terça-feira, 1 de maio de 2018

RETIRO DE SILÊNCIO

“O SILÊNCIO É UM AMIGO QUE NUNCA TRAI” – Confúcio



Há dias encontrei a minha amiga Márcia, que já não via há duas semanas, e com quem me detive a conversar.
Ao princípio achei-a diferente. Não sabia dizer em quê, mas depois de quase duas horas de conversa, percebi – a Márcia estava muito mais calma, aparentava, e transmitia, uma paz interior e uma serenidade que eu não lhe conhecia.
- Tenho uma coisa para te contar – disse ela depois dos efusivos abraços e beijos, próprios de quem é bastante expansivo, como a minha amiga.
- Estou ansiosa por ouvir – respondi. Pensei que, com o que tinha para me confidenciar, eu iria entender a razão das mudanças que lhe notara.
- Acabei de passar por uma experiência maravilhosa – começou Márcia. Estive no que se pode chamar um Retiro Espiritual de Silêncio.
Eu apenas esbocei um sorriso céptico. A minha amiga, de vez em quando, tinha destas coisas… apetecia-lhe afastar-se de tudo e de todos, na convicção de que o recolhimento lhe faria bem ao espírito e lhe restituiria a calma necessária para enfrentar o dia-a-dia.
- Conta! Quero saber tudo – respondi, com muitas reticências interiores.
- Conto, sim, até porque sinto que me fez muito bem e penso que te faria bem a ti, também…
Já tinha ouvido falar nos benefícios da meditação, e eu própria já tinha tido uma breve experiência, de apenas um fim-de-semana e numas condições mais ou menos precárias, nada de muito sério.
Desta vez foi diferente, e para melhor, muito melhor…
O “programa” decorre, durante o Inverno, de sexta a sexta, das 13H às 13H. No Verão é diferente… Mas deixemos de parte esses pormenores.
À chegada fomos recebidos amavelmente pela equipa de serviço. Perguntaram onde queríamos ficar instalados. Como a resolução de irmos para lá foi tomada em cima da hora, fomos um pouco à aventura, sem reserva, acreditando que, pelo facto de estarmos no Inverno, a afluência não ia ser muito grande. O nosso “feeling” estava certo. De facto o grupo dessa semana era pequeno, apenas umas 15 pessoas, mais ou menos.
Depois de dizermos que queríamos um quarto, e informarmos que nunca tínhamos estado lá anteriormente, acompanharam-nos numa pequena visita guiada para conhecermos as instalações. Ficámos a saber que também há bangalows, que, neste tempo, são pouco requisitados e, quem quiser, pode levar tendas de campismo. Seguiu-se uma pequena reunião de esclarecimento onde nos disseram que iríamos passar ali uma semana em completo isolamento do mundo exterior, sendo-nos sugerido, gentilmente, tirar o relógio, desligar o telemóvel, evitar o contacto com o exterior e respeitar o silêncio o mais possível. Até à hora do jantar, que é servido às 19 horas, pudemos passear pelos jardins e mata. O silêncio que ali se vive é quase palpável e transmite uma paz indescritível.
Mas não será silêncio a mais? – atrevi-me a perguntar.
- Nem pensar! Os dias que se seguiram, ainda que obedecendo a uma certa rotina, foram todos diferentes. Não é preciso ter experiência prévia de meditação, nem obedecer a qualquer critério de fé. Seja qual for a religião ou credo todos são tratados de igual modo. Aliás, nunca ninguém nos perguntou se éramos ou não crentes ou praticantes fosse do que fosse.
Como tivemos a sorte de apanhar um dia de sol brilhante e temperatura amena, pudemos passar pela experiência de praticar exercícios que se assemelham bastante ao ioga, que são realizados no exterior, de pés descalços sobre um aconchegante relvado. Alguns destes exercícios são executados em posição fixa, imóvel; outros em movimentos muito lentos, quase etéreos, ao som de música muito suave, relaxante.
Com esta e todas as outras práticas pretende-se pôr de lado as nossas rotinas, o “mesmismo” do quotidiano, que tantas vezes se torna fastidioso. A intenção final é encontrar a fonte de paz e alegria profunda que reside no nosso íntimo, lá bem no fundo do nosso ser. Como criaturas da Natureza, devemos cultivar uma comunhão absoluta com ela, o que se consegue através da meditação nos espaços verdejantes, em silêncio absoluto, “ouvindo” apenas o respirar do “verde” que nos rodeia.

Eu estava verdadeiramente impressionada com a calma e placidez que a minha amiga Márcia ostentava, pelo menos aparentemente. Sabendo eu como ela é uma pessoa nervosa, ainda que se esforce por ocultar essa sua peculiaridade… sentia-me tentada a acreditar em milagres… Agora não tinha a menor dúvida de que o tal Retiro lhe fizera muito bem. Só me falta saber se os efeitos vão ser duradouros…

Parecendo adivinhar os meus pensamentos, Márcia interrompeu-os, continuando:
- Sinto-me tão bem que tu nem podes imaginar! É como se tivesse encontrado um novo equilíbrio; sinto-me em sintonia com o que me rodeia, mais próxima dos outros e da Natureza… É como se estivesse a descobrir aspectos da vida que me eram desconhecidos, como se estivesse a vê-los pela primeira vez.
Sei que não consegui um estado de alma tão elevado como algumas das pessoas que lá estavam. Creio que, em parte, isso se deve à minha maneira de ser – nada fácil, como sabes – mas também porque foi a primeira vez, era tudo, praticamente, novo para mim… Sei também que me é muito difícil uma concentração absoluta, sou bastante dispersa, o meu pensamento não pára sossegado, anda sempre a divagar… (nesta altura esboçou um leve sorriso cúmplice) e só com grande esforço consigo concentrar-me numa só coisa. E essa concentração é um ponto essencial para a meditação.
- Pois, eu conheço-te há tempo suficiente para saber que tu andas sempre a mil… Por isso, se me dissesses que tencionavas ir para o tal Retiro… eu poria muitas reticências sobre os benefícios que irias colher. Mas agora tenho de admitir que estás diferente… ou, pelo menos, assim parece… - mais uma vez a interrompi, com o que Márcia não se incomodou minimamente.
- Eu sei. E não és só tu, qualquer outra pessoa diria o mesmo; excepto uma, que me conhece melhor do que eu própria, me aconselhou a fazê-lo.
As duas sessões diárias de meditação, uma de manhã e outra à tarde, eram sempre precedidas de uma breve alocução que funcionava como que um ensinamento. A própria voz do “acompanhante” era baixa, suave como um calmante. Aprendíamos, primeiro, como relaxar o corpo e aquietar a mente. Quando a voz ia baixando de tom até se tornar num murmúrio, e apenas ouvíamos o silêncio… o nosso espírito já tinha subido para outro nível. Nos noventa minutos que se seguiam sentíamo-nos conectados com a magia da vida.
A meditação era seguida de um passeio pela mata, sempre que o tempo o permitia – o que aconteceu a maior parte dos dias, apesar de a temperatura não ser muito amena. Como tínhamos ido prevenidos com agasalhos, não houve problemas de frio.
Antecipadamente tínhamos sabido que era aconselhável levar roupa e sapatos práticos (fatos de treino e ténis); toalha e chinelos de banho; casaco e chapéu (ou boné) e um bloco de notas.
Estranhámos a indicação do bloco de notas que, afinal, veio a revelar-se muito útil. Nas pequenas reuniões que havia a seguir ao pequeno-almoço (servido às 9 horas) podíamos tomar os apontamentos que quiséssemos. Nós fizemos imensas anotações – em qualquer altura ou momento de dúvida, podemos sempres consultá-las e trocar impressões.
Levantávamo-nos às 7 horas, tratávamos da nossa higiene e quase sempre dávamos um pequeno passeio ou simplesmente olhávamos a paisagem ao longe, até à hora do pequeno-almoço.
As manhãs eram ocupadas com a meditação e o passeio pela mata, este também em silêncio (aliás, o silêncio predominava todo o tempo).
Às 13 horas era servido o almoço. A alimentação era ovo-lacto vegetariana, muito bem confeccionada, com produtos biológicos criados na quinta a que pertence o “Retiro”. Mas quem quisesse podia optar por comida vegetariana pura.
Como sabes não tenho problemas, e até gosto, da comida vegetariana, por isso a alimentação agradou-me.
As tardes eram passadas na meditação, de que já te falei, em passeios, observação da Natureza, e palestras de orientação, onde era permitido fazer perguntas e esclarecer dúvidas.
Às 19 horas serviam o jantar, que era sempre acompanhado de música ambiente relaxante, num tom bastante baixo.
Este prolongava-se sempre para além das 20 horas porque tudo se passava dentro duma grande calma e placidez, como se se tratasse de uma preparação para noites repousantes (pensámos que era mesmo essa a intenção).
Das 20,30 até às 22 podíamos assistir a uma espécie de danças em que se misturavam posições de ioga com passos orientais, ao som de música de flauta tocada ao vivo.
Quem não quisesse assistir podia entreter-se a ler ou escrever, ou como melhor entendesse. O recolher era às 22 horas.
- Com uma explicação tão pormenorizada e exaustiva, até me fizeste ter vontade de seguir o teu exemplo e fazer essa experiência – disse eu, num tom um pouco sonhador.
- E tu pensas que eu estive para aqui a falar, contando-te todos estes pormenores só para me ouvir a mim mesma? Não, minha querida, o meu relato não foi inocente… A minha intenção era exactamente essa – convencer-te a experimentar o que, a mim, me fez tão feliz.
Danadinha, a minha amiga Márcia!

70 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Deve ser realmente muito bom. O silêncio a paisagem a alimentação, a meditação a música, dá com certeza uma nova energia ao corpo e uma paz ao espírito.
Abraço

Majo Dutra disse...

Também fiquei com vontade de ir...
Muito bem escrito e descrito, fiquei
presa à agradável leitura.
Um Maio muito agradável e feliz.
Abraço e beijinho.
~~~

Emília Pinto disse...

Querida Mariazita, achei muito interessante o que aqui contas sobre a mudança notada na tua amiga e acredito que ela precise de participar mais vezes para facilmente se concentrar e assim conseguir aproveitar o silêncio. Há uns anos, frequentava aulas de psicologia na universidade senior e a professora fazia-nos alguns exercicios de meditação e, amiga, nunca conseguia meditar; não sou muito extrovertida e inquieta, mas não consigo ficar em silêncio sem pensar em nada; fico quieta, concentro-me, mas o meu pensamento viaja de um lado para o outro com uma rapaidez tremanda; acredito que faça muito bem esses momentos de silêncio, de meditação, mas, creio que para algumas pessoas é dificil, Houve uns tempos em que pratiquei yoga, mas desisti, pois quando chegava esse momento de respiração, concentração e meditação lá ia o meu pensamnto para aqui e para acolá. Sei que deveria tentar mais, mas não o fiz. . Preciso de muito treino, Mariazita, mas, sim, acredito que me faria bem, pois sou ansiosa e um pouco inquieta; não sou nervosa, mas sou ansiosa e a minha xabecinha não párade pensar. E agora, pergunto, amiga,( n precisas responder, claro....) seguiste o conselho da Marta? Beijinhos e um bom feriado. Obrigada por este " incentivo " a viagens ao nosso interior, mesmo que sejam feitas aqui em casa , recostadas no sofá, com a sala escurinha e
silenciosa. Fica bem, Mariazita.
Emilia

Emília Pinto disse...

Desculpa, mas é Marcia a tua amiga e n Marta que é a minha filha. Já agora perdoa também uns errozitos deixados por aí. É o sono!!!!bjo
Emilia

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Mariazita!
Fiz muitos retiros de silêncio e amo fazê-los sempre que posso...
A vida requer pausas de meditação e chegamos à contemplação com carinho no coração que a vida merece ser bem vivida e ter qualidade no viver...
O Mestre espiritual S. Inácio de Loyola nos tem muito a ensinar.
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm de paz e bem

Mari-Pi-R disse...

Son experiencias que enriquecen espiritualmente y te ayudan a tener mas serenidad, yo de joven hice algunos retiros.
Un abrazo.

manuela barroso disse...

Essa espécie de Nirvana onde o espírito acede , é a necessidade de recolhimento pelo interiormente ansiamos . É no silêncio que nos ouvimos é com o silêncio que renovamos forças para a agitação diária
Embora nunca tenha feito , adoraria fszer . Afinal ele é um grande meu aliado
Uma postsgem muito interessante é tão expressiva !
Bji mariazita😘❤️

Daniel Costa disse...

Querida amiga Mariazita

Gostei da crónica na verdade. Há quem diga que "o silêncio é de ouro". Em boa verdade, julgo que nada há mais eloquente que o silêncio. O engraçado é que em cursos de relações públicas é ensinado a fazer silêncio, para atrair mais a atenção do interlocutor. E resulta!
Beijos

chica disse...

Ela realmente é tua amiga e tenta te mostrar o quanto bem fez e pode também a ti fazer! Legal isso! Bela leitura! beijos, chica

Fá menor disse...

Fonte maravilhosa, o silêncio!

Beijinhos, amiga!

Os olhares da Gracinha! disse...

O silêncio e a meditação são valiosos contributos para o bem estar da alma!!!bj

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Nessa correria da vida, o silêncio se faz muito relevante para nos acalmar e aproximarmos de Deus.
Beijos carinhosos!

Gracita disse...

Olá Mariazita
Já me imaginando num espaço assim onde a tranquilidade propicia a tão sonhada paz e a serenidade que tanto almejamos
Um dia iluminado e feliz
Beijos

Evanir disse...

Minha amiga ..
Lendo seu texto acredito que dar um tempo na vida
experimentar faz um bem enorme na vida de todos nos.
Minha amiga sou muito grata a você sempre que pode
manda sua nova postagem.
Um feliz feriado .
Beijos.
Evanir..

jfbmurcia disse...

Creo que somos muchos los que andamos necesitamos de un respiro para reflexionar. Gracias por compartirlo con nosotros. Saludos.

Berço do Mundo disse...

Cada vez me convenço mais de que o silêncio é o maior luxo dos tempos modernos. Entraria nesse retiro sem grandes hesitações, excepto uma: como deixar o meu filho pequeno uma semana, ainda por cima com o marido a trabalhar noutro continente?
Se chegares a experimentar, diz-me como correu.
Beijinho, uma linda e silenciosa semana
Ruthia d'O Berço do Mundo

Olinda Melo disse...

Querida Mariazita

Gostei muito de ler essa experiência que, acredito, será enriquecedora. Penso que é uma viagem e tanto. Para mim não seria muito difícil encetá-la,embora nos primeiros dias necessitasse de muito treino e disciplina. Mas, esvaziar o nosso íntimo de coisas fúteis e valorizar o tempo, o tempo que nos é dado e que nem sempre aproveitamos na sua plenitude...Excelente.

Obrigada, minha amiga.

Beijinhos

Olinda

Agostinho disse...

Interessante. O próprio tom da narrativa induz o leitor à calma promovida pelo retiro. E concretiza um desafio a cada leitor.
Boa prosa.
Dias felizes, Maria_zita.

Pedro Coimbra disse...

Para a minha mulher, desde sempre habituada a viver em ambiente citadino, isso era tortura.
Beijos

Larissa Santos disse...

Muito bom. Adorei :))


Hoje:- Vestes leves, agitadas pelo pensamento

Bjos
Votos de uma óptima Quarta - Feira

Lilazdavioleta disse...

Estes retiros são magníficos .
Já experimentei várias vezes . Tudo que " fale " silêncio e verde me chama .
A alma clama por esses momentos tão necessários .

Um forte abraço e obrigada pela partilha , Mariazita ,
Maria

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Dizia Fernando Pessoa que ninguém se perde na vida. Tudo é verdade e caminho. A meditação é caminho para se estar de bem com a gente. A paz se busca, realmente no silêncio, mas o silêncio deverá ser interior, na alma.
Grande abraço. Laerte.

Betonicou disse...

Oi Mariazita! Nem sempre teremos um ombro amigo 24 horas por dia disponível.Por isso quando falo sozinho, converso com a minha alma, e como resposta aprendo que o silêncio também é companhia. Adorei a narrativa ,muito esmerada em conteúdo.São essas linhas cheias de sentimento humano que nos apazígua, e tambem nos faz companhia nas horas que queremos mesmo é a reflexão para a vida que se segue... Grande beijo e terno abraço.


Lúcia disse...

Como aprecio o silêncio, fiquei aqui, no aconchego do meu cantinho ...(super silencioso!)...lendo esse interessante encontro com a sua amiga cujo "mote" é o silêncio, que envolve a meditação. Bela narrativa!Um abraço silencioso, pleno de afeto!

Jaime Portela disse...

Uma experiência interessante.
Mas eu não sei se aguentaria uma semana de silêncio e meditação...
Continuação de boa semana, amiga Mariazita.
Beijo.

Carla Ceres disse...

Oi, Mariazita! Eis um ótimo exemplo de como o Paraíso de uns pode ser o Inferno de outros. Um retiro assim me enlouqueceria de vez. :) Beijos!

Kasioles disse...

Dedicar un tiempo para reflexionar y meditar en silencio, puede ser una terapia muy beneficiosa, no lo dudo.
Pero que el tiempo de aislamiento se prolongue un día tras otro, no creo que pudiese aguantarlo.
Mi dinamismo y el ser tan impulsiva, creo que serían dos inconvenientes para permanecer callada tanto tiempo.
También dicen que la música suaviza a las fieras y quizás por ahí...
He leído sin ninguna dificultad toda tu entrada, no me ha hecho falta recurrir al traductor, he de reconocer que está muy bien escrita, como todo lo que tú haces.
Cariños.
kasioles

lian disse...

Como é importante este silêncio !!
um mundo que nos convida ao agito, à correria , ao aperto, ao nó na garganta.
Penso que tenho muito a conquistar quando penso em silêncio.
embora seja uma pessoa que ama o silêncio, e que gosto de solidão, mesmo assim a mente não pára e não nos deixa em paz !1
como uma criança birrenta, quer isso , quer aquilo, pensa aqui e vai acolá !!!
a ansiedade de nossos dias, uma doença tão triste !!
grande abraço querida Mariazita e um fim de semana muito abençoado.
:o)

Ana Tapadas disse...

Excelente relato.
Estou muito de acordo.
O silêncio, se não imposto, é algo que nos ajusta à vida.

Beijinho

Majo Dutra disse...

Que esteja tu bem consigo,Mariazita.
Beijinhos.
~~~~

Jô Turquezza disse...

Gostei muito dessa experiência, contato com a Natureza, passeios, trilhas, é tão bom. Ficar sem falar é difícil para mim rsrsr, mas toparia um programa desses. Gosto de meditação, mas faço sozinha, comigo mesma.
Tenha um lindo fim de semana.
blogjoturquezzamundial
Beijos.

Graça Pires disse...

A sua crónica é quase um desafio a fazermos o mesmo que fez a sua amiga... Realmente é no silêncio que melhor entramos dentro de nós e descobrimos o equilíbrio que a nossa vida precisa.
Uma boa semana.
Um beijo.

Ana Freire disse...

E o seu relato, tão agradável, Mariazita... praticamente nos propõe, experimentarmos algo no género...
Não tenho dúvida, que um programa assim, apresenta imensos benefícios... o silêncio para mim... ou pelo menos, alguns períodos do mesmo... é absolutamente necessário, para o meu equilíbrio... a todos os níveis...
Algo que, quem sabe um dia, talvez experimente... e que me recorda muito alguns períodos das minhas férias de Verão, na juventude... em que adorava as tardes passadas no Mondego... precisamente pelo silêncio... e cenário idílico, que o mesmo apresentava, junto da localidade onde durante algumas semanas, me afastava do bulício da cidade... e desfrutava dos ares e sossego de uma calma aldeia, que adorava... tendo sabido, há alguns meses atrás... que esta bonita zona verde, que continua tão presente na minha memória... também praticamente desapareceu, nos incêndios de Outubro passado...
Adorei ler o seu texto, Mariazita!...
Deixo um beijinho, e os meus votos de uma feliz semana, e um excelente mês de Maio!...
Ana

Tais Luso de Carvalho disse...

Li atentamente teu relato, eu conheço bem isso pelos meus pais, muito católicos, faziam seguidamente tais 'retiros espirituais'. Eu não fiz, mas adoro o silêncio, gostaria até de uns dias num mosteiro no 'Tibete' para ver como iriam se desenrolar as coisas na minha cabeça. Acho eu que eu iria gostar muito dessa experiência! Comigo é 8 ou 80 - no Tibete!!

Claro que sua amiga quis lhe passar a ideia, amiga! E por que não? rs
Grande beijo, meu carinho, querida amiga.

Adriana Lara disse...

deve ter sido uma experiência maravilhosa!!! eu nunca fiz, mas já fiquei com vontade de fazer, bjs

Amélia disse...

Querida Mariazita.
Adoro ler as suas crónicas, esta é mais uma que li atentamente, os retiros espirituais deve ser uma experiência maravilhosa.
Beijinhos

Beatriz Bragança disse...

Querida Mariazita
E não é que ao ler o seu texto tive logo vontade de me inscrever num Retiro assim?!
Creio que todos precisamos de desligar um pouco e correr atrás da calma e da serenidade.
O seu texto é verdadeiramente elucidativo e ...depois de o ler, apetece só partir e usufruir deste grande benefício.
Obrigada por mais um tão bom conselho.
Um beijinho
Beatriz

Betonicou disse...

Oi Mariazita! Passando para reler teu belo texto. Grande beijo .

Jaime Portela disse...

Passei para ver as novidades.
Aproveito para te desejar um bom fim de semana, amiga Mariazita.
Beijo.

lian disse...

olá Mariazita:
vim agradecer a sua gentil visita em meu blog e e lhe desejar um feliz fim de semana !!
é verdade quanto ao jenipapo. Sua memória está muito boa. diria Ótima.
o Jenipapo quando verde , digo que ainda não madurou , é ingrediente principal para se fazer corantes naturais azuis. Um capricho imenso da natureza que nos dá um colorido natural raro nesta tonalidade. Os índios se pintam muito com esta mistura de jenipapo verde e água. é um azul tão intenso que chega a ficar negro conforme se concentra.
Mas maduro , ele perde esta faculdade e se tornando uma fruta comestível e de sabor marcante é muito aproveitado para um licor de sabor único : o jenipapo.
O personagem que ficou eternizado em nossa mente com o famoso licorzinho de jenipapo era o Odorico Paraguaçu de SUcupira da novela O Bem Amado.
Uma figura criada há 45 anos e que é infelizmente ainda o modelo hipócrita de nossa triste política. Mas que foi um personagem marcante .
Quanto aos índios, nossa é mesmo fascinante quando a gente aprende e descobre a sabedoria que eles carregaram por tantos séculos.
é uma pena que a cultura européia suplantou a cultura nativa e muito já se perdeu.
mas certas regiões como o NOrte ( moro no sul) ainda se preservou muito e muito me alegra aprender e pesquisar mais.
estive recentemente pesquisando sobre óleos e manteigas da Amazônia , e estou ficando maravilhada com isto. Não é a toa o brilho e a beleza da pele das mulheres índias.Tiram todo o segredo de sua beleza das sementes de palmeiras e plantas nativas.
aos poucos estou falando em meu blog, pois são muitos os assuntos interessantes. Mas o que mais me agradou até agora para os cabelos é o óleo de pracaxi. Considerado um silicone natural, É muito bom para a pele e os cabelos e espero que se torne mais viável comercialmente para o bem de todos nós.
mas existe uma infinidade deles. espero em breve ir registrando tudo isto em meu blog.
olhe este link que interessante:
http://oleosparatudo.com/oleo-de-pracaxi/
grande abraço.
:o)

Maria Rodrigues disse...

Uma experiência que fortalece a alma e o corpo.
Acredito que faria imensamente bem.
Bom domingo minha amiga
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco

O Árabe disse...

Silêncio, meditação e um belo ambiente ao nosso redor... sempre achei, Mariazita, que estes são bos caminhos para que alcancemos a paz interior. Belo post, amiga; boa semana!

Sandra disse...

Por vezes o silêncio é tão bom. Beijinho e Feliz semana.

Portugalredecouvertes disse...



Cara Mariazita como diz o ditado :

-"Somos donos do nosso silêncio e escravos das nossas palavras".
então por vezes o silencio e de ouro !
mas isto me faz lembrar os mosteiros, onde os monges chegavam a um grande nível de conhecimento que inclui a contemplação :)
eles la sabiam como era possível construir edifícios por esse mundo fora e decora-los com grande arte, e chamar os fiéis ate eles.
devia ser com um estilo de vida atrativo :)
como este,
https://www.youtube.com/watch?v=A5ASfeqD7fU
ou este,
https://www.youtube.com/watch?v=_8MHalCvPJo&t=43s


beijinhos Mariazita, gostei da história !
Angela

Unknown disse...

Deve ter sido uma experiencia maravilhosa.
passando por aqui pela primeira vez.
TE SEGUINDO
Bjo

https://blogdaadilene.blogspot.com.br/

Anónimo disse...

Olá Mariazita, uma crônica que instiga o desejo do leitor de também se recolher em retiro espiritual. Muito bom ler-te menina!
Abraço
Diná

Smareis disse...

Bom dia Mariazita!
Uma crônica lindamente construída. É uma renovação completa estar num lugar desse. O silêncio e a meditação faz muito bem para a alma. Aqui fazem muito retiro, mais nunca participei. Um beijo e boa semana.

Jaime Portela disse...

Fico à espera de novo post.
Continuação de boa semana, amiga Mariazita.
Beijo.

Anónimo disse...

O silêncio é o melhor amigo da alma, faz-nos viajar em nós mesmos.
Belo post, grande abraço!

brisa48@bol.com.br disse...

Minha querida maiga
Que bom retornar ao seu cantinho. Sábias palavras o silêncio vale ouro. Saudade do seu cantinho. Aqui estou vontando. Uma bela sexta feira. Bj na sua alma.

A Casa Madeira disse...

O silêncio é algo bem democrático onde há
muitos pontos de vistas.
O silêncio é algo bem difícil de entender pq o silêncio
fala e diz muito.

As vezes estar com muitas pessoas no dia a dia
não quer dizer produtividade de atos.
Vivemos em uma era da opinião... a boca e os olhos
movendo-se o tempo todo; a era dos esmartfhones a era
dos likes; esse momento atual até fica bem complicado
para muitos estar em silêncio.
Percebo que até em lugares propícios de silêncio as pessoas não
param de falar, e quando são advertidas ficam bravas k.
Boa continuação de semana.

Maria Rodrigues disse...

Minha amiga passei para lhe desejar um excelente fim de semana
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco

Ana Freire disse...

Passando a deixar um beijinho, e os meus votos, de um excelente domingo, e uma óptima semana!...
Ana

Inês disse...

Tenho curiosidade em experimentar um retiro desses! Obrigada pelo relato. :) Beijinhos
--
O diário da Inês | Facebook | Instagram

Berço do Mundo disse...

Querida Mariazita, agradeço a forma simpática como te prontificaste a receber o pequeno explorador. Evidentemente, a minha mãe ficaria com ele se eu decidisse fazer um retiro, mas eu é que não consigo deixá-lo uma semana inteira, quando já tem o pai tão longe. Mas isso terá que mudar um dia destes :)
Beijinho e uma linda semana
Ruthia

P.S. a ver se um dia provo esse famoso pudim que fazes tão bem

Antonio Pereira Apon disse...

Nos acostumamos com uma vida apressada e tão apreçada, que desaprendemos a ouvir o silêncio e conversar com ele. Redescobrir o silêncio, acalma, pacifica a alma.

Um abraço e uma boa semana.

O Árabe disse...

Boa semana, minha amiga; aguardo o próximo post.

Zizi Santos disse...

Olá Mariazita

Muito interessante seu relato sobre a experiência da amiga .
Faça sim. Faça como ela, com certeza obterá muitos frutos desse exercício
silencioso . Meditação exige concentração e respeito por si.
O resultado é maravilhoso.

bjs

Unknown disse...

Obrigada pela visita minha querida.
virei aqui mais vezes um bjo no seu coração.

blogdaadilene.blogspot.com.br/

lian disse...

oi amiga Mariazita:
lembrei-me de você ao apreciar este link do museu do Ìndio .
então deixo meu abraço e o que Deus a abençoe sempre..
muito interessante este passeio virtual pelo museu.

https://artsandculture.google.com/exhibit/AAJiN-7p65D7Jw?hl=pt-BR

Jaime Portela disse...

Passei para ver as novidades.
Aproveito para te desejar um bom fim de semana, amiga Mariazita.
Beijo.

Suzete Brainer disse...

Querida Mariazita,

Concordo com a frase do mestre Confúcio.

Maravilhoso foi a leitura da sua narrativa excelente e
envolvente, com este seu talento de escrever, possibilitou
a todos aqui, a mergulhar neste retiro na sua dinâmica
filosófica. Eu particularmente conheço a prática da
meditação e seus efeitos benéficos e recomendo.

Grata por esta leitura agradável aqui e também pela
sua visita e valoroso comentário no meu poema.
Sinto em você, uma gentileza ímpar e aprecio
sempre a sua presença no meu espaço e voar aqui no seu...

Beijinhos e feliz final de semana!

Maria Glória disse...

Eu já fiz alguns retiros. Sinto-me muito bem. Já fiz 'retiros' dentro da minha casa, praticando o silêncio, evitando o contato com o mundo externo, falando apenas o necessário.
Aquietar a mente é o ponto mais difícil, mas com o treino, vamos progredindo. Agora o esforço para aquietar ou para a concentração não é o melhor caminho, temos que aprender a ser observadores da nossa mente e gentilmente, deixar os pensamentos irem embora e voltar para o foco, sempre observado e nunca esforçando. Pratico meditação diariamente, fui iniciada em uma tradição no hinduísmo, em 2011. Alguns dias eu não tenho vontade de meditar e respeito, sem forçar.
Eu preciso de silêncio diariamente, sinto falta e não sou uma pessoa de falar muito, embora goste de conversar. Apenas não tenho muito a necessidade de falar. Isso é natural, desde mocinha.
Adorei o relato da sua amiga. A alimentação é ponto fundamental, não só para meditar, mas em tudo na vida. E o que é bom para um, pode não ser para outro. Então, é preciso prestar atenção no corpo, mente, sem seguir modismos. O equilíbrio em tudo é o melhor caminho, mas nem sempre é fácil de encontrar.
Minha querida amiga, deixo mais uma abada de beijinhos e abracinhos carinhosos e o desejo de um ótimo final de semana.
Feliz em estar com você.

SOL da Esteva disse...

Sei (penso saber) dos resultados dos Retiros. Há anos que não os faço.
Diante do teu Relato sinto que tenho perdido muita daquele revestimento e intimidade interior que ali se constrói e ganha.
Foi bom ler-te, porque me senti compensado com a tua Paz.

Também bebi cada uma das tuas palavras na Entrevista da RTP-África.
Senti saudades!...

Beijo
SOL

O Árabe disse...

Boa semana, Mariazita. Aguardo o próximo post.

Ana Freire disse...

Passando a deixar um beijinho e os meus votos de uma boa semana...
Ana

Marina Filgueira disse...

¡Hola Mariazita!

Después de leer tu texto, me entra una enorme gana de hacer la maleta e irme a ese retiro relajante y espiritual que tanto necesita mi alma, desde luego no estaría mal pasar un tiempo fuera de la rutina diaria que tanto estresa.

¿Debe ser delicioso estar a ahí sin pensar que voy hacer hoy de comida?...
Por ejemplo.

Me ha gustado mucho esta entrada, y pasear por esta tu casa de puertas abiertas.
Te dejo mi inmensa gratitud y mi gran estima.

Un abrazo y se muy, muy feliz.

Anónimo disse...

Retiro de silêncio é tudo de bom, todos nós precisamos ouvir a Deus e nos ouvir também...
Maravilhoso post ! Parabéns!
Ótimo fim de semana!

Jaime Portela disse...

Como não há novidades, desejo-te "apenas" um bom fim de semana, amiga Mariazita.
Beijo.