ADENDA
Queridas Amigas e queridos Amigos
Por lapso não incluí, no final deste
Capítulo, a seguinte informação:
NO DIA 10 DESTE MÊS DE JULHO VOU
AUSENTAR-ME DO PAÍS, POR DUAS SEMANAS, PARA O MEU PRIMEIRO PERÍODO DE FÉRIAS (O
SEGUNDO SERÁ NA SEGUNDA QUINZENA DE AGOSTO).
POR ESSE MOTIVO SÓ QUANDO REGRESSAR
PODEREI RETRIBUIR AS VISITAS QUE ME FIZEREM, E QUE DESDE JÁ AGRADEÇO.
Beijinhos e abraços a toda(o)s.
“…O toque do telefone interrompeu os seus
pensamentos. Contrariada, Nanda levantou-se e viu, no visor, que a chamada era
do Tó Zé. Naquele momento teria preferido continuar a recordar o passado tão
distante. Já haviam decorrido 30 anos! Mas na sua memória tudo continuava muito
nítido, como se o estivesse vivendo de novo…
Clicou no “atender” e ouviu do outro lado a
voz inconfundível do seu ex-marido:
- Por
onde anda a flor mais linda do meu jardim, que demorou tanto tempo a atender?
Nanda sentiu um friozinho na barriga ao
ouvir aquela voz carregada de mel…”
CAPÍTULO
XI
Tentando controlar-se para não deixar
transparecer o quanto aquela voz mexia consigo, Nanda respondeu, no tom mais
indiferente que lhe foi possível:
- O teu jardim continua
repleto de flores?
- Tem algumas, sim, mas
nenhuma tão bonita como tu…
- Conversa não te falta… Mas
afinal, foi para falar de flores que me ligaste?
- E se fosse? Não é uma
conversa bonita? E perfumada
– acrescentou, bem-disposto. Mas não, não
foi para falar de flores, mas dum botão de rosa – o nosso neto.
- O que tem o nosso neto? – a voz de Nanda denotava preocupação. Aconteceu alguma coisa que eu não sei?
- Não fiques aflita, minha
querida – Nanda estremeceu.
Aquele “minha querida” era sempre dito num tom que lhe fazia lembrar que houve
um tempo em que eles tinham conseguido ser felizes, apesar de tudo.
O que acontece é que,
finalmente, consegui arrumar acomodações para o nosso filho. E como tu gostas
sempre de lhe dar este tipo de novidades… não sou eu que te vou roubar esse
prazer… Quando quiseres liga-lhe a dar a notícia, e aproveita para lhe
perguntar se precisa que eu vá lá abaixo buscá-los. Posso ir com a carrinha e
trazer tudo o que for preciso.
- Ora aí está uma excelente notícia!
– respondeu Nanda,
encantada. E não queres contar-me como
conseguiste esse milagre?
- Evidentemente que sim. Sabes
que para ti não tenho segredos – Tó Zé falou com o tom mais doce possível.
- Eu vou fazer de conta que acredito
– respondeu Nanda, tentando falar rispidamente, mas com o coração acelerado.
- Acredita que é verdade.
Lembras-te daquele armazém enorme que em tempos aluguei, com vista a
diversificar o negócio? –
continuou ele. Acabou por ficar para ali, sem qualquer utilidade. Mantive-o
porque o aluguer era baixo, quase de graça. E foi o melhor que fiz. Com a ajuda
de uns amigos construí lá, numa parte do espaço, um belíssimo apartamento. Só
tem um quarto, mas para já não é preciso mais. Depois, com tempo, posso
construir outro.
- E o nosso neto vai ficar confinado a um
quarto? – perguntou Nanda,
com espanto.
- Que disparate! Claro que não. Tem um
quarto, uma sala – não muito grande, é certo – uma cozinha e instalações
sanitárias. Quando quiseres podes ir lá ver. Tenho a certeza que vais gostar.
Já está pronto há três ou quatro dias, mas não te disse nada porque era preciso
deixar sair o cheiro das tintas.
- Estou espantada, e deveras satisfeita.
Vamos fazer assim: Eu telefono ao Luís a dar-lhe a novidade. Sei que vai ficar
radiante porque todos os dias me tem falado no assunto.
- Todos os dias? – perguntou Tó Zé,
admirado.
- Sim, todos os dias, qual é o espanto?
Sabes que nós falamos todos os dias…
- Pois… - Nanda notou um certo tom de tristeza na voz do ex-marido – tu e eu
também falamos todos os dias – ou quase… - e tu não me dizes tudo…
- Isso agora não interessa para nada! Vamos
aos planos. Daqui a pouco ligo ao Luís e vejo como havemos de fazer para eles
virem para cima. E fica descansado que vou dizer-lhe que te ofereceste para os
ires buscar – acrescentou,
sorridente.
- Obrigado, minha querida. Tu consegues ser
sempre atenciosa, seja em que circunstância for…
Nanda engoliu em seco, sem palavras para
responder. E de novo aquele “minha querida”…
Não sabia explicar porque é que essas duas
palavras, ditas naquele tom, a sobressaltavam tanto.
A verdade é que ela nunca fora apaixonada
pelo Tó Zé. Ele, sim, ele adorava-a, e ela… deixava-se amar.
Passados quase trinta anos ainda se lembrava
bem de como eram as suas conversas. Viam-se e falavam todos os dias. Depois de
jantar ela ia até ao portão do jardim da sua casa e aí se encontravam. O que
chegasse primeiro esperava pelo outro. E as conversas entre eles pareciam não
ter fim. Algumas vezes a Mãe tinha de a chamar para ir deitar-se, porque eles
perdiam a noção do tempo.
Nanda considerava Tó Zé como o seu melhor
amigo, tal como Bela era a sua melhor amiga. Entre eles quase não havia
segredos. Nanda guardava consigo o segredo do assédio de que fora vítima por
parte do pai de Bela, e nunca o revelou a ninguém, até ao fim da sua vida. Mas
esse segredo era a única excepção…
Foi com enorme alegria e excitação que Nanda
ligou para Luís a dar-lhe a novidade. Como era de esperar, o filho ficou em
grande alvoroço e, em altos brados, transmitiu a notícia a Catarina. Combinaram
que Luís falaria com o sogro, que já se oferecera para os vir trazer a Lisboa,
e não queria magoá-lo.
Enquanto se dirigia ao supermercado para
fazer umas pequenas compras – como eram coisas de pouco peso decidiu não levar
o carro e ir a pé – voltou-lhe ao pensamento o assunto em que pensava quando
fora interrompida pelo telefonema de Tó Zé…
***
[Depois do encontro (ou encontrão…) de Nanda
e Alessandro, as duas amigas, conversando alegremente e caminhando num passo
estugado, em breve chegaram ao restaurante. Sentaram-se, fizeram o pedido, e
começaram logo a falar do assunto que as levara a almoçar juntas...
- Então
conta-me lá, que espécie de festa estás a pensar fazer? – perguntou Bela.
- Eu
estava a pensar numa coisa simples, para reunir as amigas e os amigos, nada do
género da que tu fizeste quando completaste os teus 18 anos, claro! Que te
parece?
- Por
mim acho a ideia excelente. E como ainda faltam três meses, não vais ter
dificuldade em reservar um local para a noite … concordou Bela.
- Pois
por isso mesmo é que eu quis tratar das coisas com antecedência e poder
escolher um espaço que não seja muito caro.
- Tenho
a certeza que vais conseguir. Bem basta o que aconteceu comigo… - Bela mostrava-se meio tristonha ao
recordar a sua festa de anos.
- Sim,
mas tu sabes bem porque é que as coisas não correram como tu querias e
imaginavas… Essa ideia dos teus pais de irem fazer a festa na quinta… - murmurou Nanda.
- Uma
ideia completamente disparatada. Como sempre, estavam a pensar mais em
exibir-se do que em festejarem os meus 18 anos – Bela falava com irritação. – Sendo
assim, como foram eles a organizar tudo, a maioria das minhas amigas e amigos
não estariam presentes. Só os riquinhos lá iriam pôr os pés. Olha tu, por
exemplo: afirmaste logo, a pés juntos, que não irias… Logo tu, a minha melhor
amiga!
- Não
vale a pena estarmos a falar nisso agora – Nanda esquivava-se ao assunto. Nem queria pensar no verdadeiro motivo
que a levara a recusar o convite da sua melhor amiga. Desde aquele dia fatídico
evitava ao máximo qualquer contacto mais próximo com aquela família.
- Tens
razão, querida. Não vale a pena continuar a lamentar o que se passou. Mas a
verdade é que eu pensava que iria recordar para sempre, com saudades, a minha
festa dos 18 anos. Afinal, é um marco na nossa vida… - comentou Bela, com ar tristemente
pensativo.
E
lembrou-se da ansiedade com que esperara pela sua festa de aniversário dos 18
anos. Imaginara tudo tão diferente do que acontecera… Os pais disseram-lhe que
não queriam contar-lhe nada, porque iam fazer-lhe uma grande surpresa. E nisso
não se enganaram. Foi mesmo uma surpresa enorme!
Nesse dia,
logo a seguir ao almoço, meteram-na no carro e, entre risadas de boa
disposição, vendaram-lhe os olhos, dizendo-lhe que não valia a pena ela fazer
perguntas pois só quando chegassem ao destino veria a surpresa. A Mãe
aconselhou-a a recostar-se e tentar fazer um pequeno sono de beleza, para estar
linda para a sua festa…
Cerca de
uma hora depois o pai parou o carro, ajudaram-na a sair e a venda foi retirada.
Com espanto, Bela verificou que se encontrava na quinta, onde era aguardada por
um número enorme de convidados, amigos dos seus pais e os seus descendentes,
todos vestidos como para uma festa de gala.
Não,
decididamente não era nada disto que Bela imaginara. Na verdade, os pais não a conheciam, não
sabiam os seus verdadeiros gostos, para além de só pensarem em si mesmos e na imagem que queriam
transmitir, de pessoas da alta sociedade.
A Mãe
levou Bela para o seu quarto, onde a esperava um magnífico vestido que ela usaria
para a festa – por sua vontade vestiria apenas umas jeans e uma t-shirt. Fez a
vontade à Mãe, pois sabia que de nada valeria tentar contrariá-la.
Como não
viu entre os convidados a sua melhor amiga perguntou à Mãe se não se tinha
lembrado de convidar Nanda. Ela respondeu que não se esquecera – de maneira
nenhuma! – mas que, apesar da muita insistência, a amiga lhe repondera que não
podia ir.
Bela
correu para o telefone e ligou a Nanda. Entre lágrimas descreveu-lhe,
resumidamente, a “surpresa” que os pais lhe haviam preparado, e implorou à
amiga que fosse para a quinta, que mandaria o motorista buscá-la. Nanda recusou, meiga mas firmemente:
-
“Sabes que te amo como a uma irmã, mas não me peças o impossível. A minha Mãe
está com uma fortíssima crise de enxaqueca e não tenho coragem de a deixar
sozinha nestas condições. Sabes como ela fica quando tem estas crises…”
Depois de
todos os convidados terem partido, os pais disseram-lhe que no dia seguinte
iriam levar a casa a tia Natércia – irmã da mãe, que vivia no Porto e viera à festa do seu aniversário – e que Bela
poderia ficar lá uns dias, se quisesse. Tinham-se apercebido de que a surpresa que
haviam preparado para a filha em nada lhe tinha agradado, e pensavam
compensá-la concedendo-lhe uns dias de liberdade.
Foi a
melhor notícia que Bela recebeu nesse dia. A perspectiva de ir passar uns dias
com a prima Filipa, filha da tia Natércia, de quem gostava muito, deu-lhe um
novo ânimo.
Foram uns
dias inesquecíveis.
No dia da
chegada, Filipa convidou umas amigas para jantarem lá em casa. Foi uma reunião
muito agradável e alegre. As amigas da prima eram muito simpáticas e
acolhedoras, e logo ali combinaram fazer uma festa no dia seguinte na casa de
uma delas, cujos pais se encontravam no Algarve.
Na noite
seguinte lá estavam elas na casa da amiga, prontas para uma noite de farra. A
casa, situada nos arredores, era enorme, com muitos quartos, salas, salinhas e
saletas… Notava-se, à distância, que os donos da casa eram pessoas bem
colocadas na vida, nada abaixo do nível dos pais de Bela.
Amigas e
amigos começaram a chegar e em breve a sala estava repleta de jovens. Dançaram,
cantaram, saltaram, comeram – havia, numa das salas, uma mesa posta com sandes
e bolos, onde não faltavam bebidas alcoólicas.
A noite ia
avançada quando alguém começou a distribuir uns “charros”, a que se seguiram
outras drogas leves. Bela nunca tinha experimentado e não estava nada
interessada. Na escola, desde os doze anos, sempre aparecia alguém a querer
influenciá-la e iniciá-la nesse mundo que ela temia acima de tudo. Sempre
resistira, e até àquela noite sempre tinha conseguido manter-se afastada.
Agora… a
tentação era maior que nunca. Toda a gente eufórica, fumando e “cheirando”, com
álcool à mistura… e ela ali, isolada, a sentir-se um ET. Filipa insistia:
- Vá lá,
Bela, não sejas desmancha prazeres, é só hoje. Olha para mim, pensas que eu
faço isto todos os dias? Nem pensar, é só muito raramente. Assim não se corre o
risco de ficar viciado…
Bela
acabou por ceder… e de pouco mais se lembra nitidamente. Recorda-se que todos
acabaram espalhados pelos vários quartos. Ela própria acordou de madrugada ao
lado de um jovem de que mal recorda as feições porque, ao reparar na cama
desfeita, não teve dúvidas do que acontecera entre eles. E sentiu-se tão
envergonhada que mal conseguiu balbuciar o seu nome – Bela – quando ele quis
apresentar-se dizendo:
- Io sono
Alessandro. E tu?...
Todos
começaram a levantar-se e retirar-se, e em breve as duas primas ficaram
sozinhas com a dona da casa, grande amiga de Filipa. Passaram o dia as três
juntas. Bela não se sentia muito bem – as drogas que consumira, ainda que
leves, provocaram-lhe um mal-estar geral. Acharam preferível só regressar a
casa mais tarde, dando tempo a que se dissipassem os efeitos da noitada, e
evitar preocupar a prima Natércia.
Mas as
verdadeiras consequências de toda a irresponsabilidade dessa noite não se
fizeram esperar. Pouco tempo depois…
Nanda
reparou no ar ausente da amiga e perguntou:
- Vamos
tratar da minha festa ou não?
- Claro
que vamos. Portanto… fazes um lanche ajantarado… - sugeriu Bela
-Sim,
mas uma coisa bem simples, e tem de ser em casa. Sabes que os meus pais não são
ricos… não quero fazê-los gastar muito dinheiro. – apressou-se a esclarecer Nanda.
- Se tu
não fosses teimosa… aceitavas que eu te oferecesse a festa como prenda de anos… - aventurou Bela – Gostava tanto!
- Não
venhas de novo com essa conversa. Eu nem sequer me atreveria a dizer tal coisa
aos meus pais. Acho que eles me mandavam internar – respondeu Nanda em tom alegre, tentando
desviar o assunto.
- Eu
entendo, por isso não vou insistir – respondeu Bela.
-Fazemos
assim: um lanche ajantarado lá na garagem, com a presença dos amigos dos meus
pais; a seguir a juventude segue para a discoteca, e os cotas continuam a
festejar na garagem – disse
Nanda com uma gargalhada. - Agora só falta pensar no que se há-de servir
para o lanche. Como sabes a minha Mãe não tem prática dessas coisas – na
cabeça dela o que mais importa é o voluntariado. Não que eu tenha alguma coisa
contra, nem pensar; mas às vezes até parece que para ela são mais importantes
as pessoas a quem presta apoio do que eu ou o meu Pai… murmurou Nanda
- Não
penses assim, querida. A tua Mãe é uma excelente pessoa, bondosa como poucas. É
só olhar para as pessoas que ela visita, pessoas de condição muito baixa,
verdadeiramente necessitadas. Algumas amigas da minha Mãe enchem a boca com
essa cena do voluntariado, e vais ver quem elas visitam… A tal da pobreza envergonhada, pessoas que já
estiveram muito bem na vida e agora estão na mó de baixo… Mas diz-lhes para
irem dar apoio a pessoas de condição mais humilde e logo vês a resposta que te
dão – “não têm tempo”, “já visitam muita gente”, “não podem chegar a todo o
lado”…
Digo-te,
honestamente, gosto muito mais da acção da tua Mãe. – rematou Bela
- Eu
sei, eu sei, só que às vezes nós sentimos um pouco a falta dela, entendes?
Bom,
mas nós não viemos aqui para falar das boas acções das nossas Mães, certo?
Então, continuemos…
-
Claro! - Apressou-se Bela a
concordar.
– Tu já
sabes que podes contar comigo para tudo. Portanto, com o lanche não te
preocupes. Entre nós todas, e com a ajuda da criada lá de casa (tu sabes que
ela te adora…) não vai haver problemas.
Depois é só conseguir que o dono da discoteca reserve um espaço para
nós. Afinal, ainda somos bastantes… talvez uns vinte, não?
- Ah,
sim, à volta disso. Entre colegas e amigos lá da rua… deve ser mais ou menos
esse número. A propósito, não me posso esquecer do Tó Zé, ainda não lhe falei
no assunto… Sabes o que eu gostava mesmo? É que fosse num bar de praia… mas não
sei se vamos conseguir…
- Vais
ver que sim. Lembra-te que ainda faltam três meses, portanto temos tempo
bastante para tratar do assunto. E talvez até seja mais fácil do que um espaço
reservado numa discoteca… E… muito mais giro! Só pensar em estar a ouvir o barulho
das ondas já me faz gostar da ideia. E depois… são os teus 18 anos, tem de
correr tudo muito bem! –
disse Bela, em tom confiante.
- É uma
data histórica – riu Nanda.
É já o princípio da maioridade.
E riram
ambas alegremente.
Terminado
o almoço combinaram encontrar-se brevemente e separaram-se com um apertado
abraço.
A caminho
de casa Nanda não parava de pensar no desconhecido com quem se cruzara.
“Que
lindos olhos ele tem! Aliás… todo ele tem boa figura; mas os olhos chamam logo
a atenção. Será que ele vai telefonar? O mais certo é que não o faça. Afinal,
foi apenas um simples encontro… Um encontrão, melhor dizendo…Para além da
“agressão física” - sorriu a este pensamento - nada mais houve digno de
registo…”
Chegando a
casa, depois de pôr a Mãe ao corrente do que tinha combinada com a Bela, foi
agarrar-se aos livros. O fim do ano estava à porta e não queria dar à Mãe o
menor motivo para que ela pusesse entraves à sua festa de aniversário.
Porém, não
conseguia concentrar-se. O desconhecido de olhos azuis interpunha-se aos
estudos, levando-a a olhar constantemente para o telemóvel, que se mantinha
mudo.
Às cinco horas e cinco minutos Nanda deu um
salto na cadeira ao ouvir o toque que já tinha desesperado de escutar.
Ficou
paralisada, a olhar para o aparelho sem se mover, ouvindo-o tocar. Passados uns
momentos o toque parou. Pouco depois tocou de novo.
Nanda
olhou para o visor onde estava a indicação de “número desconhecido”. Pensou:
“Será ele?
Ou algum daqueles chatos a fazer publicidade que não interessa a ninguém?”
Decidiu
atender. O seu coração teve um sobressalto quando reconheceu a voz do
desconhecido dessa manhã.
- Alô! –
ouviu do outro lado. Como estás, cara mia?
Nanda
ficou tão emocionada que nem conseguia falar. Afinal, ele tinha ligado…
Maria Caiano Azevedo
Adorei mais este capítulo.
ResponderEliminarAbraço
Querida Mariazita
ResponderEliminarA história promete!
Leio com avidez, sempre a ver o que vem por aí! Muito interessante, a sua narrativa, com analepses e prolepses!Deixa o leitor em suspenso.
Obrigada pelos bons momentos que me proporciona.
Um beijinho
Beatriz
Beleza e suapense4 até novas aventuras. Lindo! beijos,tudo de bom,chica
ResponderEliminarSempre com novos fatos que vão se juntando aos outros, num enredo que fascina à cada capítulo!Forte abraço, Mariazitamiga!
ResponderEliminarMuito bem. Será que o Alessandro é o mesmo das duas?...
ResponderEliminarCada capítulo sempre empolgante.
Beijinhos, amiga Mariazita.
Emoção e suspense!!!! A história promete minha amiga
ResponderEliminarBeijinhos perfumados de poesia
Saludos Mariazita, pase un feliz mes de Julio.
ResponderEliminarLeeré todos los capítulos juntos cuando termine su libro.
Presiento que debe ser muy interesante. Felicitaciones de antemano.
Abrazos
Con mi prolongada ausencia del blog, me he perdido muchas cosas buenas, entre ellas está tu nueva publicación, trataré de empezar a ponerme al día con el primer capítulo ¡Tú vales mucho!
ResponderEliminarCuídate y recupérate pronto.
Cariños.
kasioles
As duas amigas com um segredo e creio que já imagino o da Bela, mas não vou dizer nada; esperarei pelo desenrolar da história. A Nanda e o ex , agora com o netinho , não irão aproximar-se. ? A autora é que sabe. Mariazita, espero que estejam todos bem aí em casa e cá fico à espera do novo capitulo. Um beijinho, querida amiga!
ResponderEliminarEmilia
Querida amiga Mariazita a saga da Nanda, à medida que avança torna-se mais interessante. A novela está muito moderna, pois aborda o que penso seja um assunto, incidências bem contemporâneas, como o problema juventude, drogas, amores, casamentos, etc. Em suma, bem agradável de seguir, por quem goste de se agradar em criativas histórias.
ResponderEliminarBeijos
A esta hora não consigo ler nada. Prometo ler a tarde lá no trabalho.
ResponderEliminarSaúde.
Bjs
Hola Mariazita:
ResponderEliminarA menos de una hora de la semifinal de Copa América de fútbol entre Perú y Chile, paso a distraerme un poco con tus excelentes historias.
Abrazo desde el frío del invierno santiaguino.
A história continua interessante, com vários acontecimentos, personagens, etc., e muito bem contada, com uma narrativa de romancista experiente.
ResponderEliminarResta esperar mais um mês para ver a continuação...
Amiga Mariazita, continuação de boa semana.
Beijo.
OI Mariazita! Capitulo seguiu a mesma trajetória bem escrita dos anteriores. Aqui vemos uma situação bem detalhada entre duas pessoas que tiveram quedas no relacionamento e que nos lembra perfeitamente a vida real. Achei o capitulo bem rico em detalhes e que nos leva a esperar ansiosos pelos próximos. Grande beijo.
ResponderEliminar
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Wow!!! The plot thickens! Vou ficar de olho nesse Alessandro, Mariazita. Esse livro só melhora. Parabéns!
ResponderEliminarBoa noite querida Mariazita.
ResponderEliminarMais uma belíssima e continuada história com vários acontecimentos.
Adorei ler.
Beijinhos
Te admiro, has captado perfectamente lo que quería decir en mi última entrada.
ResponderEliminarMil gracias, de corazón.
Te deseo un feliz fin de semana con menos calor que el que hace por estas tierras.
Cariños.
kasioles
Como sempre, querida amiga, vais nos deixando ao modo pinga-gotas um belo romance em construção, com aquele jeitinho só teu de nos levar ao próximo capítulo... Tão real isso!
ResponderEliminarParabéns, um ótimo fim de semana.
Beijo
Como todas as mães, essas festas e a facilidade com que os miúdos têm acesso a drogas são a maior preocupação com a adolescência que se aproxima a passos largos. Só podemos educá-los o melhor que sabemos e fazer figas para que corra tudo bem.
ResponderEliminarQual terá sido a consequência dessa festa?
Aguardo desenvolvimentos
Muitos beijinhos
Ruthia
ResponderEliminarQuerida Mariazita
Demorei um pouquinho a chegar aqui, todos os dias a dizer a mim própria "tenho de ir à Mariazita" até que hoje aqui me tens. Li este capítulo com muito prazer e gostei muito de ver as duas amigas cada uma com o seu Alessandro, ou será só um? Os segredos proliferam e o mistério adensa-se. A Nanda com o ex-, vamos lá ver o que está para vir.
Desejo-te saúde e um bom fim de semana.
Beijinhos
Olinda
Mais um capítulo, que nos deixa ansiosamente, aguardando pelo próximo!...
ResponderEliminarAgora fiquei com uma imensa curiosidade, em relação a esse telefonema...
Como sempre, super interessante... e que nos agarra a atenção assim que iniciamos a leitura, com um enredo, muitíssimo bem arquitectado!...
Adorei, Mariazita! Deixo um beijinho e os meus votos de um feliz fim de semana, e de um óptimo mês de Julho!...
Ana
Tem bom fôlego narrativo!
ResponderEliminarBeijinho
Grande sentido literario, que engancha, que até obriga a reler, para interpretar bem esta excelência narrativa.
ResponderEliminarAguardo inquieto o que ainda está por vir.
Abraços de vida, querida amiga.
As surpresas não param... e o livro fica cada vez mais interessante! Vejamos como irão a Nanda e a Bela, daqui pra frente! E você, amiga, como está? A saúde melhorou? Meu abraço, boa semana!
ResponderEliminarQuerida Mariazita.
ResponderEliminarDesejo-lhe umas maravilhosas férias, desfrute ao máximo com saúde e alegria.
😘😘
A expectativa continua , cada vez mais interessante .
ResponderEliminarAmiga mariazita ,
Umas óptimas férias !
Um forte abraço ,
Maria
Votos de umas excelentes e retemperadoras férias, Mariazita!
ResponderEliminarBeijinhos! Tudo de bom... e até breve, então!
Ana
Bom dia amiga Mariazita,
ResponderEliminarHaja fôlego para ler seus inspirados textos, gostei muito, embora não tenha acompanhado os demais.
Que vc aproveites seus dias de férias com bons divertimentos, volte renovadíssima!
Bjs e boa viagem!
Bom dia Mariazita!
ResponderEliminarEu venho para a despedida e desejo de ótimas férias, bom descanso, muitos beijinhos. Depois eu volto, para continuar de onde parei. Abraços carinhosos.
Querida amiga Mariazita, boas férias.
ResponderEliminarBeijo.
Histórias de vida que encerram segredos e ainda muito por saber.
ResponderEliminarMais um capítulo super interessante.
Boas férias minha amiga
Beijinhos
Maria
Amiga, tem um mimo floral e um pensamento para Voce aqui:
ResponderEliminarhttp://espiritual-amizade.blogspot.com/2019/07/o-balsamo-da-amizade-fiel.html
Tenha um dia de Domimgo feliz!
Bjm carinhoso e ftaterno de paz e bem
Boas férias, Mariazita! Aguardamos a tua volta, amiga; bom resto de semana!
ResponderEliminarEstimada Amiga.
ResponderEliminarÉ comovente a amizade e o relacionamento das meninas, personagens principais desta história.
Voltei a gostar, está a progredir bem, despertando interesse e curiosidade.
Regressada de um recesso de três meses, ainda estou a voltar...
Hoje, Dia Internacional da Amizade, organizei um encontro virtual de Amigos.
Teria muito gosto se participasse. Penso que iria gostar.
Desejo que a segunda parte das suas férias sejam maravilhosas.
Tudo de bom,
Abraço grande.
~~~
Buen viaje y disfrute mucho de sus vacaciones.
ResponderEliminarUn abrazo grande.
Reiterando o comentário que deixei aqui, logo mais acima, devorei todas as linhas e a espera de mais, continuo...
ResponderEliminar