domingo, 26 de outubro de 2008

O MEDO

Há quem defenda que o recém-nascido “traz” consigo dois medos – o medo do barulho e o medo de cair.
De facto, se expusermos um bebé a um ruído forte, verificamos que ele se agita, inquieto. E, se simularmos deixá-lo cair, o bebé encolhe-se e pode, eventualmente, dependendo da intensidade do susto, até chorar.

A psicologia diz-nos que a maioria dos medos que nos acompanham são adquiridos na infância, quase sempre incutidos pelos pais e educadores, ou como resultado de qualquer experiência traumática.

Dominados pelo medo podemos cometer actos irreflectidos, por vezes funestos.

Epicuro, filósofo grego (341 a 241 a.C.), cuja vida foi marcada pela serenidade e doçura, entendia que o essencial para a felicidade era uma vida tranquila, cercado de amigos, em completa ausência de dor e de medos.
“A representação vulgar do mundo com os seus deuses, o medo dos quais fez com que se cometessem os piores actos, é obstáculo à serenidade”.
“Para encontrar a felicidade o homem precisa aprender a superar os seus temores, até mesmo o da morte”.

Actualmente a psicologia divide os medos em normais e irracionais.
Normal é o medo que nos previne do perigo: ter medo de nos atirarmos da janela para saber qual a sensação de voar; ter medo de ser assaltado; ter medo de desafiar os mais fortes e depois sofrer represálias...
Ao medo do perigo associa-se o desejo de sobrevivência, o que torna este tipo de medo normal.

Irracional é o medo que nos domina completamente, nos leva a alterar hábitos e rotinas, que nos escraviza.

A melhor forma de combater os medos é enfrentá-los.
Não é fácil. Normalmente é até muito difícil; e, para o conseguir há que, muitas vezes, recorrer à ajuda de especialistas.

O medo mais comum é, sem dúvida, o medo do desconhecido.
Postos perante o desconhecido, nem sempre optamos pela melhor solução.

A PORTA NEGRA

Era uma vez um país de Mil e Uma Noites.
Neste país havia um rei que era muito polémico por causa dos seus actos.
Levava os prisioneiros de guerra para uma grande sala.
Os prisioneiros eram enfileirados no centro da sala, e o rei gritava:
- Eu vou dar-vos uma chance. Olhem para o canto direito da sala.
Ao olharem, os prisioneiros viam alguns soldados armados de arco e flechas, prontos para a acção.
- Agora, - continuava o rei – olhem para o canto esquerdo.
Ao olharem, todos os presos notavam que havia uma terrível Porta Negra, de aspecto dantesco.
Crânios humanos serviam como decoração, e a maçaneta era a mão de um cadáver.
Algo horripilante só de imaginar, quanto mais para ver.
O rei posicionava-se no centro da sala e gritava:
- Agora escolhem. O que é que vocês preferem? Morrerem cravados de flechas ou abrirem rapidamente aquela Porta Negra e entrarem lá dentro enquanto eu vos fecho lá?
Decidam. Vocês têm livre arbítrio. Escolham!
Todos os prisioneiros tinham o mesmo comportamento: na hora da decisão eles chegavam junto da terrível Porta Preta de mais de quatro metros de altura, olhavam para os desenhos de caveiras, sangue humano, esqueletos, aspecto infernal, coisas escritas do tipo “ Viva a morte”, etc., e decidiam: Quero morrer flechado.
Um a um todos agiam assim: olhavam para a Porta Negra e para os arqueiros da morte e diziam para o rei:
-Prefiro ser atravessado por flechas a abrir essa Porta Negra e ser trancado lá dentro.
Milhares optaram pelo que estavam vendo – a morte feia pelas flechas.
Um dia, a guerra acabou.
Passado algum tempo, um daqueles soldados do “Pelotão da Flechada” estava varrendo a enorme sala quando surgiu o rei.
O soldado, com toda a reverência e meio sem jeito, perguntou:
- Sabe, ó grande rei, eu sempre tive uma curiosidade… Não se zangue com minha pergunta, mas…o que tem além daquela Porta Negra?
O rei respondeu:
- Lembras-te que eu dava aos prisioneiros duas escolhas? Pois bem, vai e abre a Porta Negra.
O soldado, trémulo, rodou cautelosamente a maçaneta e sentiu um raio puro de sol beijar o chão feio da enorme sala. Abriu mais um pouquinho a porta, e mais sol e um gostoso cheirinho de verde inundaram o local.
O soldado notou que a Porta Negra abria para um caminho que apontava para uma grande estrada.
Foi então que o soldado percebeu: a Porta Negra dava para a Liberdade.

42 comentários:

A. João Soares disse...

Querida Mariazita,
Parabéns por mais um belo post. Enquanto lia recordei-me da importância que é dada ao medo nas relações internacionais, por vários pensadores.
É vulgar dizer-se que o relacionamento das pessoas e dos Estados é condicionado por dois factores contrários: de um lado o medo, do outro a confiança, o amor.
O medo, a falta de transparência, a desconfiança, é geradora de conflitos, para salvaguardar a própria existência, a soberania.
Tem sido esse o tema que desenvolvo nos posts em que defendo a paz através de negociações e conversações geradoras de confiança e amizade.
Outra reflexão é o paradoxo da liberdade. Todos a querem mas poucos têm coragem para dela fazerem uso. Há liberdade de opinião e de expressão, dada pela Constituição da República, porém, nos meus posts aparecem poucos comentários dos profissionais a quem me refiro, apesar de o número diário de visitantes ser muito superior a 100. Mesmo quando me refiro a assuntos militares são poucos os militares que aparecem a comentar, e quando o fazem identificam-se como anónimos. Imagine que há um general que, por e-mail me envia palavras simpáticas e que diz, há dois anos, que quando julgar oportuno deixa um comentário!!!
Porquê tanto medo? Para que é que esta gente quer a liberdade???
O medo é uma realidade congénita que controla os espíritos. Congénita ou adquirida???
Beijos
João

Oliver Pickwick disse...

De fato, devemos ter medo do perigo real. Como escreveu, é uma questão de sobrevivência. Quanto à receios improcedentes, melhor combatê-los, senão corremos o mesmo risco do soldado e a porta negra.
Um beijo!

Francisco Sobreira disse...

Mariazita,
Como dizemos por aqui, concordo em gênero, número e grau com o conteúdo do seu texto. Um beijo afetuoso.

Daniel disse...

Mariazita

Primeira parte: por experiência própria, já neste século (regredi a criança), acabo por não saber se a criança sentirá medo, ou a ausência da presença da mãe. Penso que uma presença é suficiente para a tranquilizar.
Segunda parte: o conto é deveras interessante, encerra a lição de que é necessário, optar-se: enquanto cá andamos, devemos escolher a esperança da vida, ainda que a alternativa nos pareça extremamente difícil.
Beijos,
Daniel

Anónimo disse...

Mariazita,
lindo texto, maravilhoso ...
Mas, quero lhe contar um pouquinho sobre mim ...
Se o recem nascido já nasce com algum tipo de medo, confesso-lhe que não tenho quase nenhuma.
Não tenho medo da morte, do inesperado, de enfrentar, de vivenciar.
Não tenho medo de assaltos, violência ...
Mas, tenho medo de altura, e medo das drogas.
Só, o resto eu enfrento, é por isso que tenho medo, medo da minha reação de como vou agira diante de tal situação.
Enfrente, não tenho noção do perigo, das consequências, mas de droaga eu morro de medo ...
Tenho medo, pois com a droga não podemos controlar, o prazer, deve ser bom, logo, por esse medo, nunca experimentei nenhum tipo de drogas ...
Às vezes, perco a noção do perigo, acho que sou uma "súper mulher" vou para cima de homem ou mulher, para mim, não interessa.
Não vou para cima com a intenção de bater, não, mas com a intenção de confrontar alguém que me confronta ...
Hj penso muito mais ates de reagir, pelo meu filho.
Hoje, há 2 anos fiz seguro de casa, para não reagir a nenhum tipo de assaltos.
Acho que medo é um tipo de fraqueza, e ter medo do que nós naõ conhecmos é besteira ...
Linda, tenha uma semana súper abençoada e espero que esteja melhor ...
Um bj imenso

Mariazita disse...

Querido amigo João
Gostei da sua análise, lúcida, como sempre, e esclarecedora.
Quanto à liberdade, parece que, apesar de vivermos nela há mais de 30 anos, há pessoas que ainda não se habituaram à ideia de que ela é um facto consumado.
Medo de represálias? Talvez…reminiscências de outros tempos. Há medos (que foram racionais quando adquiridos, e agora são irracionais porque a sua causa deixou de existir), que só desaparecem com terapia.
Não creio que a existência do medo seja congénita, mas é uma realidade.
Obrigada pela achega que deu a este post.
Beijinhos
Mariazita

Vicktor Reis disse...

Querida Mariazita
Interessante conjunto de textos que tens vindo a partilhar connosco. Textos maravilhosos para pararmos e meditarmos um pouco... algo que tanta falta nos faz nestes atribulados tempos que passam.
Bem hajas.
Beijinho.

Mariazita disse...

Oi, Oliver
Infelizmente, a cada dia que passa os motivos para vivermos com medo, aumentam.
Contra esses temos que tomar providências.
Os outros...é preciso combatê-los!
Beijocas
Mariazita

Mariazita disse...

Oi, Francisco.
Que bom!
Sabe bem concordarem conosco...
Beijo com carinho
Mariazita

Mariazita disse...

Caro Daniel
O sentimento de união entre mãe e filho começa antes do nascimento.
Por isso não é qualquer presença que substitui a mãe...
Claro que na impossibilidade absoluta da sua presenca...é melhor outra do que nenhuma! Mas a mãe transmite uma segurança maior, afasta os medos (aqui já mais crescidinhos...).
O seu caso não é exactamente a mesma coisa - o Daniel renasceu para a vida, mas depois de já ter vivido.
E, graças a Deus, encontra-se entre nós, que é o mais importante!
Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Querida Gi
É uma mulher destemida!
(Como não sei se no Brasil usam esse termo, deixe-me dizer que isso significa "sem temor, sem medo".)
Se, por um lado, isso é bom, por outro lado pode levar vc a correr riscos desnecessários.
Quando uma pessoa é sozinha...pode arriscar-se a muita coisa. Mas quando há crianças pelo meio, como é o seu caso, é necessário muita prudência, não agir por impulsos, mas medir bem as consequências dos nossos actos.
Quanto à droga, minha querida, eu não tenho medo, eu tenho verdadeiro PAVOR. É dos maiores cancros que existem na sociedade.
Manter-se londe dela é o melhor que se pode fazer.
Desculpe se parece que estive dando uma lição...não foi essa a intenção...
Beijinhos, amiga.
Mariazita

Mariazita disse...

Meu caro Víctor
Fico muito contente com as tuas palavras.
É muito bom saber que há quem aprecie o que publicamos.
Procuro ir variando de tema para não saturar...e espero continuar a contar com a tua tão agradável presença.
Beijos, querido amigo.
Mariazita

In Cucina disse...

Querida Mariazita, belo texto!
O medo faz parte de todo ser vivente. Os humanos têm a vantagem de poder identificar, estudar, refletir e achar soluções. Nem sempre porém, trabalhamos corajosamente os nossos erros, sofrendo em demasia! O importante é parar, avaliar, enfrentar e achar soluções adequadas, afinal somos racionais.
Beijos brasileiros, Teresa

Anónimo disse...

Mariazita.

Como o medo paralisa. Põe um véu nos olhos... Este segundo medo que não é racional impede muita gente de prosseguir. Os porões do desconhecido estão na maior parte das vezes ocultos em nossas própria mentes.

Psicanálise é bom.
Hipnose é ótimo.
Mas coragem nenhuma ciência dá. Está em nós a capacidade de dar o primeiro passo. Está em nós o desejo de avançar e ser feliz.

Maravilha, minha querida!

Beijos reluzentes de vida!

Ana

Pelos caminhos da vida. disse...

Qdo criança teve uma chuva de granizo tão forte, que fiquei traumatizada.
Qdo vejo que vêm uma chuva daquelas,entro em pânico,começo a tremer,a querer me esconder,e só consigo superar tudo isso se eu estiver num local onde tem mais pessoas, já me falaram para eu enfrentar esse mêdo(quer dizer esperar a chuva vir e enfrentá-la),tentei mais ainda não consegui.

Obrigada amiga pelo retorno,volte mais vezes assim não perdemos contato.

beijooo.

stériuéré disse...

Quem tudo quer tudo perde!
Mariazita, quero desde já pedir as minhas enormes desculpas , mas por motivos técnicos na net, acho que por falta de comunicação, fiquei uns dias sem poder comentar e ler os teus fantásticos textos repletos de amor e sinceridade, coragem e forças para nos tornarmos em pessoas melhores. Já li os teus posts anteriores que pela srazões que já expliquei não o fiz antes, e deixo-te aqui muitos abraços .
stériuéré

~ Marina ~ disse...

Ótimo texto! Com um vasto leque aberto a reflexões.

Mas, infelizmente, amiga, o medo se torna algo incontrolável nos dias atuais, pra quem vive em uma das capitais mais violentas de um país, e rezando avidamente por si e pelos seus que têm que se expor diariamente à crueldade e frieza de delinqüentes, em sua maioria, menores infratores, que não pensam duas vezes em te tirar a vida, caso você não tenha na bolsa algo de valor que o satisfaça.
Costumamos dizer, aqui, que vivemos reféns do medo, enquanto os maus vivem soltos pelas ruas.


* Abraços te deixo!

Zé Carlos disse...

Olá Mariazita.
Em primeiro lugar quero que saiba que fico muito feliz com cada visita sua. Você é dona de uma simpatia irradiante.
Quanto ao seu artigo, muito bom e verdadeiro, só está havendo com o passar dos anos uma pequena mudança. As crianças se acostumam cada vez mais com o barulho ensurdecedor porém têm cada vez mais medo, da insegurança que se espalhou pela humanidade.Beijos do seu amigo, ZC

xistosa, josé torres disse...

Dependendo dos sítios, o caminho para a liberdade tem os seus escolhos e traumas.
Aqui durou 50 anos a abrir a porta ...
Mas, logo a seguir à porta há uma estreita vereda e depois um abismo.
Quem atravessa a porta com sofreguidão ... cai no abismo.
Foi o que nos sucedeu.

Por sorte, tanto tempo deu para a meio do desfiladeiro nascerem umas árvores e arbustos que nos vão amparando ...
Um dia, (como dizem os brasileiros), despencamos!

Penso que já faltou mais...

(não me confundam com os velhos tempos.
A m/família também sofreu na pele e o m/ pai esteve preso)

Depois duma cura, estou de volta são como um pêro.
Obrigada pelos "cartas" que tem escrito.
Penso que tenho respondido.
mas falta abrir uma catrafiada "delas"

Uma boa semana.

Unknown disse...

Puxa Mariazita, eu lendo e texto e pensando comigo mesma, eu preferia ter aberto a porta e tentado desvendar o segredo por detrás dela.Poderia até ser devorada por algo incomum mas, melhor que ser devorada por meu próprio medo.
Tenho muitos medos mas, o medo do desconhecido é por demais medonho por ser idecifrável, mas se não tivermos a coragem de enfrentá-lo com certeza morreremos sem saber se havia uma mínima chance de sairmos vitoriosos.

É, precisamos enfrentar o desconhecido, precisamos muito mais é TER FÉ, é ela quem nos impulsiona e nos dá a coragem necessária de superamos e vencermos os obstáculos.

Gostei muito de ler esse texto.
Gosto de vir aqui, sempre encontro algo pra refletir...

Obrigada querida pelo privilégio da tua amizade.

Abraços e carinhos

Mariazita disse...

Querida Tereesa
É certo que ter medo é próprio do ser humano.
Reflectir sobre eles e tentar vencê-los é muito importante.
Beijinhos, amiga.
Mariazita

Mariazita disse...

Querida Ana
Tens razão. Por muita ajuda que nos possa ser dada, é de nós mesmos que tem que partir a vontade de vencer.
E é muito importante vencer os medos irracionais.
Os outros...é mais prudente conservá-los.
Beijinhos, querida, e um dia dia muito feliz.
Mariazita

Mariazita disse...

Oi, Ana
Já ouvi falar de pessoas que têm medo de trovoada (aliás, nas crianças, é muito vulgar - creio que por causa do enorme barulho).
Medo de chuva, ainda que com granizo, nunca tinha ouvido falar.
Aí está um exemplo de um medo que deve ser combatido, porque acaba por ser prejudicial, na medida em que obriga a uma alteração da sua rotina.
Não tem como vencê-lo a não ser enfrentando-o.
No seu lugar eu pediria ajuda, doutro modo corre o risco de entrar em pânico, e o resultado ser ainda pior.
Apareça sempre, amiga. Gosto de a ver por esta sua casa.
Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Querida Sté
Receei que estivesses doente...
Afinal, a doença era da Net. Antes assim!
É que parece que anda aí uma epidemia entre os bloguistas...
De vez em quando lá cai um!
Mas enquanto nos formos levantando...a coisa não tá má -:)))
Obrigada, querida, pelas tuas palavras.
Mais logo vou ver se já tens novo post. Tenho lá passado, mas...nada de novo!
Beijinhos, miguita. Um dia bom.
Mariazita

Mariazita disse...

Oi, Gerlane
É um facto que, a cada dia que passa, aumenta a violência, não só no Brasil como em todo o mundo.
É, em parte, resultado da globalização.
As notícias correm céleres, e o que se faz numa ponta do mundo imediatamente se sabe na outra ponta...
Infelizmente, o ser humano tem tendência a imitar sempre o pior.
Já viu como seria diferente se todos seguíssemos o exemplo duma Madre Teresa???
Mas como isso não acontece, e enquanto as coisas não se modifiam, temos mesmo que viver sob esse clima de terror. ´
Neste caso, o medo é saudável, pois nos ajuda a ser prudentes, a não arriscar para perder.
Conservemos esse tipo de medo, sim. Será a forma de preservarmos a vida, em muitos casos.
Obrigada por ter deixado aqui a sua opinião.
Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Olá, Zé Carlos.
Deixe-me agradecer a gentileza de suas palavras, que me deixam meio sem jeito...
As crianças, quando no ventre materno, não estão sejeitas a barulhos muito grandes, na medida em que o ruído chega até o feto numa intensidade de decibéis muito reduzida -:)
O problema, e grande, é mais tarde, quando têm que suportar o barulho ensurdecedor que existe no mundo!
Por isso os cientista receiam, muito justanmente, que estejamos a criar uma geraçao de surdos.
Será essa a maneira de conbaterem o medo???
Um dia feliz, meu amigo.
Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Olá, Zé Torres
Vejo que regressou cheio de vigor!
Ainda bem, já tinha sentido a sua falta...
Felizmente que o mau tempo já lá vai. Agora esperemos que não volte tão depressa...
Parece que anda p'raí um andaço... que engraçado, há tanto tempo que não ouvia esta palavra! Não sei como me saiu agora...

Entendi a sua opinião.
Há trinta e poucos anos atrás atirámo-nos de cabeça, talvez com demasiada sofreguidão...
Veremos se nos aguentamos.

A continuação de boa saúde.
Um abraço amigo
Mariazita

Mariazita disse...

Querida Jady
Achei muito interessante você dizer que teria preferido abrir a porta.
Sabe que eu também sou um pouco assim?
Por exemplo, se de noite ouço qualquer som estranho que não sei donde vem, não descanso enquanto não descubro. Isto é apenas um pequeno exemplo. Na realidade prefiro tentar descobrir o que me está a assustar, do que encolher-me a um canto, tremendo de medo.
Mas a maioria das pessoas não é assim.
NOTE que isto não nos torna melhores do que os outros (nem eu me sinto como tal...)
Apenas somos diferentes.
Temos outros medos, não é mesmo???
Eu tenho medo do frio, imagine!
Incapacita-me completamente. Não consigo reagir. Se calhar vou morrer congelada -:)))
(já tremo só de pensar no frio que se aproxima a passos gigantescos...)
Obrigada, querida amiga.
Beijinhos
Mariazita

Unknown disse...

Olá Mariazita,
parabéns por mais um excelente post.
Ao contrário de muita gente, eu tenho medo sim, posso até dizer que sou medricas.
Tenho medo das alturas, da violência, assaltos, etc e fiquei com muito mais medo desde que fui vitima de assalto por esticão.
Mas tento ultrapassar os meus medos como posso.

Beijinhos.

Vanuza Pantaleão disse...

Mariazita, ler e absover teus textos abrem em nossos corações portas muito enferrujadas...já há muito tempo li pesquisas sobre bebês e penso mesmo em postar umas coisinhas a respeito, mas nada com a competência das tuas apreciações.
Ah! Minha amiga, aquela "misturinha" foi uma pretexto para tocar em velhas lembranças...
Obrigada pela generosidade da presença e um Carinho Amigo!!!

Anónimo disse...

Mariazita,
adorei sua respota sobre meu comentário ...
Sei que hj eu mudei drásticamente por causa do meu filho, hj penso e repenso antes de tomar qlq atitude...
Meu filho é tudo em minha vida...
Linda, passei por aqui para pedir que vc passe lá no meu bloguinho que tem presentinhos para vc...
Espero que goste...
Beijos imensos

Meg disse...

Mariazita,

Espero que já esteja tudo bem contigo...que a saúde tenha voltado.
Quanto aos medos, minha amiga, eu tenho-os sim, e cada vez mais, porque a sociedade em que vivemos é pródiga em dar-nos motivos para tal.
Agora o medo patológico, esse deve ser combatido pois além de ser irracional, impede uma vida normal.

Um abraço

Mariazita disse...

Olá, Ana
Os teus medos (com excepção, talvez...para o das alturas) são medos saudáveis, que todos nós devíamos ter e até cultivar.
Da forma que a violência tem aumentado, é caso mesmo para muito medo.
Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Oi, Vanuza
De vez em quando faz falta desenferrujar...
Fico aguardando a tua publicação.
Eu adoro bebés, portanto...não faltarei lá.
Obrigada por teu carinho.
Beijinhos, querida.
Mariazita

Mariazita disse...

Querida Gi
Tenho o (mau) hábito de falar com o coração...
É a tal história da sinceridade, lembras?
Mais logo passo lá na tua casinha, tá?
Beijinho grande
Mariazita

Mariazita disse...

Olá, Meg
Obrigada pelo teu cuidado.
Felizmente já estou como nova...
De facto, a sociedade em que vivemos está a tomar um rumo preocupante. Se não se tomam medidas a sério, qualquer dia não podemos sair de casa (se é que dentro dela estamos seguros...)
Todo o cuidado é pouco.
Obrigada, amiga.
Beijos
Mariazita

Gasolina disse...

O medo. O medo de ter medo. Uma prisão.
Expostos aqui em duas vertentes: a técnica e a poética.

Esta Casa continua acolhedora. E sabe receber muito bem quem a visita e recebe o presente do que aqui se lê.

Um beijo

Rafeiro Perfumado disse...

O medo do desconhecido leva muitos a preferirem a dureza da realidade. Já imaginaste se os nossos antepassados fossem assim? Hoje não haveria eleições americanas... ;)

Beijocas!

Táxi Pluvioso disse...

Ai opções de portas! Conclusão, o rei era o Carlos Cruz. bfds

Mariazita disse...

Olá Gasolina
Muito obrigada pelas tuas palavras.
O serviço não é comparável ao da Versalhes :), mas faz-se um esforço por receber bem.
Beijinhos
Mariazita

Mariazita disse...

Olá, Rafeiro
Muito bem pensada, essa das eleições!-:)))
Noite boa.
Beijoca
Mariazita

Paula Raposo disse...

Sem dúvida. Temos que arriscar sempre, nunca sob o efeito do medo. Nem tudo o que parece é. Beijos.