SEGREDOS –
CAPÍTULO XXI
“… Entretanto já trocara de
roupa e, pronta para se deitar, olhou enternecida, como todas as noites fazia,
para a foto dos seus dois filhos, bebés, que tinha sobre a cómoda.
Pensou no neto, no seu filho
Miguel, nos tempos idos de recém casada, e adormeceu. …”
SEGREDOS –
CAPÍTULO XXII
A noite foi
agitada. Dormiu mal e pouco, e custou-lhe levantar-se. Só pensava “é só mais
um bocadinho…” e ia retardando a hora de sair da cama.
O despertador
não parava de tocar. Só lhe apetecia atirá-lo contra a parede. Mas para o fazer
teria de movimentar o braço, e nem para isso sentia forças. “Não quero ir
trabalhar hoje”- pensou. “Apetece-me ficar em casa, ir para a cozinha fazer um
belo petisco, que não faço há tanto tempo, ouvir música, levar o Tejo a passear
– também não faço isso há tanto tempo! – apanhar o vento fresco da manhã no
rosto, sentir o sol a beijar-me a pele…”
“Mas porque é
que aquela imbecil, nos princípios do século passado, teve a ideia de reivindicar os direitos da
mulher, a igualdade… essas tretas todas que nos obrigam a sair da cama quando a
vontade é ficar aqui no quentinho? As nossas avós – as avós talvez não… mais as
bisavós… -é que tinham sorte! Quais direitos da Mulher quais quê? Passavam o
dia a bordar, a trocar receitas de cozinhados com as amigas, a
ler bons livros, tratando das flores, educando os filhos… enfim, umas fadas do
lar.
E as atenções
que recebiam dos homens? “Faça favor de passar, minha senhora” – diziam,
segurando a porta, ou então, afastando a
cadeira para elas se sentarem. Ofereciam flores e faziam serenatas à janela.
Que românticos,
aqueles tempos!... “
De repente deu
um salto na cama, olhou para o relógio e começou a barafustar. “Mas o que é
que se passa comigo? A pensar disparates a estas horas da manhã? É certo que
dormi muito mal de noite, mas isso não serve de desculpa para ficar na cama a
pensar na morte da bezerra! Ora esta! Estou a ficar velha, é o que é. Preciso
arranjar um namorado urgentemente, a ver se rejuvenesço…” – e sorriu à
ideia.
À medida que se
ia preparando para sair ia recuperando o habitual bom humor.
Estava a tomar
o iogurte magro com granola quando a empregada chegou, sinal de que começava a
estar atrasada. Depois de um cumprimento rápido saiu em passo acelerado, pois
detestava chegar atrasada.
À saída
encontrou no hall de entrada a sua amiga Carla, a vizinha da frente, que ia ao
centro comercial fazer umas compras. Seguiram juntas.
- Então, Carla,
está preparada para a festa do Carlos? – perguntou Nanda.
- A festa do
Carlos? Não sei a que se refere…
- O Carlos vai
dar uma festinha no próximo sábado, e convida sempre todos os vizinhos… A Carla
nunca lá foi?
- Não, nunca.
Mas não foi por falta de convite – respondeu Carla,
rapidamente. As duas últimas festas que ele deu e para as quais me convidou,
não pude ir porque, por azar, o meu marido teve de fazer serão. Como a Nanda
sabe ele trabalha muito, não só na empresa mas também porque dá uma ajudinha, a
nível informático, lá na Polícia. E agora que estão a informatizar tudo… não
tem mãos a medir.
- Bem, eu
espero que desta vez consiga ir… Mesmo que tenha de ir sozinha, é melhor que
nada. Os gémeos já estão crescidinhos, pode levá-los, e, se lhes der o sono,
pode pôr as cadeirinhas no quarto do Carlos. Tenho a certeza de que ele não se
importa. E a Carla aproveita para se distrair um pouco…
- É tentador…
Vou fazer os possíveis por ir.
Chegadas ao
centro comercial separam-se. Nanda segue para a Ourivesaria e Carla para as suas
compras. Estas excedem a lista que trazia daquilo que precisava, o que acontece
frequentemente. Vendo que não é fácil transportar, a pé, todos os sacos, acaba
por apanhar um táxi.
Ao entrar em casa encontra o vizinho do
segundo andar esquerdo, Carlos Manuel, que se apressa a ajudá-la com os sacos,
saudando-a com um largo sorriso:
- Boa tarde, doutora Carla. Como está a senhora e os seus meninos?
Carla responde-lhe também com um sorriso:
- Eu estou bem, obrigada. E os meninos, traquinas como sempre… E
você, bem-disposto, como é habitual…
- É verdade, doutora, é muito raro eu estar mal disposto. A vida
tem de ser levada assim, não podemos deixar-nos ir abaixo, nem ter pensamentos
negativos. Precisamos de ter muita energia positiva para dar apoio a quem tanto
precisa de nós.
- Essa maneira de pensar é muito boa, e o resultado está à vista –
o Carlos tem ocupações muito meritórias, exactamente por pôr em prática essa
linha de pensamento – comentou Carla, com um misto de admiração e respeito.
- Ora, doutora, eu não faço nada que não me tenham feito a mim,
noutras circunstâncias. Mas… deixemos isso de lado. Ainda bem que a encontrei,
pois assim evita-me o constrangimento de lhe ir bater à porta – e o seu rosto abriu-se num sorriso
luminoso.
- Não estou a ver por que isso possa ser constrangedor, mas parece
que assim, cara a cara, as coisas estão
facilitadas…
- É isso, doutora, é que eu queria convidá-la para a festinha que
vou dar no próximo sábado…
- Ah! A Nanda já me falou nisso, e a verdade é que fiquei cheia de
vontade de ir… O problema são os gémeos.
- Mas não seja por isso. Se lhes der o sono podemos pô-los no meu
quarto. Se quiser até pode pô-los na minha cama, que é muito larga, não correm
o risco de cair. Então está combinado, conto consigo! E acrescenta, despedindo-se:
- Bom, tenho de ir andando, que o trabalho espera-me. Gostei de a
ver, doutora.
- Eu também, Carlos. Tenha um bom resto de dia – e Carla entrou na sua casa, não se
esquecendo de agradecer a ajuda que o vizinho lhe prestara com os sacos das
compras.
Os dois dias que faltavam para sábado decorreram da forma
habitual.
Nesse dia, de manhã, Nanda bateu à porta de Carla.
- Bom dia, Carla. Desculpe mas, quando, há dias, falámos na festinha do Carlos,
esqueci-me de referir um pormenor que, com certeza, a minha amiga desconhece…
- Sim? Pois então diga, Nanda. Os gémeos tinham chegado à porta, com as
caritas lambuzadas do pequeno almoço, e olhavam para Nanda com toda a atenção. Já
viu isto? Aparecerem assim à porta com estas caras todas sujas? Não têm
vergonha, seus safadinhos? – repreendeu a mãe.
Nanda, fazendo-lhes uma festa nas cabecitas, respondeu:
- Com caras sujas ou com caras lavadas são sempre lindos! E acrescentou: Mas o motivo que me
trouxe cá, a estas horas da manhã, é um pequeno esclarecimento acerca da festa
do Carlos…
- Pois claro! Diga, diga, Nanda.
- Com certeza a amiga não sabe, mas, para estas festas, nós
costumamos contribuir com qualquer coisa para petiscar… doce ou salgado, tanto
faz. Bebidas é que não, pois dessa parte encarrega-se o Carlos, que tem sempre
bebidas alcoólicas e sem álcool.
- Agradeço-lhe imenso ter-me avisado. Com os gémeos em casa não me
é muito fácil cozinhar, mas vou ali ao Estrela comprar qualquer coisa…
- Pois, mas não esteja com a preocupação de levar coisa muito…
sofisticada… É uma festinha caseira, só com os vizinhos e, normalmente, duas
miúdas amigas do Carlos.
No ar reinava um agradável e
pouco usual cheiro a comida em todo o prédio, em que sobressaía o aroma
a limão e canela, que se sentia vir por debaixo da porta da casa da Nanda. Ela
levava sempre o seu arroz doce, uma especialidade que mais parecia um doce de
ovos.
Por volta das sete da tarde todos os vizinhos se encaminharam para
a casa do Carlos, onde já se encontravam
as duas amigas dele. Amélia foi das primeiras a chegar, logo seguida de Carla e
Nanda, que ajudou a levar os gémeos.
Uma música suave tornava o ambiente muito acolhedor. Dispostas as
comidas na mesa da cozinha, juntaram-se todos na sala.
Jorge e Rui estavam sentados em almofadas, no chão, ao lado um do
outro, mas tão discretos que ninguém diria que tinham um relacionamento e
viviam juntos há tantos anos.
A conversa decorria fluída, e todos participavam dando a sua
opinião. As amigas de Carlos é que se mantinham mais caladas, o que era natural
pois, sendo as mais novas do grupo, preferiam ouvir os mais velhos. Os gémeos
circulavam pela sala, calmamente, confraternizando especialmente com as duas
miúdas, Lara, de 17 anos, e Margarida, de 20. No meio da conversa ouve-se o
toque da campainha.
Carlos, com um rápido e cúmplice olhar para Nanda, foi abrir a
porta.
Como calculavam era António, o vizinho da frente, empunhando uma
caixa com um bolo.
Cumprimentou todos com um ligeiro aceno de cabeça e um sorridente.
“boa noite!”. Notava-se que se esmerara na roupa que vestia, um estilo ligeiro
mas elegante, e ostentava no rosto um sorriso que não lhe era muito usual.
Ao vê-lo, Amélia deu um salto na cadeira. Mas, recompondo-se
rapidamente, exclamou, olhando para Nanda:
- Acho que me esqueci de pôr o gelado no frigorífico! Quando
fôssemos comê-lo estava líquido - E dirigiu-se apressadamente para a cozinha,
tentando esconder o rubor que lhe coloria o rosto.
A festa decorreu animadamente. Depois de saborearem os petiscos na
cozinha, Carlos colocou música de dança, e alguns começaram a mostrar as suas
habilidades, enquanto outros preferiam continuar a conversar.
Amélia e António tinham decidido “dar uma trégua” e conversavam
civilizadamente, sentados lado a lado no sofá. Ambos sorriam um para o outro
com frequência, como pôde constatar Nanda, que os espiava pelo canto do olho.
A determinada altura Jorge e Rui pareciam estar a altercar em
voz baixa. Carlos, apercebendo-se, aproximou-se e perguntou:
- Está tudo bem?
- Bem, bem, não está – apressou-se a responder Jorge. O Rui está a
exagerar na bebida, mas, casmurro como é, não aceita que eu lhe chame a atenção.
Vê lá se tem jeito este disparate. Lembrou-se agora que é mais velho do que eu
e por isso não tenho o direito de lhe estar a pregar sermões. É o álcool a
falar…
- Não vale a pena zangarem-se por
tão pouco. Há tantos anos que vocês vivem juntos e nunca ninguém vos viu uma
zanga… Não é agora que vão começar, com certeza. Não acredito que escolham a
minha festa para o fazerem pela primeira vez…
Tudo isto se passava em tom tão
baixo que, com o som da música, ninguém se tinha apercebido.
- De maneira nenhuma, Carlos.
Desculpa. O Rui tem razão. Tu sabes que eu não sou de beber demais, mas o dia
correu-me tão mal lá no bar que me descontrolei um pouco – Jorge falava
em tom pesaroso.
_ Sem problema –
respondeu Carlos. Respirem fundo que tudo passa… - colocou a mão no ombro
de Jorge, num gesto amistoso.
- Se não te importas… vamos andando – acrescentou
Rui. O Jorge teve um dia muito cansativo e precisa de descansar.
- Tudo bem! Vemo-nos amanhã – nem que
seja só na escada – riu o anfitrião.
- Levantaram-se das almofadas,
fizeram um aceno de despedida a todos os presentes e, com um afável “até amanhã”
retiraram-se e desceram as escadas até ao 1º. Andar esquerdo, onde moram.
Rui meteu a chave na fechadura mas
teve alguma dificuldade em fazê-la funcionar. Resmungou:
- Há muito tempo que esta fechadura devia ter
sido mudada. Parece o portão de uma quinta abandonada. Range por tudo quanto é
sítio.
- Não te ponhas p’r’aí com indirectas. A casa é tanto minha como
tua. Tens a mania que eu é que tenho de tratar de tudo – defendeu-se Jorge.
- Não é nada disso, não sejas parvo. Mas a verdade é que tu passas
muito mais tempo em casa do que eu. “Tás” te a esquecer que tenho de estar às
oito no salão? E olha que, quando lá chego, muitas vezes já tenho senhoras à
minha espera, pois só gostam que seja eu a penteá-las. E não te esqueças que só
saio às sete da tarde… – lamuriou Rui.
- E tu “tás” te a esquecer que eu é que faço tudo cá em casa, é ou
não é? –
Jorge começava a ficar amuado.
- Ouve lá, e se deixássemos os dois de ser parvos? - Rui aproxima-se de Jorge e
abraça-o. Lembras-te que eu te prometi uma surpresa para hoje?
- Lembro, sim, não me esqueci, mas “tava” a ver que já não havia
nada p’ra ninguém – respondeu Jorge, em tom magoado.
- E alguma vez eu faltei às minhas promessas? Senta-te aí no sofá,
põe-te à vontade, relaxa… e aguarda-me – disse Rui, com ar misterioso.
Foi à cozinha, abriu o frigorífico, tirou uma caixa de bombons e
uma garrafa de champanhe. Colocou tudo na mesinha ao lado do sofá e foi ao
louceiro buscar dois flutes.
- Sim senhor! – comentou Jorge. Isto promete…
- Ainda não viste nada – e dizendo isto Rui dirigiu-se ao quarto.
Passados alguns minutos entreabriu a porta, murmurando:
- Fecha os olhos e não os abras enquanto eu não mandar – e entrando na sala pôs o CD a tocar
baixinho. Colocou-se então em frente do companheiro:
- Já podes abrir os olhos e dizer o que achas…
Jorge obedeceu, mas, mudo de espanto, encantado com a visão que
lhe parecia um sonho, não conseguiu pronunciar uma palavra.
Sentiu-se como se estivesse vivendo uma história das “Mil e uma
noites”, com uma sedutora odalisca movendo-se lenta e sensualmente à sua
frente, causando-lhe sensações inconfessáveis...
Levantou-se a custo e abraçando Rui, emocionado, puxou-o por um
braço em direcção ao quarto, murmurando-lhe ao ouvido:
- Vamos comemorar!
Maria Caiano Azevedo
Querida Mariazita
ResponderEliminarEstava tão entretida a ler, que fiquei com imensa pena quando acabou!
Como seria bom se pudéssemos agora, em nossas casas, repetirmos o que lemos, ou seja confraternizar! Que saudades!
Um beijinho
Beatriz
Uau! Que lindo capítulo tão bem detalhado momento a momento..A preguiça ao levantar, o cair na realidade, o encontro, a festa e depois a surpresa e a comemoração....Lindo! beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarQue bom seria que todos nós, homem/mulher pudéssemos fazer apenas o que nos apetece.
ResponderEliminarVárias facetas que gostei de ler. Olhar as fotos, a festa, surpresa, enfim, várias situações que fizeram ficar muito interessante o capítulo
Voltarei
Saudações amigas
Gostava da saber qual era a surpresa, mas, sou capaz de a imaginar. Tambem não disseste, mas está visto que esta festinha entre vizinhos foi antes da pandemia, pois agora seria impossivel a sua realização. Seria tão bom, Mariazita, que os vizinhos tivessem este lindo hábito de se reunirem de vez em quando, não achas? Isso acabou há muito até mesmo nas aldeias; agora já nada é como quando eu lá vivia. Pois, como já foi dito acima, já estamos a precisar de conviver com os outros, de fazer uma " festinha, pelo menos com os familiares, mas a pandemia está teimosa e não sei quando isso será possivel. Querida Amiga, mais duas pessoas que nos dás a conhecer, introduzindo assim um " assunto " que" dá muito que falar " , mas que deve ser tratado com toda a normalidade. Vamos ver o que nos reservas nesse aspecto. Espero que estejam todos bem aí em casa e cá estarei para seguir estes teus " Segredos " Um beijinho e um abraço bem forte
ResponderEliminarEmilia
A pandemia afectou todas as relações.
ResponderEliminarDe amizade, de vizinhança, amorosas, tudo.
Beijinhos
Querida amiga Mariazita o foco introduzido neste neste capitulo, que de resto não desmerece dos anteriores, antes vem enriquecer a obra, são Rui e Jorge que, como vizinhos, também estavam na festa do Carlos. Para o leitor, esta introdução será inesperado. No entanto, a historia e de ficção, sendo que a ficção, nasce sempre em aspectos reais. No fundo, o acompanhamento é imperdvel, porque´a história promete.
ResponderEliminarReportando-me a teu comentário no meu espaço: estou a escrever menos, mas não sei estar parado e venho lendo muito (inclive relento o teu SAUDOSA ÁPRICA DISTANTE), e estudando um novo livro. Se bem que também uma "arreliadora" erisipela me tolhido bastante os movimentos.
Beijos de amizade
pois é a vida nestes anos anda nem sei como mas este capitulo esta muito bem escrito parabens bjs saude coragem
ResponderEliminarFelicidades. Será todo un exityo.
ResponderEliminarUn abrazo.
Festa com a vinhança é sempre muito prazeroso! No ambiente, pessoas amigas que partilham das mesmas alegrias da convivência social do dia a dia. Atualmente esses encontros estão impedidos de acontecer o que é de se lamentar mas é bem necessário. Esse capítulo foi bem interessante, nos deixando, como sempre a curiosidade do que irá acontecer no próximo!Há sempre um toque de emoção. Um forte abraço, Mariazitaamiga!
ResponderEliminarQuerida Mariazita.
ResponderEliminarEstava tão entusiasmada a ler o magnífico capítulo ,que quando cheguei ao fim estava à espera de continuar a ler,parecia que já estava a ler o livro rsrs. Adorei! Vou ter que esperar pelo próximo capítulo.
Votos de muita saúde,proteja-se amiga.
Beijinhos
Mais um excelente capítulo que me deliciou. Estou desejando que o livro fique pronto. E não esqueça.Para o reler todo de seguida.
ResponderEliminarAbraço e saúde.
Não conhecia o Rui e o Jorge. Como não me lembro deles, deduzo que são novos na história.
ResponderEliminarA festa aprofundou as relações. E, por isso, tenho muita curiosidade em saber como é que a Amélia e o António estarão no final da festa.
Continuo a gostar da narrativa e do enredo da história. Será um bom romance quando terminares.
Bom fim de semana, minha querida amiga Mariazita.
Beijo.
Ora, ora, a nossa protagonista a invejar a vida das nossas avós. Só pode ter sido o sono a falar. Sou imensamente feliz por ter nascido no século 20, com todas as conquistas pelas quais as nossas antecessoras lutaram (sobretudo a liberdade de viajar, sem autorização de um homem).
ResponderEliminarMuito agradável a festa, simpatizei com o casal Rui-Jorge. Vamos ver o que as voltas da narrativa lhes reservam, assim como à outra dupla Amélia-António.
Beijinhos
Ruthia
Me entusiasmei naquele elevar do Estatuto de Mulher.
ResponderEliminarTanta "igualdade" só torna diferente a "qualidade" de ser MULHER.
Um bom Tema a ser debatido.
Beijo
SOL
Oi, Mariazita! Demorei, mas cheguei. Que delícia, poder esfriar a cabeça com a festa do Carlos! Seus personagens se comportam com tanta afabilidade que são adoráveis mesmo quando bebem um pouquinho a mais. Nós brasileiros nos tornamos mais informais nas conversas cotidianas, mas nos lembramos com saudade do modo como nossos avós conversavam, era muito parecido com o dos amigos da Nanda. Resultado? Aos meus ouvidos, qualquer diálogo do seu livro soa poético e dá saudade dos bons tempos menos agitados. Imagino que os portugueses nem percebam que conversam e se relacionam cavalheirescamente. Pra vocês, deve ser simplesmente o jeito comum de falar. Sorte minha, poder perceber mais beleza no seu texto! Beijinhos!
ResponderEliminarAmiga querida, tua escrita e forma de contar histórias é sempre cativante, pena que perdi alguns capítulos que poderiam me situar bem melhor nessa história que deverá fechar em livro muito interessante. Mas o essencial deu para pegar.
ResponderEliminarUm beijo, e um feliz fim de semana!
Como dizem vocês: bem hajas!
Bem, isto hoje foi uma mescla de histórias... Imaginação não falta por aí!
ResponderEliminarEspero pela continuação dos segredos da Nanda.
Óptimo mês de Julho!
Beijinhos, amiga Mariazita.
A narrativa está cada dia mais cativante
ResponderEliminarE a Nanda saudosista a lembrar dos tempos de outrora em que ela pensava que as mulheres fossem mais felizes. Será?
Um belo livro com certeza, Mariazita
Beijinhos
ResponderEliminarQuerida Mariazita
Belo texto, mais este capítulo do teu romance. Fluido, dinâmico.
Neste temos o suspense do que teriam para comemorar o Jorge e o Rui.
No próximo episódio vamos ficar a saber? A Nanda continua na sua
vida, do presente, e parece que os segredos do passado ainda não
são para desvendar. Mas a espera vai valer a pena, tenho a certeza.
Boa continuação, minha amiga.
Saúde para ti e filhos e demais família.
Beijinhos
Olinda
Boa tarde (aqui no Brasil), Mariazita.
ResponderEliminarComecei a ler o Capítulo XXI e gostei bastante! Mas confesso: PAREI!
Como sou muito, mas muito metódico - "herança" familiar - pensei: "Não! Tenho que começar pelo começo!". Será uma jornada um pouco mais longa, mas, sem dúvida, prazerosa.
Abraço do outro lado do Atlântico!
Uma história que dá gosto seguir. Li cheia de curiosidade e prazer.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Abandonaste por um pouco a Nanda esta semana, não foi? Acredito que tenha sido por causa da preguiça que a atacou no início. :) Mas a narrativa continua cativante, como sempre! Meu abraço, amiga; boa semana!
ResponderEliminarJá não me lembrava do Jorge e do Rui.
ResponderEliminarÉ no que dá só publicares um capítulo por mês... mas a minha memória é péssima (sempre foi).
Bom fim de semana, querida amiga Mariazita.
Beijo.
É bem interessante para além de conhecermos a história da Nanda, irmos também conhecendo um pouco da vida das pessoas que a rodeiam.
ResponderEliminarHistórias que se interligam, se cruzam e nos prendem sempre na leitura de cada capítulo.
Beijinhos
Eu não sei se você se lembra, mas sou aquela
ResponderEliminarpessoa que, antes de morrer de saudade, sai
pra dizer que ela o está a matar.
Um beijo, com máscara e tudo. Boa noite.
Querida Mariazita, adorável narrativa, é difícil não se prender...
ResponderEliminarGrande abraço boa quarta feira beijos!
.
ResponderEliminarFiquei tão contente em saber da sua presença
que nem tomei banho, vim correndo te dizer
dessa felicidade. Quanto a elas, que nada,
de vez em quando aparece alguém dizendo que
vai me fazer companhia quando na verdade
são elas que não querem ficar sozinhas.
Um beijo, querida e obrigado pelo carinho.
Talvez não seja boa ideia manteres as gavetas cheias de "papéis". Uma das melhores gavetas é um blogue onde possas colocar lá tudo... sempre fica para a posteridade...
ResponderEliminarBom fim de semana, querida amiga Mariazita.
Beijo.
Esse episódio do despertador é-me familiar, também gosto do é só mais 5 minutos e o nunca apetecer levantar! :) Beijinhos e bom fim de semana.
ResponderEliminar--
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¡Holaa Mariazita!
ResponderEliminarUn texto o, capitulo interesante y entretenido, dejando un poco a atrás el personaje de Nanda… para dar vida a la nueva generación, pero, seguro que, en capítulos nuevos volverá a le escena. Me ha gustado leerte, gracias por este rato de linda lectura.
Te dejo mi inmensa gratitud y estima.
Un abrazo lleno de bendiciones. Y se muy, muy feliz.
Curto muito seus posts, são muito bem criativos e interessantes.. Sempre estou aqui lendo e compartilhando com minhas amigas...
ResponderEliminarBeijos 😘.
Meu Blog: Sorteio Pernambuco da Sorte
.
ResponderEliminarNem sempre tomo banho para cada visita,
haja vista que havia tomado pela manhã.
Talvez o que digo possa não interessar,
mas se eu não me engano, só eu tirei os
sapatos na sua porta, só eu.
De qualquer forma eu me desculpo, só não
a perdoo por ter esquecido a fatia de bolo
de milho que dá às visitas e eu não ganhei,
fora o café que, segundo me falam, ninguém
faz melhor.
Um beijo de máscara para não ter que lavar
a cara pra isso.
(Mariazita, meu amor. Só você pra me
fazer rir num momento difícil como esses)
Muito interessante mais este capítulo. A narrativa flui muito bem.
ResponderEliminarBeijo
Boa dia de domingo, querida amiga Maria Zita!
ResponderEliminarTenho uma prima com seu nome...
Você escreve muito bem e vai nos alegrando com uma prévia por aqui dos livros. Imagino quando ficam prontos...
Tenha uma ótima semana!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Meu abraço, amiga, e votos de que esteja muito bem! Aguardo os próximos capítulos e deixo meu abraço; boa semana!
ResponderEliminar.
ResponderEliminarMas como assim, dar continuidade se os dois
últimos já o são, Mariazita, querida? Aliás
há décadas não faço outra coisa. Só falo
naquilo, como dizem por aí. Sexta-feira eu
juro que faço um balanço. Vou abrir a caixa
preta às barbas da Internet.
Conto com você para comentar. Aliás, ninguém
o faz melhor que você.
Um beijo, obrigado pelas palavras que se
fossem verdadeiras não me fariam mais feliz
do que essas me fazem.(risos)
ResponderEliminarOlá, como tem passado?
Passei para ver as novidades e deixar
saudações poéticas!
Voltei, para te desejar um bom fim de semana, querida amiga Mariazita.
ResponderEliminarBeijo.
Como sempre, capítulo excelente com direito a comemoração e muita emoção!
ResponderEliminarAbraços fraternos!
A extensão dos textos nos comentários
ResponderEliminarconta muito e eu gosto, talvez não tanto
quanto os seus tão bem escritos. Nessa
época de vacas sem pasto a tudo agradeço.
Um beijo, Mariazita querida e obrigado.
Meu blog é seu, com certeza.
Sensacional este capítulo, que cruzou várias histórias... neste dia de festa...
ResponderEliminarComo sempre de leitura deliciosa!... E ou me engano muito... ou a festa ainda prossegue no próximo capítulo...
Adorei!!! Estimo que se encontre bem, assim todos os seus, Mariazita! Tenho andado um pouco ausente... em modo semi-férias... caseiras, que este ano, não dará para arriscar, por causa da minha mãe... e às voltas com os afazeres e assuntos que estes meses mais complicados, foram encarregando de acumular... e descansando um pouco, deste desgastante 2020... após mais um susto, felizmente já ultrapassado, há umas semanas atrás, com um problema circulatório numa perna da minha mãe... tudo se resolveu sem problema, felizmente... mas tudo ganha um peso diferente em tempos de pandemia... para mais aqui nesta zona de Lisboa, em que as coisas têm andado mais problemáticas, há uma série de meses... e a virose não nos dá um alivio, no número de casos...
Deixo um beijinho! E os meus votos de uma boa semana, com saúde para todos aí desse lado!
Ana
Meu abraço, amiga; cuida-te sempre, e aguardo a continuação! Boa semana.
ResponderEliminarMariazita, vim retribuir a visita e gostei muito de sua escrita, escreve com fluidez invejável, adorei a leitura, acompanharei a sequencia da história, com certeza!
ResponderEliminarAbraço e um bom dia!
Oi Mariazita, por aqui as palavras andam de vento em popa e o livro
ResponderEliminarvejo eu que está a se aproximar?
Esse final do mês cruzei o país de carro saí do interior do RS e
estou agora em Brasília/DF com vôos cancelados e a pandemia resolvemos
percorrer 2.600 kilômetros fazer o que né...
Com certeza com o país de pernas pro ar, todos nós teremos histórias
mirabolantes e verdadeiras! pra contar k;
De luxo a belas paisagens e extrema pobreza vimos de tudo; e ainda nos
cuidamos do covid, cada vez que saía do carro parecia um químico da NASA k;
Boa entrada de mês de agosto.
PAZ E BEM.
Todo el capítulo de hoy se centra en la fiesta que organizó Carlos en la que están invitados todos los vecinos.
ResponderEliminarHasta su vecina Carla que tiene a los gemelos, acude también con ellos.
Otra celebración tendrá lugar en un piso del mismo inmueble entre Jorge y Rui.
De momento sigo intrigada.
Cariños.
kasioles