UM
OLHAR SOBRE O PASSADO
Aproxima-se o dia 25 de Abril, data
em que se comemora o 40º.aniversário da “Revolução dos Cravos”, que pôs fim à Ditadura
Salazarista, período também chamado de “salazarismo”, e que permaneceu em
Portugal durante 41 anos (1933-1968).
Nos anos que se seguiram, e até Abril
de 1974, o País foi governado por Marcelo Caetano, um eremita austero “casado
com a Nação”, ideologista com forte componente católica, que, através de uma
Concordata, concedeu à igreja vastos privilégios, associando-a ao regime.
Talvez o facto de a TV noticiar, com grande
relevo, as comemorações “em agenda”, que este ano parecem anunciar-se não
totalmente pacíficas, fez-me lembrar como eram diferentes os usos e costumes
uns 20 anos antes da Revolução.
Quem viveu esses tempos e/ou leu
sobre o assunto sabe que houve um período muito triste, uma verdadeira mancha na
história da humanidade, que decorreu durante a 2ª.Guerra Mundial, e nos anos
que lhe sucederam.
Enquanto fora das nossas
fronteiras, no “pós guerra” 1939/1945, se assistia a uma explosão de
acontecimentos, nós, portugueses, ficávamos parados no tempo.
Para além das enormes dificuldades
que se viviam, especialmente com a subida ao poder de Salazar, e a implantação
do Estado Novo, a censura actuava severamente, e as proibições surgiam como cogumelos.
- Quem não se lembra que era
proibido dar um beijo em público?
- Que era proibido a uma mulher
casada viajar para o estrangeiro sem a devida autorização, por escrito, do seu
marido?
- Que era proibido vestir
mini-saia?
Usar biquíni na praia? Nem pensar!
O fato de banho era uma peça única, não muito cavado nas pernas e sem exagerar
no decote.
Barriguinhas à
mostra…proibidíssimo!
Contava-se uma história, que
acredito fosse anedota, de uma turista inglesa que, numa praia portuguesa, se
passeava de biquíni, deliciando-se com o sol de Portugal.
Nada que se compare aos biquínis de
hoje. Calção subido até à cintura e sutiã bem recatado, que pouco expunha aos
olhos cobiçosos.
Foi interpelada por um cabo-de-mar
(polícia marítimo) que, no seu inglês macarrónico, aprendido no Cais do Sodré,
entre palavras e sinais, tentava fazer-lhe saber que não podia andar assim
vestida (ou despida).
Como a inglesa parecia não dar
sinais de compreensão, o polícia conseguiu soletrar, apontando para o biquíni:
- Just one piece!
Percebendo, finalmente, a inglesa
respondeu, no seu português também macarrónico:
– Ou! Só um peça? Eu escolher a de
baixo, ok? E retirou o sutiã.
A história que ouvi contar acabava
aqui. Não sei qual o seguimento, mas imagino que tenha sido a esquadra de
polícia mais próxima.
Muitos escritores e músicos viram
as suas obras censuradas e retiradas de circulação.
Durante
o regime Salazar/Caetano foram proibidas cerca de 3300 obras.
Nos guiões para cinema e peças de
teatro a tesoura da censura cortava sem contemplações.
Algumas músicas e muitos livros
ouviam-se e liam-se apenas na intimidade do lar, ou em círculos muito restritos
e de extrema confiança, não fosse alguém descobrir e contar à PIDE.
(inicialmente PVDE [na gíria “pevide”]– Polícia de Vigilância e Defesa do
Estado, depois PIDE – Polícia Internacional de Defesa do Estado, e finalmente DGS
– Direcção Geral de Segurança)
Muitos intelectuais portugueses deslocavam-se
a Paris onde podiam discutir à vontade sobre obras proibidas em Portugal, e,
nalguns casos até, publicá-las em França.
Dá para acreditar que tudo isto se
passava há, APENAS, cinquenta anos atrás?
O regime acabou por “cair” graças à
acção de uma conspiração militar dirigida pelo Movimento das Forças Armadas, em
25 de Abril de 1974.
Pessoalmente considero que os benefícios ultrapassam largamente os prejuízos.
Não podemos esquecer que a “Revolução dos Cravos” nos trouxe um bem há muitos anos perdido - A LIBERDADE!
Para o bem e para o mal a Revolução
fez-se. No início viveram-se tempos bastante conturbados, a que assisti de
muito perto, sentindo por vezes na pele os efeitos de tomadas de posição duma
ou doutra facção.
Como em todas as circunstâncias há
contentes e descontentes, tal como houve vantagens e desvantagens.Pessoalmente considero que os benefícios ultrapassam largamente os prejuízos.
Não podemos esquecer que a “Revolução dos Cravos” nos trouxe um bem há muitos anos perdido - A LIBERDADE!
Nem que fosse só por isso, já se
justificaria dizer:
VALEU A PENA!
Valeu a pena! Haja memória!
ResponderEliminarBeijinhos Marianos, Mariazita! :)
Leio a parte final do seu texto e penso que podia ter sido eu a escrevê-la.
ResponderEliminarBeijinhos e votos de boa semana!
NO SABÍA ESTO. ES BUENO ENTERANSE DE TODAS LAS COSAS QUE HAN PASADO EN LA TIERRA. ME PERECE UN POCO INSOLITO TODO LO QUE TIVIERON QUE VIVIR LOS ARTISTAS DE TU PAÍS EN ESE TIEMPO.
ResponderEliminarUN ABRAZO
A Revolução foi inesquecível.
ResponderEliminarNão houve Revolução!
ResponderEliminarAntes, TOMADA DO PODER para se deixar retornar a miséria. E só passaram 40 anos!...
Beijos
SOL
Bom teres lembrado algumas das proibições que existiam durante o antigo regime. A mulher era apenas um adereço, fada do lar e o marido (e o Estado) tinham sobre ela um poder incomensurável. Para além de não poder sair do país sem autorização expressa do marido, ai dela se cometesse adultério, o marido tinha o direito de "lavar a sua honra"...
ResponderEliminarEmbora estejamos agora a passar por injustiças e dificuldades que ninguém esperaria há alguns anos atrás, é como dizes, pela liberdade, e pela mudança de certos costumes o 25 de Abril já teria valido a pena. Apesar de tantos erros a Saúde e a Educação (que eu acho estar muito mal) estão mesmo assim muito melhor do que estavam antes da Revolução.
Muito bom post!
xx
Sim, valeu a pena
ResponderEliminarindependentemente de tudo!...
Belo texto de uma verdade incontestável!
Me deixe sua foto em meu blogs se assim o entender! obrigada
Maria Luísa - os7degraus -
Usar biquini, Mariazita? E o que me dizes quanto à mulher que se atrevia a usar calças? Ainda me lembro de ir passar os fins de semana à aldeia onde nasci ( estudava no Porto )e ter a preocupação de usar saia ou vestido. Estudava no Porto quando se deu a revolução. Antes dela, os tempos eram difíceis e depois dela, também houve periodos muito críticos; os empregados acharam que tinham os poderes todos e começaram a expulsar os patrões das fábricas, levando muitas á falência. Aconteceu com a multinacional onde eu trabalhava como secretária. Não havia empregos e esse foi o motivo que me levou a ir para o Brasil. Para mim foi muito bom, pois adorei viver nesse país, mas foram períodos muito maus, aliás como estes que estamos a viver. muitos jovens emigraram ( eu tinha 24 anos ); uns voltaram ( como eu ) outros lá ficaram ( como o meu irmão e pais ) A história repete-se, mas a liberdade de pensarmos e dizermos o que quisermos, essa, penso, ninguém nos tira. beijinhos, amiga e uma boa Páscoa.
ResponderEliminarEmília
ResponderEliminarQuerida Mariazita
Muito obrigada por este belo texto que nos recorda o que nunca deveria ser esquecido, associada ao enorme bem que ganhámos, há 40 anos, a Liberdade. Preservá-la e fazê-la nossa, todos os dias, é nosso dever, sem esquecer que "a minha liberdade termina onde começa a do outro". Realmente é neste princípio que deverão basear-se todos os actos da nossa vida.
Minha amiga, desejo-te uma Boa e Santa Páscoa ao lado de toda a família.
Beijinhos
Olinda
Olá, Mariazita!
ResponderEliminarUm olhar que só o poderá ter quem esses tempos atravessou: que eram cinzentos,sem liberdade e onde não morava a esperança. E acima de tudo com uma guerra transformada em pesadelo; angustiante sobretudo para os pais,ao darem-se conta de que em breve os filhos estariam na tropa - e a caminho do Ultramar...E terá sido esta a gota que fez transbordar o copo e conduziu ao golpe militar, já que a situação era insustentável.
Depois a guerra acabou, acabou a ditadura e instalou-se a liberdade.Que cada um quis moldar ao seu modelo, à sua visão do mundo, e as águas começaram a separar-se.
E hoje, quatro décadas passadas, do espírito e ideais 25 de Abril foi preservado o essencial - a liberdade: ainda que para muitos a realidade se vá cada vez mais transformando em frustração e desânimo, e para alguns em falta de pão. Não por causa do generoso gesto de então, mas sim por culpa e responsabilidade de quem o país tem governado.
Belo texto. Resumo da essência da realidade do antes 25 de Abril.Parabéns!
Beijinhos amigos
Vitor
É sempre importante "um olhar sobre o passado". Lembro-me bem do "período salazarista" já da época da minha juventude, na década de 1960 que veio coincidir com a ditadura brasileira (eclosão em 1864 - 50 anos do golpe militar, 31 de março de 2014). As fotos em P&B representam bem a época. Excelente matéria, Mariazita.
ResponderEliminarUm beijo, amiga.
Amiga Mariazita
ResponderEliminarvaleu a pena, sim. Porém todas ao Revoluções têm as suas vitimas, é inevitável. Falo em casos que teve que haver adaptações, a novos conceitos, Essas foram demoradas e houve um caos que tornaram essas bastante difíceis.
Anotei bastantes curiosidades controversas. Em época de balanço, temos de convir que várias coisas estarão ainda mal resolvidas.
De qualquer modo: Viva a Revolução!...
Beijos de amizade.
Querida Mariazita
ResponderEliminarGostei imenso do seu texto.
Tem uma inconfundível e maravilhosa forma de escrever!
Ri muito com a história da inglesa!
Vinte anos antes da Revolução eu era bem novinha e não me apercebia de nada.
Agora, recordo que, 15 anos antes, ainda havia a proibição de ler alguns livros (que li).
Uma boa semana.
Beijinhos
Beatriz
Isto não é um post num blog, mas uma lição de história.
ResponderEliminarO pior de tudo é que fui contemporâneo de todos os acontecimentos relatados e até me julguei ver num daqueles "atletas" da foto. Um dos que têm um cinto branco. :)
Esteja descansada que não sou eu.
Bjo.
Realmente, Mariazita, o tempo parece passar cada vez mais rápido, nestes nossos anos modernos; trazendo novas vantagens e desvantagens. Mas penso como você: a liberdade sempre vale a pena! Belo texto, boa semana.
ResponderEliminarOi, Mariazita! No Brasil também tivemos uma ditadura que fez inúmeras vítimas e contribuiu com o atraso do país (de 1964 a 1985). Recentemente algumas pessoas convocaram a população para ir às ruas, em várias passeatas, com o intuito de pedir a volta da ditadura. Felizmente, quase ninguém compareceu. Uma das "passeatas" reuniu apenas seis manifestantes. Ditadura nunca mais! Nem aqui, nem aí. Beijos!
ResponderEliminarJá a encontrei e gostei!
ResponderEliminarPáscoa Feliz!
Abraço,
Maria Luísa
A liberdade tem um preço sem dúvida e só por isso valeu a pena mas, a minha consciência obriga-me a dizer: vivi num país onde podia vestir tudo...onde a mão pesada da ditadura não chegou...onde a partilha e a solidariedade não eram palavras vãs... e, em troca da liberdade, nós do outro lado do mundo...perdemos a felicidade.
ResponderEliminarUm beijo amigo e boa Páscoa!
Graça
(Já gostei de cravos..)
Valeu a pena e há que lutar hoje por aquilo em que se acreditou então!!!
ResponderEliminarBeijinhos
maria
Completamente!!!
ResponderEliminarE há tanta gente tão mal agradecida, como certa senhora que vimos na tv...
Como me lembro bem de tudo isso que aqui descreveste, Mariazita!! Se me lembro! Por muito que se conte e se explique às pessoas que nasceram depois do 25 de Abril, só quem viveu essa triste realidade é que pode avaliar bem a miséria e a ignorância em que se vivia!
ResponderEliminarBeijinhos revolucionários.
Hola Mariazita,
ResponderEliminarmuy buenas noches,
los años pasan, pero la historia quedará por siempre.
estoy totalmente de acuerdo contigo "Valeu a pena!"
la libertad es lo mas importante que el ser humano posee,
por eso es tan valioso para aquellos que quieren tener el poder total de todo estado.
Un post lleno de historia y de memoria...
Te deseo una hermosa semana
un beso y un abrazo
bendiciones
Que bom o seu texto. Tão pedagógico para muitos que querem o regresso a esse passado. Valeu a pena, sim. Por tudo o que significou e pela Liberdade, o mais precioso dos bens.
ResponderEliminarObrigada por este post.
Uma boa Páscoa.
Beijo.
Gostei do seu texto.
ResponderEliminarRealmente valeu a pena.
Bjs e boa Páscoa
Minha neninha, um homem estava a acender um cigarro com um isqueiro roubado , só que como não roubou também a obrigatória licença ..foi preso, rrss
ResponderEliminarA enfermeira , primeira signatária do abaixo-assinado contra a proibição de casamento das profissionais de enfermagem , esteve presa durante dois anos.
As professoras do ensino básico tinham que pedir autorização para casar , ficando dependentes da decisão estatal.
E, depois de tudo isto, eu tenho que ouvir dizer que o país necessita de um outro Salazar e que "o ensino no Estado Novo era de excelência"(Durão Barroso) e que "o sistema de ensino actual" é insustentável"( Medina Carreira)!!
Também vivi o PREC e agora estamos a viver outro, só que de sinal contrário...e que destrói muito mais o país e a vida das pessoas .
E, sim, viva o 25 de Abril!!
Minha querida amiga, abraço apertado!
Oi Mariazita!
ResponderEliminarUm belo texto. Sempre vale a pena dá uma olhadinha no passado. Bau de recordação que vale ouro.
Adorei a foto! Um ótimo documentário.
Beijos e ótima semana!
Minha Querida
ResponderEliminarEste teu post é um tratado de história, que foi muito bom recordar.
Os Kms de vida que já vivi deram-me para assistir a muitos destes acontecimentos.
É verdade que nem tudo foi correctamente bem feito e muitos foram os abusos de quem não estava habituado a viver em Liberdade Plena.
Mas a palavra LIBERDADE foi um bem precioso que não podemos nunca voltar a perder!
Adorei as fotos...e sabes que tive um fato de banho muito parecido...ahahahah (a barriguinha à mostra só depois de 1974)
Um beijo do tamanho do mundo e Pascoa Feliz..:-))))
Querida...
ResponderEliminarHá quem coloque virgulas a mais...e então esqueci-me das minhas...:-)) juro que não estou a plagiar o Saramago...:-)))))
Beijos muitosssss
Teresa
Querida manita,
ResponderEliminarValeu a pena e aqui mostras bem como é verdade.
Lembro-me de tudo que era proibido e o medo que tínhamos de falar.
E, como eras linda nesses tempos....tu e o teu amor.
E, já depois em liberdade andamos as duas em bikini....a saltar nas ondas quentinhas do Algarve.
Bons momentos que nunca esqueço.
Manita, como sabes vou passar uns dias ao Pontido e não sei se volto a passar por cá.
Como tal desejo-te uma Santa e Feliz Páscoa.
Volto em breve.
Um beijinho do tamanho do mundo e cheio de carinho da
canduxa
Sim , Mariazita , valeu a pena .
ResponderEliminarContinuo com um cravo na mão e a dizer . . . Abril sempre .
Um beijo grande ,
Maria
Olá Mariazita.
ResponderEliminarQue belo texto.Grande lição de história.
Apesar da terrivel situação que estamos a viver neste momento eu considero que valeu a pena.
Concordo consigo quando diz que só por viver em liberdade já valeu a pena.
Beijinhos
Querida amiga Mariazita, boa tarde! Cá estou para desejar a você e sua família uma Santa, Feliz e Abençoada Páscoa.
ResponderEliminarVolto depois com mais tempo para ler seu maravilhoso post
Beijos com muito carinho.
Marilene
Uma deliciosa viagem ao passado com apeadeiros que fazem pensar uns , anedóticos , outros. De pouco me apercebia por ser jovem. Há sempre reversos da medalha. Mas se houve conquistas para a mulher, ainda há muito por que lutar! não há fada que sorria em cativeiro!
ResponderEliminarBelíssimo post.
Boa Páscoa , MariZita
Olá, Mariazita!
ResponderEliminarEm jeito de mensagem curtinha,para ti e os teus uma Páscoa Muito Feliz - e também docinha...
Beijinhos amigos.
Vitor
Mariazita,bom dia e um final de semana especial para você aí!Feliz Páscoa!
ResponderEliminarVivendo e aprendendo com estas memórias que melhor são contadas por quem realmente as viveu.Contigo aprendo sempre,amei as fotografias da época e tudo o que elas representam.
Abraços,
Claro que o 25 de Abril valeu a pena, apesar de todos os erros que se têm cometido.
ResponderEliminarAntes, foram tempos negros de falta de liberdade, de repressão e de fome.
Magnífico post, gostei da tua abordagem ao tema.
Queixaste-te, no último comentário que me fizeste, que te tinha esquecido, não te visitava... É verdade, mas não tenho culpa, porque eu comento sempre quem me visita no poema anterior. E tu já não me comentavas desde 20 de Março... Mas temos todo o tempo do mundo para recuperar as visitas... eheheh...
Mariazita, querida amiga, tem uma boa Páscoa.
Beijo.
Hola Mariazita,
ResponderEliminarmuy buenas tardes,
muchas gracias por tus palabras.
Te deseo un hermoso fin de semana
Felices Pascuas!
un beso y un cálido abrazo
Eu gostaria que a liberdade existisse de verdade mas apenas existiu uma mudança do que se pode e não se pode fazer. Ninguém removeu a soberba do julgamento da cabeça da maioria das pessoas e por isso creio que a verdadeira liberdade ainda cá não habita.
ResponderEliminarHoje ninguém ri de pessoas nuas na praia, nem tapadas com um fio de cordel. Mas vão rir de quem apareça vestido, Por exemplo: eu ADORO esses maious antigos. Essas "one peace" que tapam muita coisa. Principalmente os mais antigos, do século passado, que incluíam touca para o cabelo e tapava a perna até o joelho.
Mas se eu fosse a banhos vestida dessa maneira ia ser alvo de chacota. Iam rir e gozar à brava. Iam sentir-se no direito de ridicularizar a pessoa que é diferente. Portanto continua tudo muito parecido. A mentalidade de certa forma mantêm-se fechada, só que dentro de novos pré-conceitos. O bom seria cada qual deixar cada qual estar, desde que este mal não esteja a fazer e cada qual soubesse RESPEITAR os gostos alheios, concordando ou discordando dos mesmos.
Portanto não chegamos ainda onde devíamos ter chegado.
PS: Mas sem dúvida que se está melhor. Mais o percebo ao ler os relatos aqui deixados por quem já era adulto na altura. Eu sou pós 25 Abril, terei sempre uma percepção diferente mas não é por isso que não dou valor ao que imagino ter sido uma conquista e tanto. Sempre fui grata pelo que tenho, ainda que achasse que algumas coisas podiam ser melhores. Valorizei o estudo que recebi porque e sei que não o teria recebido noutras circunstâncias. Muito me entristeci ao ver o pouco caso que muitos deram a essa dádiva.
ResponderEliminarPáscoa, momento de união, de parar para refletir,
ResponderEliminarde ver a vida diferente, de ver gente como a gente.
A Páscoa vem trazendo uma mensagem de paz, esperança e amor.
Feliz Páscoa.
Um carinhoso beijo lotadinho de saudades,
Evanir.
Que Deus abençoe você amiga.
La Santa Pascua no es sólo una fiesta, sino es un día de celebración que también representa la paz, la serenidad, la armonía y el amor.
Hay alegría en nuestros corazones. Nuestro Señor ha resucitado en este día para traer la salvación al mundo.
¡¡Feliz Pascua de Resurrección para ti y familia,
que contigo también comparto!!
Un abrazo de luz
y amor universal.
Atte.
María Del Carmen
Olá prezada Mariazita, que tudo esteja bem!
ResponderEliminarPassando cá para ler mais esta tua bela história neste teu belo espaço, e agradecer por compartilhar sempre tão belos sentimentos escritos com os amigos!
Como sempre tuas histórias de vida são sempre carregadas de sentimentos, e este é deveras importante a todo ser vivo, o sentimento de liberdade, que uma vez sentido e vivido, jamais será esquecido ou mesmo desejado de ser perdido!
E também avisar que, se errada esta minha atitude, me desculpe, mas, indiquei você prezada, e teu blog para o tag das sete coisas, apenas um divertimento. Sendo assim peço que passe lá no sotblog para que fique sabendo com maior amplidão do que se trata esta brincadeira e, se aceitar obrigado, caso não possa participar, é como eu disse, é somente um divertimento entre blogs amigos, sou-lhe agradecido da mesma maneira desde já, obrigado!
Assim desejo que seja sempre deveras intenso e feliz o teu viver, um grande abraço e, até mais!
pretty nice blog, following :)
ResponderEliminarValeu a pena.
ResponderEliminarTexto muito bonito, Mariazita.
Gostei muito das fotos.
Bjs.
Até há a liberdade de "roubar" os nossos salários!
ResponderEliminarLembro-me bem de tudo o que
ResponderEliminaraconteceu no 25 de Abril, tinha
então 28 anos.Vivi todo o seguimento desse dia com muita
intensidade: estive no sindica-
lismo(conseguiu-se o primeiro
contrato colectivo para activi-
dade cinematográfica, estive no
jornalismo regional, nas autarquias, coloquei cartazes,
sei lá que mais. Só não pensava
que a situação que hoje se vive
pudesse chegar e sentir parte do
povo tão apático...
O actual Governo tem tido por
função: destruir tudo o que foi
construído após o 25 de Abril,
não a Troika, mas sim este Governo.
Desejo-lhe uma Feliz Páscoa.
Bj.
Irene Alves
Olá Mariazita!
ResponderEliminarEu sou irmão Beatriz Bragança,que me referiu o seu blogue. Já o estou a seguir.
Acabei de ler o seu "OLHAR SOBRE O PASSADO" e, perante a descrição dos factos, vieram-me à memória algumas das passagens a que faz referência.
Era, de facto, inaudito, o tipo de proibições e perseguições a que o regime se entregava!
Gostei imenso do texto.
Uma boa Páscoa.
Beijinhos
Manuel Bragança dos Santos (Pseudónimo Humberto Maranduva)
Nina minha querida
ResponderEliminarPensavas que me tinha esquecido de ti? NUNCA!
Li este teu post logo que o publicaste, como sempre faço – às 0:01 - e, à medida que lia, ia comentando (mentalmente, claro!)
De imediato passei para o papel - informático - tudo o que tinha acudido à minha mente (para não esquecer...)
Quando cheguei ao fim tinha um post maior do que o teu!!!
Vi logo que era impensável publicar tal coisa. Ninguém merece! E muito menos tu.
Sei que faço comentários bastante extensos… mas aquele excedia tudo que o bom senso admite. Lembrava a espada de D. Afonso Henriques – chata e comprida!
Comecei a cortar, para encurtar. Corta daqui, corta dali, e a certa altura tive a sensação de que andava a frequentar o curso de corte e costura.
Queres saber qual foi o resultado? Tinha entre mãos uma coisa disforme, sem pés nem cabeça, boa para o lixo. E para lá a mandei.
Fiquei sem comentário. E como não tenho jeito nenhum para resumir… e não vou – prometo! – fazer um comentário grande (ninguém merece!!!) direi apenas que, como sabes, também eu vivi em cheio o dito PREC e assisti a muitas injustiças, até certo ponto desculpáveis naquele período revolucionário.
O mesmo não se pode dizer das injustiças que hoje se cometem, muito maiores e mais marcantes, em que os sacrificados são sempre os mesmos.
Para não me alongar direi apenas que sim, valeu a pena, a LIBERDADE vale todos os sacrifícios; e tudo de mal por que estamos passando, não é culpa da Liberdade, mas sim do mau uso que “certos senhores” fazem dela. Esses é que não deveriam tê-la, porque não a merecem.
Que a tua Páscoa seja tão boa quanto possível… ou ainda melhor, se for possível:)))
Beijo-te com todo o carinho.
Teu Mig
PS - Prefiro isto a fazer outro comentário :)))
Por esquecimento não referi a primeira parte do teu texto, que considero óptima, e as fotos, nas quais, como sempre, ficaste linda!
Mariazita,que espetacular registro histórico! Adorei seu texto e a história do biquini da inglesa foi bem divertido! Bjs e boa Páscoa a vc e seus familiares,
ResponderEliminarHoje venho desejar uma:
ResponderEliminarP░Á░S░C░O░A ...•°✿...✿º°。... F░E░L░I░Z
Beijinhos
ResponderEliminarOlá Mariazita,
Achei engraçada a história da turista inglesa. Parece mesmo anedota-rsrs.
Belo relato. Um olhar sobre o passado, em termos históricos, nos proporciona valorizar as conquistas e lutar contra o retrocesso.
Feliz, abençoada e iluminada Páscoa.
Beijo.
Minha Querida
ResponderEliminarPorque sei que é na comunhão dos nossos silêncios...gargalhadas...e tambem lágrimas que nos encontramos, venho apenas deixar-te um imenso xi-coração e um beijo cheio de ternura.
BOA PASCOA
Teresa
Minha querida Mariazita
ResponderEliminarHoje passando para desejar uma Feliz Páscoa , plena de amor e paz, junto de todos que te são queridos.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Que a alegria da Páscoa invada o seu coração e o daqueles que você ama, irradiando luz para iluminar e fazer brilhar o mundo em que vivemos, preenchendo-o de amor, saúde e paz. Feliz Páscoa!
ResponderEliminarQuerida Mariazita
ResponderEliminarDesejo que neste domingo você acorde com o coração transbordando de amor pois o Cristo ressuscitou por nós para que tenhamos vida em abundância plena de amor, fé e solidariedade.
Uma feliz páscoa para você e sua família.
Beijos no teu coração
Gracita
Minha querida Mariazita, a História tem um sabor tão diferente, quando é contada por alguém que a viveu e sentiu (o episódio da senhora inglesa é fantástico).
ResponderEliminarSou de uma geração que nasceu com todas as conquistas da revolução, e porventura nem lhe dou o devido valor. Mas dou graças a Deus por poder ter e expressar uma opinião, sem ser punida por isso.
Aproveito para lhe desejar uma Páscoa muito doce, com a família reunida.
Um abraço
Ruthia d'O Berço do Mundo
Oi Mariazita
ResponderEliminarQue leitura boa que proporciona aos seus amigos seguidores. Parabéns!
Uma descrição que vem acrescentar aos conhecimentos poucos que quase sempre temos de uma época turbulenta E a Revolução dos Cravos ' me é muito simpática como não poderia deixar de ser, e se compara a tantas outras lutas pela liberdade mundo afora,
abraços Mariazita
Que a Páscoa deixe em nós o desejo de se renovar de forma que mundo viva totalmente em Paz.
com abraços
Boa semana, Mariazita; aguardo o próximo post.
ResponderEliminarConvém recordar, manter viva a chama que nos permiti expressar em liberdade.
ResponderEliminarMas não só, também convém continuar reivindicado, senão as conquistas logradas vão-se desvanecendo, e isso não é bom.
Como diz o meu filho, que vive em Lisboa: - Não posso compreender tanto pacifismo ante situações tão arrogantes dum poder que avassala, que limita, que dificulta a vida a uns cuantos. Que faz com que as diferenças sociais voltem a ser tão marcadas; dos que não tem nem para comer, aos que nadam na abundancia.
Que se mantenham vivos os ideais de ABRIL de 1974.
Um grande abraço, querida amiga
Belíssima reflexão, Mariazita!
ResponderEliminarO Brasil também viveu tempos bastante obscuros, num período relativamente recente. Espero que estes tempos não voltem nunca mais, embora haja uma parcela da população saudosa com "os bons tempos autoritários".
Que a democracia e a liberdade prosperem sempre em nossos países.
Abraços.
www.dilemascotidianos.blogspot.com
Olá Mariazita
ResponderEliminarNossa deve ter sido uma época muito difícil para o país, poc conta das muitas proibições e restrições. Aqui no Brasil a ditadura durou 21 anos e até hoje é algo que marcou muito a história do país.
Grande abraço
Blog Fernu Fala II
Olá!! Bom dia,
ResponderEliminarEncontramos seu blog.
Somos de Maringá - Pr.
http://herdeirosdedeushd.blogspot.com.br/
Venha nos visitar!!!
Tenha um abençoado dia,
Abraços
Suely
É bom recordar.
ResponderEliminarGostei da tua partilha.
Beijinhos
Voltei...
ResponderEliminarMariazita, tem um bom resto de semana.
E um bom 25 de Abril.
Beijo.
Claro que valeu a pena!
ResponderEliminarÉ bom que ninguém pense o contrário!
Gostei imenso do texto! Bj
SALUDOS.
ResponderEliminarUN ABRAZO
http://enancasdelarazon.blogspot.com/
Olá, como está?
ResponderEliminarE a propósito, inaugura-se hoje, uma Grande Exposição sobre o tema, em Lagos.
Eu participo com poemas ilustrados e vídeos.
SE quiser pode ver algo, no meu blog.
Beijinhos
Minha querida Mariazita
ResponderEliminarPassando para agradecer a visita sempre carinhosa e deixar um beijinho desejando-te um bom fim de semana.
Sonhadora
Querida Mariazita
ResponderEliminarComeço pela história, que conheço e nada me admiro ser verdadeira. A revolução, não nos podemos esquecer que teve a causa próxima na guerra colonial, junto a ela a emigração. Tudo, sobre a revolução, ainda não passou o tempo suficiente para ser bem estudado. Tanto quanto sei ou julgo saber, ainda há muito "jogo", escondido, sobre o Salazarismo e sobre a Revolução.
Destaco o caso de Salazar não ter aceite entrar no plano Marshal, que foi criado para a Europa do pós guerra.
Em suma, acabou por ser o Estado Novo que cavou a sua queda, pela Revolução, cuja finalidade, foi indiscutível.
Beijos de amizade
Olá, Mariazita!
ResponderEliminarNão me parece, olhando ao que por aqui chove... que amanhã dê para ir até à Caparica. Ainda assim, que seja bom o teu fim de semana.
Beijinhos amigos
Vitor
Plante em seu coração a sementeira do amor,
ResponderEliminarpois assim ampliarás o seus dias de alegria.
Que o senhor ilumine os seus caminhos levando a tristeza sempre pra longe,
bem longe de você.
Enchendo seu coração com a divina fé,
Continue a ser essa pessoa maravilhosa que você é,
e seu coração estará a onde
estiver a sua alegria de viver.
Um feliz e abençoado final de semana.
Beijos paz e luz ,Evanir.
Querida amiga Mariazita,quanta coisa foi conquistada nesses 50 anos, tanto em Portugal como aqui em meu pais, não é mesmo? Liberdade é um direito do povo, temos que ter um livre arbítrio pelas nossas escolhas...Mas ainda há muita luta pela frente,tentar acabar com a corrupção que leva nosso país a falência, a pobreza que assola os menos favorecidos e tantas coisas mais...Que haja sempre a luta e a vontade de termos um pais melhor para todos.
ResponderEliminarBeijos com muito carinho e tenha um lindo final de semana.
Marilene
Mariazita, para ser mais exactos de Pedras Rubras, quase a dois passos do Aeroporto. Um espectáculo ver os JU52 quase a roçar com as rodas do trem de aterragem o telhado da casa dos meus avós... acabei na FAP.
ResponderEliminarBom fim de semana e um grande abraço
Que a memória não esqueça, para que saibamos evitar que no-la tirem de novo.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Querida amiga Mariazita,
ResponderEliminarSeus textos têm sempre um sabor peculiar para o leitor . Este é mais um que sabe passar as informações, situar a nós ,não portugueses, proporcionando uma panorâmica desta época tão difícil como complicada, de entender tanto o lado histórico a sério, como os entremeios de curiosidades de fazer rir pelos absurdos!
Minha amada, beijos, muitos!
Olá Mariazita!
ResponderEliminarBelíssima postagem!
Aqui no Brasil vivemos a mesma situação, no entanto, a violência militar foi absurda. Concordo com você quando diz que o importante é LIBERDADE!
Abraços.
Oi Mariazita,
ResponderEliminarsabe querida amiga, a liberdade é algo que buscamos e merecemos ter, então como você tão bem citou, só por essa liberdade já valeu a pena.
Grande beijo!
Aguardo o próximo port, amiga; e te desejo uma boa semana!
ResponderEliminarAfinal, ficamos com liberdade para tudo menos para nos governarmos, embora haja quem se governa connosco.
ResponderEliminarBeijos
SOL
Que memória booooa. Rss
ResponderEliminarAbraços
Olá, Mariazita.
ResponderEliminarSabe o que eu estava fazendo agora há pouco? Assistindo ao vídeo de lançamento do seu livro Luz ao Entardecer, lançado em 2010. Legal demais! Procurei pelo livro nos sites da Bertrand Brasil e FNAC, mas não o encontrei. Como faço para adquiri-lo? Quero ler...
Sobre esta publicação, posso dizer que você conseguiu fazer um texto muito bom e descontraído sobre este assunto tão sério (e triste). Também tivemos ditadura no Brasil, você sabe, o que representou e representa grande atraso político, econômico e cultural para o país.
PS.: Adorei a história da inglesa na praia kkkk.
Beijo!