SEGREDOS - CAPÍTULO VII
… Mas, de facto está a fazer-se tarde, também tenho que ir buscar os
gémeos ao colégio…
- Ah! Mas que indelicadeza a minha! Com o entusiasmo
da conversa esqueci-me de perguntar pelos meninos… Eles estão bem?
- Sim, estão. A semana passada o Tiago pregou-me um
susto, tive que o levar ao hospital, mas não foi nada de grave. Não vejo é a
hora de poderem ser operados…
- Pois… sabemos como é a saúde em Portugal… respondeu Nanda, levantando-se. Eu vou também tratar do “meu bebé” Tejo, antes que aconteça alguma
fatalidade líquida lá em casa…
SEGREDOS – CAPÍTULO VII
Como seria de esperar o Tejo estava ansioso por ir à rua. Fora lá de
manhã, mas numa saída muito rápida, que nem lhe deixara cheiriscar as árvores
habituais. Quantos amigos seus não teriam já marcado o território que a ele
pertencia!? E a dona que não vinha! Isto é mesmo vida de cão!
Quando a viu aparecer saltou, dançou à sua volta, ladrando alegremente
numa ruidosa manifestação de júbilo.
Na rua corria de árvore para árvore, rapidamente, como se tivesse receio
de que o passeio terminasse antes que ele tivesse tempo de verificar todos os locais
e não pudesse assinalar a sua passagem.
Aos poucos foi-se acalmando, dando algum sossego a Nanda, que não o
largava da trela, e que entretanto ia pensando na sua conversa com Carla.
“Que mulher simpática! O marido, Diogo, o engenheiro informático, também
é muito educado. E que grandes corações têm aquelas duas almas! Adoptarem dois
gémeos quase recém-nascidos com aquele problema de saúde… lábio leporino... E
logo os dois! Imagine-se o dinheirão que vai ser preciso para as duas
cirurgias…
Não há dúvida, poucas pessoas adoptariam crianças assim. Se não fossem
estes pais, que destino estaria reservado a estes meninos? Andarem eternamente
de instituição em instituição… Apesar do azar de terem nascido ambos com esse
defeito, tiveram uma sorte enorme em lhes aparecerem estes pais…”
O passeio já ia longo, o Tejo olhava os troncos das árvores com
indiferença, e Nanda deu a volta por terminada.
A noite descia a passos largos. Sentada no sofá da sala, com o Tejo,
exausto da longa passeata, a seus pés, ligou a televisão. E enquanto as imagens
passavam quase sem as ver ia pensando em tudo o que acontecera nesse dia.
Agora, calmamente, podia “dissecar” todas as informações que António lhe
dera acerca do Carvalho Araújo. “Onde terei posto o cartão que ele me deu? Afinal,
devo ter feito bem em não o deitar ao lixo…”
Quando voltou a si, a sala encontrava-se às escuras. Tejo aproveitava
para dormir a sono solto. Estava na altura de acender as luzes.
***
Nanda levantou-se cedo. Dormiu bem e estava bem-disposta.
Tomou um pequeno-almoço com baixas calorias, pois a sua preocupação com
a figura que todos elogiavam não a deixava cometer loucuras alimentares. Tinha
consciência de que, com os seus 47 anos, não podia facilitar. E como
presentemente não podia – ou, pelo menos, não devia… - dar-se ao luxo de
frequentar o ginásio, era muito rigorosa com a alimentação e as caminhadas.
Tinha
combinado encontrar-se com Bela exactamente para isso – caminhar.
Depois
de levar o Tejo a satisfazer as suas necessidades matinais, passou por casa
para vestir uma roupa de desporto e foi ao encontro da amiga. Esta
encontrava-se sentada à mesa do café, com uma chávena vazia sobre a mesa e, à
sua frente, o tablet aberto.
Depois dos cumprimentos que, entre elas, eram sempre
de tal modo efusivos que, quem as observasse, iria pensar que não se viam “há
séculos”, Bela perguntou, abruptamente:
- Sabes o que é um “count down”?
- Sim, sei… é uma contagem regressiva. Mas por que
perguntas?
- E sabes quantas pessoas em Portugal sabem o que isso
significa?
- Não faço a menor ideia… Calculo que muitas não saberão…
- E sabes quantas palavras portuguesas - frisou
o “portuguesas” - são usadas nas
televisões dos países cuja língua é o inglês… ou o francês, ou o japonês…? – insistia
Bela
- Também não faço ideia… mas calculo que nenhuma. Mas
porquê tantas perguntas?
- É porque, enquanto esperava por ti, pus-me aqui a
assistir a um desses programas da manhã que passam metade do tempo a anunciar
que dão dinheiro…
- Sim, há vários programas desses…
- Pois… só que desconhecem que a língua portuguesa é
composta por cerca de 400.000 vocábulos e por isso não há necessidade de
recorrer a palavras estrangeiras. Para além do mais, estes programas são
dirigidos essencialmente a um público não muito letrado, portanto deveria haver
o cuidado de falar de forma a que todos entendessem. Tenho a certeza que muitos
dos ouvintes não sabem o que significa count down… -
Bela não disfarçava a irritação.
- Desculpa, querida, mas tu és muito exigente, e estás sempre pronta para uma
alfinetadazinha… – comentou Nanda, com um sorriso.
- Por acaso achas que não tenho razão? –
Bela estava bastante irritada.
- Não é que não tenhas razão, mas a verdade é que em
Portugal, não sei se devido ao crescimento acelerado do turismo, usa-se muito
intervalar palavras inglesas nas conversas. Até nas novelas se vê isso… - Nanda
tentava contemporizar
- Tu chamas-lhe turismo, já eu chamar-lhe-ia… servilismo – ripostou Bela, que
continuava de mau humor.
- O que acontece, minha querida, é que tu és
uma purista da língua portuguesa, e por isso estas modernices causam-te
brotoejas… - Nanda tentava levantar o ânimo da amiga que, quando se tratava
de assuntos deste género, ficava sempre abalado.
Mas afinal – continuou
– vamos ou não vamos caminhar?
- Queres que eu seja mesmo sincera? Só te desafiei para a
caminhada para te obrigar a vires para ao pé de mim… - sorriu
Bela, já mais bem-disposta. Há tanto
tempo que não passamos um tempinho simplesmente a conversar… - e fez um
arzinho de amuo, que a fazia parecer-se com uma criança mimada.
- Tu sabes muito… - sorriu Nanda, que não
conseguia resistir quando a amiga punha aquele ar a que ela chamava de
“cachorrinho abandonado”. Pois muito bem,
aqui me tens ao teu dispor. Mas não precisavas de usar de subterfúgios… Sabes
que basta um gesto teu para eu vir a correr – ambas riram alegremente.
- Por acaso até tenho uma novidade para te contar –
continuou Nanda.
- Pois conta, que eu gosto muito de novidades. Mas antes
deixa-me fazer-te uma pergunta.
- Faz lá, perguntadeira – riu
Nanda.
-Na conversa que tiveste com a tua amiga Carla acerca do
Natal falaste-lhe nas janeiras? Tendo vivido sempre em Lisboa certamente não
sabe o que isso é…
- Claro que falei, mas só agora de manhã. Encontrei-a à
saída de casa.
- Não sei se estou a gostar de tantos encontros… - Bela
fingiu-se amuada.
- Não sejas pateta! – Nanda riu com
vontade. Tu és e sempre serás a minha
melhor amiga.
- Pois é bom que não o esqueças… - ameaçou
Bela, continuando a fingir-se despeitada.
- E se falássemos como pessoas crescidinhas? Voltemos ao
assunto. Falei à Carla não só nas Janeiras mas também nos Reis Magos. De facto
ela sabia de tudo isso duma forma muito vaga. Fiquei com a impressão de que a
família dela não liga muito para essas coisas.
- E achas que ela gostou? Explicaste tudo bem? – Bela
interessava-se muito por estes assuntos, e era de um grande preciosismo nos
pormenores.
- Sim e sim. Sim, ela gostou e sim eu expliquei tudo! – Nanda
respondeu num tom meio enfadado.
- Não precisas de te abespinhar, eu só queria saber se
tinhas contado tudo direitinho, sem te esqueceres de nada… Lembraste-te da
romã? – perguntou Bela, num tom duvidoso.
- Estou feita contigo! Olha, não queres ir lá falar com a
Carla e fazeres-lhe um exame para comprovar que sou boa professora?
- Calma, tu sabes como é importante o pormenor da romã.
Imagina que ela quer seguir esse ritual e não sabe bem as regras… As coisas,
quando se fazem, têm que ser bem feitas.
- Eu sei, dona Perfeição!
Nanda optou
por não ligar grande importância às dúvidas de Bela. Ela sabia que a amiga era
uma perfeccionista em tudo, e quando transmitia algo que ela considerava
importante, ia atá aos mais ínfimos pormenores.
- Para que não fiques para aí a ruminar no assunto – que eu
sei muito bem como tu és… - vou-te contar tudo. RESUMIDAMENTE, é claro. Presta
bem atenção para depois não vires para cá com perguntas.
- Sou toda ouvidos… murmurou Bela.
- Então…
acerca das Janeiras eu disse o seguinte:
- “Cantar as Janeiras” era uma
tradição, não só em Portugal mas também na maior parte dos países europeus
(desconheço o que, a este respeito, se passa fora da Europa). Consistia na
formação de grupos de homens e mulheres que, no início do ano, andavam cantando
de porta em porta, geralmente cânticos de cariz religioso, para desejarem feliz
ano novo. Os donos das casas ofereciam aos cantantes frutos secos, nozes e
castanhas, vinho, e até dinheiro.
No final, as
guloseimas eram consumidas num jantar em que todos participavam, e o dinheiro
era para as almas do Purgatório – “as alminhas” - ou seja, era entregue na
igreja.
Nalgumas
localidades as Janeiras prolongavam-se até ao final do mês de Janeiro; noutras,
terminavam no Dia de Reis.
Actualmente
esta tradição está quase em desuso, mantendo-se, apenas, nalgumas regiões da
província.”
- Muito bem – aplaudiu
Bela.
- Quanto ao Dia de Reis a explicação foi mais
simples porque… quem não sabe o que é o Dia de Reis?
“Toda a gente
sabe que é neste dia que se celebra a chegada dos três Reis Magos ao presépio
onde se encontrava Jesus, e as prendas que levavam para oferecer ao Menino.
O que talvez
poucos saibam é o significado dessas ofertas, que é o seguinte:
- O OURO
simbolizava a Realeza. Era, à época, o metal mais valioso que existia.
- O INCENSO
significava a Fé. Quando é queimado exala um perfume muito agradável.
- A MIRRA
representava a Pureza. Trata-se de uma resina rara, extraída da casca da árvore
com o mesmo nome. É perfumada e valiosa pelas suas propriedades medicinais e
curativas.
Todos os
presentes eram, portanto, dignos de um rei – o Rei dos Judeus – tal como os
três Reis Magos consideravam o Menino. “
Nanda
calou-se, olhando para Bela, que estava verdadeiramente emocionada.
- Perfeito! – murmurou.
E acrescentou logo de seguida, tentando disfarçar a emoção: Eu não teria feito melhor. É claro que não
te esqueceste da romã – disse como que a medo, temendo a reacção de Nanda.
É claro! … –
respondeu Nanda, já com uma pontinha de irritação. Queres que te diga também o que contei à Carla a esse respeito? Pois
então ouve:
“Em tempos
idos acreditava-se – e ainda hoje há quem creia – que os pedidos feitos aos
três Reis Magos no dia 6 de Janeiro seriam atendidos, e que o ano decorreria
próspero, com muita sorte, e que não faltaria dinheiro. Mas… para que isso
acontecesse, os pedidos teriam que ser acompanhados pela ingestão de bagos de
romã. Contudo, não era qualquer fruta que servia; a romã tinha que ter intactos
os “sete bicos”. O fruto tem no topo como que uma coroa formada por sete
pontas. Essas pontas não podiam ter nada quebrado, tinham que estar perfeitas.
Era a chamada “romã de sete bicos”.
- Ufa! Estou cansada de tanto falar. E tu estás
satisfeita? – disse Nanda, querendo dar o assunto por
encerrado.
- Desculpa! – Bela apresentava um ar
verdadeiramente contrito. Sei que fui
demasiado insistente, mas tu conheces-me… Sabes como gosto de todas estas coisas
e desejaria que estas tradições – e tantas outras – se transmitissem de pais a
filhos e netos, e não se perdessem no esquecimento.
- Sim, eu sei, não te preocupes. Eu própria aprecio todos
estes costumes antigos, que tenho bem presentes porque os praticávamos na casa
dos meus avós. E continuei com a tradição, tanto quanto possível, enquanto os
meus filhos estiveram em casa… - respondeu
Nanda, com um ar meio ausente.
Bela tinha
ficado muito bem-disposta. A sua amiga tinha prestado uma informação perfeita a
Carla, que assim aumentara os seus conhecimentos. Propôs mudarem de assunto.
- Nanda,
minha amiga preferida – disse, rindo – vamos mudar de assunto? Disseste que
tinhas uma novidade para me contar e eu interrompi-te… Desculpa!
- Sim, chega
de falarmos de costumes e tradições. Eu tenho, de facto, uma coisa para te
contar. Tu sabes como tenho andado apoquentada
por não conseguir trabalho – começou Nanda.
- Se sei! E tu sabes como me aflige ver-te assim – respondeu
Bela, aparentando verdadeira preocupação. E continuou:
- E, pela milionésima vez volto a dizer-te que
não consigo entender o motivo por que não queres vir trabalhar comigo lá na
empresa do meu pai… Não tem conta o número de vezes em que te falei neste
assunto…
Já pensaste como seria bom trabalharmos juntas? Olha que
o meu pai paga bem e é um patrão óptimo. Põe os olhos em mim. Hoje é dia de
trabalho, e aqui estou eu, perfeitamente à vontade, sem sequer ter posto os pés
no escritório. É certo que o meu pai me dá toda a liberdade de horários porque
sabe que eu sou cumpridora, nunca falho com compromissos… e que respeito muito
o trabalho que faço. E tenho a certeza que contigo não seria diferente…
Querida, deixa-me falar com o meu pai. Pai, pai, pai…
A palavra
“pai” ficou ecoando na cabeça de Nanda…
Num relance
lembrou o que acontecera há tantos anos, e que a marcara tão profundamente.
*
[Era um dia de Verão radioso que acabou por se
transformar num dia cinzento e triste.
Com os seus
irrequietos 15 anos, amigas inseparáveis, Nanda e Bela andavam sempre juntas.
Naquele dia tinham combinado que Nanda passaria pela casa de Bela para esta lhe
mostrar umas roupas que a mãe lhe comprara, e de seguida irem à praia.
Depois de
tocar à campainha, Nanda estranhou ser o pai de Bela a abrir-lhe a porta. O
normal seria que, àquela hora, ele estivesse na sua empresa. Teria acontecido
algo que o tivesse obrigado a vir a casa? Mas rapidamente a estranheza
desapareceu, ao ver o seu ar perfeitamente normal.
Como tantas
vezes fazia o pai de Bela abraçou-a, gesto que Nanda retribuiu, pois gostava
muito dele, sempre atencioso e bem-disposto. Este abraço prolongou-se um pouco
mais do que o habitual, sem que Nanda lhe atribuísse qualquer significado
especial. Só sentiu um certo desconforto quando a mão dele deslisou até às suas
nádegas, comprimindo-lhe o corpo contra o seu. Nanda, apesar de bastante jovem,
pôde perceber, pelo contacto com o seu corpo, que ele estava muito excitado.
Horrorizada e ao mesmo tempo incrédula, começou a afastá-lo suavemente, não
querendo dar-lhe a entender do que se tinha apercebido. Sentindo a pressão dela
para o afastar ele reagiu, encostando-a a si com mais força, procurando
beijar-lhe o pescoço e murmurando palavras doces:
- Gosto tanto
de ti! Não. Não me afastes, eu sei que tu também gostas de mim. Deixa-me
fazer-te feliz.
Nunca houve na sua atitude a mínima
agressividade. Mas a força com que a segurava não deixava lugar para dúvidas:
queria violentá-la. Nanda estava literalmente siderada. Sentia faltarem-lhe as
forças para afastar de si aquele verdadeiro rochedo que, a cada gesto seu, a
prendia mais fortemente, como que a querer mostrar-lhe que ela não tinha outra
hipótese senão ceder à sua vontade.
Nanda pensou em gritar mas sabia que a enorme
casa se encontrava vazia; doutro modo, inteligente como era, o homem não se
teria atrevido a tomar tal atitude.
Continuava mantendo-a fortemente encostada a
si, apertando-a com um braço que parecia de ferro. Com a mão liberta
afagava-lhe delicadamente o rosto, alisando-lhe os longos cabelos, ao mesmo
tempo que murmurava palavras de uma doçura enorme.
Queria
satisfazer os seus desejos libidinosos mas sem hostilizar a vítima.
Ardilosamente pensava consigo mesmo que, deste modo, futuramente ela cederia
aos seus desejos sem opor resistência.
Maria Caiano
Azevedo
ResponderEliminarQuerida Mariazita
Começamos a ver o véu a levantar-se nesta história que promete ser bem interessante.
A referência ao emprego de palavras estrangeiras quando na nossa língua há vocábulos
que servem para definir tudo e mais alguma coisa é muito oportuna, pois corresponde
à realidade. Com um idioma tão bonito como o nosso, deveríamos ter mais amor
por ele. Também Nanda recorda um episódio de quando era rapariga, em que o pai da
amiga tenta violentá-la. Outro assunto que enferma a nossa sociedade.
Bela inspiração, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Tão bom te ler,Mariazita. Cada capítulo mais empolgante e rico em detalhes!
ResponderEliminarGostei muito! beijos, chica
Mais um episódio que li com muito agrado e que veio trazer um pouco de luz a esta história,
ResponderEliminarGostei da irritação da Bela relativa à facilidade com que radio e televisão empregam palavras que a maioria das pessoas não conhece. E digo maioria, porque a maior parte das pessoas que assistem esses programas são reformados, pessoas na faixa etária dos 70/80 anos, a maioria não terá mais do que a instrução primária.
Um abraço
Veo que en Portugal, Mariazita, ustedes se quejan de lo mismo que nosotros en Chile, o sea que la salud tiene muchas veces problemas y del por qué usamos tantos extranjerismos sobre todo de orígen inglés (más bien de EEUU).Todo enmarcado en una llamativa historia.
ResponderEliminarUn beso.
Estou a gostar muito , Mariazita e hoje tocas um assunto que me deixa irritada e que há dias foi motivo de conversa com uma amiga minha, o uso em demasia da lingua inglesa. Estavamos num café e ela , que não sabe inglês , estava chocada por tantos termos ingleses que tinhamos visto em tão pouco tempo. E um absurdo, porque, além de termos uma lingua riquissima, a maioria das pessoas não sabe ingles e fica sem saber o que significam os avisos, os anúncios e outros termos usados por toda a parte. Gostei muito de conhecer a tradição da romã, amiga. Mariazita, espero que estejas bem e que a tua filha se tenha recuperado completamente. Um beijinho e até ao próximo capitulo.Tudo de bom, querida Amiga
ResponderEliminarEmilia
Olá Mariazita,
ResponderEliminarli de um "trago", o texto muito bem composto e que desperta a curiosidade do leitor !
pois é Mariazita, penso que é sempre adequado relembrar que o português, a nossa língua, não precisa de estrangeirismos, mas há quem lhes atribua um efeito "chique", e então frase sim, frase não, lá aparecem eles !
até que sejam integrados e não raramente aportuguesados, vão fazendo o seu caminho
na esperança de que a situação da jovem, em perigo, seja salva por um inesperado acontecimento
beijinhos
Angela
Bem interessante este capítulo. Também eu fico desconcertada com a quantidade de palavras em inglês que são usadas a torto e a direito, quando podiam ser substituídas pelas nossas palavras. Em França substituem as palavras inglesas por francesas, e é tão melhor!
ResponderEliminarQuanto ao tema com que termina o capítulo, não me surpreende, infelizmente, pois acontece com muitas jovens o que aqui é ficcionado.
Fiquei curiosa para saber como evoluirá.
Bjo
Querida amiga Mariazita como sempre gostei da riqueza do capitulo muito informativo, como devem ser os livros. Cada livro, seja de que temática for deverá conter uma lição, que nos obrigue a pensar e desses pensamentos colher uma lição e numa atitude minimalista, daí colher algo de cultura. Pois este capítulo vai a esse encontro, na parte que nos fala das Janeiras, da tradição de comer uma romã; dos Reis Magos. Depois da recepção pelo pai da Bela e etc. Depois encontramos aqui a explicação, da recusa da Nanda aceitar trabalhar na empresa do pai da Bela; pode depois deduzir-se, que Bela está longe de imaginar o porquê. A literatura também deve ter o ingrediente de proporcionar dedução ao leitor, fazendo-o cumplice do autor.
ResponderEliminarBeijos
O pai da Bela é um grande traste...
ResponderEliminarEsta última parte do capítulo é uma grande novidade e, por certo, trará maior densidade ao enredo.
Gostei imenso deste capítulo, tal como dos anteriores. A escrita é apelativa, lê-se de um fôlego.
Mariazita, um bom fim de semana.
Beijo.
Querida amiga Mariazita. Como gostei de ler este capitulo,fala das tradições bem portuguesas como cantar as janeiras ,os Reis Magos com os presentes ao Menino e o comer da romã que muita gente não sabe. O pai da Bela saíu cá um sacaninha...
ResponderEliminarBom amiga cá espero pelo novo capitulo.
Desejo um maravilhoso fim de semana.
Beijinhos
La novela se va desarrollando de un modo interesante y que siempre tiene además de los temas típicos de la cultura y sus fiestas, las situaciones inesperadas pero no por eso menos realistas de situaciones que, desgraciadamente, a más de una mujer le ha costado pasar por situaciones humillantes y peligrosas para su persona y su integrtidad física.
ResponderEliminarQuedo, pues, a la espera del siguiente capítulo. Un abrazo.
Muito bom conhecer mais sobre as tradições de final e começo de ano. Sobre o dia de Reis, no Brasil é bem comemorado. Sobre 'as janeiras' não, já tinha ouvido falar. Mas o toque 'quente' desse capitulo é a atitude do pai de Bela. Daqui por diante a 'coisa' vai ferver...tudo indica! Desejo um ótimo final de semana, amiga, beijos!
ResponderEliminarSabes, eu também não aprecio o uso de palavras estrangeiras na TV, rádio ou mesmo em conversas entre amigos. Temos a nossa própria língua, que é completa, com muito mais detalhes que a própria língua inglesa. Sem a menor necessidade do uso destas palavras. Muito chato.
ResponderEliminarAdorei saber de todas as histórias sobre as tradições, um tema que tenho muito interesse e, por vezes, até me comove. A história, além de envolver, ensina, é riquíssima! Parabéns minha amiga.
Esta última parte, vemos uma Nanda em perigo e agora, quero conhecer os caminhos que toda essa 'pressão' irá traçar.
Um bom domingo minha querida, com alegria e saúde. Eu aqui, do outro lado do Atlântico, com um calor imenso, que não suporto. O verão não é 'a minha cara', fico muito mal e desanimada. Conto os dias para o outono e se a minhas contas não estiverem erradas, faltam 47/48 dias para a minha felicidade.
Abada douradinha de beijinhos! Muitos!
Disse Pessoa:" A minha Pátria é a língua Portuguesa". Muita propriedade, cultura, tradição...
ResponderEliminarO que escutamos,lemos ou vemos tem uma estranha língua que já não é a nossa. Falta-nos CULTURA que nos eleve a Alma.
... E ainda querem um acordo ortográfico para facilitar a comunicação. A Ivone Silva diria: "isto é que vai uma crise"!
Desculpa este aparte que é oportuno dentro do contexto.
Mas este Capítulo é muito importante na tua "Construção".
Estou a gostar. Venha mais, Amiga.
Beijo
SOL
Adorei mais este capítulo que nos vai envolvendo cada vez mais na história.
ResponderEliminarBom domingo e uma excelente semana.
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Querida Mariazita.
ResponderEliminarNa primeira parte, há a introdução de uma nova personagem com
um perfil psicológico muito interessante e considerações
louváveis, como a falta de pureza na nossa Língua motivada pelo
uso de palavras inglesas, que acabam por se tornar em absurdos
anglicanismos que proliferam...
A segunda parte é o início de algo que pode ser muito trágico...
Espero que tenham ensinado a menina a defender-se com o joelho.
Excelentes diálogos, um entretenimento muito agradável.
Gostei muito, Amiga.
Terno Abraço
~~~
Minha querida
ResponderEliminarEu muito aprendo aqui! Não conhecia a história da romã!!! Que interessante!
Agora em relação à sua narrativa, está cada vez mais apelativa: pobre Nanda! Já passou por muito!
Fico a aguardar a próxima publicação.
Muitos parabéns, pois é uma excelente escritora.
Feliz semana.
Um beijinho
Beatriz
Um bela narrativa minha Amiga. Lê-se com gosto e apetece continuar.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Mais um capítulo muito bem escrito, amiga! Inclusive na parte em que narras a agonia vivida pela Nanda, consegues ser vívida e clara, sem descambar para o vulgar. Ótimo texto! Boa semana, fica bem.
ResponderEliminarQue maldade interromper a história logo agora, Mariazita! Isso não se faz. Só te perdoo porque finalmente descobri o motivo de nossas simpatias de 6 de janeiro falharem: não sabíamos que devíamos prestar atenção aos bicos da romã. Este ano, vai ser diferente. Muito obrigada e parabéns pelo capítulo!
ResponderEliminarMuito bom te ler, querida amiga, um jeito especial de contar, mas uma das coisas que me chamou a atenção, talvez por me irritar muito, é o emprego dessas inúmeras palavras e expressões em inglês, até em restaurantes! Por quê? Não será nossa língua mais rica? Nossos computadores já vêm com tudo em inglês, qualquer máquina que compramos a língua prima é o inglês, quanto muito vem o espanhol. Fora essa irritação que faz parte, o capítulo está ótimo! Adiante!!
ResponderEliminarBeijo grande, uma ótima semana, e aproveita esse friozinho aí, pois aqui está muito quente, coisa que não estamos acostumados aqui no sul.
Gracias por tus amables comentarios en mi blog, quería comentarte al tema de la publicación de mis vídeos.
ResponderEliminarEl problema surge cuando voy a Blogger y organizo la publicación de una página en la que quiero insertar un vídeo. Todos mis vídeos los subo a You Tube y la objeción que a mi me hacen para no publicarlo es que el peso excede del permitido. Una de dos o tendría que realizar una versión para móvil o que no fuera a través de You Tube.
Sin embargo, yo tengo un camino. Subir el vídeo que yo quiera del tiempo que quiera, -ya lo he hecho varias veces- y en se momento colarlo en mi página. En esta ocasión, colé el vídeo pero no había manera de recuperar el cursor para configurar la página. Así son las cosas en el lugar donde yo vivo. Yo recuerdo haber visto más de un vídeo de viajes montado por tí, no recuerdo que fuera a través de You Tube.
Pasan cosas curiosas. El vídeo de Binibeca, en Menorca, lo monté con música de Mozart e inmediatamente de publicarlo me enviaron un correo diciendo que lo habían bloqueado por derechos de autor y me ofrecían músic gratuita que la utilicé en el segundo montaje e hice algún pequeño cambio más. Ahora están los dos funcionando... Es chocante. Gracias por tu interrés y un abrazo con el mayor afecto.
Oi Mariazita! A trama vai se desenrolando e a narrativa está soberba!Aqui constato a peesquisa feita pelo autor, de fatos e significados bíblicos. Muito interessante e instrutivo para os leigos.Parabéns! Gostei imenso de como relatou o fato de que o inglês está tomando conta de nossas ruas . O Brasil também está repleto de anúncios de serviços em inglês. O final do capitulo nos leva, a imaginar de como será dramático o próximo. Fico a imaginar as alternativas… Parabéns no todo, minha querida escritora. Um grande abraço. Beijo.
ResponderEliminarUi! Por essa deixa final é que eu não estava à espera...
ResponderEliminarGrata por tantos conhecimentos transmitidos na narrativa.
Aguarda-se o desenrolar da história.
Beijinhos.
Está claro que no era posible trabajar con el padre de su amiga y esperemos que algo inesperado suceda que impida la violación que amenaza a Nanda.
ResponderEliminarInteresantes y aclaratorios son los dialogos que están muy bien estructurados y en los que se plantea el tema del inglés que se ha introducido en la vida de todos. Esa es la lengua de la nación con mayor poder hoy en el mundo. En España sucede lo mismo. Es una moda. También ha ocurrido algo que poco a poco va avanzando de un modo implacable y son palabras relacionadas con internet y el funcionamiento de todo tipo de aparatos. No es un consuelo porque esto debe estar sucediendo hasta en China.
Quedo con el deseo de poder continuar leyendo su interesante novela. Un abrazo.
Acredito que a Bela proporcionou uma ótima oportunidade para a Nanda contar-lhe a verdade sobre o mau procedimento do pai. O livro promete ser muito bom. Parabéns!
ResponderEliminarAbraços,
Furtado
Estou a gustar.
ResponderEliminarQue capacidade a tua para crear tais argumentos. E que riqueza nos diálogos! Esse paizinho!...
É certo que a malta do radio e da TV emprega vocábulos que nem sempre os ouvintes logram entender. Têm que ser cultos, para divulgar cultura, mas nem toda a malta tem um dicionário à mão nem tanta fluidez de vocabulario.
Parabéns por esta riqueza literaria tão criativa.
Abraços de vida, querida amiga.
Adorei o capítulo. Bjs
ResponderEliminarGostei imenso Mariazita.
ResponderEliminarCada vez melhor 😊
Adoro a tua escrita tão leve e realista.
Infelizmente, a maioria dos portugueses não valoriza realmente a nossa linda Língua Portuguesa... E cada vez pior...
Beijinho grande
Oi Mariazita! O blogue as vezes nos prega peças. Me informou de seu livro com postagem de dois dias atrás. Vim logo para ler o desfecho do capitulo anterior. Que coisa! RsrsNova postagem por la´. Feliz fim de semana. GRande beijo.
ResponderEliminarExcelente texto, Mariazita! Que fluência gráfica, a reflectir, naturalmente, o seu riquíssimo espírito, inteligência e sensatez. Gostei muito, principalmente a argúcia demonstrada na defesa do nosso idioma comum - a Língua Portuguesa.
ResponderEliminarBeijinhos
Olá amiga Mariazita, passei para desejar um bom fim de semana.
ResponderEliminarBeijo.
Um final de capítulo... completamente inesperado... que proporcionará um interesse acrescido e dramatismo, no desenvolvimento da história...
ResponderEliminarSempre a surpreender, Mariazita, com mais um capítulo, emocionante e cativante!... E já ansiando pelo próximo!
Deixo um beijinho, e votos de um feliz fim de semana!... E estimando que sua filha, já esteja totalmente bem!... Continuarei ainda bastante intermitente, pela Net, nas próximas semanas... mãe melhorando... mas como lhe alteraram a medicação... continuará a ser acompanhada de perto, para ver como vai reagindo... no momento... a minha maior preocupação, é o novo medicamento, para diluir o sangue... enquanto não tiver a certeza de que estará bem calibrado... é um sobressalto constante... medicamentos preocupantes... mas que sem eles, também não dará para passar...
Um beijinho grande!...
Ana
Relendo a "matéria dada". Tudo de bom na inspiração para o novo Capítulo.
ResponderEliminarBeijo
SOL
Olá Mariazita
ResponderEliminarÀ medida que conto vai desenvolvendo vamos nos envolvendo na narrativa e no final já encontramo-nos em êxtase torcendo para que venha logo o próximo capítulo
Leitura fluida e cativante
Parabéns amiga
Beijinhos
Olá Mariazita! Passando para te cumprimentar e desejar uma ótima semana para ti e para os teus.
ResponderEliminarAbraços,
Furtado
Não estava nada à espera desta analepse no final de capítulo, depois de vários parágrafos a falar das janeiras e do Dia de Reis. Mais uma reviravolta para acompanhar com atenção.
ResponderEliminarE como está a ser este início de ano por aí? Aqui em casa já estivemos todos doentes, esperamos ansiosamente pela Primavera.
Beijinhos
Ruthia
Tenho no A Vivenciar música, poesia, café e bolo...
ResponderEliminarAbraço poético...
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Gostei muito deste novo capítulo que nos trouxe, além de falar das nossas belas tradições, termina com um assunto delicado que irá dar que falar no próximo capítulo. Beijinhos e boa semana.
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Excelente narración, donde nos perdemos leyendo.
ResponderEliminarEncantada de leerte Mariazita.
Feliz día
Besicos...
Desconfio que isto ainda vai ter artes marciais para pôr o figurão no seu devido lugar, não com trela, com corrente e açaime.
ResponderEliminarVai com boa onda. Pelos vistos vai dar mesmo livro.
Bj.