terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

HOJE FAÇO 4 ANOS


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Faz precisamente hoje, dia 14 de Fevereiro, quatro anos, que a Casa da Mariquinhas abriu as suas portas pela primeira vez:

“HOJE, 14 DE FEVEREIRO DE 2008
DIA DE S. VALENTIM E DOS NAMORADOS
ABRE-SE A PORTA DA CASA DA MARIQUINHAS”

Nos 1461 dias entretanto decorridos muitas foram as alegrias e alguns (poucos) dissabores – dois “sumiços” do blog por dois ou três dias; a dificuldade de “gerir” os blogs que sigo (problema felizmente ultrapassado com a ajuda do meu amigo Vítor Simões, mas para o qual o Blogger ainda não me apresentou solução) e… nada mais de contrariedades!
Os meus comentadores, habituais e ocasionais, têm sido excelentes. Portanto, no final, o saldo é francamente positivo. Não vou alongar-me mais nestes preâmbulos, até porque o presente que vos reservei – uma história de Amor, porque hoje é o Dia dos Namorados – é um pouco extenso.
Também não há champanhe nem bolo – a crise é real e não permite desperdícios. Contentem-se pois com um pedacinho desta apetitosa broa e um copito de tinto. Se trouxerem um chouricito faz-se um rico petisco.


Preparei um selinho para vos oferecer, para não irdes daqui sem bolo nem champanhe, e ainda com as mãos a abanar :)

Aloja Imagens

Quem estiver interessado pode ir buscá-lo AQUI

Não posso terminar sem expressar o quanto me sinto grata por tudo o que me têm dado, e com o que continuarei a contar.

E agora, agradecendo que relevem a extensão do texto, deixo-vos com uma belíssima “História de Amor”.

A LENDA DE PEDRO E INÊS


Dentre as histórias de amor célebres, uma das minhas preferidas é a de “Pedro e Inês”, uma história sublime e trágica, cheia de encanto e magia, que demonstra toda a devoção e verdadeiro amor entre dois amantes.
Tudo começou quando D. Pedro, filho do rei de Portugal D. Afonso IV e da rainha Beatriz, sua esposa, chegou à idade de casar.
Como era costume na época, a noiva deveria pertencer ao reino de Castela e fazer parte da família real.
Assim foi aprasado o casamento com Dona Constança de Castela, a qual chegou a Portugal por volta de 1340, acompanhada da sua comitiva. Desta fazia parte uma linda aia, Inês de Castro, à qual se rendeu de imediato o coração de D. Pedro.
A bela aia de cabelos longos e olhos brilhantes também se apaixonou pelo príncipe e, por muito amiga que fosse de Constança, o amor falou mais alto.
Mas esta paixão não foi bem aceite pela corte e pelo rei que, por um lado receava a influência dos irmão de Inês sobre seu filho, por outro lado poderiam surgir problemas com Dom Manuel de Castela, pai de Constança.
Assim sendo, celebrou-se o casamento de D. Pedro com Dona Constança, do qual nasceram dois filhos.
No entanto, o grande amor entre D. Pedro e Inês de Castro não morrera, e começaram a surgir boatos sobre a infidelidade do príncipe, o que preocupou grandemente a coroa portuguesa.
Os pais de D. Pedro decidiram acabar com o romance, mandando encerrar Inês no convento de Santa Clara, em Coimbra.

Convento de Santa Clara (Coimbra)
Impossibilitado de comunicar com a sua amada, D. Pedro arquitectou um plano que lhe permitiu trocar cartas com Inês.
Numa mata, onde agora se situa a Quinta das Lágrimas, havia um pequeno regato que corria até o convento onde Inês estava enclausurada. Lá D. Pedro depositava pequenos barcos de madeira onde colocava as suas cartas de amor, que assim eram levadas até Inês.
Mas D. Afonso, ainda temeroso de um escândalo, pretendeu mandar exilar Inês. Esta refugiou-se no Castelo de Albuquerque, que pertencia à sua família e ficava situado na fronteira do Alentejo.
No entanto, a correspondência entre os dois amantes não cessou. D. Pedro enviava a Inês mensageiros com cartas dheias de frases de amor e paixão.
Entretanto, D. Constança, grávida do seu terceiro filho, morreu durante este parto.
Viúvo e livre, D. Pedro decidiu enfrentar o pai e trazer Inês de volta do seu exílio em Albuquerque. Foram viver no norte de Portugal, onde nasceram quatro filhos. Neste período D. Pedro manteve-se afastado da política.
Mas o facto de não serem casados suscitava a desconfiança e não aceitação por parte da corte, que aumentaram quando D. Pedro trouxe Inês para o Pavilhão de caça em Coimbra.
D. Afonso IV tentara diversas vezes organizar um novo casamento para o filho, com princesa real, mas D. Pedro recusava sempre outra mulher além de Inês, com quem não podia casar por não ser de sangue real.
Ao mesmo tempo, o único filho legítimo de D. Pedro, o futuro rei D. Fernando I de Portugal, mostrava-se uma criança frágil, enquanto que os bastardos de Inês prometiam chegar à idade adulta. A nobreza portuguesa começava a inquietar-se com os problemas políticos do futuro rei.
Regressando do norte Pedro e Inês instalaram-se no Paço de Santa Clara, em Coimbra.
A corte estava cada vez mais descontente e com insinuações de que a família Castro poderia conspirar para colocar no trono de Portugal o filho de Pedro e Inês.
Os ânimos foram-se exaltando de tal modo que se chegou a uma decisão drástica: Inês tinha que ser eliminada.
Foi então que em 7 de janeiro de 1355, num dia em que Pedro tinha ido à caça, o rei, acompanhado por três fidalgos, Diogo Lopes Pacheco, Álvaro Gonçalves e Pero Coelho dirigiu-se ao pavilhão de caça em Coimbra, onde se encontrava Inês.
Sozinha junto a uma fonte, Inês, ao vê-los, logo se apercebeu do motivo da visita. Dirigiu ao rei súplicas de piedade, lembrando-lhe ser a mãe dos seus netos. Este, emocionado, retirou-se, dizendo aos fidalgos que procedessem como entendessem. Estes, aproveitando-se da ordem pouco clara do monarca, aproveitaram a situação e apunhalaram-na.
Seu corpo caiu morto junto à fonte.
Ao tomar conhecimento de que Inês havia sido assassinada a mando do seu pai, D. Pedro ficou arrasado e possuído de enorme revolta.
Convocou os irmãos de Inês, formou um exército, e declarou guerra a D. Afonso. Mas, temendo que um confronto directo e violento com seu pai causasse grande destruição a Portugal, e ainda por insistência de sua mãe, D. Beatriz, foi assinada a paz em Agosto de 1355, tendo D. Pedro jurado perdoar a quantos haviam estado envolvidos na morte de Inês. Tratava-se, contudo, de um estratajema para adiar a sua vingança.
Os três fidalgos principais implicados no assassinato foram aconselhados a fugir. Assim, dirigiram-se para Castela, julgando que ali estariam a salvo. Mas, logo que subiu ao trono em 1357, D. Pedro passou a perseguir os assassinos, quebrando a promessa feita ao pai. Somente Diogo Pacheco conseguiu escapar, enquanto os outros dois , Pero Coelho e Álvaro Gonçalves, foram condenados à morte.
Na versão de Fernão Lopes, famoso historiador português, D. Pedro exigiu ao carrasco que lhes arrancasse o coração, a um pelo peito e a outro pelas costas, e que depois lhes queimasse os corpos.
Em Junho de 1360 D. Pedro declarou que se havia casado secretamente com Inês, legitimando os filhos de ambos. Apenas o testemunho do rei e do seu capelão fizeram prova deste casamento.
D. Pedro mandou construir dois sumptuosos túmulos no mosteiro de Alcobaça, um para si e outro para Inês, para onde trasladou os restos mortais da sua amada.

 Estes relatos, mais ou menos romanceados, baseian-se em factos reais, fazendo parte da História de Portugal. Apesar de todos os estudos sobre o assunto, é difícil definir as fronteiras entre o real e a ficção. Mas o que é um facto incontestável é o grande amor que os uniu, tanto na vida quanto após a morte.
Contudo… A lenda diz que D. Pedro, depois de assinar a sua “Declaração de Cantanhede”, na qual jura ter casado secretamente com Dona Inês de Castro, a terá mandado desenterrar, vestir-lhe trajes de rainha, sentado o seu corpo no trono, obrigando os nobres a beijarem-lhe a mão, coroando-a Rainha de Portugal. Reza, ainda, a lenda que o sangue derramado por Inês na hora de sua morte ainda
mancha as rochas da fonte onde caiu morta.


Inés de Castro



Das minhas queridas amigas - Ana (AVE SEM ASAS),
Para si, minha boa amiga, os meus sinceros e amigos parabéns, e que daqui a 4 anos estejamos cá todos para consigo festejarmos o 8º aniversário.
O selo acima, é um simbólico presente que fiz com todo o carinho para este dia.
Beijinho
e Rosinha (ROSA SOLIDÃO)
Muito obrigada!
E da querida amiga Fernanda (NA CASA DO RAU) mais este lindo selinho.
Obrigada, amiga
Da querida amiga Sãozita (NO LIVRO DA VIDA) recebi este lindo selinho.
Muito obrigada, filhotinha.
 

Ainda que com um ligeiro atraso, a minha querida amiga Livinha (PALAVRAS E POEMAS) quis presentear-me com este lindo selinho