Há uns anos (dois ou três) recebi dum amigo brasileiro um texto que achei deveras interessante, e por isso guardei-o.
Trata-se de uma carta escrita por “um” Zé ao seu amigo Luis.
Embora não sendo atuaL… penso que não perdeu atualidade.
Ora vejam:
Prezado Luís, quanto tempo.
Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.
Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra, né, Luis?
Pois é. Estou pensando em mudar para viver aí na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos aí da cidade. Tô vendo todo mundo falar que nós, da agricultura familiar, estamos destruindo o meio ambiente.
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro duma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né, Luís?
Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô, bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra, né, Luís? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.
Na Capital também é assim né, Luis? Tua empregada vai pra uma casa boa toda noite, de carro, tranquila. Você não deixa ela morá nas tal favela, ou beira de rio, porque senão te multam ou o homem vai aí mandar você dar casa boa, e um montão de outras coisa. É tudo igual aí né?
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luís, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.
Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ia mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande, né?
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né, Luís? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
Eu vou morar aí com vocês, Luís. Mais fique tranquilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sítio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.
Até mais Luis.
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.
Esta carta, apenas adaptada por Barbosa Melo, foi escrita por Luciano Pizzatto, engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parques Nacionais e Reservas do IBDF – IBAMA 88 – 89, detentor do primeiro Prémio Nacional de Ecologia
Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)
Pâmela Gallas Buche
Tecnóloga Ambiental.
É menina!...Veja como são as coisas, né?...
ResponderEliminarNessas horas a gente não sabe se ri ou se chora!
E o pior, é que é tudo verdade, então o melhor é chorar mesmo!...
Realmente, não da para entender esse País!!!...:(
Mas, falando de coisas mais "leves", respondi lá no blog a um desafio de uma amiga da Ilha da Madeira. Deixei em aberto para quem quiser fazer também.
Se te interessar, fique à vontade, okey? :)
Beijinhos, e tenha um lindo domingo.
Cid@
Querida Mariazita,
ResponderEliminarSENSACIONAL! Esta vou guardar. É, como você enunciou atual e escrita por quem sabe dos fatos e das leis e baseada em fatos reais. Esta é a nossa realidade, Mariazita.
Beijos com carinho e lindo domingo.
Primoroso texto Mariazita.
ResponderEliminarDoce ingenuidade do Zé, ele mal pode imaginar como são administradas as infinitas multas criadas pra beneficiar uns poucos.
Se eu foase ele ficava onde está, vai se dar muito mal por aqui rs
Adorei Mariazita
Um bom domingo
obrigada pela boa partilha
Olá Amiguita querida!
ResponderEliminarTudo verdade verdadeira, essa carta do Zé não mente não.
Inventaram tanta regra, tanta falcatrua que o pessoal da roça anda coçando a barba e torcendo o bigode sem saber se deixa secar o poço abençoado e paga a bendita agua pro governo. Que saber amiguita, mió deixa tudin como ta mermo, com luz de lamparina, água de poço, e asfalto pra que né? Mió continuar recebendo energia da terra que morrer de fome de tanto pagar imposto né não?
Vida boa era essa do Zé, esquece o Luiz e fica aí na tua terrinha abençoada sô.
Beijinho Mariazita, te amo minina linda!
Tua miguita, Jady
Bom Dia!
ResponderEliminarVou estar uma semanita sem vir ao Face e ao blog. Vou fazer uns exames pq ñ me tenho sentido lá mt bem. Ñ estranhes.
Beijoo.
isa.
Excelente texto, muitos parabens
ResponderEliminarExcelente, Mariazita!
ResponderEliminarExcelente!
Sabe que a idade está me trazendo mais equilíbrio, com relação a essas questões?
Há que se pensar muito...
Grande abraço, querida!
Mariazita, essa foi uma forma inteligente, interessante e agradável de alertar para as muitas questões levantadas na carta. Obrigada por tê-la postado, de fato, é muito atual.
ResponderEliminarBom domingo,beijos.
Bom dia, bom domingo (parte), Mariazita.
ResponderEliminarEsta é nossa triste realidade. A questão da consciência ecológica, é importantíssima, o "mata" é o a forma como é "aproveitada" pelos administradores. Impostos e mais impostos, proibições que atinge aos mais necessitados e beneficia os "bolsos" de quem detém o poder.
Benefícios, são sempre benvindos, desde que não causem transtornos aos de menor poder aquisivo, que lhes propiciem um vida digna, com acesso à melhoria,à uma vida tranquila.
Beijo carinhoso
Oi, amiga!
ResponderEliminarPassei para conhecer sua casa... amei!!!
Quanto à carta do Zé Agricultor... o Luis foi embora mas continua tudo a mesma coisa...
Boa semana, amiga!
Beijinhos.
Brasil
°º♫✿
°º✿
º° ✿✿♥ ♫° ·.
Olá querida amiga portuguesa, faz tempo que não venho te visitar. Ando muito sem tempo, com muitos afazeres.
ResponderEliminarHoje consegui dar uma passadinha e me deliciei com esse texto fantástico!
Quanta verdade está relatada nele! Quanta ignorância existe em muitas pessoas que se metem a defender o meio ambiente sem nenhum conhecimento prévio! Na verdade são uns antiecológicos, mais preocupados com interesses pessoais que comunitários, como a maioria que trabalha no governo e esse problema é internacional.
Parabéns pela postagem e um grande e saudoso beijo brasileiro, Teresa
Porque será que tenho a sensação de que já " vi " este filme?
ResponderEliminarBjinho
Minha querida Mariazita
ResponderEliminarNão sei porquê???...mas estou a lembrar-me da AZAE.
Adorei o texto e deixo um beijinho com carinho.
Rosa
Minha querida Mariazita
ResponderEliminarInfelizmente, esta sátira é muito actual e temo que será por longo tempo... as iniquidades entre os meios, rural e urbano, é espantosa... mas o texto vai mais além e mostra as desigualdades e o desrespeito pela cultura das pessoas...
Mete medo esta invasão nada ética na vida de quem é humilde e pouco conhece dos seus direitos..um aproveitamento dos outros!
bjs grandes
Amiga excelente!!!
ResponderEliminarTenha uma boa semana
Beijinhos
Maria
Oi Mariazita!
ResponderEliminarGostei da carta, está mais do que actualizada!
Muito se quer ajudar, mas por fim tudo se perde!
As desigualdades continuam...esperar talvez, há sempre aquela esperança!
Até breve
Herminia
Oi Mariazita!
ResponderEliminarCreio que o meu comentário foi registado, bem espero!
Até breve
Herminia
Mariazita
ResponderEliminarUma carta que tenho que aplaudir de pé!!! É isso tudo e muito mais.
Beijos e uma linda semana
Querida Mariazita, ifelizmente essa é uma realidade cruel.
ResponderEliminaro pequeno em todos os setores da sociedade, é o que paga as contas, é o discriminado, é o que mais sofre, é o que precisa ser mais correto senão "cana nele", entre outras muitas desgraças sobre o coitado.
Vai fazer isso com o grandão? Aqueles políticos que possuem terras e não estão nem aí para o meio ambiente, destroem tudo, a ainda são protegidos pelos seus iguais.
Difícil minha cara, muito difícil.
minha querida, beijos, e os olhos?
Até novamente.
Oi, Mariazita!
ResponderEliminarEsse é o Brasil que tentamos melhorar.
E, por falar em melhora, espero que sua operação oftalmológica tenha corrido bem.
Beijos!
De fazer rir e chorar, amiga, tal é a dimensão das incoerências. Um retrato pintado com tintas que têm o pigmento da realidade, embora a ironia o faça parecer surreal. Tudo a ver com o fato da Educação, em alguns países, ainda ser
ResponderEliminarprivilégio, de poucos, especialmente no meio rural. Mas temos que nos lembrar que educar é ensinar a pensar, permitir ao individuo o desenvolvimento de sua massa crítica. E quem se habilita a abrir as porteiras dos currais eleitorais? Daí que...
Amei esse texto, querida, que conduz a necessária reflexão!
Um beijo, Mariazita, um abraço apertado. E inté!
Esta não é só uma triste realidade, amiga Mariazita, é muito mais.
ResponderEliminarPrimeiro, e como se entende perfeitamente no texto "carta", é actualíssima e depois na cidade como no campo há a caça desenfreada a quem tenta fazer algo por si, da sua vida, trabalhar honestamente, ser alguém. Contudo, todos os que verdadeiramente prevaricam e destroem o ambiente ficam isentos de culpas, nem sequer chegamos a saber quem são.
Eu nem digo mais nada.
No Brasil como em Portugal, nada é diferente.
Beijinhos
Ná
Mariazita
ResponderEliminarO escrito faz sentido, embora carictural, como vivi no e do campo, até aos 20 anos, sei bem o rigor das autoridades de lá, em relação às da cidade. Menciono apenas um caso: uma tasca que, por estatuto, fechava as 22 horas,às 22hl0. o dono era multado. Deixou ir para tribunal, apresentou argumentos e testemunhas, mas ficou a multa. Em Lisboa nos meus principios, chegava a fechas 2 h. mais tarde, nunca veio a autoridade. Coisas que sei hoje se passam, também não fazem sentido, como ter de pagar por ter água numa propriedade, etc.
Achei bem tudo no teu comentário, mosta desvelo pelos teus nomeados.
Quanta a mail's, como se do teu tempo reduzido, compreendo e espero.
Beijos
Minha Querida Amiga Mariazita,
ResponderEliminarJá conhecia mas temas destes devem ser colocados com alguma frequência para alertar quem de direito de como o meio rural é maltratado! Isso faz com que o interior fique desertificado e as cidades super- povoadas!
Por cá o sistema não é muito diferente...
Um beijinho amigo e solidário.
Espetacular texto, um pouco de tudo entre emoções...
ResponderEliminarSabe minha amiga, se pudesse voltaria as antigas, feliz de quem não usuflui das facilidades da cidade onde no sítio está a real felicidade, a paz que não se compra...
Feliz semana pra ti
Bjs
Livinha
Mariazita,
ResponderEliminarBoa escolha pra registrar nesse período de crise geral,quando pra defender certas causas(por ex.na política) são escolhidos representantes que nada tem a ver com elas.Já vi minisro da agricultura de formação em Comércio do Exterior,pode isso?!
Grande abraço,
uma lição de vida...
ResponderEliminarabrazo serrano
Querida neninha, como sempre, tiveste razão em publicar um texto assim.
ResponderEliminarEsperando que te encontres em franca recuperação, te deixo um longo abraço.
Olá Mariazita, desejo que tudo esteja bem contigo!
ResponderEliminarE esta é só mais uma das muitas injustiças da justiça. Castigam-se quem produz, e em benefício de quem destrói! Eu não me conformo com isto, pois as grandes empresas prestadoras de serviço se acham no direito de monopolizar todos os serviços até onde não presta qualquer bem ao cidadão!
Parabéns Mariazita, sempre fazendo as melhores escolhas para suas postagens, pois sempre belos e interessantes textos são encontrados aqui na sua casa.
E por este motivo por cá não posso deixar de passar.
E já que cá estou deveras contente por tuas sempre gentis e carinhosas visitas, eu desejo a você e todos ao redor intensa felicidade, enorme abraço e até mais!
Mariazita como esta minha querida amiga?A carta que acabei de ler
ResponderEliminarMariazita eu conheço até hoje a humildade desse povo .
Fui uma dessas que morava na roça
trabalhava desde os 7 anos na lavoura
sei da simplicidade dessa gente humilde e até hoje desvalorizada.
Gostei de ler amiga.
Me diga esta melhor?
Aqui vamos empurrando a vida .
beijos no coração,,Evanir
Olá, Mariazita!
ResponderEliminarSerá caricatura misturada com ironia, sobre um fundo de verdade, mas também a razão porque a gente do campo "sempre se sentiu olhada com alguma sobranceria" pelas gentes da cidade. E por isso mesmo cada vez são mais aqueles que dele fogem...
Acho que será uma forma de estigma, que não sei se alguma vez irá acabar...
É muito pertinente o texto, e sempre actual.
beijinhos.
Vitor
Nunca estive ligado a essas "bagunças" de erguer e "deserguer" castelos ou casas de papelão.
ResponderEliminarmas não são coisas antigas.
Muitas são bem recentes.
Ainda não há muitos anos apanhei peixes do rio Leça para um pequeno lago que tinha no quintal
Até pão sem fermento lhes fazia. Tinha rãs e... nenúfares e um vaso com jacintos-de-água que sei serem proibidos, bem como lírios d'água amarelos.
Um dia os peixes desapareceram... foram os gatos (suponho eu)...
Tentei novos peixes mas... a água era castanha e avermelhada.
CRIMINOSAMENTE, as autoridades autorizaram indústrias têxteis com tinturaria, cromagens e indústrias altamente poluentes, junto aos cursos de água.
Uma espécie do que os nossas autarcas CRIMINOSAMENTE fizeram à nossa costa junto ao mar.
Até o areal "Vendaram", como mostram as fotos antigas.
Andei á procura dos "atentados" na costa algarvia (mas não foi só nesta!!!), mas quando é necessário, não aparece o que se procura.
Mas se um particular fizer uma garagem ou arrecadação... cai-lhe o "mundo legal" por cima, ainda que imposto por ilegais...
Bem... continuemos a abrir a porta da "geladeira" e colher todos os produtos que necessitamos.
E... muito importante!!!
Continuemos a pagar os impostos para os importantes imporem a importância.
Isto sim, são assuntos importantes.
Chega de "bramar"
Cumprimentos e um resto de uma boa semana.
(se aparecer envio-lhe umas fotos da costa algarvia onde se pode ver que até o mar - areal - foi vendido e vedado por particulares, onde edificaram o que a ufania quis.)
Marizita Amiguita Amada!
ResponderEliminarEu é quem precisa agradecer todos os dias, primeiramente a Deus por ter me presenteado com tua amizade que tanto bem me faz.
Ah! Quando a saudade aperta leio teus recadinhos e sinto que gostas deveras de mim também que bom, em segundo lugar, peço a Deus pra que nunca falte a tua presença em minha vida.
Que teus olhos possam um dia ver nos meus o brilho da felicidade por eu ter te encontrado minha jóia rara.
Que Deus te abençõe e te livre de todo mal.
Que a tua volta esteja todos os teus te enchendo de mimo, e mereces todos minha querida amiga portuguesa.
Moras em meu coração e não pagas aluguel por isso rss.
Fica bem amiguita linda.
Te enviei e-mail mas não deves ter lido, não importa, deixo aqui meu beijito e retribuo teu abracito rss senti teu calor deveras senti...
Com meu imenso carinho por tí.
Tua amiguita Jady
Excelente texto! Uma história que vale e pena ler e reler.Essa é a realidade vivida. Um abraço querida!
ResponderEliminarAmiga querida!
ResponderEliminarÉ muito bom retornar ao convívio dos amigos e amigas.
Quanto ao texto, já vi que as coisas são muito parecidas por aqui, amiga!
Beijos! Muuuuuitos!
Querida Mariazita
ResponderEliminarembora tardiamente venho parabeniza-la pela conquista do selo Blog da Semana.
Estou meio afastada da internet por estar dedicando-me a outros projetos, mas não poderia deixar de vir trazer meu abraço a você pela vitória, mesmo atrasada. Parabéns!
Mariazita,andei ausente por motivos de saúde,mas Graças a Deus o resultado da biópsia foi benigno,mas foram 45 dias de muita angústia,correndo de um canto para outro.
ResponderEliminarAndo um pouco ausente,pois tenho provcurado saído muito e por opção mesmo decidi viver o mundo real.Adoro postar, mas a blogosfera vai tomando conta da nossa vida e nesta fase que passei meus amigos reais cobraram muito a minha presença.
Vim dar um abraço e continuo aparecendo de vez em quando...Gosto muito de vc..
Emilinha
Olá....venho agradecer as palavras simpáticas que deixou no Blog da
ResponderEliminaramiga Maria...
Passarei mais vezes..
Abraço
Primoroso texto!
ResponderEliminarBeijinhos.
Uma realidade bem nossa também, não é Mariazita?! e o olhito como vai?
ResponderEliminarBjs
Concordo. A carta está muito atualizada! Gostei de a ler
ResponderEliminarMARIAZITA
ResponderEliminarA trabalhar no compo, desde os meus 17 anos, havia poucos a serem capazes me bater. De modo que os 27meses na guerra de Angola, foram as minhas grandes "férias". O optimismo esteva sempre em alta, quando aconteciam maus acontecimentos, excepto no regresso do terreno de intervenção, nunca estiva lá.
Depois no primeiro ano de Lisboa, estive, feitas as contas, a ganhar menos.
o POEMA NABUANGONGO, um sítio terrifico, reflecte a minha disposição.
Beijos
Faz tempo que não passo por aqui...e está ainda melhor!!
ResponderEliminarMuito bom!
[]s
Mariazita ,
ResponderEliminaro texto é uma delícia de ironia ,
mas tem muito sério e até de preocupante .
E como vai esse olhinho ?
Um beijo ,
Maria
Mariazita
ResponderEliminarAdorei esta postagem, aliás, vais buscar sempre coisas interessantes que apetece ler e reler!
Bem hajas por tudo. beijo e bom fds
Graça
Olá Mariazita
ResponderEliminaré sempre com grande prazer que venho aqui ler os seus belos textos, esta carta por mais voltas que se dê, continua na ordem do dia
Beijinho
Oi Mariazita,
ResponderEliminarAdoro seu espaço, ultimamente não tenho tido muito tempo de passar por aqui, mas cada vez que passo fico mais encantado.Quanto a carta do Zé é rir para não chorar, é a realidade nua e crua.
Beijinhos.
Querida Manita,
ResponderEliminarVenho agradecer a tua mensagem no Mundo Colorido e espero que depois de regressar de férias, vou com a mana amanhã para o Algarve, possa voltar mais descansada e com mais tempo.
Muitos beijinhos meus e da Íris.
Querida Mariazita:
ResponderEliminarÉs muito simpática em partilhar estes teus "documentos" connosco e nós agradecemos-te.
Como te sentes hoje?
Estamos juntas.
Um beijinho, Amiga.
Dá pra ler e reler! A ingenuidade de uns,não é?
ResponderEliminarLindo! Obrigado pelo carinho por lá! beijos,ótimo fds,chica
Querida amiga
ResponderEliminarAs palavras
que semeiam ideias
são preciosas.
Cuidar da vida,
principalmente
valorizar
o que existe
além das grandes cidades,
é um exercício
que tem sido esquecido
por muitos.
Que sempre
existam
sonhos em ti...
ResponderEliminarBoa tarde!
"Mas os que esperam no senhor, renovarão as suas forças, subirão com asas como águias, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão." (isaías 40:31)
Desejo que seu fim de semana seja de paz!
http://www.youtube.com/watch?v=Ir6rGNmjRiU
Deus seja contigo.
Blog Yehi Or!
http://www.hajalluz.blogspot.com
Infelizmente, os anos não mudaram os fatos. Cresci na simplicidade do interior. Minha mãe cozinhava com banha guardada de porco abatido na "roça", onde morava minha avó. Todos temos saúde, graças a Deus. Hoje, nada disso seria possível. As leis não protegem, oneram. E o país ainda quer manter os homens no campo.
ResponderEliminarSua visita foi motivo de honra. Já havia lido, antes, seus textos, todos de uma beleza e perfeição ímpar.
Bjs.
Só um abraço!
ResponderEliminarGosto de você!
Mariazita
ResponderEliminarQue tristeza. Interessante duas coisas: eu sou Simões e trabalhei no IBAMA até janeiro de 1988, mas o Luciano deveria ser do IBDF, antes da junção dos quatro órgãos que viraram o Ibama. Só o conhecia de nome. Bjkas com muito carinho!