segunda-feira, 1 de novembro de 2021

UM CONTO - MATILDE

 

MATILDE
OU
DAS MATERIALIDADES DA LITERATURA

 Entrou no escritório, fechando a porta atrás de si.

Dirigiu-se à secretária, estrategicamente colocada junto a uma das duas janelas, sentou-se e, com o olhar, varreu todo o espaço. Deu um leve suspiro, de satisfação. Sentia-se ali muito bem.

Romualdo Benevides não era um escritor famoso, mas tinha uma vasta obra publicada, e era reconhecido em todos os meios literários. Recebera alguns prémios, que guardava numa das estantes do escritório. Além dos romances escrevia também muitos artigos para vários jornais com quem colaborava. Tinha o tempo bastante preenchido.

Adquirira o hábito de ir imprimindo os seus escritos e, nas folhas , fazer as correcções que entendia. Não gostava de escrever em papel - sentia bastante dificuldade em que as ideias afluíssem ao seu pensamento.  Fazia-o no teclado do computador e, à medida que ia escrevendo, ia revendo. As últimas páginas escritas num dia deixava-as sempre para ver no dia seguinte. Era, de resto, a primeira coisa que fazia quando, de manhã, se sentava à secretária.

Naquele dia sentia-se particularmente bem. Foi, pois, com toda a boa disposição, que pegou nas folhas escritas, endireitando-as com calma; e, recostando-se na cadeira, preparava-se para começar a ler quando ouviu uma voz muito suave, dizer:

- Olá, Romualdo. Como te sentes hoje?

Admirado, olhou para a porta, na expectativa  de ver quem tinha entrado. Não estava lá ninguém, e aquela mantinha-se fechada. Intrigado, olhou em todas as direcções, mas não havia ninguém no aposento além dele mesmo.

- Certamente foi alguém a falar lá fora e eu fiz confusão… -  pensou.

De novo, a voz:

- Então? Não queres falar comigo? Estás aborrecido? Pareceu-me que estavas muito bem disposto…

Havia qualquer coisa naquela voz tão suave que lhe parecia familiar.

Assombrado, atreveu-se a perguntar:

- Mas… quem és tu?

- Quem sou eu? Então não me reconheces? Tu, que me deste a vida, não sabes quem eu sou?

Completamente aturdido olhou de novo em redor, confirmando que se encontrava sozinho.

- Uma filha? – pensou. Se eu é que lhe dei vida… só pode ser minha filha. Mas eu nunca soube que tinha filhos…

Romualdo Benevides era um homem de meia estatura, boa aparência, que rondava os cinquenta anos. Solteirão inveterado, eram inúmeros os namoricos que lhe atribuíam – geralmente com fundamento. Mas nunca quisera nenhum compromisso sério.

Dedicado ao seu trabalho, muito organizado em tudo o que fazia, vivia sozinho na velha casa que fora de seus pais, há alguns anos falecidos, e onde ele próprio nascera, fora criado, e sempre vivera, excepto nos anos que passara em Coimbra, onde fizera o doutoramento em Materialidades da Literatura.

Apesar de ser uma pessoa com uma mente muito sã e aberta, naquele momento sentia-se alucinado. Só assim se justificava estar a ouvir aquela voz – que, insistia, lhe era vagamente familiar – e, para cúmulo, responder-lhe, estabelecendo assim comunicação com “o invisível”.

Decidido a ver até onde ia a sua loucura, murmurou:

- Se eu te dei vida, significa que sou teu pai…

- Pode-se dizer que sim, em certo sentido.

Resolveu ir mais longe. Tinha de esclarecer aquele mistério, desse por onde desse.

- Mas onde te meteste, que não te vejo?

- Estou nas tuas mãos. Não me sentes?

A medo, olhou para as folhas de papel que escrevera no dia anterior. Tremiam. As folhas e as mãos

- Mas eu enlouqueci! – pensou, quando ouviu baterem à porta do escritório. Depois de ter dito – Entre! – viu assomar a cabeça da criada, Ludovina.

- Desculpe, senhor Doutor, era só para avisar que a senhora dona Elisa já chegou.

- Tão cedo? – admirou-se.  E só quando a criada lhe lembrou que já passava do meio dia, o que ele confirmou no relógio de pêndulo, é que tomou consciência de que passara toda a manhã em “devaneios”, não corrigira o trabalho do dia anterior, e muito menos escrevera uma única linha no seu romance.

Colocou as folhas em cima da secretária, com todo o cuidado, como se de um ser vivo se tratasse. Levantando-se quase com reverência, dirigiu-se à porta e dali à sala, onde dona Elisa o aguardava.

- Bom dia, minha Tia! Peço imensa desculpa de não estar aqui a aguardá-la, como é habitual, mas distraí-me completamente e nem dei pelo tempo passar – dizendo isto dava um caloroso abraço à senhora, elegantemente vestida, que o aguardava.

- Meu querido sobrinho – disse, retribuindo o abraço - não precisas de te desculpar. De resto, foram apenas uns minutinhos. A verdade é que nunca te vi tão entusiasmado com um romance como com este que agora estás escrevendo.

- Tem toda a razão, Tia. Este novo livro está a prender-me como nenhum outro.

Entrando na sala a criada interrompeu a conversa:

- Posso servir, senhor doutor?

- Claro que sim, Ludovina. Sirva, por favor.

Terminado o almoço passaram para a saleta onde Ludovina lhes serviu o café e um licor. Deram então início à habitual conversa. Os laços que os uniam eram muito fortes. Filho único de um irmão de dona Elisa, quando este falecera juntamente com a mulher num acidente de automóvel, tia e sobrinho ampararam-se mutuamente, conseguindo assim ultrapassar a profunda  dor da perda.

Ambos apreciavam muito estas  conversas de terça-feira. Levantando-se para se retirar, dona Elisa recomentou, pela milionésima vez:

- Romualdo, meu querido, vou mais uma vez insistir – tens de arranjar uma secretária. Tu trabalhas demais, sempre enfiado naquele escritório. Precisas de uma pessoa que te ajude.

- Obrigado por me lembrar, minha querida Tia. Mas tenho uma surpresa para si: já pus um anúncio e, dentro de muito pouco tempo, devo começar a entrevistar candidatas.

Logo que a tia Elisa se retirou, Romualdo entrou no escritório, dirigindo-se de imediato à secretária. Olhou, meio receoso, para as folhas que de manhã não corrigira e que se encontravam, muito direitas, à esquerda do teclado.

Tinha de continuar a trabalhar. Pressentia que aquele era “o romance da sua vida”. A história estava toda na sua cabeça, era só passá-la para o papel. Mas não podia ser de qualquer maneira, não. Os personagens exigiam-lhe respeito. E como eram exigentes! Parecia que os ouvia reclamar cada vez que aligeirava o tom.

Primeiro como que a medo, depois com ar decidido, segurou as folhas, preparando-se para corrigir qualquer falha que pudesse detectar. Nada aconteceu. Começou a ler, fazendo pequenas correcções. Uma a uma percorreu todas as folhas, sem qualquer incidente.

Pensou:

- Esperavas que acontecesse o quê? Decididamente, de manhã estavas com alucinações. Alguma coisa que comeste ao pequeno almoço…. Tens de falar com a Ludovina e perguntar-lhe quais os temperos que pôs nos ovos mexidos. Pensando bem… tenho a impressão de que o sabor não era o habitual. Alguma erva que comprou na feira provocou-me aquele estado de demência…

Pondo as folhas de parte, começou a escrever. As palavras surgiam escritas antes que ele tivesse tempo de teclar, a uma velocidade vertiginosa. Mal pensava num vocábulo e ele aparecia logo escrito. Quase não conseguia pensar.

Aturdido, parou. As teclas estacaram, de repente.

- Mas o que é isto? O que é que me está a acontecer? Será que eu estou a sonhar? Ah! A Ludovina, hoje, fez de novo ovos mexidos para o pequeno almoço! Ou foi ontem? Mas hoje eu já comi, tenho a certeza. Hoje é hoje, não é ontem. E eram ovos. Não estou a sonhar.

Começou a sentir-se assustado.

– Será melhor falar com um médico? Mas qual? O indicado é um psiquiatra. Mas eu não estou maluco! Tem de haver uma explicação para tudo isto!

Levantou-se, foi até à janela, abriu-a, deixando entrar o ar fresco. Respirou fundo.

- Eu ando é muito stressado com este livro. Preciso acalmar-me e, de certeza, estas fantasias desaparecem.

Fechou a janela e voltou para a secretária. Viu que já tinha bastantes páginas escritas e imprimiu-as. Endireitou-as e recostou-se na cadeira para as corrigir.

Sentia-se receoso e, ao mesmo tempo, expectante. Uma folha, duas folhas, e à terceira, de novo ouviu a voz. Não se assustou, pelo contrário, era como se já soubesse que “a voz” iria fazer-se ouvir.

Olá! Boa tarde – disse ela, alegremente. Já estava a sentir a tua falta. Foste-te embora sem sequer te despedires – acrescentou em tom lastimoso. 

- Boa tarde – respondeu Romualdo, quase que involuntariamente. Sentia que uma força qualquer o impelia a estabelecer ligação com aquela voz tão suave, que continuava a parecer-lhe familiar. – Tenho de  te fazer uma pergunta – continuou.

- Podes perguntar tudo o que quiseres, mas o mais certo é saberes as respostas às tuas perguntas – respondeu com um risinho.

- O que eu quero saber é quem és tu, como te chamas…. Tu começaste por me chamar Romualdo, mas eu não sei o teu nome…

- Como assim? Eu sou a Matilde! Foste tu que me criaste e me baptizaste.

- Matilde? A heroína do meu livro? Bem me parecia que reconhecia a tua voz…

- Caro que tinhas de reconhecer, foste tu que ma deste… Mas sabes? Eu resolvi falar contigo porque não estou a gostar muito do papel que me estás a fazer representar. As minhas atitudes anteriores eram muito mais sensatas. Agora estás a querer que eu seja uma cabeça de vento?

- Não é bem assim… só estou a pôr-te um pouco mais moderna. As meninas muito bem comportadas, como tu eras, já estão fora de moda…

- Pois deixa-me que te diga: se insistires nesse caminho… eu fujo, e nunca mais me vês!

Romualdo sobressaltou-se.

- Como poderei continuar e terminar o meu romance se a personagem principal desaparece?

Olhou ansioso para a folha com quem estivera falando, que se mantinha estática.

- Ainda estás aí, Matilde? – perguntou, a medo.

Não obteve qualquer resposta. A folha, que enquanto falavam se agitava levemente, mantinha-se firme, sem dar qualquer sinal.

O coração disparara-lhe no peito, acelerado. 

- Não me digam que ela se foi mesmo embora! – pensou, angustiado. Não, isso não pode acontecer. Como vou continuar a minha escrita se ela desaparecer? O meu romance já vai muito adiantado para eu agora estar a criar uma nova personagem   . - Matilde! Por favor, não desapareças!

E olhava para a folha, ansioso, esperando qualquer reacção. Mas tal não aconteceu. Ela manteve-se inerte.

Sem saber o que fazer, continuou a virar as páginas, dando-lhes uma rápida vista de olhos, até que houve uma que o fez parar e olhar com mais atenção. Aí estava de novo Matilde, agora conversando com um vizinho que pretendia conquistar. Leu e releu, atentamente, até que a folha começou a agitar-se ligeiramente.

- Matilde, estás aí, não estás? Eu sei que sim! Por favor, fala comigo!

Desta vez a voz não se fez rogada.

- Estou aqui, sim, e já viste que ridícula? Toda dengosa, fazendo olhinhos para o vizinho, que nem sequer me interessa, a não ser para fazer ciúmes ao meu noivo…. Achas isso bonito? Eu não era assim. Estás a transformar-me numa depravada. Não gosto da nova Matilde em que me estás a tornar.

- Desculpa, não pensei que te desagradasse tanto – respondeu ele, em tom pesaroso. Eu volto a pôr-te como tu eras, prometo. Só preciso que me digas que não te vais embora.

Rapidamente rasgou as folhas impressas e, num frenesim, atacou as teclas refazendo completamente a história, na parte que dizia respeito à heroína.

Depois de imprimir a nova versão, pôs-se a olhar para as letras. O que viu agradou-lhe.

Desta vez não foi preciso chamar por Matilde pois ela de imediato se fez ouvir:

- Então, não achas que assim está muito melhor?

- Sim, mas o que interessa é que te agrade.

- Pois, mas para eu ficar completamente feliz… gostava que me levasses contigo quando fores fazer a tua corrida, logo à tarde.

Ele deu uma gargalhada.

- E tu achas que consegues acompanhar a minha pedalada? Duvido…

- Põe-me à prova. Até logo.

E não emitiu nem mais um som.

À tarde terminou o trabalho mais cedo, de tal modo estava ansioso por levar a sua heroína a passear. Meteu as folhas onde figurava o nome dela num dossier e saiu.

Caminhava devagar pois não queria cansá-la. Quando chegaram ao jardim, Matilde, que até ali se mantivera em silêncio, exclamou, extasiada:

- Que bonito! Nunca me falaste nestas coisas tão lindas, com tantas cores! E como são perfumadas!

- São flores. De facto, nunca te falei nelas porque não veio a propósito. O meu romance não é nenhum livro de botânica – riu-se, alto, feliz.

Duas senhoras que passavam olharam para ele de lado, meio desconfiadas. Caiu em si.

- As pessoas vão pensar que sou doido, a falar sozinho. Isto não pode ser assim. Não vou andar aqui a passear sem poder comunicar com ela. Já sei. Vou experimentar só pensar. Afinal, deve ser o que ela faz comigo, porque parece que as outras pessoas não a ouvem.

As horas voaram. Conversaram de tudo o que a espantava. Ele, pacientemente, respondia a todas as suas perguntas. Começava a anoitecer quando ele lhe disse que tinham de regressar – eram quase horas de jantar.

Ludovina já o estava esperando.

- O senhor doutor distraiu-se com as horas – comentou ela, com um sorriso.

- Pois foi, está um tempo tão bonito que apetece caminhar horas a fio! Mas pode servir o jantar. Desculpe tê-la atrasado. Vou só lavar as mãos.

Foi rapidamente ao escritório pousar o dossier, pensando:

- Até amanhã. Dorme bem.

E sorriu feliz, convicto de que ela o ouvira.

Dormiu um sono tranquilo e acordou bem disposto. Não tardou muito a entrar no escritório, mais cedo do que habitualmente.

- Vou já agarrar-me ao trabalho. Ontem acabei por adiantar muito pouco a escrita.

Sentou-se ao computador e começou a teclar a toda a velocidade. Sentia que o dia lhe ia correr muito bem; conseguiria adiantar bastante o seu romance. E, sem se aperceber, passaram duas horas. No escritório reinaria um silêncio absoluto não fosse o som do teclado deslizando sob os seus dedos. Estava completamente imerso no que escrevia.

Interrompeu os seus pensamentos um leve toque na porta, que se entreabriu, deixando ver a cabeça da Ludovina.

- Desculpe, senhor doutor, mas está aqui uma menina que vem para a entrevista do emprego…

- Ah, sim, sim, está na hora.

A jovem manteve-se à entrada da porta, nitidamente à espera de ser convidada a entrar. Romualdo, levantando-se,  olhou na sua direcção e ficou estupefacto. Sem conseguir pronunciar uma palavra, olhava-a, apenas. A jovem era uma cópia perfeita da heroína do seu romance. Com os longos cabelos loiros caídos pelas costas, os olhos azuis esplendorosos, e um meio sorriso que lhe provocava uma covinha na bochecha esquerda… parecia saída do romance do escritor.

Manteve-se imóvel por uns momentos. Vendo que Romualdo não tinha qualquer reacção, atreveu-se a perguntar:

- Posso entrar?

A voz! Era exactamente a mesma voz! Mas como era possível? Forçando-se a reagir, respondeu :

- Claro! Entre, entre! Desculpe, eu estava completamente alheado. Sente-se aqui à minha frente, por favor. Vou começar por preencher esta pequena ficha com alguns dados seus. Diga-me o seu nome…

- Matilde, senhor.

 

 Romualdo Benevides nunca publicou este seu romance. Mandou fazer apenas um exemplar, encadernado em pele, que guardava, religiosamente fechado à chave, numa das estantes do seu escritório. Às vezes retirava-o do seu lugar e segurava-o entre as mãos como se de uma relíquia se tratasse, afagando-o suavemente, com um sorriso misterioso.

FIM

Maria Caiano Azevedo

  

39 comentários:

  1. As Matilde costumam ser perigosas ... :)))
    Beijos, boa semana

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  2. Muito criativo este conto. Pôr a personagem principal do romance a falar com o autor é uma ideia muito singular, assim como tudo o que se segue. Gostei imenso.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  3. Maravilhoso conto,Mariazita! Sempre bem inspirada!
    beijos, tudo de bom, e feliz NOVEMBRO! chica

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  4. Lindo, Lindo, querida Mariazita.
    Um conto maravilhoso. Fiquei com
    pena quando cheguei ao fim.
    Uma criação de excelente inspiração.
    Adorei.
    Bom feriado.
    Beijinhos
    Olinda

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  5. Romualdo Benevides parece o nome de um escritor brasileiro do seculo XIX
    Final surpreendente
    :-)
    Gostei

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  6. Que belo conto, Mariazita! Gostei muito. Hojje, um dia particularmente triste, quero deixar-te um abraço muito mais especial. Sei que os nossos queridos estão sempre no nosso coração, mas, sendo este dia dedicado a eles, a tristeza é sempre maior. Agora, peço-te um favor...n sei se costumas frequentar o blog da Tais Luso- Porto das crónicas, mas agradecia se fosses lå e também que me desculpasses no caso de achares que " falei demais" Que o teu dia seja sereno, apesar de mais triste. Deixo também muitos beijinhos
    Emilia

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  7. Querida Mariazita
    Belíssimo conto com um final magnífico!
    A sua imaginação é soberba!
    «Materialidades» imateriais!!! Parabéns.
    Um beijinho
    Beatriz

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  8. Muito bom, amiga! A tua imaginação não tem limites, não é? Assim como a tua habilidade de transformá-la em palavras! Conto muito bem escrito, que nos prende da primeira à última linha! Meu abraço, boa semana.

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  9. Quanto não valem as imaterialidades para nos supreendermos com as capacidades de pessoas como uma imaginação luminosa! Adorei o conto, aprecio imensooo a tua narrativa. Brilhante e muitos parabéns, Mariazita!
    Beijinho

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  10. Oi Mariaziata
    A imaginação é luminosa minha querida e consegue envolver-nos da primeira à última prosa deste conto magistral
    Excepcional narrativa. Adorei te ler
    Uma semana abençoada com muita saúde
    Beijinhos

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  11. Que delícia de história, Mariazita. Nunca escrevi um romance, mas imagino que muitas personagens se imponham assim, um pouco autoritárias, ao autor. Aposto que a Matilde conseguiu o emprego.
    Abraço, um lindo mês de Novembro
    Ruthia

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  12. Um conto Espectacular, adorei o final.
    Tenha um Feliz mês de Novembro.
    Beijinhos

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  13. Olá, querida amiga, mas que conto!!! Que criação, amiga.
    Assim agem, muitas vezes, o criador e a criatura, ou seja, o autor e a personagem num grande conflito, até que as coisas clareiam um pouco na cabeça do criador.
    Um conto que nos leva, e com certa ansiedade, ao desfecho final, para ver o que vai dar toda a trama.
    Como sempre, amiga, tua veia de contista é fantástica! Gosto muito.
    Aplausos e uma feliz semana, cuidando-se sempre!
    Beijinhos

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  14. Querida Marizita adoro contos, por isso possuo uma boa série de livros da especialidade, até por isso, por gostar do género de literatura, adorei o teu conto. Tem tudo para ser extraordinário realmente. Já me tinha apercebido dominares bem o género. Agora fica com a certeza. Até pelo epílogo, tão bem concebido, deixando o leitor a congeminar, outras hipotéticas formas. Beijos de amizade.

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  15. Agonia para o desfecho amiga e você teve uma bela saída.
    Escrever conto é uma bela arte que voce sempre nos encanta.
    Grato pela partilha
    Abraços e feliz semana amiga.
    Beijo e paz Mariazita.

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  16. O criador, finalmente encontrou a sua criatura especial e ficou com ela só para si! Quando o romance imaginado se torna realidade! Formidável, a sua imaginação, Mariazitamiga! Beijo!

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  17. Um conto sensacional, interessantíssimo, querida Mariazita!
    Prendeu-me a leitura, do inicio ao fim, gostei muito de ler!
    Beijinhos
    Valéria

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  18. Outro dia mesmo, estive pensando nesse seu conto, Mariazita. Reencontrá-lo aqui foi um presente de Natal antecipado. O texto mantém o impacto na releitura. Só a alta qualidade literária explica isso. Parabéns!

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  19. Fiquei maravilhado com o teu conto.
    Vê-se bem que és uma escritora notável. Pela qualidade da narrativa e pelo conteúdo (irreal) do conto. Parabéns pelo talento.
    Continuação de boa semana, querida amiga Mariazita.
    Beijo.

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  20. Excelente, Mariazita! Que história cativante e... que joia rara Romualdo lapidou para si e deixou para o mundo.

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  21. Que conto notável, Mariazita! Emocionante e imprevisível, até ao fim! Adorei cada palavra! Parabéns!!!
    No meu próximo post, dentro de poucos dias, deixarei o seu poema em destaque, Mariazita, mas receio que a tradução talvez não esteja completamente a seu contento... no entanto, será só dizer-me que alterarei de imediato... tentei ao máximo manter o espírito do poema original... rimando... mas a língua inglesa nem sempre se mostra muito colaborante... :-)
    Deixo um beijinho e votos de um feliz fim de semana, com saúde para si e todos os seus!
    Tudo de bom!
    Ana

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  22. Tu largo cuento me ha mantenido entretenida en esta tarde de un sábado en la que no apetece salir de casa, son poco más de las seis de la tarde y ya es completamente de noche, si a esto añadimos que la temperatura es baja... con más razón agradezco tu cuento.
    Y lo cierto es que la novela tenía su misterio y aunque todo se basa en una ficción, está muy bien llevada hasta el final, te felicito por tu arte y facilidad para escribir.
    De esta vez casi no me ha hecho falta recurrir al diccionario, tropecé con alguna palabra, ejemplo: sou doido y maluco significan lo mismo y otra que no entendía:covinha na bochecha, ya no se me va a olvidar ese hoyuelo en la mejilla de Matilde.
    En fin, que también tengo que agradecerte tu clase de portugués.
    En cuanto al comentario que has dejado en mi espacio, estoy de acuerdo en que padre e hijo son iguales, por aquí se dice: El que a los suyos se parece, honra merece.
    Yo también tengo un hijo que se parece mucho a mi marido, vive en Madrid pero cada vez que viene a verme....
    Te dejo cariños en un fuerte abrazo.
    Kasioles

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  23. Gostei muito do seu conto. Escrito nun portugués claro e fluído que eu posdo entender. Gostei que o escritor nacera, se criara na casa na que mora e na que escreve. Eu tenho issa experencua também.
    Unha imaginação portentosa a sua, Mariazinha.
    Surpreendente final.
    Os meus parabéms!

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  24. Que conto maravilhoso querida Mariazita. Adorei do princípio ao fim.
    Parabéns menina talentosa.
    Beijinhos

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  25. Relendo, amiga; sempre vale a pena! Mas aguardo o próximo post. :) Meu abraço; boa semana.

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  26. Oi, Mariazita!
    Dei boas risadas com o seu conto.
    As Matildas são geniosas! Era o nome também de minha avó :)
    Boa semana!!
    Beijus,

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  27. Passei para te desejar um bom fim de semana, que está perto...
    Beijo, querida amiga Mariazita.

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  28. Querida,
    Uma delícia de leitura.
    Gosto de assim.com calma.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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  29. Olá, Mariazita, maravilha de conto que prende do início ao fim. Parabéns pela tua inteligência e intimidade com as palavras. Adorei cada palavra que você escreveu nesse conto.
    Bjs e um ótimo feriado.
    Marli

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  31. Passando a deixar um beijinho e votos de continuação de uma óptima semana!...
    Se algo na tradução não estiver do seu agrado, Mariazita... será só dizer-me, que alterarei...
    Um beijinho grande... em passo de corrida, nestes dias repletos de afazeres... depois de mãe vacinada, agora é um toca a despachar as consultas, também para ficar com algum stock de medicação, para evitar idas em Dezembro, a clínicas e farmácias... que os aborrecimentos respiratórios andam pairando... agora que as pessoas tendem a andar sem máscara... por todo o lado... o jogo da Selecção de estádio cheio, na maior proximidade... foi de uma falta de noção completa, potenciando contágios, numa altura só por si, antes do Natal de grande mobilidade e proximidade. Depois quando há confinamentos... há actividades que por sistema, sofrem mais do que outras, isto já para nem falar do perigo de saúde pública... que a grande maioria parece ter já esquecido... Enfim!...
    Tudo de bom! Continuação de uma feliz semana, Mariazita! Não esqueça das suas vacinas!
    Ana

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  32. Bom dia . Grata por sua visita. Seu conto é instigante e me prendeu naleitura. Parabéns pela forma tão fluida das palavras. Um ótimo dia.

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  33. Meu abraço, querida amiga; que Deus nos dê mais uma boa semana!

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  34. Bom fim de semana, querida amiga Mariazita.
    Beijo.

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  35. Aguardando o novo post... já deve estar próximo. :) Meu abraço, boa semana!

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  36. Boa semana, Mariazita! Meu grande abraço, amiga.

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A SI, QUE VEIO VISITAR-ME, UM GRANDE
BEM HAJA!

BEIJINHOS
MARIAZITA