente vivía con otra y tenían un hijo en común.
Se centró en el motivo de su llamada y le dijo que su hijo Luis le iba a hacer abuelo y que su situación económica no era nada buena.
To Zé se alegró y le contestó que no iba a dejar a su nieto morir de hambre que buscaría alojamiento para ellos, su casa era pequeña y la de Nanda también.
Tras la conversación con su exmarido, estaba contenta y reconoció que aún era una mujer atractiva, no llegaba aún a los 50 años.
Se preparó la comida, recogió la cocina y llamó a su amiga Bela para salir a andar, quedaron dentro de media hora. Se vistió con ropa de deporte y al poco recordó que tenía que llamar a su hijo, se le hacía tarde y decidió dejarlo para la vuelta.
Estaba a punto de salir de casa cuando sonó el teléfono, era Luis que le dejaba un mensaje de voz diciéndole que le había llamado varias veces y que precisaba hablar con ella con urgencia, su voz denotaba ansiedad.
Gracias por escribir tan bien y enganchar a tus lectores.
Cariños.
kasioles
Ah, os filhos e os netos mais perto do coração...
ResponderEliminarMas o que mais mexe é a perspectiva de emprego "total". É que isto de "ir á caça" não é tão fácil para acertar nas contas,
Vamos esperar o encontro, não?
Beijo
SOL
Hola, Mariazita ¿Qué tal estás? Ojalá que todo marche bien y pronto me cuentes algo.
ResponderEliminarYa he leído el cuarto capítulo, es muy largo, intentaré resumirlo:
Después de escuchar el mensaje de su hijo Luis, su voz denotaba urgencia, dudó si hablar con él, su amiga la esperaba.
Pero era madre y le llamó mientras caminaba al encuentro de Bela.
Su hijo estaba emocionado, le comunicó que había sido abuela de un niño precioso, sorprendida por el rápido parto, le preguntó qué había pasado, pero todo estaba dentro de la normalidad, Catarina se habría equivocado al echar las cuentas. Madre e hijo estaban bien y él se sentía feliz y orgulloso. Nanda se ofreció para ir a ayudarles pero Luís le dijo que no hacía falta, que su mujer se había ido a casa de su madre con el bebé, que estaban bien atendidos y que él la visitaba todos los días después del trabajo, no se podía permitir perderlo.
Tengo una buena noticia, dijo Nanda, he hablado con tu padre y al saber que iba a ser abuelo se alegró mucho, a su nieto no le iba a faltar nada y me prometió que os iba a buscar un alojamiento y ayudaros hasta que encontrases un trabajo.
Se despidieron, apagó el móvil y le explicó a Bela que ya había sido abuela. Era tarde y dejaron la caminata para otro día. Nanda tenía que hacer llamadas para comunicarla noticia.
De regreso a casa se paró en una cafetería a tomar un vaso de agua y su pensamiento retrocedió 30 años... tenía entonces 17 y caminaba distraída, un golpe la hizo girar, estaba furiosa, pero se detuvo al ver a un joven con voz dulce que le pedía disculpas en italiano, se disipó su enojo al fijarse en sus preciosos ojos azules. Él le pidió perdón pues estaba preocupado y andaba distraído. Nanda no supo que contestar. Se quedó con el nombre de Alessandro Adari.
La voz del camarero hizo que volviese a la realidad y continuó su camino a casa.
En el rellano de la escalera se encontró con su vecino Jorge, siempre amable y respetuoso. Le comunicó que había sido abuela y él no lo creía, más que abuela parecía hermana de sus hijos.
Nanda entró en su casa y se dijo:¡Siempre tan galante y simpático este Jorge! Y esos ojos azules... Si no fuese aquél pequeño defecto yo sería capaz de dar unas vueltas con él en el carrusel.
¡Qué desperdicio Dios mío! y rió.
Una vez más te doy las gracias por los buenos ratos que me haces pasar con la lectura de tu libro.
Cariños.
kasioles
Um capítulo lindo, romântico e intenso, amei!
ResponderEliminarBeijos e feliz semana!
Que seria que o Alessandro tinha para dizer à Nanda, não me parece que fosse muito agradável para ela. Já estou a imaginar um pouquinho o desenrolar da história, vamos ver se acerto nalguma parte....
ResponderEliminarFico a aguardar o próximo capítulo.
Beijinhos
Maria
Continuo a seguir a sua história com entusiasmo e muito prazer.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
E surgiu outro romance dentro do romance...
ResponderEliminarUm longo capítulo, mas muito interessante.
Estive a ler completamente absorvida. Os primeiros amores, de
18 anos, dizem ser inesquecíveis... eu fico admirada porque
nessa idade, era completamente imatura para a paixão.
Parabéns, querida Amiga, por ter esses dom fantástico.
Ótimo Outubro e dias repletos de tudo que é bom para si.
Grande e terno abraço.
~~~
Bem! A seguir virá a parte do sofrimento... porque nem tudo são rosas.
ResponderEliminarEstou a gostar muito da narrativa. O dom de saber contar.
Beijinhos, amiga!
Querida amiga: Agradezco mucho tus letras y los ánimos que me das al decirme que los resúmenes que hago de tus capítulos están bien.
ResponderEliminarNunca he sabido sintetizar ¡qué más quisiera yo! pero lo hago con la mejor voluntad posible.
Tengo una amiga española a la que hablé de tu libro y le he contado los dos primeros capítulos que había traducido, le prometí que seguiría traduciendo los que tenías publicados y así, ella, al entrar en tu blog, podrá ir leyéndolos en español sin ninguna dificultad.
Lo que sí siento, es que se pierda esos diálogos de humor que yo no puedo traducir por no alargar más la síntesis que pretendo hacer, pero reconozco que forman parte de la "sal" de tu libro que lo hace mucho más amenos y nos arranca una sonrisa de vez en cuando.Muchas gracias por esos buenos ratos.
Paso ahora a sintetizar el capítulo número 5, lo haré en el siguiente comentario.
Abrazos.
kasioles
CAPÍTULO V
ResponderEliminarTelefoneó para comunicar que ya era abuela, estaba contenta.
Recordó la reacción de su ex al saberlo, se sentía feliz, les estaba buscando un alojamiento y un trabajo a su hijo, lo daría todo por su nieto.
Nanda se fue a dormir sin lograrlo, de tantas vueltas, cayó rendida y, entre sueños, ya que tenía a su nieto en brazos, escuchó el sonido del teléfono, refunfuñando lo cogió preguntándose quién podría ser a las 7 de la mañana. La voz de el Chico (Francisco) sonó preguntándole dónde estaba. Malhumorada contestó que en la cama. Chico no lo podía creer, llevaba tiempo esperándola y ella seguro que se había olvidado de que era la FERIA DE MACARIO y deberían estar de camino. Chico le repetía una y otra vez que los inventos estaban en el almanaque y que tenían que ir, era necesario para que el negocio prosperase.No entendía de lo que hablaba Chico hasta que, ya despierta se dio cuenta que se refería a los EVENTOS y se arregló rápido.
Recordó que había hablado con él de llevar la furgoneta, montar la tienda y vender churros.
Chico, al verla, estaba nervioso, aquello no volvería a repetirse, ya tendrían que tener la tienda montada a esas horas.
Le dijo a Nanda que llevase la furgoneta y lo hizo sin dificultad. Llegaron rápido y se dieron prisa para ordenarlo todo y hacer la masa para los churros.
Nanda sudaba y la clientela se amontonaba, no podía ir más rápido. Chico cobraba y la animaba a que apurase. Nanda estaba arrepentida de haberse metido en semejante fregado.
Al atardecer, recogieron e iniciaron el camino de regreso, Nanda aprovechó para decirle que quería abandonar el trabajo. Chico no salía de su asombro, ella se había comprometido, la palabra valía tanto como un papel en el Registro, pero Nanda estaba decidida.
Como no querían terminar enfadados, decidieron olvidar la conversación y continuar como si nada hubiese pasado.
Nanda llegó a casa, se metió en la ducha con idea de quitarse el olor a churros y mientras le acariciaba el agua, recordó los ojos verdes de su vecino RUI Y los azules de Francisco, no pudo por menos que murmurar ¡Qué desperdicio Dios Mio!
Era tarde y se decidió a cenar en un restaurante cercano, se sentó en la mesa de siempre, el empleado estaba hablando con un cliente que se le hizo conocido ¿Dónde lo he visto, se preguntó? Sin saber el porqué, le vino a la mente Alessandro. ¿Por qué se acordaba tanto de él desde que nació su nieto?
Y revivió el primer encuentro que tuvo con él, la había empujado.¡Vaya forma de pasear!le había dicho creyendo que era un turista italiano. Le contó que venía de trabajar en la FACULTAD DE CIENCIAS, que estaba haciendo un trabajo de investigación, le contaré más si acepta a comer conmigo.
El empleado del bar interrumpió sus pensamientos ¿Qué va a querer la Sra? Pidió una ensalada con pollo.
Antes que el camarero se marchase le preguntó: ¿Conoce al señor que acaba de salir del bar?
Continuará....
Cariños.
kasioles
Boa noite amiga Mariazita,
ResponderEliminarUm conto envolvente muito bem narrado. Gostei de ler.
Amiga estive ausente devido meu tratamento, agora já estou retornando as atividades, desculpe a ausência.e alegrias.
Noite de paz
Bjs
Mariazita, um bom fim de semana.
ResponderEliminarBeijo.
...Sempre que a "coisa" parece correr pelo melhor, os acontecimentos precipitam-se. Oxalá não seja assim.
ResponderEliminarBeijo
SOL
Olá amiga Mariazita,
ResponderEliminarFeliz com sua gentil visita que tanto me alegra.
Não há que se desculpar querida, todos temos vida extra-net, nem sempre podemos estar toda hora com disponibilidade.
Venha do puder, serás sempre bem vinda.
Bom domingo com paz e alegria
Bjsss
Oi mariazita! Me desculpe pela demora! A historia vai se desenrolando em bela e caprichosa narrativa. Confesso que às vezes tenho que voltar ao capitulo anterior para me contextualizar . O livro vai se encorpando com maestria. Feliz semana. Grande beijo.
ResponderEliminarGosto da forma como misturas passado e presente e, principalmente, da leveza e do lirismo com que tratas os temas de amor. Acredites, ou não, fazes-me voltar aos tempos da minha adolescência, quando assim eram os romances! Belo post, Mariazita; meu abraço, boa semana!
ResponderEliminarQuerida Mariazita: Como acabo de publicar y ya tengo unos cuantos comentarios, se me está acumulando el trabajo y la traducción del sexto capítulo de tu libro se estaba retrasando.
ResponderEliminarHace unas horas me ha llamado una amiga y me preguntaba si ya tengo traducido el siguiente, ahora mismo paso a escribir lo que he resumido y así ella también lo podrá leer:
Nanda quería saber quién era el señor que hablaba con el camarero y, cuando estuvieron a solas, le preguntó si lo conocía. ¡Pues claro! es el ingeniero Carballo que ha llegado hace unos meses, quiere invertir en su tierra natal, se quedó sin padres de muy pequeño y lo criaron sus abuelos y un tío que le dio estudios en el extranjero. Antonio, el empleado del bar, se sorprendió que Nanda, siendo licenciada en finanzas, no le conociera. Nanda le explicó que sólo tenía un curso superior de contabilidad, pero para el camarero era lo mismo ya que, ningún empresario llevará bien sus finanzas si no sabe contabilidad. Nanda entendió su razonamiento.
Nanda enseguida se dio cuenta que, el tal Carballo, era el mismo que la abordó al salir de la oficina de empleo y le dio su tarjeta.
De camino a casa pensó en el ingeniero y se dijo que la conversación que mantuvo con él días atrás, empezaba a tener sentido.
Al llegar al portal se encontró con su vecina Carla, las dos simpatizaban y se saludaron amigablemente.
Carla aprovechó para darle la enhorabuena por su nieto ¿Ya lo sabe? dijo Nanda. Carla le contó que la noticia se había corrido no sólo por todo el edificio sino también por el barrio, Nanda pensó que no era ningún secreto.
Hacía mucho que no hablaban y la invitó a pasar a su casa. Carla se sinceró con ella y confesó que no tenía amigas, que el resto de los vecinos se limitaban sólo a saludarla cuando la veían. Nanda le sacó importancia, en realidad Carla hacía poco tiempo que había ido a vivir allí y el resto de los vecinos se conocían desde la construcción del edificio, con un poco de paciencia, le dijo, pronto te sentirás como parte de esta gran familia.
Volvieron a tratar el tema del nieto de Nanda y estuvieron de acuerdo en que las buenas noticias hay que propagarlas,ya que, de las malas, ya se encarga la televisión.
Al mencionar las malas, salió en conversación Alberta, una joven con síndrome de Down que siempre se la ve con un hombre diferente, todos se aprovechan de su deficiencia, son unos sinvergüenzas.
Debido a la alteración en sus cromosomas (en el par 21, en lugar de tener dos, tienen tres) las personas con este síndrome tienen más apetito sexual y,junto con su forma de ser cariñosas, amables, simpáticas, van coleccionando hombres con los cuales tienen sexo sin control ¡Menos mal que tienen dificultades para quedarse embarazadas!
Nanda comentó que, siempre que veía a Alberta, le recordaba a una chica de Beira, el pueblo de sus abuelos. ¡Qué casualidad, mis abuelos también eran de allí, dijo Carla!
A las preguntas de Carla, Nanda le fue contando que iba todos los años a verlos, en verano sólo una semana pero, en invierno, se pasaban las Navidades con ellos, ya que su padre tenía más vacaciones.
Carla tenía vagos recuerdos del pueblo, sus abuelos se habían trasladado a la ciudad muy pronto.
Pero Nanda recordaba cuando iba con su padre al pinar a buscar musgo para armar el belén, llevaban cesto y navaja para que no se estropease al transportarlo y, al volver, helados de frío, se acercaban rápido a la chimenea para calentarse. Lo que sí recordaban las dos era el olor a canela y limón que desprendían los Bolinhos de Jerimu.
Nanda también recordó otro ritual que le encantaba O DOTIÇAO DE NATAL, su padre iba solo a buscar un grueso tronco de pino que se prendía la noche de Navidad y se conservaba ardiendo lentamente, sin llama, hasta el día de fin de año, después se apagaba a media noche y se volvía a encender cuando había tormentas, se decía que tenía poderes para detenerlas y evitar desgracias en personas y animales.
Continuación CAPÍTULO VI:
ResponderEliminarNanda también le contó que era hija única, que su padre era su héroe y ella su princesa, que su madre era más exigente con ella pero que también la quería mucho, que cariño nunca le ha faltado. Ella reconoció que nunca estuvo a la altura de las expectativas de su madre, la quería perfecta y ella sabía que no lo era.
Se les hizo tarde, Carla tenía que ir a buscar al colegio a los gemelos, disculpa, le dijo Nanda, no te pregunté por ellos ¿Cómo están? Bien, pero la semana pasada Tiago me ha dado un susto y lo tuve que llevar al hospital, no fue nada grave, pero no veo la hora en que los pueda operar, ya sabes como está la Sanidad en Portugal.
Yo voy a atender a mi "bebé Tejo" no vaya a ser que riegue...
Hasta el próximo capítulo, te dejo un fuerte abrazo.
Kasioles
¡Hola Maiazita!
ResponderEliminarAdmiro la capacidad que tienes para escribir estos bellos y largos relatos, de los cuales harás un buen libro, historias y peripecias que desenvuelves a la perfección y va reflejando la vida misma de cualquier ser humano, con altos y bajos sonrisas y lágrimas y donde los personajes todos simpatizan súper bien.
Ha sido muy placentero leer este capítulo, gracias por darnos tanto y tan bonito.
Te dejo mi cálido abrazo y mi gratitud, tanto por tu buen hacer, como por tu huella en mi espacio.
Se muy, muy feliz.
Passei para te avisar que "não me peças mais poemas"...
ResponderEliminarMas não te assustes, é só da boca para fora...
Querida amiga Mariazita, continuação de boa semana.
Beijo.
Concretizar desejos interiores é o renascer da verdadeira Esperança.
ResponderEliminarBeijo
SOL
Meu abraço, amiga, e votos de boa semana. Aguardo as novas peripécias. :)
ResponderEliminarQuerida amiga: Agradezco tus letras en mi espacio y, con más razón, porque no andas sobrada de tiempo.
ResponderEliminarA mí también me está costando trabajo el poder compaginar las clases en la universidad con el blog y la traducción de los capítulos de tu libro, pero reconozco que, esto último, es un ejercicio extraordinario para entender cada vez mejor tu idioma. Soy una alumna que va progresando adecuadamente. Sonrío.
Ahora estoy intentando resumir, lo más posible, el largo capítulo VII que ¡al fin! he logrado traducir.
Cariños en un fuerte abrazo.
Kasioles
Y ahora paso a resumir lo más brevemente que pueda el VII capítulo de tu libro:
ResponderEliminarTejo la esperaba impaciente para salir a la calle.Corría de árbol en árbol marcando su territorio.
Mientras Nanda sujetaba la correa, iba pensando en su conversación con Carla.
Su marido y ella eran dos almas con gran corazón, habían adoptado a esos gemelos con el problema del labio leporino ¡Mucha suerte habían tenido esos niños al encontrar unos padres tan buenos!
Terminado el paseo con el perro, volvió a casa, se sentó en el sofá, encendió el televisor y se puso a pensar en todo lo sucedido en ese día. Podía analizar la información que le había dado el camarero del bar sobre el ingeniero Carballo. Como ya era de noche, se fue a dormir.
Al día siguiente se levantó pronto, desayunó ligero, no podía permitirse perder su figura, tenía que ser muy cuidadosa con lo que comía y no dejar las caminatas. Había quedado con Bela para andar. La encontró en la cafetería con la tablet abierta. Tras saludos efusivos, Bela preguntó: ¿Sabes lo que es un count down? Si, una cuenta regresiva, cuenta atrás. Bela siguió haciéndole preguntas: ¿Cuántas personas conocen este significado?¿Cuántas palabras portuguesas son utilizadas por cadenas de TV inglesas o francesas? Nanda no tenía ni idea y no sabía a qué venían tantas preguntas.
Bela le contó que estaba escuchando un programa matinal de esos que ofrecen dinero en el que decían que la lengua portuguesa tiene 400.000 vocablos y que por eso no hay necesidad de recurrir a palabras extranjeras. Se quejaba de que estos programas tenían que emplear palabras comprensibles para un público no letrado. Ella era una purista de la lengua y las modernidades no las aceptaba.
En fin, dijo Nanda ¿Vamos a caminar? Bela se sinceró y le confesó que la había llamado para charlar con ella, hacía tanto que no hablábamos... Lo dijo con un tono y gesto mimosos.
Pues bien, aquí estoy a tu disposiciòn, pero no tienes que usar disculpas, ya sabes que a un deseo tuyo vengo corriendo.
Ah! Tengo una novedad para contarte, le dijo Nanda. Cuenta, a mi me gustan las noticias nuevas, pero, antes te haré una pregunta: ¿Cuando le hablaste a Carla de la Navidad le mencionaste lo de las janelas (ventanas)? Pues claro que le hablé y no sólo de las Janelas sinó también de los Reyes Magos. Lo sabía de forma vaga.
¿Le hablaste de roma? Insistió Bela. Si, doña perfecta. Pero para que no te quedes rumiando en el asunto, ya que sé cómo eres, te voy a contar todo:
Sobre "CANTAR AS JANEIRAS"le dije que era una tradición, consistía en formar grupos de hombres y mujeres que, al comenzar la Navidad, iban cantando temas religiosos de casa en casa. Los propietarios ofrecían a los cantantes frutos secos, castañas y dinero, al final las golosinas se repartían en una comida en la que participaban todos, el dinero era para las almas del purgatorio, se daba a la iglesia.
CONTINUACIÓN DE LA TRADUCCIÓN DEL CAPÍTULO VII.
ResponderEliminarActualmente esta tradición está en desuso ¡Muy bien! Aplaudió Bela.
En cuanto al día de Reyes la explicación fue más simple ¿Quién no sabe lo que es el día de Reyes? Todos saben que ese día se celebra la llegada de los tres Reyes Magos al pesebre donde se encontraba el niño Jesús y los regalos que le llevaban.
Lo que pocos sabrán es el significado de esas ofrendas:
El oro simboliza la Realeza, el incienso, significa Fe y la mirra representa la Pureza.
Todos los presentes eran dignos de un Rey, el REY DE LOS JUDÍOS.
A BELA le pareció perfecto y disimuló su emoción. Está claro que no te has olvidado de nada.
Además le conté a Carla que, en tiempos pasados, se creía que las peticiones hechas a los R. Magos serían atendidas el 6 de Enero, y que el año transcurriría próspero y con mucha suerte, pero, para que eso sucediese, las peticiones tenían que ser acompañadas de la ingestión de bayas de granada, pero no servía una cualquiera, tenía que tener los "7 picos" intactos, la corona de la granada tenía que estar sin ninguna rotura.
Uf! Ya me canso de tanto hablar, pero Bela le pidió disculpas por ser tan insistente ya que a ella le gustaría que las tradiciones no se perdiesen y se transmitiesen de padres a hijos. Nanda lo entendía.
Al fin cambiaron de tema y Bela le recordó a Nanda que tenía novedades para contarle.
Sí, tú sabes que yo estoy preocupada por no encontrar trabajo, y tú sabes también,le dijo Bela, que me aflige verte así y, por enésima vez vuelvo a decirte que no entiendo el motivo por el que no vienes a trabajar conmigo, en la empresa de mi padre, además mi padre paga bien y es excelente patrón, no es demasiado exigente conmigo y tampoco lo sería contigo. Deja que hable con mi padre, le dijo Bela. La palabra padre quedó resonando en la cabeza de Nanda y, en un momento, se acordó de lo ocurrido hace años y que la había marcado profundamente.
Era un día radiante de verano que acabó transformándose en un día gris y triste.
Tenía 15 años y era amiga inseparable de Bela, había quedado en que iría a su casa pues Bela quería enseñarle una ropa que le había comprado su madre y luego irían a la playa.
Después de llamar al timbre, Nanda se extrañó que, a aquellas horas de la mañana le abriese la puerta su padre, temió que hubiese ocurrido algo que le obligase a volver a casa, pero no.
Como otras veces, el padre de Bela la abrazó y ella correspondió, era un hombre atento y amable.
Pero el abrazo se prolongó más de lo habitual,aunque ella no le dio importancia hasta que sintió un cierto desagrado cuando notó que la mano de él se deslizaba hacia sus nalgas al mismo tiempo que la apretaba hacia su cuerpo. Nanda pese a su juventud, pudo darse cuenta de que él estaba muy excitado.
Horrorizada e incrédula, intento apartarlo suavemente, sin querer darle a entender que se había dado cuenta. Ël reaccionó presionándola todavía con más fuerza e intentando besarla en el cuello.
No te separes, le decía, yo sé que a tí también te gusto, te haré feliz.
Nunca había visto en él la mínima agresividad pero la fuerza con que la sostenía no dejaba lugar a dudas: Quería violarla.
Aterrada, sentía que le faltaban fuerzas para evadirse de ese hombre que cada vez la sujetaba con más fuerza como queriéndole demostrar que no le quedaba más escapatoria que acceder a su voluntad.
Nanda pensó en gritar, pero sabia que la casa estaba vacía, de otra forma, el hombre no se hubiese atrevido.
La mantenía pegada a él con fuerza, su brazo parecía de hierro y, con el otro libre, acariciaba su pelo y cara al mismo tiempo que le decía palabras cariñosas.
Quería satisfacer sus deseos libidinosos pero sin acosar a la víctima.
Astutamente, pensaba para sí que, de este modo, ella accedería a sus deseos sin oponer resistencia.
Por hoy he cumplido, aún me queda un largo trabajo para seguir descifrando toda la trama que esconde tu intrigante libro y que, al mismo tiempo, me entretiene y agradezco.
Cariños.
kasioles
Querida amiga Mariazita, passei para te desejar um bom fim de semana.
ResponderEliminarE desta vez não te prego nenhum susto por causa do sangue de animal selvagem que por vezes temos na alma...
Tem um bom fim de semana.
Beijo.
Querida amiga: Intento sacar siempre un rato para traducir tus capítulos ahora que dispongo de menos tiempo, mis amigas también están interesadas en como se van desarrollando los acontecimientos.
ResponderEliminarCAPÍTULO VIII:
Nanda se esforzaba por apartarse de él.No soportaba su respiración junto a su cara.Temía lo que iba a suceder.Intentó disuadirlo diciéndole que se lo contaría todo a Bela. No la creyó, sabía que era su mejor amiga y la quería demasiado.
El ruído de una llave al girar en la cerradura, logró que la soltase y el hombre desapareció por el pasillo.
Nanda se dejó caer en el sofá, bajó la cabeza y temblaba. La criada entraba con bolsas de la compra, al verla... ¿Se encuentra bien Srta? Le contestó que estaba mareada, la creo, respondió la criada, la veo tan pálida...Rechazó el té que le ofrecía y le dijo que se iría a casa a echarse un rato, que seguro había comido algo que le sentó mal.
Nada más salir, no pudo contener el vómito.
Sabía que en su casa no había nadie, se tumbó encima de la cama y se puso a llorar, la venció el cansancio y se quedó dormida.
Al anochecer regresó su madre, hacía una labor de voluntariado, y al ver a su hija en la cama la llamó, pero al ver que no despertaba se acercó, le acarició la cara y notó que estaba ardiendo.
Llamó a su marido y al médico.El médico la exploró y no encontró nada físico, sólo el pulso acelerado. Le recetó un antitérmico y un calmante, recomendó esperar hasta el día siguiente para saber cómo se encontraba.
En los días siguientes, Nanda no salió de la habitación, no tenía fiebre pero no lograba evadirse de lo sucedido y menos justificación para lo que había hecho el padre de su mejor amiga, ella lo estimaba pues lo conocía desde que era una niña e iba al colegio. No tenía ni ganas de comer, ni reír, ni de hablar con nadie.
Su madre inventó una enfermedad contagiosa para que no recibiese visitas.
El médico sospechó que podría ser una riña con su novio. Su madre le dijo que no lo tenía, pero el médico alegó que los jóvenes también tienen sus secretos que no comparten ni con sus mejores amigos.Su madre sabía que su hija no era así.
Y como el médico no vió ninguna enfermedad física, dio por terminadas sus visitas y recomendó a sus padres la consulta de un sicólogo. La madre afirmaba que su hija estaba sana de espíritu y que la compañía de sus padres sería suficiente. El tono con que lo dijo, no admitía réplica....
Nanda! Nanda! Y Nanda escuchó a lo lejos la voz de Bela preocupada. Nanda pidió disculpas, estaban juntas y Bela se había asustado al verla pálida y ausente. Nanda se disculpó diciéndole que había sentido un fuerte zumbido en los oídos y se había quedado media atontada, seguro que es una bajada de tensión, iré al médico.
Nanda intentaba calmar a su amiga con una mentira piadosa. Bela la abrazó y Nanda pensó que nadie conocería lo que le había pasado, será mi secreto bien guardado.
Bela preguntó ¿Puedes contarme ya la noticia? Si, voy a satisfacer tu curiosidad:
Tú sabes de mi preocupación al no encontrar trabajo, Si, lo sé dijo Bela, pero yo ya... no me interrumpas.
Y mira como tendré la cabeza que hasta he pensado en ir a trabajar con Tó (su ex marido) pero no, aunque fuese el último hombre en el mundo no quiero estar a su lado, pero le mentía, cuando la llamaba, sentía un placer inexplicable al escuchar su dulce voz.
Dime ¿Cuál es la noticia ?
¿Te acuerdas cuando fui al Centro de Salud y aquél hombre me abordó?
Pues bien, ayer me abordó otra vez ese mismo señor.
Sé que se llama Carballo Araújo y es ingeniero.
Continuará.
Como los comentarios tienen un límite de palabras y aunque yo intento resumirlas, no logro escribirlo todo en un solo comentario.
ResponderEliminarCONTINUACIÓN DEL CAPÍTULO VIII:
Me encontró en el restaurante que está cerca de mi casa y que tú conoces. Fue allí donde me abordó ¿Qué te quería? preguntó Bela desconfiada. He ido allí a tomar café y el sujeto se acercó a la mesa donde yo estaba intentando telefonear a mi hijo Luis.
Educadamente me preguntó si podía sentarse porque le gustaría hablar conmigo. Accedí y él añadió antes de hacerlo.
Permítame que me presente, soy Carballo Araújo, me tendió la mano y le correspondí de igual manera.
Se sentó y comenzó a hablar:
Hace unos meses la abordé en el Centro de Salud, hice un gesto de asentimiento y continuó:
Confieso que lo primero que me atrajo fue su figura...
Debí de hacer alguna mueca de desagrado que enseguida añadió:
No me interprete mal, pero una persona tan elegante vestida y calzada, no se ve todos los días en un Centro de Salud, sería más normal verla en una clínica particular.
Bela la interrumpió y le dijo: ¿Se te estaba insinuando? Por lo que añadió, comprendí que no.
Mi interés comenzó porque, dentro del Centro, yo la escuché hablando con la señora que estaba a su lado y le confiaba que estaba desempleada y que necesitaba encontrar un empleo con urgencia y la persona que hablaba con usted, me imagino que era conocida suya, comentó:
En realidad no entiendo como una persona con formación superior especializada en el área de gestión financiera, tenga tanta dificultad para encontrar trabajo.
Fue al escuchar esto cuando yo pensé:
¡Ahí está la persona que yo necesito!
Como por hoy ya he terminado, sólo me queda desearte un feliz fin de semana. Ah! nos sigues dejando intrigadas, cuando tenga otro rato, volveré a traducir.
Cariños en abrazos.
kasioles
Dentro de algum tempo ( mais uma hora) poderemos tentar descobrir o rumo dos acontecimentos. Até lá...
ResponderEliminarBeijo
SOL
Oi Mariazita; olá não li o seu capítulo só
ResponderEliminarcorri o olho... mas gosto de ler viu?
Tenho uma prova "Gerenciamento de resíduos" só consigo ler coisas neste
sentido até o final do ano kkkk.
Ainda não fiz meu óculos! mas até o final do ano k resolvo isso; pelo menos já consultei;
Obrigada pela visita e comentário; é uma casa sem aquele requinte ou luxo das
casas de madeira, prefiro esse estilo sem muita intervenção na madeira; gosto de todos os estilos das casas de madeiras
americanas eles mandam muito bem tem cada coisa linda...
Boa entrada de mês de novembro.
PAZ E BEM.
Querida amiga: La verdad es que no sólo intento traducir tus capitulos para mi amiga, también lo hago por mí, ya me he enganchado con la lectura.
ResponderEliminarCAPÍTULO IX:
Carballo le contó que había regresado del extranjero, tenía ahorros y pensaba invertirlos en su tierra natal.
Dijo: Quiero abrir un negocio y necesito colaboradores. Uno tendría que estar capacitado para quedar al frente del negocio cuando yo me ausentase. ¿Tiene el Sr. ingeniero algún negocio en perspectiva? preguntó Nanda. Él la interrumpió diciéndole que no le volviese a llamar así a no ser que ella quisiera que la llamara Doctora Fernanda. Acordaron en que ella le llamaría Araújo y él a ella, Nanda.
Volvieron a la conversación. Todavía no podía adelantarle mucho sobre sus proyectos, pero necesitaba avisarla por si le aparecía otro trabajo, él no quería perder su colaboración.
Lo que le voy a adelantar (guárdelo en secreto) es que estoy en negociaciones con el dueño de la orfebrería del centro comercial El ORVALHO DE OURO, pero él quiere venderme todo, la tienda y el contenido, pero el problema está en que tiene otra tienda EL ORVALHO DE PRATA y no quiere vender una separada de la otra.
Tanta inversión no sé si me compensará, está en juego mucho dinero y en los negocios hay que mantener la calma. Nanda estaba de acuerdo, era mejor meditarlo.
Lo que si tenía claro Carballo, es que si Nanda llegara a trabajar con él, tendría una remuneración justa. Pago bien pero exijo.
Cariños.
kasioles
CONTINUACIÓN CAPÍTULO IX:
ResponderEliminarA Nanda le pareció justo, a ella le gustaba recibir lo que se merecía, en caso contrario no se sentiría bien.
Araújo estaba convencido en que había acertado en apostar por Nanda para estar al frente de su negocio y añadió: Si no llegara a un acuerdo con el dueño de la orfebrería, ya tengo echado el ojo a otro.
De momento, le dijo, vaya madurando la idea y, cuando tenga algo concreto, volveremos a contactar.
Se despidieron y se marchó.
Bela, que la escuchaba atenta, hizo un gesto para aplaudir al mismo tiempo que decía celosa ¡Aplausos para la doctora Fernanda que acaba de conquistar a un desconocido!
Nanda se dio cuenta y preguntó ¿por qué noto en tus palabras unos celos mal disimulados?
¡Celos yo...? Pero recalcó: Lo que me sorprende, es que una mujer de 50 años, madre de 2 hijos y con un nieto, aún crea en cuentos de hadas.
Qh! Mi niña (Bela temía cuando Nanda la llamaba mi niña, sabía que estaba muy enfadada), primero no tengo 50 años y nadie me echa los 47 que sí tengo, después, tú no conoces a Araújo, y no entiendo en qué te basas para decirme todo eso.
Bela enmudeció, acababa de recibir una reprimenda de su mejor amiga y era justa. Bela estaba enfadada consigo misma por haber dicho tantas barbaridades, reconoció que eran los celos los que la habían hecho hablar así, en el fondo nunca perdió la esperanza de que Nanda fuese a trabajar a la empresa de su padre y su sueño se desvanecía. Eran amigas desde primaria, luego en el instituto y más tarde en la universidad.
Tenían muchas cosas en común. Les encantaba la playa y broncearse al sol. Sólo en el trabajo habían estado separadas.
Acabada la carrera, Bela se fue a la empresa de su padre y no pudo convencer a Nanda para que se fuese con ella. En aquella ocasión lo entendió, su amiga ya estaba casada y tenía un bebé. Casada, casi en secreto, con Tó Zé, fue una decisión repentina, Bela no la entendió.
Ellos eran amigos y Bela siempre creyó que sólo había amistad, por lo menos por parte de Nanda. Los dos se conocían desde niños, vivían en la misma calle, jugaban juntos, fueron compañeros en primaria y luego se separaron, a él no le gustaba estudiar y prefirió hacer un curso de Formación Profesional, algo relacionado con la química.
Tó Zé nunca dejó de seguir telefoneando a Nanda, pero, a Bela, aquél matrimonio inesperado le sorprendió bastante. Nanda le contaba que Tó Zé le decía que la quería y que nunca encontraría a otro que la quisiese más que él, pero ella no le daba importancia a sus palabras ya que nunca tuvo un gesto para lograr una mayor aproximación.
Un día, por teléfono, Nanda le comunicó su decisión de casarse con él.
Espantada ante tal noticia, le pidió explicaciones a su amiga, pero no obtuvo ninguna respuesta aclaratoria.
Bela se enteró que había sido una ceremonia sencilla , ante notario, con la presencia de los padres y testigos.
CONTINUARÁ.
Cariños.
kasioles
CONTINUACIÓN CAPÍTULO IX:
ResponderEliminarElla, su mejor amiga, no había estado presente. Cierto era que, en esa fecha, se encontraba con sus padres en la finca donde veraneaban. De nada le valió a Bela su insistencia para que esperase por ella, estaba decidida a casarse lo más pronto posible.
Ya han pasado muchos años pero todavía me acuerdo de la vez que le pregunté el porqué de su casamiento, Nanda me respondió: ¡Por favor! no me hagas preguntas a las que no puedo contestarte.
Ahora Bela miraba a su amiga que mostraba una cara de enfado por sus palabras, casi nunca se enfadaban, sólo pequeños enojos de corta duración.
Pero Bela había traspasado los límites y Nanda no parecía dispuesta a perdonarla.
Me siento tan mal por lo que te dije... ¡Perdóname! No te enfades conmigo, sabes que no lo soporto. Había lágrimas en la voz de Bela.
Nanda tampoco se sentía bien por haber tomado tan a pecho lo dicho por su amiga y en realidad tampoco le había dicho algo tanta gravedad.
Se sintió mezquina y eso la incomodaba, no podía dejar que eso interfiriese en su amistad.
Respiró profundamente y dijo: Vamos a pasar un borrador por todo lo dicho, en el fondo sé que no me lo dices por maldad.
Se estrecharon las manos encima de la mesa y al poco se sintieron sonrientes y hambrientas.
¿Vamos a un restaurante o comemos aquí? Dijo Bela. Para Nanda una ensalada era suficiente y allí las hacían buenísimas. Tú y tus ensaladas, dijo Bela, como si te hiciesen falta con tu cuerpo escultural, nadie dirá que has tenido dos hijos.
Comen animadamente y se despiden con un apretado abrazo, con él, notan que ya no hay el más mínimo resentimiento entre ellas.
Bela tenía que pasar por la oficina para firmar unos documentos y Nanda tenía que ir a casa para sacar al perro.
Bela iba recordando lo desagradable que había sido con su amiga, Nanda era para ella como una hermana, su vida es para mí como un libro abierto, bueno, tan abierto no será pues aún no me ha contado lo que la llevó a casarse con Tó Zé y con tanta urgencia, a mí nadie me convence de que, en aquella relación hubiese amor, por lo menos por parte de Nanda, él estaba enamorado desde niño de ella, pero eso no justifica una boda.
Cierto es que ella se quedó embarazada muy pronto y eso me extrañó, era tan joven... llegué a pensar que ya habían tenido relaciones antes de la boda. Eso explicaría las prisas.
Pero nunca me contó nada, fue en la única cosa que Nanda no fue totalmente sincera conmigo.
En fin ¿Quién no guarda algún secreto de su vida que no revele a nadie?
A Nanda la esperaba impaciente Tejo, tenía necesidades fisiológicas.
Mientras llegaba a casa, iba pensando en la conversación con Bela, no entendía su reacción.
Sabía que su ilusión sería que ella fuese a trabajar en la empresa de su padre, pero jamás lo haría. Se daba cuenta que Bela ni en sueños sabría el motivo de sus negativas y, por ella, jamás lo sabría.
Somos como hermanas pero, pese a ello, nunca logré contarle ese secreto.
Y la verdad es que yo llevo como 20 años con la sensación de que Bela guarda un secreto que nunca me quiso contar. Aquella ausencia tan prolongada.. al mismo tiempo de mi boda...Siempre desconfié y no me convenció su disculpa, me contó que acompañaba a su madre que, por desavenencias conyugales, había decidido pasar unas vacaciones en el extranjero.
En fin, tendrá sus razones para guardar el secreto.
¿Y quién no guarda algún secreto de su vida que no revela a nadie?
Desgraciadamente lo sé bien por propia experiencia.
Tejo, inquieto, la esperaba arañando el suelo tras la puerta.
Cariños.
kasioles
Venho do blogue do Árabe, onde li que não esteve bem de saúde.
ResponderEliminarVenho desejar-lhe boa recuperação e tudo de bom.
Abraço grande.
~~~
Admiro, sinceramente, a imaginação narrativa.
ResponderEliminarBeijo e muita saúde.
Sempre prazeroso por cá passar e em teus escritos se deixar levar pela tua emoção cá expressa nas palavras, grato por compartilhar teu pensar, ainda que por muito por cá demore este amigo passar, grande abraço e desejo de intensos e felizes momentos!
ResponderEliminarQuerida amiga: ¿Qué tal te encuentras? Deseo de corazón que, de día en día, se vayas recuperando y todo vuelva a la normalidad. Como has vuelto a publicar, me imagino que te encontrarás mejor y eso me alegra.
ResponderEliminarComo han empezado mis clases, tengo menos tiempo y hasta mi blog permanece un poco abandonado, sólo trato de contestar a aquellos que me van dejando un comentario y, aún así, no me he puesto al día.
Poco a poco, sigo traduciendo los capítulos de tu libro, me gustaría ir más deprisa, pero reconozco que me lleva tiempo y son muchas las palabras que tengo que mirar en el diccionario, a veces recurro a Google, pero no me gusta como traduce, casi lo hago mejor yo ¡qué ya es mucho decir!
Con mis mejores deseos de que todo esté bien en tu entorno y tú ya estés en plena forma, te dejo cariños y un fuerte abrazo.
kasioles
RESUMEN DEL CAPÍTULO X DE TU LIBRO SECRETOS:
ResponderEliminarNanda, tras abrir la puerta de su casa, casi se cae por culpa de Tejo que la esperaba ansioso ante su necesidad de salir. Le puso la correa y él tiraba de ella, quería llegar pronto al parque. Su angustia le llevó a levantar la pata en el árbol más cercano.
El perro tenía prisa, su olfato le emitía señales y él sabía el porqué. Casi arrastrada por Tejo, Nanda se chocó con su vecina Adelaida, era dueña de una perrita, Diana, que estaba enamorada de Tejo, él la correspondía con fidelidad canina.
Los animales, al igual que ellas, se saludaron efusivamente, pero los perros, queriendo llegar a más, se vieron severamente amonestados por sus respectivas dueñas, no les quedó más remedio que obedecer.
Nanda y Adelaida trataban de ponerse al día conversando, sus horarios no les permitìan coincidir muchas veces.
Adelaida se lleva bien con toda la comunidad, es amable y simpática.
Le agrada hablar con Nanda y por eso se alegró al verla aparecer con el perro. Mientras andaban juntas, con sus respectivos animales, mencionó al nieto de Nanda, esta esperaba tenerlo pronto a su lado.
Se apartaron para dejar paso a un grupo de niñas en edad pre-escolar, iban precedidas por una educadora y al final iba otra para vigilar que ninguna se desvíe. Parecían una bandada de gorriones, hablando alto y riendo alegremente.
¡Adoro a los niños! Dijo Nanda, y no me importaría trabajar en una escuela infantil. A Adelaida también le gustaban pero no se imaginaba a Nanda, con su formación, trabajando en una escuela, creo que, pasado un tiempo, echaría de menos algo más desafiante.
Quiero que sepa, le dijo Nanda, que cuando fui a la Universidad dudé entre hacer Gestiòn y Administración y la Enseñanza. Adelaida no tenia ni idea, siempre la vio como una mujer de negocios y yo, para bien o para mal, me decidí por ellos.
Pero.. ¿Puede haber algo más interesante que ver despertar la mente de un niño? El niño es un proyecto de vida en el que, el profesor, puede tener y tiene una importancia enorme.
Si contestó Adelaida, y aunque soy laica en la materia, pienso que al profesor le cabe la tarea de moldear ese proyecto.
Nanda no estaba de acuerdo y citó el nombre de BERNARD SHAW que murió con 94 años y dejó escrito: "El más vil deformador es aquél que intenta moldear el carácter de un niño"
La tarea del profesor es suministrar a cada niño, todos los medios necesarios para que consiga moldearse a sí mismo y construir su camino.
Para Adelaida no veía esa tarea nada fácil, cierto, no es fácil, dijo Nanda, pero sí necesaria para que el niño sea libre y tenga la capacidad para elegir lo que quiere hacer en la vida y para ello es necesario que el profesor le proporcione las herramientas necesarias.
A Adelaida le encantaba escuchar a Nanda, le había hecho ver las cosas de una nueva manera que le agradaba, me has hecho recordar mi niñez, cuando estaba sentada en la escuela de la aldea y tenía a aquella profesora que respetábamos todos mucho. Pero actualmente las cosas son diferentes.
Hablaron de la edad escolar, cuando en tiempos de su madre se iba a la escuela con 7 años, y luego con algunos menos.
Hablaron de la vida actual, del papel de ser padres, de que era necesario que trabajasen los dos para mantener la familia y la casa y que eso revierte desfavorablemente en los hijos, no pueden tener las atenciones y compañía necesarias por parte de los padres y esta tarea queda relegada a los profesores y, éstos, no suelen tener capacidades para enseñar, educar y formar. Se encuentran con muchos inconvenientes: clases con muchos alumnos, horarios largos etc.
Adelaida admiraba el aire soñador con que Nanda hablaba y Nanda afirmaba que el profesor tiene que ser un soñador ya que, la educación sin sueños nunca será satisfactoria. La escuela es invadida por los sueños de los alumnos y el profesor debe saber acompañar esos sueños.
Entretenidas con la conversación, ya habían llegado a casa. Se despidieron y cada una entró en la suya.
Continuará.
Cariños.
Kasioles
CONTINUACIÓN DEL CAPÍTULO X:
ResponderEliminarTejo entró rápido en casa, tenía mucha sed.
En el hall, le pareció escuchar a Nanda la voz de su vecino del segundo piso, Joaquín, un viudo que le gusta hablar con Adelaida y hasta parece que está pendiente de que ella aparezca.
Nanda pensó que allí había algo de pasión encubierta. Cansada del paseo, Nanda se sentó en el sofá del salón y se quedó pensando en la conversación que había tenido con Adelaida y también con Alejandro.
Después de haberse conocido, Alejandro insistía en que fuese a cenar con él
¿Por quién me tomas? ¿Crees que iba a aceptar cenar con una personas que acabo de conocer y que, además, por poco me mata?
¡Qué exagerada! Apenas te dí un empujón y tú hablas de muertes y heridos. Alejandro hablaba indignado con fuerte acento italiano.
Imaginemos que me habías tirado al suelo con el empujón que me diste y tu corpachón encima de esta frágil criatura...¡Exagerada! La fragilidad tuya es sólo aparente, tú eres una mujer fuerte y... aún no has contestado a mi pregunta ¿Aceptas a cenar conmigo? O si prefieres, puede ser una comida, es la forma de redimirme por todo el daño que te pueda haber causado.
Nanda no respondió de inmediato, la razón le decía que no debía aceptar, pero por otro lado...
Para desviar la conversación confesó: Voy al encuentro de una amiga con la que he quedado a comer, así que, adiós.
Pero él tuvo la idea de que comiesen los tres juntos, Nanda no aceptó, tenía asuntos que tratar con ella.
Disculpa mi atrevimiento, le dijo él, pero no quisiera marcharme sin que antes me prometas que cenarás conmigo. Nanda no se pudo resistir, resuelta, arrancó una hoja de un bloc de notas que tenía y allí anotó su teléfono para que le telefonease. Se marchó con paso ligero sin volver atrás la cabeza.
Bela se acercaba presurosa, tenía todos los informes que precisaban. Bela notó que su amiga estaba muy feliz y sonriente ¿Qué te ha pasado? le preguntó,he conocido a un príncipe encantador. Dime dónde lo encontraste que yo también quiero ir a ese sitio para buscar otro para mí. De camino, al volver la esquina, me dio un empujón que casi me derribó, le informó Nanda sonriente. Era alto, con unos preciosos ojos azules.
Y por lo visto, dijo Bela, el señor Cupido andaba rondando. Bromearon entre las dos sobre el tema.
Caminando y charlando, pronto llegaron al restaurante, pidieron lo que les apeteció y luego comenzaron a hablar sobre el asunto que las había llevado a comer juntas.
Una llamada de teléfono la interrumpió, contrariada se levantó y vio, en el visor, que la llamada era de Tó Zé. En aquél momento hubiese preferido recordar el pasado tan distante, ¡Ya habían transcurrido 30 años! Pero en su memoria todo estaba claro, como si lo estuviera viviendo de nuevo...
Pulsó en contestar y escuchó, al otro lado, la voz inconfundible de su ex-marido: ¿Dónde está la flor más linda de mi jardín, que tardó tanto tiempo en responder?
Nanda sintió un escalofrío al escuchar aquella voz cargada de miel....
Todavía no me he puesto al día con la traducción de los capítulos, acabas de publicar otro y yo ando muy retrasada, en fin, intentaré lograrlo.
Abrazos.
kasioles
Uma fartura de inspiração a criar personagens e peripécias esperadas e inesperadas.
ResponderEliminarA saga da Nanda...
Beijo, Maria_zita.
Hoy intentaré resumir el largo capítulo número XI de tu libro SECRETOS.
ResponderEliminarNANDA hablaba con su ex-marido, tenía que controlarse para que él no supiera lo que significaba su voz para ella. Hablaban de flores y él le dijo que en su jardín no había una flor tan bonita como ella. Nanda quería evadirse de esa conversación y se centraron en su nieto ¿Le ha pasado algo que yo no sepa? preguntó Nanda. No te asustes mi querida y... esas dos palabras le recordaron la felicidad que vivió durante un tiempo a su lado, pese a todo.
Tengo recomendaciones para Luís, a ti te gustará darle esta buena noticia y también dile que si quiere yo iré a buscarlos.
NANDA estaba contentísima con la noticia ¿Cómo has logrado ese milagro? le preguntó y él, con un tono de lo más meloso le contó: Todavía conservo aquél almacén que alquilé para diversificar mi negocio y, con la ayuda de unos amigos, les construí un precioso apartamento, tiene una sola habitación pero no les falta de nada: salón, cocina, sanitarios..
Puedes venir a verlo, te gustará.
Quedaron en que ella llamaría a Luís para darle la noticia y que luego lo haría él, también le dijo que le diría que había sido su padre el que se ofreció para ir a buscarlos. Tó Zé volvió a repetir: gracias mi querida. Nanda no encontraba explicación para que esas palabras la sobresaltasen tanto.
Ella nunca había sido apasionada, él, sí, la adoraba, ella se dejaba querer.
Ya se habían pasado 30 años y se acordaba de aquellas conversaciones, se veían todos los días, se encontraban en la puerta del jardín de su casa y perdían la noción del tiempo charlando, muchas veces su madre la llamaba pues ya era hora de acostarse.
NANDA consideraba a Tó Zé como su mejor amigo, entre ellos casi no había secretos, sólo guardaba el de aquél asedio por parte del padre de Bela, nunca lo reveló a nadie.
NANDA llamó a Luís que acogió la noticia con gran alborozo y la comunicó a gritos a su esposa. Acordaron en que Luís hablaría con su suegro pues él también se había ofrecido a llevarlos a Lisboa.
Mientras caminaba al supermercado, recordaba lo que estaba hablando con Bela antes de la llamada de Tó Zé.
Bela y Nanda habían llegado al restaurante, pidieron y continuaron hablando del asunto que las había llevado a comer juntas....
CONTINUARÁ.
Cariños.
Kasioles
Continuación del capítulo XI:
ResponderEliminarCuéntame que tipo de fiesta piensas hacer, le preguntó Bela. Pienso en algo sencillo, es para reunir a los amigos, nada parecido a lo que tú hiciste al cumplir los 18 años. A Bela le pareció una idea excelente y, como todavía faltaban 3 meses no iba a tener problemas para reservar un local. Por eso mismo, contestó Nanda, quiero hacer las cosas con antelación y poder elegir un sitio no muy caro. Lo vas a conseguir, dijo Bela que se mostraba triste al recordar su fiesta de cumpleaños. Pero tú, Bela, ya conoces el motivo por el que tu fiesta no fue como tú querías, la idea de tus padres de celebrarla en la residencia de verano... Si, ellos pensaban más en exhibirse delante de sus amistades que en mi cumpleaños. La mayoría de mis amigos no asistieron. Tú, mi mejor amiga, no has ido.
Nanda no quería pensar en el motivo que le obligó a rechazar la invitación de su amiga, desde lo que le ocurrió aquél día fatídico evitaba el mínimo contacto con aquella familia. En fin, dijo Nanda, ya no vale la pena lamentarse con lo que ya pasó.
A Bela le gustaría recordar con nostalgia su cumpleaños, lo había imaginado todo tan distinto...
Sus padres querían darle una sorpresa y no le contaron nada. Al llegar el día y después de comer, la metieron en el coche, le vendaron los ojos y le dijeron que no hiciese preguntas pues vería la sorpresa cuando llegasen al destino.
Una hora más tarde, su padre detuvo el coche y le quitaron la venda, sorprendida, Bela se dio cuenta de que estaban en la finca donde la esperaban cantidad de invitados con sus hijos y todos vestidos de gala. Nada de esto se podía imaginar Bela, sus padres no la conocían y mucho menos sus gustos, sólo habían pensado en la imagen que ellos querían transmitir delante de sus invitados, como personas de la alta sociedad.
Su madre la llevó a una habitación donde la esperaba un precioso vestido que ella llevaría a la fiesta, se lo tuvo que poner por no contrariarla pero más le hubiese gustado ponerse unos vaqueros y una camiseta.
Al no ver a Nanda, le preguntó a su madre si se había olvidado de invitarla, pero pese a insistirle, Nanda le dijo que no podía ir.
Bela corrió a telefonear a Nanda, entre lágrimas le imploró a su amiga que viniese a la finca, que mandaría al chofer a buscarla, pero Nanda se excusó alegando que su madre estaba pasando una fuerte migraña y que no podía dejarla sola en esas condiciones.
Cuando todos los invitados se marcharon, sus padres le comunicaron que, al día siguiente, iban a llevar a la tía Narcisa a su casa, era una hermana de la madre que había venido a la fiesta y vivía en Oporto y que, si quería, se podía quedar allí unos días con ella, de esta forma pensaban compensarla en algo ya que sabían que la fiesta no le había gustado nada. Fue la mejor noticia que Bela recibió ese día.
Continuará.
Abrazos.
kasioles
CONTINUACIÓN DEL CAPÍTULO XI:
ResponderEliminarLa perspectiva de pasar unos días con su prima Felipa, la animó. Fueron días inolvidables. A su llegada, Felipa invitó a unas amigas a comer y fue una reunión muy agradable y alegre, las amigas eran muy acogedoras. Acordaron hacer una fiesta al día siguiente en casa de una de ellas, sus padres se encontraban en el Algarve. A la noche siguiente estaban en casa de la amiga, era una casa enorme, con muchas habitaciones, cuartos de estar, salones...se notaba a las leguas que sus dueños eran personas de alto nivel. Chicos y chicas empezaron a llegar y pronto el salón estaba lleno de jóvenes.Bailaron, cantaron, comieron y saltaron, una de las mesas estaba llena de sándwiches y pasteles, tambièn bebidas alcohólicas.
Avanzada la noche, alguien repartió unos "charros" y, a continuación, otras drogas más suaves. Bela nunca lo había probado, no le interesaba. Ya en la escuela alguien lo había intentado pero ella lo rechazó siempre. Siempre supo mantenerse apartada, pero esa noche... la tentación era mayor.
La gente estaba eufórica, fumaba y bebía y ella, aislada, se sentía un ET.
Felipa la animaba, anda, no seas agua fiestas, no creas que yo hago esto todos los días.
Bela acabó por ceder y... de poco más se acuerda.
Lo que si recuerda es que todos acabaron dispersos por las habitaciones, ella misma se encontró con un joven al lado del que malamente recuerda sus facciones, pues, al mirar la cama deshecha, no tuvo dudas de lo que había ocurrido entre ellos y se sintió tan avergonzada que no pudo pronunciar su nombre cuando él se presentó diciendo: Yo soy Alessandro ¿Y tú?
Cuando se marcharon todos, ellas se quedaron en la casa con la amiga de Felipa, Bela no se sentía bien, las drogas le habían provocado un malestar general.
Decidieron regresar a su casa más tarde, cuando se le pasaran los efectos de las drogas.
Pero las consecuencias de la irresponsabilidad de esa noche no se hicieron esperar.
Nanda se fijó en el aire ausente de su amiga y preguntó ¿Vamos a hablar de mi fiesta o no?
¡Claro! Vas a hacer una merienda, dijo Bela, sí, pero algo sencillo y tendrá que ser en casa, mis padres no son ricos y no quiero que se gasten mucho dinero.
Bela se ofreció a regalarle la fiesta por su cumpleaños. Nanda no quería que le tocase ese tema, sus padres la tomarían por loca si se lo contase.
Hacen bromas de como será la fiesta y tratan de lo que se servirá en la merienda. Sabes que mi no tiene práctica en esas cosas, en su cabeza lo más importante es el voluntariado y no es que yo tenga nada en contra, pero parece que son más importantes las personas a las que presta apoyo que mi padre o yo, murmuró Nanda.
No pienses así, tu madre es una excelente persona, bondadosa como pocas, tú sólo tienes que mirar a las personas tan pobres como atiende. Me encanta tu madre, dijo Bela.
Como no querían hablar de las buenas acciones de la madre de Nanda, se centraron en la merienda. Bela le dijo que podía contar con ella para todo, entre nosotras y con la criada de casa, ella te adora, no habrá problemas.
Después sólo tenemos que conseguir que el dueño de la discoteca nos reserve un sitio, seremos unos veinte en total. Sí, dijo Nanda, más o menos. Ah! No me puedo olvidar de Tó Zé, aún no le he hablado del tema.
Me gustaría que fuese en un bar de la playa, pero no sé si lo vamos a lograr. Bela la animó, ya verás como sí, aún faltan tres meses y hay tiempo suficiente. Seguro que es más fácil que reservar en la discoteca ¡y mucho más bonito!
CONTINUARÁ.
MÁS CARIÑOS.
KASIOLES
FINAL DEL CAPÍTULO XI:
ResponderEliminarSólo pensar en el ruído de las olas, ya me encanta la idea. Y con tus 18 años...
Y un dato histórico, rió Nanda, y comenzará mi mayoría de edad. Rieron.
Terminada la comida, quedaron en encontrarse en breve, se despidieron con un fuerte abrazo.
De regreso a casa, Nanda no dejaba de pensar en el desconocido con el que se había cruzado.
¡Qué bonitos ojos tiene! además de buen tipo, pero los ojos llaman la atención ¿Me llamará por teléfono? Lo más creíble es que no lo haga. Al fin fue un simple encuentro, mejor dicho un encontronazo, casi una "agresión física"
Al llegar a casa, y después de poner a su madre al corriente de todo lo hablado con Bela, se fue a estudiar.
El final de curso estaba próximo y ella no quería dar a su madre ningún motivo para que le pusiera algún inconveniente a celebrar su fiesta de cumpleaños. Pero no podía concentrarse.
El desconocido de ojos azules interrumpía sus estudios llevándola a mirar constantemente el móvil que se mantenía mudo.
A las cinco y cinco, Nanda dio un salto en la silla al escuchar el sonido que tanto deseaba. Quedó paralizada mirando el aparato sin moverse y escuchando el timbre. Pasados unos momentos, el sonido paró. Poco después volvió a sonar. Nanda miró para la pantalla donde estaba la indicación de: Número desconocido, pensó ¿Será él? o alguno de esos pesados que hacen publicidad que no interesa a nadie?
Decidió atender la llamada. Su corazón se sobresaltó cuando reconoció la voz del desconocido de aquella mañana: Aló, ¿Cómo estás?
Nanda estaba tan emocionada que no conseguía hablar. Al fin él había llamado....
Querida Mariazita: Hoy me ha dado trabajo este capítulo, me ha parecido larguísimo.
Cuando me ponga al día, es decir, cuando llegue al capítulo xiv, dejaré de traducirlo, lo leeré, te comentaré y, como suelo ver a esta amiga una vez cada semana, se lo contaré de viva voz.
Te deseo una buena semana.
Cariños.
Kasioles
RESUMEN DEL CAPÍTULO XII.
ResponderEliminar¡Al fin había llamado! Tras varios "Alos" al otro lado, Nanda intentó calmarse y contestó con una inocente mentira: Disculpa mi tardanza en responder pero estaba absorbida en el estudio y me demoré un poco en dejar lo que estaba leyendo.
No tiene importancia, dijo Alejandro con alivio y continuó hablando en italiano sin darse cuenta, rectificó rápido y le dijo que temía que ella no quisiera hablar con él.
Nanda seguía nerviosa, siempre tenía respuestas rápidas y ahora no le salían las palabras.
Ël le contó que, desde que se habían encontrado esa mañana, no había dejado de pensar en ella, que necesitaba volverla a ver, que si no... en fin, perdí la cabeza, enloquecí, como vosotros decís. Y continuó hablando de la atracción que sentía por ella.
Nanda se limitaba a escuchar y pensaba que se estaba pasando con ella, pero se sentía desorientada: Pensaba:"Soy una persona que tiene los pies en la tierra, no me dejo convencer fácilmente y no soy dada a amoríos como la mayor parte de las chicas de mi edad" no entiendo lo que me está pasando.
Acabó cediendo y le dijo que, al día siguiente, le informaría de su disponibilidad. El final de curso está a las puertas y aunque todo el tiempo es poco para estudiar, sacaré un rato para ti. Así acabó la conversación.
Su madre ya le había ofrecido por dos veces la merienda y veía que ella seguía hablando por el móvil, no podía estar más tiempo hablando con él sin correr el riesgo de tener que dar explicaciones a su madre y no quería.
Tuvo dificultad en volver a centrarse en los estudios, pero su fuerza de voluntad y el pensar que de los resultados escolares dependía su fiesta de cumpleaños, la ayudó.
Pasó una noche agitadisima, sin poder dormir, cuando amaneció se arregló para salir y lo hizo casi sin desayunar.
Continuará.
CONTINUACIÓN DEL CAPÍTULO XII:
ResponderEliminarLe costó centrarse en clase, su pensamiento volaba hacia Alejandro con el que había quedado para comer.
Como llegó muy pronto a clase, le dio tiempo para mandarle un mensaje, le dijo que se encontrarían en un "snack"no cercano, así no correría el riesgo de ser vista por Bela u otra compañera.
El primer encuentro no fue como esperaban, estaban tensos, parecía que ninguno tenía nada que decir, si Nanda comenzaba a hablar, Alejandro lo hacía también y se atropellaban con las palabras. Acabaron por reír nerviosos.
Ël consiguió decirle que estaba en Lisboa para recopilar datos para una investigación que se iba a realizar en unos laboratorios de Milán, con la misma finalidad había ido primero a Oporto donde había estado cerca de un año y de donde había regresado apenas hacía dos semanas.
Poco más hablaron, no disponían de mucho tiempo, pero la necesidad de volver a verse se presentaba urgente, era algo que los subyugaba.
Nanda no podía perder tiempo, necesitaba todos los minutos para estudiar sobre todo ahora que se encontraba en la recta final.
Alejandro no podía abandonar su trabajo pues su director en Italia no le daba descanso, pese a eso, acordaron verse todos los días.
Como era de esperar, aquella relación iba creando lazos muy fuertes, cada día los unía más.
A Bela le extrañaba que su amiga estuviese siempre ocupada en los intervalos de clases, siempre que le preguntaba, le contestaba con disculpas.
Un día acabó por confesarle que había conocido a alguien que la atraía mucho pero, no queriendo precipitarse, prefería mantenerlo en secreto hasta decidirse. Bela se mostró feliz con la noticia, pero le hizo entender que no había tenido confianza con ella, al final es como si no fuese tu mejor amiga, no seas tonta, le dijo Nanda, ¿Cuántas veces tengo que repetirte que lo eres? pero, en este caso, como no estoy segura de nada, preferí esperar. Tú y tu eterna prudencia. Vive al amor, las consecuencias no pueden ser tan malas, le dijo su amiga.
Yo con mi prudencia, que tu consideras excesiva, y tú con tu alegre ligereza... rió Nanda.
Los extremos se oponen, Bela bromeó ya olvidando su anterior mala cara.
Tu prudencia y mi ligereza se complementan y es por eso que nos llevamos tan bien.
Pero...¿No puedes darme alguna pista sobre él?
Lo único que puedo decirte es que se trata de aquél chico que por poco me tira al suelo el día en que quedamos para hablar de mi fiesta de cumpleaños, dijo Nanda queriendo poner punto final a la conversación. Aquél de los ojos incandescentes? Bromeó Bela.
CONTINUARÁ.
FINAL DEL CAPÍTULO XII: Ah! me lo tienes que presentar... Claro que sí, de momento nos estamos conociendo pero estoy pensando en invitarlo a mi cumpleaños. Me parece bien, dijo Bela, no tendré que esperar mucho, la próxima semana acaban las clases y enseguida es tu cumple.
ResponderEliminarLas dos amigas se dedicaron a preparar la fiesta.
Llegó el día y, en medio de aquella agitación, Nanda fue presentando a Alejandro como su nuevo amigo. Cuando llegó el momento de presentárselo a Bela, ésta, nada más mirarlo, pronunció un rápido hola ¿Todo bien? pero fue inmediatamente arrebatada por su último admirador que no quería perder su atención. Cuando por fin acabó la parte obligada de celebrar con la familia, pudieron seguir en dirección a la playa donde el dueño de un bar, conocido de Bela,les había reservado un sitio para la fiesta.Nanda se sentía en una nube. Finalmente podía estar bien cerca de Alejandro, con los cuerpos pegados con el pretexto de bailar.
Fue una noche inolvidable que terminó con el primer beso.
A partir de ahí, aunque el deseo de hacerlo era incontrolable, habían conseguido evitar mayores intimidades. Nanda no era de las que facilitaban las cosas.
Después fueron tiempos eufóricos, Nanda tenía buenas perspectivas para entrar en la Universidad debido a los resultados de la escuela-
De vacaciones, con 18 años cumplidos, sentía una gran complacencia por parte de sus padres. Habían conocido a Alejandro en la fiesta de su cumpleaños como un amigo. Nanda pensó que era hora de decirles que eran novios.Salían juntos, iban a la playa, al cine, en fin, vivían intensamente su amor.
Con esta necesidad de verse, Alejandro estaba descuidando la investigación para la que había sido asignado, esto le costó varias llamadas de atención desde la Central en Milán.
Al comenzar de novios, Bela los acompañaba pero, tres semanas después, tuvo que marchar con sus padres a la finca, allí estuvo más tiempo de lo habitual.
Nanda recordaba que Bela alegaba cualquier enfermedad de su madre, algo a nivel sicológico, y que la tenía que acompañar.
Por lo que conseguía recordar "pero ya se han pasado tantos años que la memoria puede traicionarme" Debió de haber problemas en el hogar y era mejor estar un tiempo alejados por lo que, madre e hija, se fueron al extranjero.
Inmersa en estos pensamientos, no se había dado cuenta que había llegado al supermercado, sólo cuando la voz del de seguridad dice alegremente: Buenos días doña Nanda, ella bajó de las nubes y se apresuró a hacer las compras.
Al regresar, con una bolsa en cada mano, escuchó el timbre del teléfono, pero lo dejó sonar, se dijo que, al llegar a casa, vería quien le había llamado y le devolvería la llamada.
Cada vez me quedan menos capítulos por traducir, mi amiga está enganchada, pero aún le faltan algunos por leer.
Aprovecho para enviarte un fuerte abrazo con mis cariños.
Kasioles
Gostei por demais, deste capitulo, que como sempre, é de leitura imparável!...
ResponderEliminarAdorando de novo, o regresso ao passado de Nanda, com o seu envolvimento com Alessandro... e algo me diz, que a história... ainda tem muito por onde se desenrolar... para mais, no seu novo emprego, na Ourivesaria...
E agora... vou então passar ao capitulo seguinte...
Beijinho! Votos de continuação de um excelente fim de semana!
Ana
¡Cuánto tiempo sin venir a tu espacio!
ResponderEliminarIntento reanudar mis buenas costumbres y hoy me he propuesto traducir este capítulo que tenía a medias, trataré de resumirlo lo más posible para que mi amiga siga el hilo de tu libro, me ha preguntado varias veces por él.
A la vuelta del supermercado, Nanda contestó a la llamada de Araújo, quedaron en verse al día siguiente para hablar de lo que tenían en proyecto.
Aprovechó para llamar a Tó Zé que le respondió con una voz melosa, todo indicaba que quería volver a tenerla entre sus brazos, la ponía nerviosa siempre que eso ocurría pero fue fuerte y, con tono firme, le contestó que sólo llamaba para saber si iba a ir a buscar a Luís o era su suegro el que los traía.
Supo que era su padre el que iría a buscarlos y le pidió que la tuviese al corriente de todo.
Estaba contenta, pronto podría tener a su nieto en brazos, a su hijo cerca y, para completar su felicidad, Miguel le había dicho que vendría por ferias.
Sus pensamientos iban de Tó Zé a Araújo Carvalho, en el fondo llevaba sola mucho tiempo, hasta pensó en llamar a Bela e ir una noche de "conquista".
Recordó que Tó Zé le había demostrado años atrás un amor incondicional, también recordó el porqué se había casado con él y reconoció también que habían pasado años felices juntos.
La imagen de Alejandro vino a su mente,desde aquél beso que se habían dado el día de su cumpleaños no habían dejado de verse, primero los acompañaba Bela y después sus padres le habían dado permiso para que saliese con él, tenían plena confianza en ella.
Pero el amor, que va muchas veces más allá de la razón y la voluntad....
Llegó el día que, entre besos y abrazos, promesas y caricias, Nanda descubrió un nuevo mundo al pegar su piel a la de él.
A partir de ahí, querían más, mucho más, y se estuvieron viendo en el lugar que Alejandro tenía alquilado cuando llegó a Lisboa.
Como él tenía que trabajar para completar el encargo que le habían hecho desde Milán, no se llamaban en horas de trabajo, lo hacían a partir de las cinco, pero un día...
Al sonar el móvil de Nanda, a una hora inesperada, se sorprendió a ver que la llamada era de Alejandro.
Y aquí nos dejas con la duda de lo que le diría.
Abrazos.
Kasioles
Já tenho um palpite... será que acerto?
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