domingo, 24 de julho de 2011

SAUDOSA ÁFRICA DISTANTE



A FEBRE E A FOTO DO TOMÁS

A FEBRE

Aqui só os homens nativos trabalham na casa dos brancos. As mulheres autóctones permanecem nas senzalas, tratam dos filhos e cultivam a machamba cujos produtos vão vender ao mercado.
Os nossos criados são, portanto, autótones, conhecidos por mainatos.
Embora, em rigor, mainato seja a pessoa que trata das roupas, no nosso caso eles tratam também da limpeza dos quartos e, por vezes, se não têm mais o que fazer, brincam com as crianças.
Cada casal tem o seu próprio mainato pago do seu bolso. Como vivem aqui cinco casais juntam-se aqui cinco mainatos.
Já que têm hora de entrada ao serviço e hora de saída, e a maior parte dos dias acabam o serviço antes da hora de sair, é vê-los todos felizes a brincar com as crianças.
O meu mainato chama-se Tomás; adora o meu filho, que conheceu com três mesitos, e o bebé tem verdadeira paixão pelo “Tmá”, que ele aprendeu rapidamente a chamar pelo nome (mais ou menos…).
A maior alegria que posso dar ao Tomás é deixá-lo cuidar do bebé. Às vezes faço-lhe a vontade, sob a minha supervisão. Lembro-me do dia em que consenti que ele desse a papa ao bebé. Ele já me tinha pedido inúmeras vezes para o fazer, até que um dia decidi experimentar.
O Tomás quase chorava de alegria!
Senti uma espécie de ciúmes pela forma como ele deu a papa ao bebé, que irradiava felicidade por ter ali tão perto o seu querido “Tmá”.
A verdade é que os negros têm pelas crianças, especialmente se são pequeninas, um carinho tão grande que é algo raro e lindo de se ver.

Os mainatos vêm para o trabalho de bicicleta, pois as povoações onde moram são um pouco distantes.
De manhã dá gosto vê-los chegar, de calça preta e camisa branca, impecavelmente limpa e passada a ferro. E de sapatos pretos!
Mas antes de começarem a trabalhar vão trocar essa roupa por outra. Aparecem então com uns calções rotos e camisas esfarrapadas, embora limpas.
A minha amiga Natércia passa tempos infinitos a explicar ao seu mainato que não deve passar a ferro alguma peça de roupa que esteja rota ou descosida. Ele diz sempre que sim, mas na prática parece não entender as explicações pois frequentemente ela encontra, no tabuleiro para guardar, roupa já passada a ferro que precisa ser cosida.
Há dias ela estava a lastimar-se dizendo que já não sabia como havia de lhe explicar que “roupa rota não se passa a ferro sem ser cosida”, porque ele não compreendia. Foi aí que o marido da Natércia disse:
- Tu não entendes que a noção de roto para ti é muito diferente do que é para ele?
Era exactamente aí que estava o problema. Para ele, roto devia ser “em farrapos” 

O Tomás é um trabalhador impecável. Para além da limpeza do quarto, cujo chão é lavado todos os dias já que é de tijoleira, lava e passa a ferro muito bem. Tem apenas um defeito: à segunda feira quase não trabalha, está de ressaca.
Eu faço-me desentendida, e pergunto-lhe o que tem.
- Está muito doente, senhora.
- Sim, mas o que é que você tem?
- Tem febre no corpo todo.
Decido abrir o jogo, e digo-lhe que o que ele sente é motivado por ter bebido demais no dia anterior. Concorda. Então eu sugiro:
- O Tomás vai passar a beber ao sábado; no domingo cura a febre, e na segunda feira já está bom.
- Não pode, senhora – responde-me.
- Não pode porquê?
- Não vai beber sozinho… e no sábado não tem amigo para beber. Está todo no trabalho dele, só não trabalha no domingo, que é quando nós bebe…

Se os amigos do Tomás não trabalhassem ao sábado, ele não teria febre no corpo todo à segunda feira.
Ora aqui está um inconveniente de alguns trabalhadores não terem “semana inglesa”.


A FOTO

Há dias tive uma ideia luminosa.
Já que o Tomás gosta tanto do bebé vou tirar uma foto aos dois. Ofereço-lhe uma cópia, com o que, por certo, vai ficar muito feliz. Para o meu bebé será, mais tarde, uma linda recordação.
Escolhi o local, entre umas árvores que me pareceram bonitas, e aí vamos nós: o Tomás, que vestiu a camisa branca com que vem para o trabalho, com o bebé ao colo, eu de máquina em punho.
O Tomás, apesar da sua camisa branca, conservava os calções de trabalho, todos esfarrapados nas pernas. Foquei de modo a não apanhar a parte rota dos calções.


Como estamos nos anos 60 não há ainda máquinas digitais. Vamos ter que esperar muitos anos até que elas apareçam.
Assim, tenho que acabar de gastar o rolo e depois levá-lo ao fotógrafo para revelar e fazer as fotos.
Finalmente, as fotos ficaram prontas.
Peguei na que se destinava ao Tomás, chamei-o, e entreguei-lha.
Ele segurou-a entre os dedos, olhou-a longamente, e, com lágrimas nos olhos, disse-me:
- Muito obrigado, senhora. Este retrato vai andar sempre comigo. Aqui, junto do meu coração. - E apontou para o bolso da camisa rasgada.
Voltou a mirar a foto, enlevado.
O mainato da Natércia pôs-se atrás dele e, espreitando por cima do ombro, com inveja disse, despeitado:
- Ora, senhora cortou pernas…
O Tomás olhou para ele muito sério, e respondeu:
- Ainda bem que senhora cortou pernas porque naquele dia eu estava sem sapato!

É esta singeleza, esta ingenuidade sem mácula, que me faz adorar viver aqui.
Que importância têm umas pernas cortadas comparadas com uns pés sem sapato???

46 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

...e a Àfrica aqui tão perto.

Este texto só faz sentido, por quem tal tenha vivido.

(O texto é belo e ...inocente))

Anónimo disse...

Um belo texto,cheio de poesia e carinho.
Tenho "estórias" engraçadas que trarei até ao "Momentos". De Luanda onde vivi 5 anos,de 68 a 73.
Beijo.
isa.

Lindalva disse...

Nossa Mariazita querida... coincidências nossas... teu post sobre a Africa e eu no meu Ostra a homenagear nossa querida Lili... Bom dia querida.. ai ainda madrugada, mas já domingo.. Prometi que hoje visitaria todos os amigos das ondas, não sei se vai dá, já está anoitecendo kkkkkkk, porisso me desculpe, pois parte do meu coment será no copia e cola. Então primeiramente quero dizer que meu blog principal foi e sempre será minha Ilha e aos poucos fui criando Ilhotas, uma delas o Ostra da Poesia, ele era como uma estação do ano, abria as portas quando do evento Pena de Ouro, após o 5º Pena, que terminou a pouco senti que não poderia mais fazer o Ostra hibernar até o próximo evento, assim, para ele dá apenas uns cochilinhos, semanalmente (nos FDS) vou postar uma poesia de um blog amigo, seguidor, ou que por ai nas ondas me encante, inclusive criei um selo pelo momento... espero que você continue visitando o Ostra e agora não precisa votar, só apreciar a poesia do (a) amigo (a) blogueiro (a). Desejo-te um final de semana com poesia e festa, luz e sorriso. ♥☆Jinhosssssssssssssss♥☆

Amiga amanhã (hoje teu) irei começar a blogagem sobre o encontro dos blogueiros em PT, tá perto d'eu chegar ai, então.... :-)

Leninha Brandão disse...

Mariazita querida,já estou de férias,mas não pude deixar de passar aqui para agradecer teu carinhoso comentário em meu cantinho...deparo então com esta beleza de texto,de uma pureza tão grande que me deixou emocionada.Que dedicação tão grande de teu mainato e que gesto lindo o teu,fotografando-o com teu filho ao colo.
E amei esta parte do texto:
"'É esta singeleza, esta ingenuidade sem mácula, que me faz adorar viver aqui.Que importância têm umas pernas cortadas comparadas com uns pés sem sapato???"

Lindo,minha querida,de uma beleza pungente...
Bjsssss e um belíssimo domingo para ti,
Leninha

Unknown disse...

Viajei na história que se perde nos segredos de África.
Quantos mainatos viveram a melhor parte das suas vidas nestes pequenos trabalhos e com alguém que sempre lhes dava também admiração e retribuía mais e melhor do que o simples pagamento do salários.

Néia Lambert disse...

Que belo texto Mariazita e que bela gente de alma pura, faz tanta falta isso no mundo!

Bom domingo, beijos.

Pelos caminhos da vida. disse...

Uma bela partilha amiga.

Obrigada pelo seu carinho.

Domingo de luz.

beijooo.

Lili Rebuá disse...

Que história linda! Que foto especial!
Um momento belo e poético!
Beijocas!

Cida disse...

Linda história, e linda foto!

E esse Tomás (tão meigo e amoroso), será que ainda vive? Ou nunca mais tiveste notícias dele?...

Sempre ouvi dizer que pessoas que gostam de crianças, são puras de coração. Aí está uma prova disso.

Fora os dias em que estava "febril", devia ser uma pessoa de bem fácil relacionamento :)

É, amiga, acho que já te disse aqui, mas torno a dizer: sua vida daria um filme!

Beijo enorme, e tenha uma semana maravilhosa.

Paz $ Luz!

Cid@

São disse...

Ai, minha neninha querida, como eu aprecio as tuas estórias africanas!

Um apertado e saudoso abraço, amiga

Mª João C.Martins disse...

Olá Mariazita

Não vivi em África, tão pouco lá fui alguma vez, embora saiba que o farei um dia, assim tenha saúde e oportunidade, mas, o relato destes episódios é-me de alguma forma familiar. Tive familiares, alguns muito próximos até, que lá viveram e as estórias nas estórias que contam, encontro a mesma ingenuídade, a mesma simplicidade e uma enorme gradeza.

Gostei muito de ler.

Um beijinho muito grande e espero que estejas bem!

Desnuda disse...

Querida amiga Mariazita,

Bela história, eternas lembranças e devidamente registradas para que hoje possamos partilhar da mesma com você. Isto é maravilhoso!

Beijos com carinho e ótima semana!

Maze Oliver disse...

Olá, passei para lhe fazer uma visitinha. Também acompanhei os tempos que esperávamos meses para ver nossas fotos reveladas! Bons tempos. A violência era muito menor! Um abração!

Unknown disse...

Que história interessante. O que desconhecemos entre tantas pátrias a viver o seus costumes.
A organização, a dedicação e o prazer ao trabalho com que se desenvolve, o que tem como ess~encia o amor, para que tudo possa ser desenvolvido na perfeição...
Bom seria que o mundo fosse assim, mas isto somente é possivel onde há simplicidade, onde não exista o poder reluzindo outro para destacar a diferença.
A isto eu dou o nome de igualdade...

Lindo de viver...
Gosto de vir te ler minha amiga. Eu como eterna aprendiz, assim vou através dos olhos viajando pelo mundo...

Feliz semana pra ti

Bjs

Livinha

Cissa Romeu disse...

Mariazita, como estás?
Linda postagem, fotos e texto, que fala de pureza de alma e todas lições que ela encerra!
Grande abraço!

Carla Ceres disse...

Ai, Mariazita, que texto adorável! Li uma vez, sozinha, depois li de novo, pro meu marido. Ele também achou muito bonito. Agora vou recomendar a leitura pra minha mãe. A foto também é ótima. Dá pra perceber que o Tomás e o bebê estão à vontade juntos. Essa postagem transborda carinho. Amei. Beijos!

Sotnas disse...

Olá Mariazita, desejo que tudo permaneça bem contigo!

Devo dizer que já estava com saudades das histórias desta tua casa, que como sempre fala da percepção e valorização do simples, do ser humano sensível que sempre se doa! É deveras muito bons sempre estes teus escritos, parabéns por sempre compartilhar com os amigos suas belas histórias!
E agradecido por tuas visitas e gentis comentários, desejo a você e todos ao redor intensa felicidade, abraços e até mais!

sandrafofinha disse...

ola mariazita estou passando para te desejar uma optima semana e uma bela tarde de segunda-feira!! um grande beijinho para ti doce amiga,passa la no meu cantinho quando puderes.

Anónimo disse...

Boa tarde Mariazita,
fiquei muito feliz em saber que voce deu poema na Ostra Poesia, muito Obrigada!
Fiquei muito feliz tambem com a sua amavel visita ao meu cantinho, e se tornado minha seguidora, estou lhe seguindo tambem! seja sempre muito bem vinda ao mundo magico do coração.
Sim eu sou natural de Vila de Cerveira. Sou Minhota rsrs
tenha um lindo dia Coberto de muita paz e alegria
abraço amigo
Maria Alice

Daniel Costa disse...

Mariazita

A esquematizar as tuas histórias, és o máximos. Parece que situas a escrita da história ao tempo, mas será?
Há duas coisas que meceram a minha atenção, o mapa a assinalar a Lunda Norte e a menção de serem as mulhees a trabalhar no campo. Ora isso verifia-se na Lunda, onde a bigamia era práticacorrente. Sendo assim, o mais curioso era a certifição da riqueza pelo número de mulheres.
Beijos

Evanir disse...

Que a semana comece com o azul do firmamento,
O verde da esperança .
Que paz e o amor esteja presente em sua vida.
Não posso digitar tudo que sinto,
mais posso te afirmar que
minha amizade será para a eternidade.
Beijos no coração com infinito carinho e ternura,Evanir.

zeparafuso disse...

Lindo! Lindo! Lindo! Não tenho palavras para comentar esta postagem. Quem lá viveu ( África) sabe do que falo. Quem por lá passa jamais esquece.
Beijinho.

MA FERREIRA disse...

Me encanta ler sobre a Africa..ontem recebi em meu blog uma querida Africana que mora na Espanha.
Não consigo ler seu texto agora, mas com certeza voltarei para faze-lo.
Bj
Ma

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Que beleza de texto, quanta ternura
no Tomás. Nunca estive em África, mas tive uma Nana, babá do meu filho, negra e linda, que o meu filho adorava e que cuidava muito bem dele, quando eu morava no Rio de Janeiro.

Imagino suas saudades,Mariazita, ao relembrar esses momentos lindos.

Beijos

Desnuda disse...

Amiga querida!

Sua ausência foi por uma boa causa! Saozita , por e mail, me contou! Fiquei muito feliz!


Beijos com carinho e linda noite querida.

Linda Simões disse...

Mariazita

Muito contente fiquei com a tua visita ao meu humilde blog.Vim retribuir-te e fiquei encantada!

Lírios e Histórias são como a brisa suave que esperamos no final do dia,que nos aconchega e nos faz viajar, sonhar com mundos distantes e tão perto do coração...

Parabéns e muitos beijinhos de amizade.



Linda Simões

Linda Simões disse...

Ah! Mariazita...

Tenho tanta vontade de conhecer a África... Quem sabe quando me aposentar (7 anos)?!



Beijinhos

mixtu disse...

memórias...

de gente boa...


de gente sã...

de gente sem sapatos...

de gente ... pessoa...


abrazo serrano

Olinda Melo disse...

Querida Mariazita

Recordações da mãe-África expressas de forma simples e cheia de ternura. Gostei muito. Gostei também de me lembrar do ritual que era deixar o rolo chegar até ao fim, levá-lo ao fotógrafo para revelá-lo e só depois ver as ansiadas fotos.Agora é tudo muito automático, muito digital, tudo no momento...Bendito progresso!

Beijinhos

Olinda

tecas disse...

Olá querida mariazinha! Saudades suas. Excelente texto ( história?) com o aroma de África. Saudade que entrou no meu coração. E como diz, e muito bem, o Rogério Pereira, ele só tem sentido, para quem viveu em Àfrica.
Parabéns querida.
Bjito em seu coração.

MA FERREIRA disse...

Mariazita..voltei para ler-te com calma!!

Lindo seu texto. Daria um bom livro suas histórias.
Tenho alguns amigos que viveram em Angola e que moram em Portugal. Amigos de blog.
Me encanta o amor incondicional deles para com este belo continente Africano.
Um beijo a ti, obrigada pela carinhosa visita.
Voltarei mais vezes, podes contar!
Bj
Ma

AFRICA EM POESIA disse...

Mariazita


Dia das avós é dia de Amor...

e foi mesmo,Ontem, Hoje e será também Amanhã...




Hoje é dias dos avós.
Mas... amanhã...
Depois de amanhã...
E sempre...
É dia dos avós...
... Do mimo...
... Da ternura...
... Do carinho...
... Do estar...
... E de poder transmitir...
... A força...
... E a confiança...

Eu sou avó...
Todos os dias...
E é tão bom...
Poder sentir...
Essa confiança!...

LILI LARANJO

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Mais um belo conto de África, que como diz o Rogério, tem mais sabor certamente para quem o viveu.

Gostei imenso, apesar de África saber apenas pelo que vou lendo.
Obrigada,amiga Mariazita.
Beijinho

Evanir disse...

Muitas vezes não temos muito a oferecer,
ou repartir,mas enquanto existir palavras
que tragam de volta a esperança perdida nas longas
dificuldades da vida,
elas valerão mais do que do qualquer dinheiro ou bem material,
porque renovam a vontade de lutar
até encontrar soluções para nossos problemas.
Algumas palavras, nos momentos certos trazem de volta,
a vontade de viver e tem o poder de transformar
quem está quase desistindo.
Um beijo no coração para sempre sua amiga,Evanir.
Você é muito especial para mim..

Vivian disse...

Olá,Mariazita!!

Que relato lindo...uma experiência de vida incrível a que tiveste na Africa! E hoje seu Bebê tem uma foto de alguém que tanto amor lhe dedicou!É uma história que enternece o coração!
Que bom que partilhas!!Beijos pra ti!!

Anónimo disse...

Olá, Mariazita!

Saborosa história temperada pela inocência e com uma pitada de exotismo com sabor àquelas terras distantes - que te ficaram na memória.
É verdade; é preciso ter por lá passado e vivido estes episódios para lhe apreender o sabor:
beber sozinho não tem graça, com razão e sabedoria argumentou o Tomáz...E quanto aos pés descalços, era o seu sentido de dignidade que iria ser posto em causa, o que em nada difere do resto de nós...
Está lindamente contada a história, eu gostei muito, e consegui ver-me por lá.Continua!

beijinhos.
Vitor

ju rigoni disse...

Mariazita, que relato encantador! Obrigada, amiga, por partilhar essas lembranças que nos permitem entender melhor a alma desse povo irmão.

Quanta ternura (palavra que neste mundo louco às vezes parece estar em extinção) há nas linhas e entrelinhas do seu texto. Muito aprendo lendo o que você escreve, querida. Sou-lhe muito grata por isso.

Um beijo grande. Bons dias para você. Inté!

Emília Pinto disse...

Adorei esta linda história que retrata muito bem a época dos nossos portugueses vivida em Africa. De certeza que este mainato vai recordar com saudades e para sempre o carinho recebido na casa dos brancos, pois, infelizmente, em alguns casos faltava essa atenção. Não é nada diferente dos nossos dias, pois ainda hoje vemos pessoas que tratam os empregados, sejam eles brancos ou de cor, sem o mínimo respeito e isso deixa neles uma grande mágoa. Parabéns, Mariazita pelo encanto deste texto. Vivi no Brasil muitos anos e até hoje a minha filha chora quando lá vai e vê a " tia" dela, uma senhora de cor que a criou e que fazemos questão de visitar sempre que lá vamos. Um dia ainda hei-de visitar um desses países africanos. Sinto uma grande saudade nas pessoas que lá viveram quando falam de Africa e eu percebo-as, pois no Brasil há muito desse continente. Um grande beijinho e um bom fim de semana
Emília

Silenciosamente ouvindo... disse...

Acredite amiga, que através do que
leio das pessoas que viveram em
África, tenho muita pena de não
a ter pisado, apesar de não me
dar com muito calor. Tive para
casar com um moçambicano,mas meus
pais fizeram tudo(e conseguiram)
para que tal não acontecesse e
isto há quase 50 anos atrás...
África tem uma magia, não é?
Leio sempre com muito interesse
tudo o que se refere a Africa.
Beijinho e bom fim de semana.

Unknown disse...

Amiguitaaaa!!!!
Para ler-te tiro o chapéu e os sapatos, fico enlevada nas letrinhas, admirando a tua facilidade de traduzir cada momento vivido, fico sim emocionada, e aprendo contigo a ser humilde em cada gesto, em cada palavra. Rio contigo por vezes, por outras choro de emoção, agora ficar de mau contigo por não poderes estar presente em meu bloguito amiguida...???
Nunca!
Jamais ficarei, ainda mais euzinha aqui que ando tão ausente, sem tempo pra vir mais vezes te deixar meu beijo de saudade.
Sinto também muitas saudades de tí e quisera eu pudesse estar no lugar da querida Sãozita, mesmo que fosse por algumas horas a rir contigo, abraçar-te com carinho e dizer-te o quanto és querida.
Deixo aqui gravada minhas palavras sinceras de afeto por tí.
Jamis me esquecerei de tí mesmo estando do outro lado dessa telinha ou do mundo, levarei comigo teu carinho e tua amizade onde quer que eu esteja.
Te Amo muito viu? Beijos e beijos dessa tua amiga brasileira.
Jady

Evanir disse...

Mariazita ..
Eu venho sempre no seu blog
pelo bem que sinto em estar aqui.
Pela pessoa linda que você é para mim.
O tempo que passo no computador me ajuda a passar algum tempo sem pensar nada .
Eu não preciso ir a Portugal minha amada para amar você.
O fato de vir sempre aqui é um prazer muito grande que tenho.
E vc me visita quando pode fico feliz quando te vejo no meu blog.
Eu nada peço só quero sua preciosa amizade que tenho desde comecei meu blog.
Creia amiga tenho muito carinho por todos vcs .
Amada Deus abençoe seu final de semana beijos no coração sua amiga pra sempre,Evanir.

Fátima Guerra (Mellíss) disse...

Querida Mariazita

Adorei este seu espaço, riquíssimo e deveras interessante, cheio deste calor humano que vem de vc.
Suas palavras deixam vazar um coração vibrante e carinhoso, uma mulher especial.
Agradeço a generosidade de suas palavras no meu blog, sua presença que muito me honra.
Conte com meu carinho.
Beijo,

Fátima Guerra.

CF disse...

Amiga vim simplesmente dar-lhe um abraço grande...aproveito um intervalo das férias pois acho que os amigos levam-se connosco para todo o lado...:)
Abraço grande de amizade

Maria Rodrigues disse...

Amiga que história encantadora, como sabe bem recordar momentos mágicos como esses.
Bom fim de semana.
beijinhos
Maria

a vida em toda a dimensão disse...

Sim amiga quando eu for a Lisboa
ou ao Centro Comercial de Almada
encomendo o seu livro e depois
dou a m/opinião.
Um beijinho
Irene

MA FERREIRA disse...

Ol´;.. ja comentei este post..hj vim só pra te agradecer a sua presença e o seu carinho no meu espaço.
Um beijo..de coração aberto..

Ma