sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

LIVRO EM CONSTRUÇÃO - SEGREDOS VII

SEGREDOS - CAPÍTULO VII                                       


Mas, de facto está a fazer-se tarde, também tenho que ir buscar os gémeos ao colégio…
- Ah! Mas que indelicadeza a minha! Com o entusiasmo da conversa esqueci-me de perguntar pelos meninos… Eles estão bem?
- Sim, estão. A semana passada o Tiago pregou-me um susto, tive que o levar ao hospital, mas não foi nada de grave. Não vejo é a hora de poderem ser operados…
- Pois… sabemos como é a saúde em Portugal… respondeu Nanda, levantando-se. Eu vou também tratar do “meu bebé” Tejo, antes que aconteça alguma fatalidade líquida lá em casa…

SEGREDOS – CAPÍTULO VII

Como seria de esperar o Tejo estava ansioso por ir à rua. Fora lá de manhã, mas numa saída muito rápida, que nem lhe deixara cheiriscar as árvores habituais. Quantos amigos seus não teriam já marcado o território que a ele pertencia!? E a dona que não vinha! Isto é mesmo vida de cão!
Quando a viu aparecer saltou, dançou à sua volta, ladrando alegremente numa ruidosa manifestação de júbilo.
Na rua corria de árvore para árvore, rapidamente, como se tivesse receio de que o passeio terminasse antes que ele tivesse tempo de verificar todos os locais e não pudesse assinalar a sua passagem.
Aos poucos foi-se acalmando, dando algum sossego a Nanda, que não o largava da trela, e que entretanto ia pensando na sua conversa com Carla.
“Que mulher simpática! O marido, Diogo, o engenheiro informático, também é muito educado. E que grandes corações têm aquelas duas almas! Adoptarem dois gémeos quase recém-nascidos com aquele problema de saúde… lábio leporino... E logo os dois! Imagine-se o dinheirão que vai ser preciso para as duas cirurgias…
Não há dúvida, poucas pessoas adoptariam crianças assim. Se não fossem estes pais, que destino estaria reservado a estes meninos? Andarem eternamente de instituição em instituição… Apesar do azar de terem nascido ambos com esse defeito, tiveram uma sorte enorme em lhes aparecerem estes pais…”
O passeio já ia longo, o Tejo olhava os troncos das árvores com indiferença, e Nanda deu a volta por terminada.
A noite descia a passos largos. Sentada no sofá da sala, com o Tejo, exausto da longa passeata, a seus pés, ligou a televisão. E enquanto as imagens passavam quase sem as ver ia pensando em tudo o que acontecera nesse dia.
Agora, calmamente, podia “dissecar” todas as informações que António lhe dera acerca do Carvalho Araújo. “Onde terei posto o cartão que ele me deu? Afinal, devo ter feito bem em não o deitar ao lixo…”
Quando voltou a si, a sala encontrava-se às escuras. Tejo aproveitava para dormir a sono solto. Estava na altura de acender as luzes.
***
Nanda levantou-se cedo. Dormiu bem e estava bem-disposta.
Tomou um pequeno-almoço com baixas calorias, pois a sua preocupação com a figura que todos elogiavam não a deixava cometer loucuras alimentares. Tinha consciência de que, com os seus 47 anos, não podia facilitar. E como presentemente não podia – ou, pelo menos, não devia… - dar-se ao luxo de frequentar o ginásio, era muito rigorosa com a alimentação e as caminhadas.
Tinha combinado encontrar-se com Bela exactamente para isso – caminhar.
Depois de levar o Tejo a satisfazer as suas necessidades matinais, passou por casa para vestir uma roupa de desporto e foi ao encontro da amiga. Esta encontrava-se sentada à mesa do café, com uma chávena vazia sobre a mesa e, à sua frente, o tablet aberto.
Depois dos cumprimentos que, entre elas, eram sempre de tal modo efusivos que, quem as observasse, iria pensar que não se viam “há séculos”, Bela perguntou, abruptamente:
- Sabes o que é um “count down”?
- Sim, sei… é uma contagem regressiva. Mas por que perguntas?
- E sabes quantas pessoas em Portugal sabem o que isso significa?
- Não faço a menor ideia… Calculo que muitas não saberão…
- E sabes quantas palavras portuguesas - frisou o “portuguesas” - são usadas nas televisões dos países cuja língua é o inglês… ou o francês, ou o japonês…? – insistia Bela
- Também não faço ideia… mas calculo que nenhuma. Mas porquê tantas perguntas?
- É porque, enquanto esperava por ti, pus-me aqui a assistir a um desses programas da manhã que passam metade do tempo a anunciar que dão dinheiro…
- Sim, há vários programas desses…
- Pois… só que desconhecem que a língua portuguesa é composta por cerca de 400.000 vocábulos e por isso não há necessidade de recorrer a palavras estrangeiras. Para além do mais, estes programas são dirigidos essencialmente a um público não muito letrado, portanto deveria haver o cuidado de falar de forma a que todos entendessem. Tenho a certeza que muitos dos ouvintes não sabem o que significa count down… - Bela não disfarçava a irritação.
- Desculpa, querida, mas tu és muito exigente, e estás sempre pronta para uma alfinetadazinha… – comentou Nanda, com um sorriso.
- Por acaso achas que não tenho razão? – Bela estava bastante irritada.
- Não é que não tenhas razão, mas a verdade é que em Portugal, não sei se devido ao crescimento acelerado do turismo, usa-se muito intervalar palavras inglesas nas conversas. Até nas novelas se vê isso… - Nanda tentava contemporizar
- Tu chamas-lhe turismo, já eu chamar-lhe-ia… servilismo – ripostou Bela, que continuava de mau humor.
- O que acontece, minha querida, é que tu és uma purista da língua portuguesa, e por isso estas modernices causam-te brotoejas… - Nanda tentava levantar o ânimo da amiga que, quando se tratava de assuntos deste género, ficava sempre abalado.
Mas afinal – continuou – vamos ou não vamos caminhar?
- Queres que eu seja mesmo sincera? Só te desafiei para a caminhada para te obrigar a vires para ao pé de mim… - sorriu Bela, já mais bem-disposta. Há tanto tempo que não passamos um tempinho simplesmente a conversar… - e fez um arzinho de amuo, que a fazia parecer-se com uma criança mimada.
- Tu sabes muito… - sorriu Nanda, que não conseguia resistir quando a amiga punha aquele ar a que ela chamava de “cachorrinho abandonado”. Pois muito bem, aqui me tens ao teu dispor. Mas não precisavas de usar de subterfúgios… Sabes que basta um gesto teu para eu vir a correr – ambas riram alegremente.
- Por acaso até tenho uma novidade para te contar – continuou Nanda.
- Pois conta, que eu gosto muito de novidades. Mas antes deixa-me fazer-te uma pergunta.
- Faz lá, perguntadeira – riu Nanda.
-Na conversa que tiveste com a tua amiga Carla acerca do Natal falaste-lhe nas janeiras? Tendo vivido sempre em Lisboa certamente não sabe o que isso é…
- Claro que falei, mas só agora de manhã. Encontrei-a à saída de casa.
- Não sei se estou a gostar de tantos encontros… - Bela fingiu-se amuada.
- Não sejas pateta! – Nanda riu com vontade. Tu és e sempre serás a minha melhor amiga.
- Pois é bom que não o esqueças… - ameaçou Bela, continuando a fingir-se despeitada.
- E se falássemos como pessoas crescidinhas? Voltemos ao assunto. Falei à Carla não só nas Janeiras mas também nos Reis Magos. De facto ela sabia de tudo isso duma forma muito vaga. Fiquei com a impressão de que a família dela não liga muito para essas coisas.
- E achas que ela gostou? Explicaste tudo bem? – Bela interessava-se muito por estes assuntos, e era de um grande preciosismo nos pormenores.
- Sim e sim. Sim, ela gostou e sim eu expliquei tudo! – Nanda respondeu num tom meio enfadado.
- Não precisas de te abespinhar, eu só queria saber se tinhas contado tudo direitinho, sem te esqueceres de nada… Lembraste-te da romã? – perguntou Bela, num tom duvidoso.
- Estou feita contigo! Olha, não queres ir lá falar com a Carla e fazeres-lhe um exame para comprovar que sou boa professora?
- Calma, tu sabes como é importante o pormenor da romã. Imagina que ela quer seguir esse ritual e não sabe bem as regras… As coisas, quando se fazem, têm que ser bem feitas.
- Eu sei, dona Perfeição!
Nanda optou por não ligar grande importância às dúvidas de Bela. Ela sabia que a amiga era uma perfeccionista em tudo, e quando transmitia algo que ela considerava importante, ia atá aos mais ínfimos pormenores.
- Para que não fiques para aí a ruminar no assunto – que eu sei muito bem como tu és… - vou-te contar tudo. RESUMIDAMENTE, é claro. Presta bem atenção para depois não vires para cá com perguntas.
- Sou toda ouvidos… murmurou Bela.
- Então… acerca das Janeiras eu disse o seguinte:
- “Cantar as Janeiras” era uma tradição, não só em Portugal mas também na maior parte dos países europeus (desconheço o que, a este respeito, se passa fora da Europa). Consistia na formação de grupos de homens e mulheres que, no início do ano, andavam cantando de porta em porta, geralmente cânticos de cariz religioso, para desejarem feliz ano novo. Os donos das casas ofereciam aos cantantes frutos secos, nozes e castanhas, vinho, e até dinheiro.
No final, as guloseimas eram consumidas num jantar em que todos participavam, e o dinheiro era para as almas do Purgatório – “as alminhas” - ou seja, era entregue na igreja.
Nalgumas localidades as Janeiras prolongavam-se até ao final do mês de Janeiro; noutras, terminavam no Dia de Reis.
Actualmente esta tradição está quase em desuso, mantendo-se, apenas, nalgumas regiões da província.”
- Muito bem – aplaudiu Bela.
- Quanto ao Dia de Reis a explicação foi mais simples porque… quem não sabe o que é o Dia de Reis?
“Toda a gente sabe que é neste dia que se celebra a chegada dos três Reis Magos ao presépio onde se encontrava Jesus, e as prendas que levavam para oferecer ao Menino.
O que talvez poucos saibam é o significado dessas ofertas, que é o seguinte:
- O OURO simbolizava a Realeza. Era, à época, o metal mais valioso que existia.
- O INCENSO significava a Fé. Quando é queimado exala um perfume muito agradável.
- A MIRRA representava a Pureza. Trata-se de uma resina rara, extraída da casca da árvore com o mesmo nome. É perfumada e valiosa pelas suas propriedades medicinais e curativas.
Todos os presentes eram, portanto, dignos de um rei – o Rei dos Judeus – tal como os três Reis Magos consideravam o Menino. “
Nanda calou-se, olhando para Bela, que estava verdadeiramente emocionada.
- Perfeito! – murmurou. E acrescentou logo de seguida, tentando disfarçar a emoção: Eu não teria feito melhor. É claro que não te esqueceste da romã – disse como que a medo, temendo a reacção de Nanda.
É claro! … – respondeu Nanda, já com uma pontinha de irritação. Queres que te diga também o que contei à Carla a esse respeito? Pois então ouve:
“Em tempos idos acreditava-se – e ainda hoje há quem creia – que os pedidos feitos aos três Reis Magos no dia 6 de Janeiro seriam atendidos, e que o ano decorreria próspero, com muita sorte, e que não faltaria dinheiro. Mas… para que isso acontecesse, os pedidos teriam que ser acompanhados pela ingestão de bagos de romã. Contudo, não era qualquer fruta que servia; a romã tinha que ter intactos os “sete bicos”. O fruto tem no topo como que uma coroa formada por sete pontas. Essas pontas não podiam ter nada quebrado, tinham que estar perfeitas. Era a chamada “romã de sete bicos”.
- Ufa! Estou cansada de tanto falar. E tu estás satisfeita? – disse Nanda, querendo dar o assunto por encerrado.
- Desculpa! – Bela apresentava um ar verdadeiramente contrito. Sei que fui demasiado insistente, mas tu conheces-me… Sabes como gosto de todas estas coisas e desejaria que estas tradições – e tantas outras – se transmitissem de pais a filhos e netos, e não se perdessem no esquecimento.
- Sim, eu sei, não te preocupes. Eu própria aprecio todos estes costumes antigos, que tenho bem presentes porque os praticávamos na casa dos meus avós. E continuei com a tradição, tanto quanto possível, enquanto os meus filhos estiveram em casa… - respondeu Nanda, com um ar meio ausente.
Bela tinha ficado muito bem-disposta. A sua amiga tinha prestado uma informação perfeita a Carla, que assim aumentara os seus conhecimentos. Propôs mudarem de assunto.
- Nanda, minha amiga preferida – disse, rindo – vamos mudar de assunto? Disseste que tinhas uma novidade para me contar e eu interrompi-te… Desculpa!
- Sim, chega de falarmos de costumes e tradições. Eu tenho, de facto, uma coisa para te contar. Tu sabes como tenho andado apoquentada por não conseguir trabalho – começou Nanda.
- Se sei! E tu sabes como me aflige ver-te assim – respondeu Bela, aparentando verdadeira preocupação. E continuou:
- E, pela milionésima vez volto a dizer-te que não consigo entender o motivo por que não queres vir trabalhar comigo lá na empresa do meu pai… Não tem conta o número de vezes em que te falei neste assunto…
Já pensaste como seria bom trabalharmos juntas? Olha que o meu pai paga bem e é um patrão óptimo. Põe os olhos em mim. Hoje é dia de trabalho, e aqui estou eu, perfeitamente à vontade, sem sequer ter posto os pés no escritório. É certo que o meu pai me dá toda a liberdade de horários porque sabe que eu sou cumpridora, nunca falho com compromissos… e que respeito muito o trabalho que faço. E tenho a certeza que contigo não seria diferente…
Querida, deixa-me falar com o meu pai. Pai, pai, pai…
A palavra “pai” ficou ecoando na cabeça de Nanda…
Num relance lembrou o que acontecera há tantos anos, e que a marcara tão profundamente.   
*
 [Era um dia de Verão radioso que acabou por se transformar num dia cinzento e triste.
Com os seus irrequietos 15 anos, amigas inseparáveis, Nanda e Bela andavam sempre juntas. Naquele dia tinham combinado que Nanda passaria pela casa de Bela para esta lhe mostrar umas roupas que a mãe lhe comprara, e de seguida irem à praia.
Depois de tocar à campainha, Nanda estranhou ser o pai de Bela a abrir-lhe a porta. O normal seria que, àquela hora, ele estivesse na sua empresa. Teria acontecido algo que o tivesse obrigado a vir a casa? Mas rapidamente a estranheza desapareceu, ao ver o seu ar perfeitamente normal.
Como tantas vezes fazia o pai de Bela abraçou-a, gesto que Nanda retribuiu, pois gostava muito dele, sempre atencioso e bem-disposto. Este abraço prolongou-se um pouco mais do que o habitual, sem que Nanda lhe atribuísse qualquer significado especial. Só sentiu um certo desconforto quando a mão dele deslisou até às suas nádegas, comprimindo-lhe o corpo contra o seu. Nanda, apesar de bastante jovem, pôde perceber, pelo contacto com o seu corpo, que ele estava muito excitado. Horrorizada e ao mesmo tempo incrédula, começou a afastá-lo suavemente, não querendo dar-lhe a entender do que se tinha apercebido. Sentindo a pressão dela para o afastar ele reagiu, encostando-a a si com mais força, procurando beijar-lhe o pescoço e murmurando palavras doces:
- Gosto tanto de ti! Não. Não me afastes, eu sei que tu também gostas de mim. Deixa-me fazer-te feliz.
Nunca houve na sua atitude a mínima agressividade. Mas a força com que a segurava não deixava lugar para dúvidas: queria violentá-la. Nanda estava literalmente siderada. Sentia faltarem-lhe as forças para afastar de si aquele verdadeiro rochedo que, a cada gesto seu, a prendia mais fortemente, como que a querer mostrar-lhe que ela não tinha outra hipótese senão ceder à sua vontade.
Nanda pensou em gritar mas sabia que a enorme casa se encontrava vazia; doutro modo, inteligente como era, o homem não se teria atrevido a tomar tal atitude.
Continuava mantendo-a fortemente encostada a si, apertando-a com um braço que parecia de ferro. Com a mão liberta afagava-lhe delicadamente o rosto, alisando-lhe os longos cabelos, ao mesmo tempo que murmurava palavras de uma doçura enorme.
Queria satisfazer os seus desejos libidinosos mas sem hostilizar a vítima. Ardilosamente pensava consigo mesmo que, deste modo, futuramente ela cederia aos seus desejos sem opor resistência.

Maria Caiano Azevedo

41 comentários:

Olinda Melo disse...


Querida Mariazita

Começamos a ver o véu a levantar-se nesta história que promete ser bem interessante.
A referência ao emprego de palavras estrangeiras quando na nossa língua há vocábulos
que servem para definir tudo e mais alguma coisa é muito oportuna, pois corresponde
à realidade. Com um idioma tão bonito como o nosso, deveríamos ter mais amor
por ele. Também Nanda recorda um episódio de quando era rapariga, em que o pai da
amiga tenta violentá-la. Outro assunto que enferma a nossa sociedade.

Bela inspiração, minha amiga.

Beijinhos

Olinda


chica disse...

Tão bom te ler,Mariazita. Cada capítulo mais empolgante e rico em detalhes!
Gostei muito! beijos, chica

Elvira Carvalho disse...

Mais um episódio que li com muito agrado e que veio trazer um pouco de luz a esta história,
Gostei da irritação da Bela relativa à facilidade com que radio e televisão empregam palavras que a maioria das pessoas não conhece. E digo maioria, porque a maior parte das pessoas que assistem esses programas são reformados, pessoas na faixa etária dos 70/80 anos, a maioria não terá mais do que a instrução primária.
Um abraço

esteban lob disse...

Veo que en Portugal, Mariazita, ustedes se quejan de lo mismo que nosotros en Chile, o sea que la salud tiene muchas veces problemas y del por qué usamos tantos extranjerismos sobre todo de orígen inglés (más bien de EEUU).Todo enmarcado en una llamativa historia.

Un beso.

Emília Pinto disse...

Estou a gostar muito , Mariazita e hoje tocas um assunto que me deixa irritada e que há dias foi motivo de conversa com uma amiga minha, o uso em demasia da lingua inglesa. Estavamos num café e ela , que não sabe inglês , estava chocada por tantos termos ingleses que tinhamos visto em tão pouco tempo. E um absurdo, porque, além de termos uma lingua riquissima, a maioria das pessoas não sabe ingles e fica sem saber o que significam os avisos, os anúncios e outros termos usados por toda a parte. Gostei muito de conhecer a tradição da romã, amiga. Mariazita, espero que estejas bem e que a tua filha se tenha recuperado completamente. Um beijinho e até ao próximo capitulo.Tudo de bom, querida Amiga
Emilia

Portugalredecouvertes disse...

Olá Mariazita,
li de um "trago", o texto muito bem composto e que desperta a curiosidade do leitor !
pois é Mariazita, penso que é sempre adequado relembrar que o português, a nossa língua, não precisa de estrangeirismos, mas há quem lhes atribua um efeito "chique", e então frase sim, frase não, lá aparecem eles !

até que sejam integrados e não raramente aportuguesados, vão fazendo o seu caminho

na esperança de que a situação da jovem, em perigo, seja salva por um inesperado acontecimento
beijinhos

Angela

Lua Azul disse...

Bem interessante este capítulo. Também eu fico desconcertada com a quantidade de palavras em inglês que são usadas a torto e a direito, quando podiam ser substituídas pelas nossas palavras. Em França substituem as palavras inglesas por francesas, e é tão melhor!
Quanto ao tema com que termina o capítulo, não me surpreende, infelizmente, pois acontece com muitas jovens o que aqui é ficcionado.
Fiquei curiosa para saber como evoluirá.
Bjo

Daniel Costa disse...

Querida amiga Mariazita como sempre gostei da riqueza do capitulo muito informativo, como devem ser os livros. Cada livro, seja de que temática for deverá conter uma lição, que nos obrigue a pensar e desses pensamentos colher uma lição e numa atitude minimalista, daí colher algo de cultura. Pois este capítulo vai a esse encontro, na parte que nos fala das Janeiras, da tradição de comer uma romã; dos Reis Magos. Depois da recepção pelo pai da Bela e etc. Depois encontramos aqui a explicação, da recusa da Nanda aceitar trabalhar na empresa do pai da Bela; pode depois deduzir-se, que Bela está longe de imaginar o porquê. A literatura também deve ter o ingrediente de proporcionar dedução ao leitor, fazendo-o cumplice do autor.
Beijos

Jaime Portela disse...

O pai da Bela é um grande traste...
Esta última parte do capítulo é uma grande novidade e, por certo, trará maior densidade ao enredo.
Gostei imenso deste capítulo, tal como dos anteriores. A escrita é apelativa, lê-se de um fôlego.
Mariazita, um bom fim de semana.
Beijo.

Amélia disse...

Querida amiga Mariazita. Como gostei de ler este capitulo,fala das tradições bem portuguesas como cantar as janeiras ,os Reis Magos com os presentes ao Menino e o comer da romã que muita gente não sabe. O pai da Bela saíu cá um sacaninha...
Bom amiga cá espero pelo novo capitulo.
Desejo um maravilhoso fim de semana.
Beijinhos

Franziska disse...

La novela se va desarrollando de un modo interesante y que siempre tiene además de los temas típicos de la cultura y sus fiestas, las situaciones inesperadas pero no por eso menos realistas de situaciones que, desgraciadamente, a más de una mujer le ha costado pasar por situaciones humillantes y peligrosas para su persona y su integrtidad física.

Quedo, pues, a la espera del siguiente capítulo. Un abrazo.

Lúcia disse...

Muito bom conhecer mais sobre as tradições de final e começo de ano. Sobre o dia de Reis, no Brasil é bem comemorado. Sobre 'as janeiras' não, já tinha ouvido falar. Mas o toque 'quente' desse capitulo é a atitude do pai de Bela. Daqui por diante a 'coisa' vai ferver...tudo indica! Desejo um ótimo final de semana, amiga, beijos!

Maria Glória disse...

Sabes, eu também não aprecio o uso de palavras estrangeiras na TV, rádio ou mesmo em conversas entre amigos. Temos a nossa própria língua, que é completa, com muito mais detalhes que a própria língua inglesa. Sem a menor necessidade do uso destas palavras. Muito chato.
Adorei saber de todas as histórias sobre as tradições, um tema que tenho muito interesse e, por vezes, até me comove. A história, além de envolver, ensina, é riquíssima! Parabéns minha amiga.
Esta última parte, vemos uma Nanda em perigo e agora, quero conhecer os caminhos que toda essa 'pressão' irá traçar.
Um bom domingo minha querida, com alegria e saúde. Eu aqui, do outro lado do Atlântico, com um calor imenso, que não suporto. O verão não é 'a minha cara', fico muito mal e desanimada. Conto os dias para o outono e se a minhas contas não estiverem erradas, faltam 47/48 dias para a minha felicidade.
Abada douradinha de beijinhos! Muitos!

SOL da Esteva disse...

Disse Pessoa:" A minha Pátria é a língua Portuguesa". Muita propriedade, cultura, tradição...
O que escutamos,lemos ou vemos tem uma estranha língua que já não é a nossa. Falta-nos CULTURA que nos eleve a Alma.
... E ainda querem um acordo ortográfico para facilitar a comunicação. A Ivone Silva diria: "isto é que vai uma crise"!
Desculpa este aparte que é oportuno dentro do contexto.
Mas este Capítulo é muito importante na tua "Construção".
Estou a gostar. Venha mais, Amiga.


Beijo
SOL

Maria Rodrigues disse...

Adorei mais este capítulo que nos vai envolvendo cada vez mais na história.
Bom domingo e uma excelente semana.
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco

Majo Dutra disse...

Querida Mariazita.
Na primeira parte, há a introdução de uma nova personagem com
um perfil psicológico muito interessante e considerações
louváveis, como a falta de pureza na nossa Língua motivada pelo
uso de palavras inglesas, que acabam por se tornar em absurdos
anglicanismos que proliferam...
A segunda parte é o início de algo que pode ser muito trágico...
Espero que tenham ensinado a menina a defender-se com o joelho.
Excelentes diálogos, um entretenimento muito agradável.
Gostei muito, Amiga.
Terno Abraço
~~~

Beatriz Bragança disse...

Minha querida
Eu muito aprendo aqui! Não conhecia a história da romã!!! Que interessante!
Agora em relação à sua narrativa, está cada vez mais apelativa: pobre Nanda! Já passou por muito!
Fico a aguardar a próxima publicação.
Muitos parabéns, pois é uma excelente escritora.
Feliz semana.
Um beijinho
Beatriz

Graça Pires disse...

Um bela narrativa minha Amiga. Lê-se com gosto e apetece continuar.
Uma boa semana.
Um beijo.

O Árabe disse...

Mais um capítulo muito bem escrito, amiga! Inclusive na parte em que narras a agonia vivida pela Nanda, consegues ser vívida e clara, sem descambar para o vulgar. Ótimo texto! Boa semana, fica bem.

Carla Ceres disse...

Que maldade interromper a história logo agora, Mariazita! Isso não se faz. Só te perdoo porque finalmente descobri o motivo de nossas simpatias de 6 de janeiro falharem: não sabíamos que devíamos prestar atenção aos bicos da romã. Este ano, vai ser diferente. Muito obrigada e parabéns pelo capítulo!

Tais Luso de Carvalho disse...

Muito bom te ler, querida amiga, um jeito especial de contar, mas uma das coisas que me chamou a atenção, talvez por me irritar muito, é o emprego dessas inúmeras palavras e expressões em inglês, até em restaurantes! Por quê? Não será nossa língua mais rica? Nossos computadores já vêm com tudo em inglês, qualquer máquina que compramos a língua prima é o inglês, quanto muito vem o espanhol. Fora essa irritação que faz parte, o capítulo está ótimo! Adiante!!
Beijo grande, uma ótima semana, e aproveita esse friozinho aí, pois aqui está muito quente, coisa que não estamos acostumados aqui no sul.

Franziska disse...

Gracias por tus amables comentarios en mi blog, quería comentarte al tema de la publicación de mis vídeos.

El problema surge cuando voy a Blogger y organizo la publicación de una página en la que quiero insertar un vídeo. Todos mis vídeos los subo a You Tube y la objeción que a mi me hacen para no publicarlo es que el peso excede del permitido. Una de dos o tendría que realizar una versión para móvil o que no fuera a través de You Tube.

Sin embargo, yo tengo un camino. Subir el vídeo que yo quiera del tiempo que quiera, -ya lo he hecho varias veces- y en se momento colarlo en mi página. En esta ocasión, colé el vídeo pero no había manera de recuperar el cursor para configurar la página. Así son las cosas en el lugar donde yo vivo. Yo recuerdo haber visto más de un vídeo de viajes montado por tí, no recuerdo que fuera a través de You Tube.

Pasan cosas curiosas. El vídeo de Binibeca, en Menorca, lo monté con música de Mozart e inmediatamente de publicarlo me enviaron un correo diciendo que lo habían bloqueado por derechos de autor y me ofrecían músic gratuita que la utilicé en el segundo montaje e hice algún pequeño cambio más. Ahora están los dos funcionando... Es chocante. Gracias por tu interrés y un abrazo con el mayor afecto.

Betonicou disse...

Oi Mariazita! A trama vai se desenrolando e a narrativa está soberba!Aqui constato a peesquisa feita pelo autor, de fatos e significados bíblicos. Muito interessante e instrutivo para os leigos.Parabéns! Gostei imenso de como relatou o fato de que o inglês está tomando conta de nossas ruas . O Brasil também está repleto de anúncios de serviços em inglês. O final do capitulo nos leva, a imaginar de como será dramático o próximo. Fico a imaginar as alternativas… Parabéns no todo, minha querida escritora. Um grande abraço. Beijo.

Fá menor disse...

Ui! Por essa deixa final é que eu não estava à espera...
Grata por tantos conhecimentos transmitidos na narrativa.
Aguarda-se o desenrolar da história.

Beijinhos.

Franziska disse...

Está claro que no era posible trabajar con el padre de su amiga y esperemos que algo inesperado suceda que impida la violación que amenaza a Nanda.

Interesantes y aclaratorios son los dialogos que están muy bien estructurados y en los que se plantea el tema del inglés que se ha introducido en la vida de todos. Esa es la lengua de la nación con mayor poder hoy en el mundo. En España sucede lo mismo. Es una moda. También ha ocurrido algo que poco a poco va avanzando de un modo implacable y son palabras relacionadas con internet y el funcionamiento de todo tipo de aparatos. No es un consuelo porque esto debe estar sucediendo hasta en China.

Quedo con el deseo de poder continuar leyendo su interesante novela. Un abrazo.

Rosemildo Sales Furtado disse...

Acredito que a Bela proporcionou uma ótima oportunidade para a Nanda contar-lhe a verdade sobre o mau procedimento do pai. O livro promete ser muito bom. Parabéns!

Abraços,

Furtado

Duarte disse...

Estou a gustar.
Que capacidade a tua para crear tais argumentos. E que riqueza nos diálogos! Esse paizinho!...
É certo que a malta do radio e da TV emprega vocábulos que nem sempre os ouvintes logram entender. Têm que ser cultos, para divulgar cultura, mas nem toda a malta tem um dicionário à mão nem tanta fluidez de vocabulario.
Parabéns por esta riqueza literaria tão criativa.
Abraços de vida, querida amiga.

Gaja Maria disse...

Adorei o capítulo. Bjs

Quase Cinderela disse...

Gostei imenso Mariazita.
Cada vez melhor 😊
Adoro a tua escrita tão leve e realista.
Infelizmente, a maioria dos portugueses não valoriza realmente a nossa linda Língua Portuguesa... E cada vez pior...
Beijinho grande

Betonicou disse...

Oi Mariazita! O blogue as vezes nos prega peças. Me informou de seu livro com postagem de dois dias atrás. Vim logo para ler o desfecho do capitulo anterior. Que coisa! RsrsNova postagem por la´. Feliz fim de semana. GRande beijo.

Humberto Maranduva disse...

Excelente texto, Mariazita! Que fluência gráfica, a reflectir, naturalmente, o seu riquíssimo espírito, inteligência e sensatez. Gostei muito, principalmente a argúcia demonstrada na defesa do nosso idioma comum - a Língua Portuguesa.
Beijinhos

Jaime Portela disse...

Olá amiga Mariazita, passei para desejar um bom fim de semana.
Beijo.

Ana Freire disse...

Um final de capítulo... completamente inesperado... que proporcionará um interesse acrescido e dramatismo, no desenvolvimento da história...
Sempre a surpreender, Mariazita, com mais um capítulo, emocionante e cativante!... E já ansiando pelo próximo!
Deixo um beijinho, e votos de um feliz fim de semana!... E estimando que sua filha, já esteja totalmente bem!... Continuarei ainda bastante intermitente, pela Net, nas próximas semanas... mãe melhorando... mas como lhe alteraram a medicação... continuará a ser acompanhada de perto, para ver como vai reagindo... no momento... a minha maior preocupação, é o novo medicamento, para diluir o sangue... enquanto não tiver a certeza de que estará bem calibrado... é um sobressalto constante... medicamentos preocupantes... mas que sem eles, também não dará para passar...
Um beijinho grande!...
Ana

SOL da Esteva disse...

Relendo a "matéria dada". Tudo de bom na inspiração para o novo Capítulo.


Beijo
SOL

Gracita disse...

Olá Mariazita
À medida que conto vai desenvolvendo vamos nos envolvendo na narrativa e no final já encontramo-nos em êxtase torcendo para que venha logo o próximo capítulo
Leitura fluida e cativante
Parabéns amiga
Beijinhos

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá Mariazita! Passando para te cumprimentar e desejar uma ótima semana para ti e para os teus.

Abraços,

Furtado

Berço do Mundo disse...

Não estava nada à espera desta analepse no final de capítulo, depois de vários parágrafos a falar das janeiras e do Dia de Reis. Mais uma reviravolta para acompanhar com atenção.
E como está a ser este início de ano por aí? Aqui em casa já estivemos todos doentes, esperamos ansiosamente pela Primavera.
Beijinhos
Ruthia

Majo Dutra disse...

Tenho no A Vivenciar música, poesia, café e bolo...
Abraço poético...
~~~

Inês disse...

Gostei muito deste novo capítulo que nos trouxe, além de falar das nossas belas tradições, termina com um assunto delicado que irá dar que falar no próximo capítulo. Beijinhos e boa semana.
--
O diário da Inês | Facebook | Instagram

Carmen Silza disse...

Excelente narración, donde nos perdemos leyendo.
Encantada de leerte Mariazita.
Feliz día
Besicos...

Agostinho disse...

Desconfio que isto ainda vai ter artes marciais para pôr o figurão no seu devido lugar, não com trela, com corrente e açaime.
Vai com boa onda. Pelos vistos vai dar mesmo livro.
Bj.